Nas fotos de hoje
vemos, no início da década de 70, a
modernização do bondinho do Pão de Açúcar.
Nas fotos 1 e 2 temos as maquetes das novas estações do bondinho
do Pão de Açúcar, apelidadas de “Pato Donald”.
Nas fotos 3 e 4 vemos a coexistência dos dois bondinhos, durante
um certo tempo.
Na foto 5 vemos o bondinho fazendo 60 anos, em 1972.
Consta que a primeira escalada do Pão de Açúcar foi realizada em
1817, por uma inglesa que, vencendo todas as dificuldades, chegou ao cume onde
colocou uma bandeira de seu país. Um soldado português considerou o fato uma
ofensa e escalou o penhasco, arrancou a bandeira inglesa e a substituiu pelo
pavilhão real português.
Segundo Doyle, houve outras escaladas, uma delas em 1851, quando
uma caravana de 10 pessoas, organizada pela dentista Burell, entre as quais
duas senhoras e um menino de 10 anos de idade. Passaram a noite no cume,
soltaram foguetes e à noite acenderam uma fogueira visível em quase toda
cidade. Ao alvorecer hastearam bandeiras do Brasil, dos Estados Unidos e da
Inglaterra e desceram sem qualquer incidente. Depois as escaladas tornaram-se
frequentes.
A concessão para construir e explorar o Caminho Aéreo do Pão de
Açúcar, na Praia Vermelha, foi outorgado pelo Dec. Mun. nº 1260, de 29/05/1909,
ao engenheiro Augusto Ferreira Ramos e outros. As obras tiveram início no final
de 1909 com guindastes gigantescos montados na base do morro enquanto centenas
de operários, realizando perigosas escaladas, se incumbiam de transportar o
material. Escaladores levaram uma corda que foi lançada de lá de cima e
amarrada a um cabo-piloto, que serviu de guia para a extensão do cabo de aço
que sustentaria o bondinho. Com os recursos daquela época foi uma façanha.
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Era importante modernizar o bondinho mas para mim o anterior tinha mais charme. O novo me lembra o filme do James Bond.
ResponderExcluirNão me lembrava dos dois tipos de bondinho circulando juntos.
Consta também que no século passado um Ceará, indivíduo, fez a escalada e lá em cima plantou uma bandeira estilo arco íris.
ResponderExcluirPasseios desse tipo poderiam estar à disposição de turistas mas estão paralisados: Os teleféricos do morro do Alemão e do morro da Providência. O do Alemão possui um trajeto muito longo e pode descortinar um incrível "mundo novo". Em 2013 fiz um desses "passeios" no teleférico do Alemão e a visão do alto é semelhante às encontradas nas ilustrações existente em um livro atualmente desconhecido da maioria e cuja autoria é de um poeta italiano cujo sobrenome é "Alighieri". Mas o da Providência apresenta um "visual interessante" da Baía de Guanabara. Foram investimentos caros e que estão "às traças".
ResponderExcluirBom dia a todos.
ResponderExcluirNão conhecia nada dessa história.
Fiquei impressionado e curioso sobre o que o Luiz narrara no texto.
Existe algum livro que fale sobre a inglesa de 1817 ou a caravana de 1851?
É algo atípico para a época em aventuras do gênero ver mulheres e crianças superando a classe masculina.
Outra curiosidade: Por que Pato Donald?
Bom dia a todos.
ResponderExcluirA capacidade do brasileiro e do carioca, por consequência, em apelidar as coisas é um espanto (como diriam por aqui)!
Queria saber de onde veio a inspiração para chamar as estações de Pato Donald...
O Correio da Manhã de 1972, edição 24233, diz que a nova estação tem o apelido de "Pato Donald", um pato simpático, por sua semelhança com o referido pato. Diz que isto dará ao Pão de Açúcar "uma aparência de fantasia, própria das histórias de quadrinhos". Não há maiores explicações, mas o apelido "Pato Donald", dado pelos cariocas, é citado em várias reportagens. Acharam a estação com desenho semelhante à cara do Pato Donald.
ExcluirUma parte da estrutura parece um bico.
ExcluirNa terceira foto, perto do bondinho, tem um bico de pato na vertical. Talvez no lado oposto também.
ExcluirEsse bondinho de 1912 dava um pouco de medo.
ResponderExcluirO passeio no teleférico do Alemão foi uma das experiências mais marcantes que tive; apenas possível na época que estava "pacificado". Você olhar a favela naquela altura e ver o cotidiano das pessoas que lá moram é impressionante; pra quem estuda antropologia é um prato feito...
Joel, parece que o investimento nesses teleféricos foi da Supervia
Wagner, acho que a Supervilã só operava o sistema do teleférico, com integração em Bonsucesso.
ExcluirO investimento foi do Estado. Sérgio Cabral usou dinheiro público superfaturado para investigar em seus "currais eleitorais" com vistas à Copa do Mundo e Olimpíada. A Supervia apenas ganhou a concessão. O Wagner Bahia é testemunha de o quanto aquele complexo de favelas é imenso, muito maior do que a Rocinha. Não é sem razão que se transformaram em fortalezas muito bem armadas. Para desarma-las, leiam o que eu escrevi e O Globo publicou ontem em "cartas dos leitores" e eu acrescento o que não publicaram: Para encontrar e combater o tráfico e prender seus chefes, basta encontra-los diariamente na antiga "Cadeia Velha"...
ExcluirInvestir
ExcluirSó agora reparei no ato falho(?) do corretor ortográfico chamando a Supervia de Supervilã...
ExcluirSegundo a tia Milu, "Os bondinhos originais chegaram prontos da Alemanha mas, na medida em que os anos se passavam e eles iam se deteriorando, novos bondinhos foram fabricados ali mesmo pelo pessoal da Companhia Caminho Aéreo do Pão de Açúcar.
ResponderExcluirNo Morro da Urca foi instalada uma oficina onde os operários faziam toda a manutenção das cabines e do sistema de operação.
Logo após sua inauguração, o povo apelidou o teleférico de “bondinho” do Pão de Açúcar, uma vez que os carros aéreos lembravam muito na cor e no formato os veículos que circulavam pela cidade.
Os primeiros bondinhos eram de madeira envernizada e janelas de tela. Os outros foram pintados de VERDE, de AMARELO e de VERMELHO. As janelas tiveram diversas formas em madeira e no final, em alumínio.
Não há registro da época destas mudanças segundo a administração dos novos bondinhos."
Tudo feitode de concreto tudo feito para durar.Se fosse feito hoje seria de lona e ferro vide a obra do BRT lá na Ilhado Fundão.
ResponderExcluirVejam meus amigos, um cabra acorda e já as 7.00 da matina está com a língua de calango afiada. Eu na verdade subi ao Pão de Açúcar pela primeira vez num intervalo de uma festa do Circulo Militar nos idos de 60. Bem, como eu já estava com algumas doses de cuba libre na cuca e achava tudo engraçado e para fechar um bocado macho para enfrentar desafios. Lá se vamos nós as 9 da noite com destino a primeira parada do pequeno bonde que na verdade mais parecia uma caixa de fósforo vazia. Já na metade do percurso o vento começou a soprar e aquela caixa começou a balançar e muito a ponto de fazer uma parada técnica no meio do vão para evitar maiores consequências. Aí meu véio a coisa começou a ficar preta e todo mundo se agarrava onde podia mas logo a rebordosa chegou para alguns valentes em seguida a garapa começou a escorrer, já que o medo era grande, e os mosquitos foram embora dizimados pelo mau cheiro. E tome socorro...socorro, até que soltaram o freio de mão e descemos na ré. Foi um perrengue danado. Taí Pastorzinho, eu desci e não subi como vc.falou.
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