No
tempo dos fotologs do Terra sobre o Rio Antigo entre os que se destacavam havia
o “Voando para o Rio”, do JBAN. Ali todos aprendemos muito sobre as viagens do Graf
Zeppelin e do Hindenburg,, além de muitas fotos e comentários sobre aviões que
passaram pelo Rio no século passado.
Pois
hoje o “Saudades do Rio” aproveita estas fotos para fazer uma homenagem ao “Voando
para o Rio”.
Vemos
um dirigível americano, da U.S. Navy, no Aeroporto Bartolomeu de Gusmão, em
Santa Cruz, em novembro de 1943.
Veio
sob o comando do oficial G. D. Zurmuchlen e pilotado pelo tenente J.W. Rose,
tendo feito uma viagem direta de Caravelas (BA) ao Rio, onde ficou por cinco
dias. O "Blimp", nome pelo qual são conhecidos os dirigíveis desse
tipo, iniciou o serviço de patrulhamento do Atlântico Sul, estando perfeitamente
aparelhado para esse fim.
A
U.S. Navy operou no Brasil de 1943 a 1945, com dois esquadrões de Blimp em
missões de patrulha anti-submarina. Os “Blimp” K-110 ficaram baseados no
esquadrão ZP-42, em Santa Cruz, usando o antigo hangar do Graf Zeppelin como
quartel-general operacional. Voava com um grupo de combate de 10 homens.
Carregavam também cargas de profundidade, radar aerotransportado, metralhadora
calibre 50, rifles, armas de mão, paraquedas e engrenagem de detecção
submarina. A missão era escoltar os comboios de navios mercantes, ao longo da
costa do Brasil, o que fizeram com
sucesso.
No
dia seguinte à chegada ao Rio, este “Blimp” das fotos de hoje sobrevoou o
Jockey Club Brasileiro onde se realizava o GP Getúlio Vargas.
Após
este tempo no Rio o “Blimp”, além do patrulhamento marítimo, fez salvamentos
pelo país, como o de 22/12/1943 no Amapá, onde caiu um transporte aéreo
norte-americano. Em 1944, em fevereiro,
socorreu as vítimas de um avião militar que caiu perto de Igarapé-Assú.
Em
julho de 1944, no Rio, atendendo ao convite do comandante Dodd, chefe da missão
naval norte-americana, o presidente Getúlio Vargas aquiesceu em realizar o seu
primeiro voo num "Blimp". O chefe do governo estava acompanhado do
titular da Aeronáutica, do chefe do Estado Maior, do chefe da Missão Naval
Americana, comandante da 3ª Zona Aérea, comandante da base e do comandante
Mata, seu ajudante de ordens.
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Bom dia a todos.
ResponderExcluirNão sou especialista para falar sobre o assunto, entretanto, acredito eu de que os zepelins pararam de entrar em uso por causa do alto risco de se manter essa estrutura no ar, logo após o acidente acontecido com o da Alemanha, e também pelo avanço no campo da aviação.
É interessante ver essas fotos pois por mais que estivéssemos em tempos de guerra, mostra da hegemonia norte americana no mundo.
Até o hoje os EUA tem Bases Navais no Japão oriundos do tempo da guerra.
Não vou entrar aqui em polêmicas, pois vejo as coisas por outro ângulo. Há o lado ruim mas também há do lado bom.
Prefiro pensar numa troca de conhecimentos e porque não dizer de tecnologia entre as nações o que, particularmente, penso de que deveria ser assim. Seria uma forma de nós, os seres humanos, conseguirmos a tão sonhada união dos povos no mundo.
Mas que a Segunda Guerra Mundial foi um "investimento" que deu certo para muitos povos, isso foi!
Mesmo com todos os dissabores que é uma guerra, mas mesmo nela tem o seu lado bom.
Wolf, não foi apenas pelos desastres ocorridos com os dirigíveis que usavam o inflamável gás hidrogênio que esses aeróstatos deixaram de ser usados. Em especial os de grande estrutura se tornaram anacrônicos por serem lentos e seu tamanho os tornavam alvos fáceis da defesa antiaérea e dos caças. Ainda assim foram usados em bombardeios noturnos onde o silêncio de seu voo provocava medo nas populações.
ExcluirQuanto ao avanço tecnológico que decorrem dos grandes conflitos não restam dúvidas que eles existem, apesar do alto preço pago. Isso me faz lembrar que em certo momento o famoso Walt Disney foi cogitado para receber o Prêmio Nobel da Paz. Na ocasião Walt declarou que apesar da honra estranhava a lembrança do seu nome pois sempre entendeu que as guerras faziam parte da história da humanidade e ele nunca foi contra os conflitos, considerando-os necessários. E, ironicamente, citou o próprio Prêmio Nobel cujo idealizador, Alfred B. Nobel, foi o inventor da dinamite.
Durante os conflitos há a necessidade de ser inventivo.Naturalmente os conhecimentos são usados em tempo de paz. Não quer dizer que devemos desejar a guerra e as emergências. Melhor todos procurar a paz.
ExcluirPara quem tiver a curiosidade de conhecer as diferenças entre os aeróstatos (dirigíveis) sugiro este link: https://pt.wikipedia.org/wiki/Dirig%C3%ADvel. A curiosidade fica por conta do nosso prezado comentarista Eraldo, veterano aeromodelista, ter enviado a foto para um dos antigos fotologs da sua criação, uma miniatura de dirigível, em pleno voo.
ResponderExcluirFico impressionado com o tamanho destes dirigíveis e com a velocidade que atingiam.
ResponderExcluirTive a experiência de voar em um desses dirigíveis da Good-year em 2002 e a sensação é indescritível. Em pouco mais de uma hora, vi o Rio de Janeiro aos meus pés. Perguntei ao piloto sobre a possibilidade de o dirigível ser alvo de um projétil de fuzil, ao que ele me afirmou que mesmo atingido, levaria cerca de três horas para que ficasse totalmente vazio pelo fato de ser abastecido com o gás Hélio...
ResponderExcluirEstes blimps patrulhavam a nossa costa em busca de submarinos alemães que torpedeavam nossos navios. Tinham grande autonomia. Os submarinos convencionais passam a maior parte do tempo na superfície, já que precisam recarregar as baterias com motores diesel para navegar submersos.
ResponderExcluirBom dia a todos!
ResponderExcluirNem tanto, Mestre Docastelo! Eu apenas fotografei (e dei algumas sugestões, nem sempre muito boas, como a da produção doméstica de hidrogênio) para o então estudante Homero Couto, hoje arquiteto. Ele escolheu como projeto de ciências um dirigível. Sua apresentação deixou o professor boquiaberto!
Se não me engano, estes dirigíveis não tinham a fuselagem rígida.
ResponderExcluirBlimps são os dirigíveis não rígidos, como os que existem hoje.
ExcluirA Goodyear fabricou alguns blimps rígidos em conjunto com a Zeppelin, que foram operados pela marinha americana na II Guerra. Mas com o fim do acordo deixaram de ser produzidos. Um deles sobreviveu e está em um galpão em Akron, Ohio.
ExcluirEsta homenagem de hoje é na realidade um espanto!!!O fotolog Voando para Rio foi a maior indústria de montagens já existente no Brasil e quiçá no mundo.O Ceará,individuo,velho amigo do Comandante ,garante que o mesmo colocou Zeppelin até no pátio da Calango como forma de atrair clientes incautos.
ResponderExcluirO interessante é que os dirigíveis que " patrulhavam a nossa costa em busca de submarinos alemães que torpedeavam nossos navios" exibiam a suástica, símbolo nazista. Fruto de montagem, é claro. Muitos passeando em plena Baia de Guanabara. rs
ExcluirPara os que apreciam. Um mini blimp indoor. https://www.youtube.com/watch?v=s1w6a8PbIus
ResponderExcluirO fato de o Getúlio Vargas ter voado no blimp me lembrou um caso ocorrido durante uma aula de Direito Constitucional a que assisti, em 1970. O professor (um comunista declarado) estava discorrendo sobre os critérios de sucessão presidencial. Dizia ele:
ResponderExcluir- Se o presidente morrer, assume o vice-presidente.
Um aluno perguntou:
- E se o vice-presidente também morrer?
Deu-se então o seguinte diálogo entre o professor e o aluno:
- Então assume o presidente da Câmara dos Deputados?
- E se ele também morrer?
- Então assume o presidente do Senado.
- E se ele também morrer?
- Neste caso, assume o presidente do Supremo Tribunal Federal.
- E se todos eles estiverem num avião, este cair e morrerem todos?
Respondeu o professor:
- Aí a gente dá graças a Deus!
Mestre Hélio Ribeiro, este é o desejo de 90% da população nos dias de hoje.
ExcluirFoi profético esse aluno. Em 1970 era preciso ter coragem para para dizer qualquer tipo de gracejo ou piada política, já que as consequências podiam ser terríveis. Mas na atual conjuntura política, a "evicção" dos personagens mencionados parece ser uma unanimidade. Mas o povo brasileiro é "bovino", manso, prefere um churrasco na laje ou uma cerveja na praia, ainda que não possua nem uma "esteira para estrebuchar". FF. Uma previsão alarmante foi feita por um vidente, dando conta que entre 18 de Dezembro e 5 de Janeiro um grande "Tsunami" se abaterá sobre a costa do Brasil e afetará particularmente parte do Rio de Janeiro, Pernambuco, e seriamente a Bahia. Segundo o vidente, isso faz parte da "acomodação" do planeta onde serão expurgados muitos espíritos imperfeitos. Afinal estamos em via de a Terra se tornar um planeta de regeneração...
ExcluirSó ingênuos acreditam em previsões alarmantes de videntes. Não se tem notícia de qualquer um que tenha acertado esse tipo de previsão. Mas esse deve ser leitor das crônicas de Rubem Braga.
ExcluirSe realmente acontecer isso antes do Natal, vou procurar essa vidente e pedir para ela escolher as minhas dezenas de Mega Sena da virada.
ExcluirAcredito piamente na vidente pois previu que Muralha seria goleiro da seleção e ocuparia as manchetes no final do ano.
ExcluirAmen...
ExcluirBoa noite a todos.
ResponderExcluirO blimp da Goodyear ainda deve flanar pelos States em eventos esportivos. Passou por aqui, muito provavelmente na época das corridas da Indy em Jacarepaguá. Cheguei a vê-lo na região da Barra.
Outro blimp que flanou por estes ares foi o da Benedita, há 15 anos, devidamente registrado por mim...
Muralha joga?
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