A
primeira foto, de J. Medeiros, mostra uma vista aérea do trecho da Avenida
Atlântica nos anos 50, nas vizinhanças do Copacabana Palace. Podemos ver, à
esquerda do hotel, após a piscina, um terreno vazio onde seria erguido o
conhecido edifício Chopin, junto com seus “irmãos” Prelúdio, Balada e
Barcarola. Para isto acontecer parte da Pedra do Inhangá foi demolida.
A
segunda foto mostra o anúncio de lançamento do edifícios Chopin, Prelúdio, Balada e Barcarola, na Av.
Atlântica nº 1782 em Copacabana. Os edifícios foram inaugurados em 1956 e, principalmente o Chopin, se tornaram um endereço badalado no Rio.
Na
terceira foto, do acervo do Correio da Manhã, vemos a Avenida Atlântica com
obras junto à calçada da praia e, ao fundo, uma placa no alto do tapume dizendo
“Edifícios Prelúdio e Balada – Últimos apartamentos”. O projeto destes
edifícios é do arquiteto Jacques Pilon.
Já
em 1951 um anúncio do Correio da Manhã, dizia: "Avenida Atlântica –
Edifício Chopin. Vendo apartamento de alto luxo em início de construção, com
frente para a Avenida Atlântica e Copacabana Palace; grandes salas, 4 quartos,
3 banheiros sociais com box, toilette, copa, cozinha, 2 quartos de empregados
com W.C., grande área de serviço com 2 tanques, armários embutidos, grande
jardim de inverno envidraçado, galeria de entrada, garage, etc. Preço: Cr$
2.600.000,00.”
|
2 milhões e seiscentos mil cruzeiros, um carro zero custava 100 mil, logo o apartamento equivalia a 26 automóveis. Hoje o carro zero custa 60 mil reais e 26 deles saem por 1 560. Já o apartamento deve valer umas 8 vezes mais; explica porque falta apartamento e todo mundo tem carro.
ResponderExcluirNa foto da obra, um MG YA, o Saloon, uma raridade hoje em dia; de 1947, já sem calota, não iria muito longe. Depois o Hudson Hornet de 1951, um Morris Oxford, um Mopar 46-48 e um Caminhão Ford F-5, de 48. Na volta, um táxi Ford 46-48, com um parachoque esquisito.
Biscoito: Você esqueceu do Cadillac.
ExcluirEste edifício Chopin aparece frequentemente no noticiário por conta das personalidades que ali vivem ou o visitam. Nos réveillons sempre sai a notícia de que os elevadores enguiçaram pelo volume de pessoas que ali vão. Não sei se seria bom morar ali.
ResponderExcluirOs carros são um espetáculo à parte.
Que obra estariam fazendo ali junto de onde deveria ser a calçada? Seria a instalação de instalações pluviais já que a foto é dos anos 50?
Bom dia a todos. Hoje é dia de ler os comentários de quem conhece as histórias destes edifícios. Se o desaparecido mestre André Decourt ainda estivesse na ativa, teríamos ótimas histórias e curiosidades sobre o local.
ResponderExcluirJá quanto as notícias atuais estas não precisam ser contadas, pois estão constantemente estampadas nos jornais e noticiários, todos as conhecemos.
Os tempos eram outros e a sociedade pensava diferente, muito diferente. Um apartamento desse porte com apenas uma vaga de garagem era coerente em um tempo em que poucos tinham carro. Por outro lado ainda vigia a mentalidade de se manter "mini senzalas", já que dois quartos de empregada atualmente são possibilidades despropositais nos dias de hoje. Minha tia mora em um apartamento desse tipo em Ipanema, com dois quartos de empregada e dois banheiros de serviço, e o imóvel foi entregue em Janeiro de 1966, portanto dez anos depois. Atualmente nenhum imóvel mais é construído com "dependências" de empregada. Sinal de que os tempos estão mudando. Mas um fator é importante: As construções de antanho são infinitamente superiores às atuais em todos os sentidos.
ResponderExcluirOs edifícios foram construídos pelo empresário polonês Henryk Alfred Spitzman Jordan, que residiu em sua cobertura de 2.000 m² até sua morte em 1967. Era casado com a socialite Josefina Jordan. A construção do prédio provocou uma briga pública com D. Mariazinha Guinle, então proprietária do vizinho Copacabana Palace, que ameaçou erguer um muro para proteger a privacidade dos frequentadores da piscina do seu hotel. O empresário replicou dizendo que iria transferir as chaminés das cozinhas da área interna para a externa se o muro fosse construído. Ânimos serenados, tudo terminou bem.
ResponderExcluirComo o assunto da postagem é Av. Atlântica, apesar das fotos destacarem o edifício Chopin, acho que posso dar alguma contribuição sobre o tema. Ao pesquisar sobre os imóveis disponíveis nessa via confirmei algumas informações sobre sua real situação. Ainda considerada um nobre endereço, a Av. Atlântica escamoteia alguns aspectos para aqueles que não a conhecem. Considerando sua fama de ser ocupada por imóveis de luxo vez por outra surpreende quando se revelam os prédios constituídos de pequenos apartamentos conjugados, um deles no Leme. Não é segredo o envelhecimento do bairro que há tempos não vê um nova obra residencial. Nssa famosa avenida não poderia ser diferente. Imóveis famosos e charmosos como o de nº 880, também conhecido como "Pantera Cor de Rosa", está com seu sistema de canalização comprometido pela ferrugem (efeito atribuído à maresia) e urge ser trocado. O mesmo ocorre com outros que ficaram sem gás e estão em obras para instalação de canalização externa. Isso sem mencionar o "efeito herança" que se traduz na recepção dos imóveis por herdeiros que não possuem o mesmo fôlego de recursos de seus ascendentes, permanecendo os móveis sem manutenção após sucessivas locações. São comuns, e que exigem cautela, os anúncios de aluguel/venda que oferecem alternativas ao locatário de reparar o imóvel mediante uma redução temporária do aluguel. Essa armadilha pode deixar o locatário em má situação pois logo que o reparo for realizado o imóvel é colocado à venda e o locatário não tem muito o que fazer a não ser tentar uma rescisão que lhe seja mais favorável.
ResponderExcluirContudo não arrefeceu o interesse na compra ou venda de imóveis nessa avenida. Como exemplo há uma cobertura à venda por 10 milhões de Reais prestes a ser vendida. Seu futuro proprietário só não poderá se queixar quando seus aparelhos eletrônicos (tv, pc etc.) começarem a ter problemas em razão da maresia; sua decoração em metal exigir maior manutenção; a poeira e o barulho de eventos (em especial no Lido) invadir seu imóvel, e todos os serviços que necessitar forem mais caros somente pelo fato de residir em tão nobre endereço.
Mas existe uma situação ainda mais frustrante. É aquela onde há problemas semelhantes por constar na correspondência o endereço na Av. Atlântica mas existe a impossibilidade de apreciar a bela visão do mar. O imóvel é de fundos.
Pelo que sei, o terreno do Chopin tinha (tem) "servidão de vista" sobre o Copa, de modo que a piscina é um expediente para não tirar a vista da lateral dos prédios.
ResponderExcluirSe é o que estou entendendo uma grande novidade para nosotros:o Chopin tem alguns anexos?Pelo que entendi existem unidades outras acopladas ao famoso prédio.Sinceramente nunca ouvira falar,ou estou enganado?
ResponderExcluirSoube que o Jango e dona Maria Teresa residiram no local.Também não sei se é fato.Também já ouvi falar que alguns "globais" possuem imóvel no Chopin...Se possuem apenas uma garagem complica...***Postagem muito interessante e os carros devidamente catalogados pelo Biscoito.Boa semana para todos.
Sem contar o "foro" devido à União, algo em torno de 17% ao ano.
ResponderExcluirComo o bairro envelheceu demais eu não poderia ficar de fora e como representante da terceira idade só posso falar de alguns moradores que conheci em minhas andanças pelas cercanias do prédio e nem mesmo sei se ainda vivem lá pois muitas podem ter passado desta para outra.Vou citar Dona Maria Teresa,sr. Alfredo Saad,Dona Regina Ferraz,Sra.Liliane Rodrigues,Bruno Chateaubriand e até o velho Bloch eu via lá em alguma época.Atualmente estou por fora e pode ser que esteja infestado de novos ricos.
ResponderExcluirComo sei tudo do pedaço chamado Copacabana posso garantir que a coisa não está muito legal no Chopin em função da gestão do novo síndico que está implementando novos ares no local com mais organização e menos alvoroço.As´festas que anteriormente não tinham hora para terminar estão sendo monitoradas e os funcionários num total de 27 estão sob rigorosa atenção da administração que inclusive acabou com chacrinhas existentes em algumas áreas.Funcionários chegaram a ameaçar greve mas alegavam falta de pagamentos de horas extras.Como sou vigilante da área vou apurar melhor.
ResponderExcluirBoa tarde ! É impressionante como a faixa de terra é estreita neste local. As montanhas estão logo ali...
ResponderExcluirBiscoito, o táxi Ford preto não seria de 1941 ?
A propósito, gostaria que você me explicasse que diabo de carro é esse chamado de Mopar. Na época, eu me interessava por automóveis e reconhecia muitos dos importados da década de 50. Porém nunca ouvi falar desse tal Mopar...
Mopar (MOtor + PARts) era a união das empresas Plymouth, Dodge, De Soto e Chrysler.
ExcluirO biscoito é malandro. Identifica como Mopar o carro para fugir da marca específica, já que algumas usavam a mesma carroceria com detalhes diferentes.
ExcluirGustavo está certo. A Chrysler tinha duas versões de chassis, de carro pequeno, Plymouth e de carro grande, Dodge, DeSoto e Chrysler. Em alguns países, vendia os pequenos Plymouth com acabamento de Dodge, ou de DeSoto e hoje, identificar com precisão é começar uma briga sem fim. O cara tem um DeSoto-Plymouth, mas está escrito DeSoto e ponto final. Identificar os pequenos como MoPar fica engraçadinho e ninguém reclama. Mas se fosse um dos grandes, eu, provavelmente, tentaria identificar certinho.
ExcluirTive o prazer de nos idos de 70 trabalhar em conjunto com a Pires e Santos num empreendimento na Zona Sul do Rio. Tinha AC.
ResponderExcluirUm porteiro ou zelador que trabalhe num prédio desses ganha mais do que muita gente boa. Mora bem, come bem, e quando se aposenta compra uma quitinete no Catete ou duas em Rio das Pedras com o dinheiro do FGTS. Na Rocinha não querem mais. O valor das cotas condominiais é proibitivo no Brasil e o custo do empregado formal são os responsáveis falência dos condomínios. A CLT precisa de ajustes. Porteiro morador com sua família, agregados, pássaro preto, bicicleta aro 28, e "radiolas", são coisa do passado.
ResponderExcluirExistem sim. Eu conheço pelo menos três que moram com suas famílias somente na área do Lido. Os cães substituíram os pássaros. A moto ou o carro a bicicleta e o IPhone a radiola. A diferença é que muitos ganham um extra passeando com os cães de moradores. Informações necessitam de atualização.
ExcluirPois é Ceará,individuo,como minha igreja não tem santo,tenho que passar o pires....
ResponderExcluirPastorzinho. O dito popular tem que ser completo ou seja: "Passar a pires de leite" o que significa tudo do bom e do melhor. Que melhor coisa do que Tarja Verde?
ExcluirDizem que Tia Nalu foi sócia do Condominio Brasil por 12 anos.
ResponderExcluir