Hoje
temos quatro fotografias que mostram a esquina da Avenida Atlântica com
Princesa Isabel.
A
primeira, publicada numa Manchete Esportiva de 1958, mas provavelmente de uns
dois ou três anos antes, mostra o aspecto da Princesa Isabel antes do
alargamento entre a Av. Atlântica e Av. N.S. de Copacabana.
Dos
4 primeiros prédios que aparecem na foto só o mais à esquerda ainda está de pé,
pois os dois mais à direita foram demolidos para a abertura da Princesa Isabel,
e o outro era o Leão Veloso. Antes da demolição deste prédio houve uma grande
batalha, pois um morador resistiu durante anos a vender seu apartamento.
A
segunda, dos anos 60 e do acervo do Correio da Manhã, mostra a Avenida
Atlântica ainda não duplicada, com mão e contramão, tendo em primeiro plano o
terreno vazio (onde ficava o edifício Edmundo Xavier e onde anos depois seria
construído o Atlântica Business Center, apelidado de “Drops de Anis”) e na
esquina mais distante da Princesa Isabel o Posto Esso, onde funcionou a boate
Fred´s, junto ao terreno que futuramente seria ocupado pelo Hotel Meridien (depois
bandeira Windsor e Hilton).
A
terceira foto é do acervo O Globo, colorizada pelo Nickolas Nogueira, e mostra
as obras de ampliação da Princesa Isabel.
A
quarta foto, do Acervo do Correio da Manhã, mostra este terreno,
nos anos 70, já cercado pela SISAL para as obras de construção do Meridien.
Quanto
aos automóveis da foto colorida meu amigo Libeck sugeriu que possam ser: na
primeira fila debaixo para cima e da direita para a esquerda, temos um fusca
verde dos anos 50, um Morris Minor marron anos 50-51, um Ford preto 38-39-40. O
automóvel bege lembra muito um Chevy 53-54, há um Chrysler 51-52. O azul teto
branco é um Cadillac 51-52-53. Atrás do Morris um fusca branco 59-60. Ao lado do fusca um Ford Fairlane branco teto
vinho. Ao lado do Ford tem uma Lambretta LD 58-59. Atrás do Ford tem dois
carros que lembram Dodge, De Soto ou Plymouth anos 51. Na outra pista um Volvo
44 branco. Mas vamos esperar os comentários do Dieckmann e do Gustavo Lemos.
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Excelente postagem com destaque para a colorização do Nickolas. Lembro bem da batalha que foi para o tal morador sair do prédio. Acho que a Prefeitura já havia comprado todos os outros apartamentos e o cara resistia bravamente no térreo. No final acho que conseguiu uma boa grana pelo apartamento.
ResponderExcluirOtima postagem.Esta chegada a Copa sempre acho interessante.Apesar dos pesares gosto muito deste trecho.Alguns carros já catalogados,mas vamos esperar pelo Biscoito ssencialmente para falar de um carro um tanto estranho na foto 2.É o u está mais a esquerda na frente do fusca.Parece ter um capô muito alongado ou não?
ResponderExcluirEram "outros tempos". A duplicação da Avenida Atlântica foi um dos principais motivos da degradação de Copacabana. Levar para a orla toda a sorte de pessoas, pessoas essas com motivos e objetivos diferentes, acabaram de tornar a região uma "babel" no sentido pejorativo. Duvido que se a antiga conformação ainda existisse, governos estaduais e municipais ousariam colocar tantos terminais de ônibus na região, onde muita gente, principalmente favelados dos subúrbios e até da baixada fluminense, contribuem diariamente para a degradação do local. Uma legislação permissiva e hipócrita emanada de uma constituição federal espúria, apesar de ter sido promulgada com pompa e júbilo", tornam a presença de desocupados, usuários de drogas, prostitutas, pederastas, camelôs, e tudo o que se espera de uma sociedade atrasada, hipócrita, e violenta, uma constante. Nunca fui à N.Y mas duvido que no "Central Park" se espalhem pelos bancos dos jardins bandos de desocupados dormindo e fazendo coisa pior. Mas faz parte desse "Karma" pelo qual estamos passando e cumprindo a "duras penas"...
ResponderExcluir" O crime não é apenas uma consequência dos males urbanos, é também um importante fator para disseminação desses males. O crime nas ruas é o resultado imediato de deterioração da vida nos bairros e da perda do espírito cívico. Representa muitas vezes uma forma de protesto reflexo contra um tipo de vida impossível de controlar, a única maneira pela qual um grande número de habitantes de uma cidade, enfermos e transtornados, se conseguem ouvir. Uma grande parte dos crimes menores encontra-se, no entanto, ligada aos tóxicos, e estes são controlados por grupos criminosos. Assim, os narcóticos, que formam um vultuoso tráfico, contribuem hoje, e em larga medida, para o terror das ruas."
ExcluirEsse texto lembro alguma coisa? Pois trata-se de uma parte da introdução do livro "Os maiores crimes de Nova York", de Jonatahn Graiag e Richard Posner (Editora Record (c) 1972). É do tempo em que a fama de uma cidade violenta assombrava os habitantes e visitantes de NY.
Tempos depois, na gestão do então prefeito Rudolph Giuliani (1994/2002), com sua política de tolerância zero, a criminalidade foi reduzida substancialmente. Esse político esteve no Brasil para palestras.https://amagis.jusbrasil.com.br/noticias/100671575/entrevista-rudolph-giuliani-fala-sobre-reducao-de-crimes-em-nova-Iorque
Isso tudo sem contar que foi a única autoridade que assumiu a liderança durante o ataque de 11/09. Também não esconde sua opção sexual e o fato de ter ido morar com dois amigos gays depois de se separar de sua segunda esposa.
Agora atribuir à duplicação das pistas da orla o aumento da criminalidade em Copa é no mínimo um exagero. Fosse assim há tempos Ipanema e Leblon seriam praias assoladas por esses problemas. Não esquecer que o primeiro "arrastão" nas praias ocorreu em Ipanema. Na época disseram que teve cunho político. A realocação das linhas de ônibus, com o aumento do fluxo para as praias da zona sul, deu-se durante o governo Brizola e foi politicamente proposital. A intenção era exatamente essa: provocar o que foi classificado pelos socialistas de "confronto social". Deu no que deu.
(correção)...lembra...
ExcluirNa terceira foto destaco um fusca com teto solar.
ResponderExcluirBom Dia! Nesta época eu estava taxista e acompanhei o dia a dia da duplicação. FF. Os tempos mudaram. Aquela movimentação de crianças pegando doces que no dia de hoje logo cedo se via nas ruas,tudo indica já pertence ao passado.Acredito que a presença das Igrejas "Evangélicas"nas "comunidades" seja responsável pelo fim desta tradição.
ResponderExcluirMauro, criança atualmente "correndo atrás" de doce é para assaltar ou participar de arrastões. Todas em bando a munidas de facas e estiletes. Agora até traficantes são evangélicos. Em Nova Iguaçu, bandidos armados com fuzis intitulando-se "traficantes de Jesus", destruíram imagens e oferendas de diversos centros espíritas. Será que Macedo e Crivella tem participação?
ExcluirComo já se disse muito por aqui tem gente demais no Rio. Na época das fotos dos anos 50 nem havia o túnel da Barata Ribeiro nem o da Toneleros. Com o tráfego de hoje em dia sem a duplicação Copacabana seria um engarrafamento total. É o progresso trazendo junto coisas boas e mazelas.
ResponderExcluirPodemos ver os restos da demolição do Edifício Vogue, que pegou fogo em 1955 e que foi o último obstáculo para completar a segunda pista da Av. Princesa Isabel. Os carros são esses mesmos descritos.
ResponderExcluirTerei que sugerir algumas correções às identificações de automóveis na quarta foto. O fusca verde da primeira fila é um Renault 4CV, entre 49 e 54, com porta-bagagens de teto e não teto solar. O Morris marrom não é Minor, e sim, Oxford.
ResponderExcluirAo lado do Chevrolet 54 (sem dúvida) está um Cadillac 54, azul e branco. Junto à calçada, ao lado deste Cadillac, está um Plymouth 57, com seu rabo de peixe capaz de dar uma rabanada categorizada. O Ford Fairlane identificado, branco e vermelho, é 1955.
Na outra pista, temos um Volvo, que parece ser um 544, com suas lanternas verticais, mas é um chute com vista de águia, sujeito a desmentidos. Caso errado, será um PV 444 de 1954 a 57.
Na foto do posto, está um belo Ford 1958, em primeiro plano, entre dois Fuscas. À frente, há o que parece ser um Standard Vanguard, mas o capô está meio longo, talvez por defeito da foto. Um Aero-Willys 1962, escuro, no posto e um DKW também escuro e já sem frisos na mala, na Avenida Atlântica, parecem ser os carros mais modernos da foto.
O fusca não tem teto solar, mas um bagageiro no teto.
ResponderExcluirCorreto Meyer.
ExcluirMuito legal.Desfeita a dúvida e o capô do carro parece de fato mais alongado conforme atesta o Biscoito.Pode de fato ser defeito da foto.Um Standard Vanguard.Vou pesquisar.Grato.
ResponderExcluirBoa noite !
ResponderExcluirSe não estou enganado, o tal carro com bagageiro, um Renault, era, na época, chamado popularmente de "Rabo Quente".
Exatamente, o Renault 4CV, ou rabo quente, devia seu apelido ao motor traseiro, que, refrigerado a água, mandava frequentes sinais de fumaça aos vizinhos. Com o Fusca isso não acontecia.
ExcluirBoa noite a todos.
ResponderExcluirConcordo com a explicação do Docastelo sobre a cidade de Nova York.
Quem conhece e gosta daquela urbe sabe muito bem de que Nova York sempre esteve mais próxima do RJ do que de SP.
Eu já disse isso aqui várias vezes antes.
Nova York é uma babel como isso aqui, tendo gente de qualquer lugar do mundo.
Nova York tem e muita história de violência assim como o RJ.
A crise que afeta hoje o RJ, Nova York teve uma parecida em 1975.
Sem contar também de que assim como as favelas e cabeças de porco estão para o RJ, cortiços e guetos estão para NY.
Boa noite a todos.
ResponderExcluirFico estarrecido (mas não muito) ao ler alguns comentários deste espaço, mas é compreensível.
Sobre a situação de NY nos anos 70, recentemente estreou na HBO uma série sobre a indústria do sexo na cidade nessa época e vemos ela estava degradada.
Sobre Cosme e Damião, apesar de ter ficado fora de casa boa parte do dia, vi várias crianças "correndo" atrás de doces e não reparei em facas e canivetes...
Acho muito interessante e compreensível a "ingenuidade" de alguns comentaristas. Nunca se saberá se ela é real ou é apenas para "ficar bem na fita"...
ResponderExcluirA política de tolerância Zero foi exitosa em N.Y mas duvido que desse certo aqui e as razões são muitas. A principal delas é "política", já que no Brasil os interesses que contam não são os do bem estar público e sim os de quadrilhas de políticos e de empresários inescrupulosos. Os cortiços e cabeças de porco em N.Y são piores do que as favelas daqui. Mas lá as leis são duras e "o couro come". Não existe imunidade parlamentar nem tampouco foro privilegiado e assim fica difícil para o político " se esconder" atrás de imunidades para praticar crimes.
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