Esta
foto, do acervo do Correio da Manhã, mostra o Hotel Praia Leme, um prédio de
dois andares e 30 apartamentos, na Avenida atlântica nº 866, de propriedade do
casal Charlott e Beno Huber. Funcionou desde os anos 40 e recebia principalmente
hóspedes alemães. O edifício Elmar dava para a Av. Atlântica e para a Gustavo
Sampaio.
Em
1977, seu vizinho no nº 854, o edifício Elmar na direção do Leme, construído em
1941, teve um recalque. Com o abalo os moradores vizinhos foram para a rua,
como os do edifício Avahy no nº 840 e também os do edifício Sayonara, bem como
os hóspedes do Hotel Praia Leme.
Segundo o gerente do hotel todos os hóspedes
foram evacuados e alojados em outra propriedade da mesma cadeia, na Av.
Princesa Isabel nº 7, "exceto uns argentinos que foram embora sem pagar a
conta".
Foi
feito um escoramento de emergência com perfis metálicos no edifício Elmar, mas
face à gravidade da situação reuniram-se o Secretário Municipal de Obras,
Orlando Feliciano Leão, os responsáveis pelo Departamento Geral de Edificações
(DGED), os representantes do Hotel Praia Leme, os síndicos dos edifícios
vizinhos (Sayonara e Avahy), técnicos da Tecnosolo, o Major Roberto Falcão, do
Corpo de Bombeiros, e o engenheiro estruturalista João Alves de Moraes, também
diretor de Engenharia Urbanística da SMO.
Depois
de muitas idas e vindas, conforme noticiado pelo JB de 23/8/79, optou-se pela
demolição dos 12 andares do Edifício Elmar. O construtor Alain Marot explicou a
forma da demolição, com todos os cuidados. A previsão era de um prazo de 90
dias a um custo de Cr$ 1 milhão 800 mil.
Notas:
1) Giersch Patrick, hóspede alemão, 20
anos, com um cúmplice brasileiro, segundo o JB de 09/01/1984, assaltou o cofre
do hotel em que estava hospedado, o Praia Leme.
2) Em 1988 6 homens saquearam o hotel.
3) O prédio da Construtora Marot-Soares,
após a demolição, ficou abandonado por 7 anos.
4) Atualmente, no local onde funcionou o
Hotel Praia Leme há uma filial do Supermercado Zona Sul
5) Alain Marot foi meu colega de turma
no Colégio Santo Inácio. Grande figura, do bem, querido por todos. Destacava-se
também como goleiro do time de nossa turma. Faleceu há 5 anos.
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Lembro bem deste episódio no Leme pois morava perto na época. Os moradores vizinhos reclamaram muito pois tiveram que ficar dias fora de casa. Houve também um outro prédio que caiu na Figueiredo Magalhães.
ResponderExcluirEu tenho a impressão que antigamente era mais difícil esses prédios darem problema, e ainda mais na zona sul.Sei de prédios que desabaram em Madureira e Bento Ribeiro mas não foram noticiados.Porque será que na zona sul é mais divulgado?
ResponderExcluirOntem mesmo estive aí. É um dos pontos favoritos de encontro dos donos de cães para um bate papo nos bancos que ficam em frente ao supermercado Zona Sul. O tempo passa e a gente até esquece que nesse local havia esse hotel mas lembra do prédio que se inclinou. A diferença entre o prédio citado pelo Plínio e este do Leme é que aquele (edf. São Luiz Rei) desabou e o do Leme foi escorado a tempo e demolido.
ResponderExcluirBom dia a todos.
ResponderExcluirPelo jeito, ficarei só acompanhando os comentários. Mas darei a minha contribuição em um FF: caiu de novo (com trocadilho) a casa do Sr. Nuzmann, pego tentando ocultar bens.
Recentemente passamos um mau pedaço num Hotel lá na Praia do Meireles em Fortaleza. Já havíamos nos alojados e saímos pelas nas redondezas para ver as novidades. Já eram 7 da noite e na volta ao chegar nos deparamos com carros do corpo de bombeiros já em plena atividade. O sinistro aconteceu no quarto pavimento local este onde ficava a central de informática do Hotel. Nossa aflição foi grande pois não podíamos subir para apanhar nossas malas ainda mais que estávamos no 11 pav.e os elevadores estavam desligados. Enfim, foi uma noite insone mas os proprietários nos alojaram num 5 estrelas do grupo na praia do Mucuripe. Valeu o susto pois o resto das férias ficamos numa boa. Bem, penso que dessa vez os caloteiros não se deram bem, muito pelo contrário perderam uma chance pois até as diárias ficaram a preço de custo para compensar o susto. Não ví o Pastor por lá, já que apesar de tudo gosta de comer caranguejos na Praia do Futuro.
ResponderExcluirCeará,acho que vc ficou preocupado com os euros que estavam na mala para a compra de jerimum com carne de sol.O resto á conversa fiada.Umavez passei sufoco em Dublin,quando de madrugada o alarme de incendiou ecoou pelo hotel e a galera saiu toda em trajes de sono.Um grande susto sem consequências e um enorme espanto.....
ExcluirBoa tarde a todos.
ResponderExcluirFico aqui me perguntando: Por que será que essas coisas acontecem?
Ano que vem completará 20 anos da queda do Palace 2, propriedade do falecido senhor Sérgio Naya.
Na garagem, um galaxy.
Eu "cantei essa bola" aqui no SDR, quando relacionei Galvão Bueno com Marin, Del Nero, e.....Nuzman!
ResponderExcluirO carro é um Ford LTD Landau. Este modelo, para mim, foi o mais elegante da série e foi vendido somente de 1973 a 1975. Tive cinco Galaxie e correlatos, fui um dono especialista e o carro era bom demais.
ResponderExcluirCom hóspedes alemães nos anos 40 o hotel deve ter sido muito bem vigiado.
ResponderExcluirO reflexo na portaria do hotel mostra aquelas coberturas modernas dos postos de gasolina na reformada Av. Atlântica do início da década de 70.
Realmente Joel. A rede Globo também na berlinda,sem dúvida.
ResponderExcluirObs: Ouvi dizer que a copa de 2018 será transmitida sómente pelas rádios com exceção da Globo tv que será a unica a televisionar a dita cuja.
Desdobrando: Foi cumprido também um MBA na casa do ex-dirigente do COB André Richer, também ex-presidente do Flamengo, onde foram encontrados além de relógios "Rolex", sete revólveres e respectivas munições. Galvão Bueno mostrou imparcialidade no "Show do Intervalo" quando narrou "os fatos" de forma prudente e profissional. Mas "o futuro a Deus pertence". Qualquer hora dessas chega a vez dele...
ExcluirJoel,não acredito que o Galvão vá entrar em fria.A chatice dele é espantosa e ninguém vai se arriscar...
ExcluirInforma a tia Milu que havia anteriormente no local do hotel Praia Leme o palacete Martinelli. Foi substituído por este prédio do hotel que vemos na foto. Em 1997 o hotel foi reformado e é onde funciona agora o Zona Sul.
ResponderExcluirLuiz. Uma dúvida: O Palacete Martinelli não ficava na Avenida Oswaldo Cruz, onde foi derrubado em 1976?
ExcluirSim, o palacete Martinelli, de Custódio Almeida Magalhães, parente do Gustavo Lemos (avô, eu acho), era na Oswaldo Cruz. Estou identificando a casa mourisca citada pela Milu, no Leme.
ExcluirWolfgang, segundo o livro sobre o Leme, escrito por Gastão Lamounier, efetivamente este prédio era da família Martinelli, mas não "o" Palacete Martinelli, que ficava na Oswaldo Cruz.
ExcluirNa zona norte também tem muitos palacetes,muitos ainda em bom estado,mas não valem muito dinheiro.Mas se tivessem um sobrenome valeriam milhões.São traços de uma sociedade preconceituosa e arrogante.Se esses palacetes tivesse nomes como "Mansão Severino","Solar do Benedito",ou "Quinta do Jorge", não teriam fama e seriam invadidos ou demolidos.
ResponderExcluirEsqueci de mencionar que o edifício que aparece na foto é o 880, conhecido como "Pantera Cor de Rosa", pois recebeu uma repaginada que deixou seus vidros com uma tonalidade que lhe proporcionou esse apelido. É conhecido no Leme não apenas por sua aparência mas também por ter sido a residência do empresário Tião Maia, "O Rei do Gado", inspirador da novela homônima da TV Globo. Suspeito que seu sistema central de climatização é um dos poucos nessa região, se não for o único. Talvez o Menezes saiba dizer.
ResponderExcluirO Leme é um bairro estranho porque "fica em Copacabana" mas "cheira" Glória ou a Catete. É uma espécie de Paraguai, onde tudo é falsificado, até mesmo a areia das praia. Não possui a valorização nem e até os moradores não tem o "savoi faire" de seus vizinhos de Copacabana.
ResponderExcluirMinha mãe Guiomar e minhas tias Edith e Dalva, trabalharam para Dona Charlott Uber eu a conheci e brincava com seus netos. Pesquisei e não encontrei sobre o assunto, mas o outro anexo ao hotel praia leme ficava em um prédio na Av. Princesa Isabel. Boa postagem, boas lembranças.
ResponderExcluirMeu pai e tio moravam no Elmar, tinham um apto no 10 andar de frente à praia. Deu pra salvar os móveis mas, infelizmente, perderam o apartamento. 10 anos depois, meu pai vendeu 1/24 do terreno. A imobiliária que comprou ia construir um novo prédio.Aí Veio o plano Collor e confiscou o dinheiro da empresa, logo depois faliu. Tem uma caveira de burro enterrada nesse terreno. Os moradores do prédio atrás, na Gustavo Sampaio, que devem ter gostado, pois ficaram com uma excelente vista ao mar.
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