As
fotos de hoje, do acervo do Correio da Manhã mostram o Cinema Colonial, que
ficava no Largo da Lapa nº 47, no Centro. Funcionou de 1941 a 1961, com 1578
lugares. Foi desapropriado em 18/12/1964 e transformado na Sala Cecília
Meireles. Antes, a partir do final do século XIX, funcionaram no local do
cinema dois hotéis. Quando o prédio se transformou em cinema a fachada foi bem
modificada, perdendo suas características.
O
filme exibido na inauguração foi “O Patriota”, realização do cinema francês,
com Harry Baur. A seguir houve um show luso-brasileiro com a participação de
Beatriz Costa, Alda Garrido, Os Anjos do Inferno, Jararaca e Ratinho, Jorge
Murad e Jurema Magalhães. O cinema funcionou até 17/09/1961. Em 1964 foi
desapropriado e em seu lugar ficou a Sala Cecília Meireles.
O
prédio original foi construído em 1896 e nele instalou-se o Hotel Freitas. Com
a mudança do arrendatário, mudou o nome para Grande Hotel. Desprestigiado mais
tarde, com a transformação da vida noturna da Lapa esteve ameaçado de demolição
em 1939. Nos anos seguintes foi adaptado para cinema e para teatro. A
inauguração do Cine-Teatro Colonial constituiu acontecimento muito comentado
nos jornais da época, conforme conta A. Gonzaga em seu ótimo “Palácios e Poeiras”.
Por
ocasião da visita da imprensa que precedeu sua estréia relatava o Correio da
Manhã: “Os visitantes estiveram na vasta platéia e nos balcões, com capacidade
para 2000 pessoas sentadas em ótimas poltronas que permitem ao espectador uma
perfeita visibilidade onde quer que se coloque, em virtude de apresentarem
declive suficiente para tal. Na cabine das máquinas, os aparelhos de som e
projeção tipo “Miraphonic” da Western Electric são os mais perfeitos do mundo.
As amplas dependências do Cinema Colonial possuem ar refrigerado sistema
“Kooler-Aire” que injeta 90.000 metros cúbicos de ar lavado e refrigerado em
serpentinas de água gelada. A iluminação era toda indireta e a tela inteiramente
de porcelana, o que constituía uma inovação na época.”
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Li em algum lugar que o prédio pertenceu à Sociedade de Beneficência Portuguesa desde 1939. Foi adquirido por 1.280 contos de réis, do espólio de Joaquim da Silva Sá.
ResponderExcluirQUANTO ÀS FOTOS DE ONTEM SÃO DE MADUREIRA OU NÃO? HÁ SÉRIAS DIVERGÊNCIAS NOS COMENTÁRIOS E O GERENTE NÃO SE POSICIONOU.
ResponderExcluirSegundo o comentarista Mauro Xará, especialista em zona norte e "subúrbios", nenhuma foto mostra Madureira. A primeira é Cascadura, a segunda é Quintino. A terceira ninguém confirmou e a quarta há a desconfiança de ser na região do Engenho Novo.
ExcluirDepois a turma da Zona Norte reclama que não é prestigiada pelo SDR.Quatro fotos e vários pitacos diferentes sem conclusão dos locais parecendo mais o concurso do Sherlock.Dá para chegar a uma conclusão?
Excluir"Cada um no seu quadrado". Essa "partilha de competências" é extremamente salutar para o SDR, visto que quase todos os comentaristas sejam "especialistas" em partes específicas do Rio. Embora alguns achem que "entendam de tudo", compartilhar conhecimento é sempre uma boa iniciativa e contribuiu para o crescimento "deste sítio".
ExcluirO coreto é em Quintino com certeza:
Excluirhttps://goo.gl/maps/doKin7TsgJL2
Um prédio imponente e que milagrosamente foi conservado. Já devia estar desativado na época da foto, que mostra ainda sinais de que os bondes ainda estavam em funcionamento.
ResponderExcluirCerta ocasião o JBAN comentou sobre este local, lembrando que, do lado esquerdo, fora da foto, ficava a mercearia do Elias, onde hoje é o Restaurante do Ernesto. Nela toda a família comprava com frequência. Na Igreja da Lapa os pais dele se casaram. O pai trabalhou para os Carmelitas para reforçar o salário da bancário. Os tios estudaram no Santo Alberto e a mãe no Colégio das Freiras. A família frequentava muito o armazém do Elias (agora Restaurante do Ernesto) e a Padaria Monroe (de onde saiu o gato da avó, o Monroe, como ela o chamava).
ResponderExcluirPor uma conjunção dos astros foi aí na Lapa que ele começou a vida profissional como estagiário e funcionário da Buroughs, depois Unisys. Nadava na ACM, comia no Cosmopolita, Bar Brasil e Nova Capela, além de outros pés sujos da região. Trabalhou na Conde de Lajes, na Rua Taylor e na Joaquim Silva. E na Mesbla da Rua do Passeio, só para não ficar muito longe.
Tela de porcelana!
ResponderExcluirQue saga enfrentou o imóvel.
Soube pelo Docastelo que na segunda metade dos anos 70 se apresentou na Sala Cecília Meireles um trio suíço que inovou o mundo das artes com a mistura de habilidades cênicas, com forte acento mímico, o MUMMENSCHANZ, que pode ser visto em http://www.youtube.com/watch?v=3eazq_8jCOg
ResponderExcluirMuito boas informações. Fui várias vezes na sala Cecilia Meireles para audições de música clássica. Na fase atual do Estado do Rio os espetáculos bons estão rareando.
ResponderExcluirNa terceira foto, à direita, um Ford Vedette.
ResponderExcluirLeva mais pinta de igreja que cinema mas tem história muito interessante. O sistema de ar refrigerado será objeto de avaliação do Ceará, indivíduo e sua Calango.Estas histórias do JBAN não seriam ficção?
ResponderExcluirPois é caro Pastor de terceira. Na segunda e grande reforma da Sala Cecilia Meireles eu já estava lá fazendo meu AC por conta da empresa a quem prestava serviços. O grande problema para os Audiófilos de primeira categoria são as dimensões ultra retangulares do espaço, promovendo total desorientação as ondas sonoras que não sabem como se arrumam pelo espaço. No AC.também sofri, a Sala tem as laterais extremamente cumpridas em relação a testada que é curtíssima. distribuir o ar nessas condições não é fácil notadamente porque não pode haver qualquer ruído de velocidade do ar nos dutos. Não foi fácil. Enfim, deu-se jeito e tá lá para posteridade. Aliás logo após a reforma o instrumentista Flamenco Paco de Lucia se apresentou e tive a oportunidade de ir a audição na base do 0800. Fantástica a apresentação do Violonista Espanhol. Agora tenho a impressão que para a Igreja do Pastor esse imóvel não seria muito adequado. Ele precisa de grandes espaços para acolher os 5 mil fieis que comparecem nos finais de semana e que deixam a sacolinha abarrotada em notas de $20,00.
ExcluirCeará,individuo,gostei das explicações técnicas e sabia que a Calango colocou frescura com maestria.Com relação a minha igreja,fechei hoje o balanço de Setembro e só deu tarja verde.Resultado:com tarja verde,fechamos no vermelho.
ExcluirNa Lapa de outrora era possível que uma família pudesse viver pacatamente. Armazéns, escolas, restaurantes, farmácias, firmas diversas, e tudo que um bairro deve ter. Atualmente temos a quase total ausência de prédios, excesso de veículos, violência, "viadagem", drogas, e uma vida noturna completamente descabida e nociva.
ResponderExcluirSó conheci o DKW e o Jipe.
ResponderExcluirSó agora vi o post de ontem. Realmente as imagens não são de Madureira.
Bom dia a todos.
ResponderExcluirFico imaginando o que deve ter sido necessário para transformar um hotel com quartos em um cinema... Hoje, transformam cinemas em igrejas, lojas de departamentos e até livrarias.
Verdade, cinema é mais fácil de converter em qualquer coisa devido ao imenso espaço vazio. O contrário é mais difícil.
ExcluirBom dia a todos.
ResponderExcluirEssa área aí até que deu uma melhorada ou melhor dizendo, maquiada com esses eventos que o RJ teve ainda quando a nossa sociedade estava anestesiada com tudo achando de que éramos uma cidade de um país de Primeiro Mundo.
Como o efeito fantasia passou, hoje estamos sentindo do efeito de querermos mais uma "dose de whisky" ou mais um "carreira" para ingerirmos e nos iludirmos mais um pouco.
Do lado da Sala Cecília Meireles há uma construção que é da UERJ ou UFRJ que até um tempo atrás ocupado pelo curso de Belas Artes.
Mais adiante reformaram um edifício que durante décadas era um cortiço e agora acredito que seja de uma Empresa.
Por um acaso o armazém do Elias é aquele posicionado na terceira foto bem a esquerda?
Materia publicada ontem em O Globo mostra os desacertos da região central do Rio de Janeiro,especialmente em relação a camelôs e usuários de drogas e/ou moradores de rua.Pelo visto a coisa está fora de controle e as autoridades perdidas.Será necessário muito trabalho para por um pouco de ordem na cada pelo que diz a matéria.Um verdadeiro espanto!!!
ResponderExcluirApesar de não ser fã da Rede Globo, confesso que a caracterização da Lapa de 1929 na novela das Seis está bem interessante. Tem inclusive um armazém. Vale a pena conferir.
ResponderExcluirLacerda foi subordinado de Cecília Meireles no Diário de Notícias. Dizem que foi um amor não correspondido.
ResponderExcluirEstou na dúvida se além desse cinema havia outro na Lapa. Lembro de ter visto o filme "Sete Homens de Ouro" em um cinema nessa região (não foi no Plaza). Mas como esse filme é de 1965 e o Colonial encerrou suas atividades em 1961 não foi nele. Talvez o Lino saiba esclarecer essa dúvida.
ResponderExcluirEm tempo: Para quem quiser o filme que fez sucesso na época. https://www.youtube.com/watch?v=tq2dfoNbtiA
ResponderExcluirAtenção para a introdução com um tema jazzístico do orquestrador Armando Trovajoli. E, claro, a participação da fantástica Rossana Podestá.
Gostaram da rodada que passou toda ela de encomenda pela Venus Platinada e orquestrada de acordo com o que já está definido?Ficam os incautos acreditando na lisura do campeonato Nacional quando tudo é definido fora do campo e apenas transportado para arrumações com arbitros e mesmo jogadores todos na gaveta.Manda a Rede Globo e sua audiência e se alguém ainda duvida é só ver o Corintians que andou fugindo do combinado e levou algumas advertências.Chegaram a apostar na queda do São Paulo mas estava fora do script e rapidinho voltou a boa posição.Tem gente que ainda acredita esquecendo que Teoria da Conspiração não falha em termos de futebol.
ResponderExcluirInteressante a história do prédio e também a da família do JBAN na Lapa. Porém o Pastor está achando que o Comandante Jbandeira "esquentou" o curriculum vitae. Aguardamos o parecer do Tio Mé, experiente em análises de currículos.
ResponderExcluirImagino que o tamanho da tropa que trabalhava em cinemas até a década de 60 era enorme no Centro. Desde porteiros até lanterninhas, bilheteiras, gerentes e operador de projetor. E tinha aquele que carregava latas com filmes para todo lado.
O DKW é da primeira leva de sedãs, de 1958 a 1960, ainda com os parachoques do modelo alemão e a porta traseira menor. Não consegui ver o escudo na frente da porta dianteira, se houver um 1000, não é 1958. Além do Jeep Willys, está um Pontiac 1950-51 e um Ford Vedette, já de grade redonda, de 1953.
ResponderExcluirBoa noite ! Que eu me lembre, só vi um filme neste cinema, que era conhecido como sendo pulgueiro. Verdade ou não, saí do mesmo me coçando todo. Auto-sugestão ???
ResponderExcluirSe não me engano, o filme foi "Ladrão de Casaca" filme de Alfred Hitchcock, estrelado por Cary Grant, Grace Kelly e Jessie Royce Landis.
Curiosidades (Wikipédia): Aos dez minutos após o início do filme, Alfred Hitchcock senta próximo de "John Robie" (Cary Grant) em um ônibus.
"To Catch a Thief" (título original) é considerado o filme mais romântico de Alfred Hitchcock.
Diz a lenda que todos os que trabalhavam com Grace Kelly se apaixonavam por ela, e dizem que isso aconteceu até com o próprio Hitchcock, homem de família e respeitoso, de forma não assumida.
Paulo,é que nas cantilenas do JBAN tem sempre uma montagem.E tem gente que acredita piamente...***Muller,até eu que sou mais bobo fiquei apaixonado pela Grace Kelly especialmente neste filme.A beleza dela era motivo de vários espantos!!!!
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