Nas fotos de hoje, todas
garimpadas pelo Nickolas (as duas últimas são fotogramas), vemos as vizinhanças
do Copacabana Palace.
Na primeira foto,
num dia chuvoso, vemos a varanda em frente ao hotel e, segundo o Gustavo, um
dos automóveis é um Packard.
Nas outras fotos
vemos a propaganda da Coca-Cola junto à Pedra do Inhangá, que antigamente era a
divisa entre as praias do Leme e Copacabana. Com a remoção de boa parte desta
pedra a divisa passou a ser a Av. Princesa Isabel.
Na última foto o
prédio em construção é o do Hotel Excelsior, no final dos anos 40.
Conta,
ainda, o Gustavo que o terreno da Pedra do Inhangá foi duramente disputado por
D. Mariazinha Guinle, proprietária do Copacabana Palace, e o empresário polonês
Henryk Alfred Spitzman Jordan, que pretendia construir quatro prédios no local
(Chopin, Prelúdio, Barcarola e Balada). A briga foi feroz e o polonês levou a
melhor. D. Mariazinha não se conformou e pretendia construir um muro na lateral
do hotel para tirar a vista dos prédios. O empresário ameaçou colocar as
cozinhas e áreas de serviço voltadas para o muro. Finalmente foi selada a paz e
as partes chegaram a um acordo. Henryk construiu os prédios e foi morar na
cobertura do Chopin, em companhia da sua mulher brasileira Josefina Jordan,
definida por Ibraim Sued como a grande locomotiva da nossa Alta Sociedade.
O
automóvel que aparece na segunda foto é um Ford 1946/1947.
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Esse é o verdadeiro Edifício Ceará, residência de verão de um famoso abonado que vive com uma aposentadoria de 6 paus.
ResponderExcluirE mais uma vez ao olhar as fotos me dá vontade de ter vivido nesta época mesmo sem os confortos atuais.
ResponderExcluirÉ impressionante como o Nickolas consegue achar fotos coloridas daquela época.
Tirando a foto inicial as outras duas me deixaram totalmente perdido em relação ao texto.Não consegui me situar.A garimpagem do Nickolas é mais uma grande colaboração as recordações. **O Ceará, indivíduo, revela um bom aumento na aposentadoria do abonado.Em tempos de Previdência falida um grande espanto!!
ResponderExcluirUm costume arraigado há muito tempo é o de a mídia "não especificar corretamente" a nacionalidade das pessoas citadas, apenas "generalizando" como o "polonês", o "húngaro", o "alemão", etc, quando na verdade são judeus, como o citado na postagem. A grande quantidade de judeus que abandonam a Europa nos anos 30 e se estabeleceram no Brasil com suas riquezas, tiveram como destino Copacabana. Naquele tempo eram vulgarmente conhecidos como "gringos". Zilberstein, Spitzman, Bordowsky, Zveiter, e muitos outros, são na verdade sobrenomes de origem israelita. Com um mercado imobiliário incipiente, Copacabana foi escolhida por muitos desses abonados. Como um comentarista mencionou ontem com muita propriedade a origem de Senor Abravanel, fica o registro.
ResponderExcluirDiferente dos citados judeus abonados a família de Senor Abravanel, filho de um imigrante judeu sefardita de origem grega, se estabeleceu e morou por vários anos na Travessa Bemtevi, no bairro da Lapa, RJ, local de nascimento do apresentador e empresário.
ExcluirJoel.
ExcluirNão foi somente em Copacabana que o povo judeu foi se estabelecer não.
Em Laranjeiras muitos judeus e alemães foram ali parar.
Na verdade o judeu existe no mundo inteiro, creio eu. Pelo menos no Ocidente e Oriente Médio.
Joel, sou genealogista e conheço a origem dos sobrenomes e das pessoas. O Henrik Alfred Spitzman Jordan era mesmo polonês de nascimento e sobrenome. Nenhum dos sobrenomes que vc citou são típicos de judeus, embora no Brasil sejam. Com a diáspora, os judeus se espalharam pelo mundo e adotaram os sobrenomes locais, principalmente para não serem discriminados. Os sobrenomes típicos judeus seguem o modelo semita, também adotado pelos árabes: Prenome, nome do pai e algumas vezes o nome do avô. O fundador do Estado de Israel chamava-se David ben Gurion (David filho do Gurion). Este é um sobrenome típico judaico. Os árabes imigrantes eram chamados de turcos, porque entravam no Brasil com passaporte da Turquia. Isso foi antes da ONU, que hoje fornece passaportes para refugiados. Isso aconteceu com imigrantes de outros países que recebiam passaportes que não eram do seu. Essa confusão acabou a partir de 1948.
ExcluirWolfgang, o povo judeu é um dos mais inteligentes e operosos que eu conheço. Afora "pontos de vista controversos" que existem, todos são estudiosos e trabalhadores. Não há espaço para vagabundos, funkeiros, ou marginais. Preservam as tradições, ainda que isso lhes seja prejudicial.
ExcluirEm nenhum momento a inteligência ou operosidade do povo judeu foi questionada. Isso é o que costuma ocorrer quando alguém se envolve em assuntos que não domina e fica sem argumentos. Aí tergiversa.
ExcluirVale lembrar que até os anos 40 um grande núcleo judeu ficava na área da Praça XI e Cidade Nova, removido com a abertura da avenida Presidente Vargas.
ExcluirA primeira foto olha para o Leme. As duas outras olham no outro sentido, com o fotógrafo bem em frente à portaria do hotel , olhando em direção ao Posto 6.
ResponderExcluirBom dia a todos. Depois de uma semana afastado do SDR, passeando por uma região do Brasil onde ainda existe uma forma civilizada de viver, com casas com belos gramados sem muros ou grades para protegê-la, bebendo bons vinhos e cachaça da melhor qualidade. Pelo menos volto com uma foto de um local, que simbolizou o que melhor representou o Rio em seu esplendor. A Copacabana chuvosa ainda assim glamorosa, mesmo sem a presença do sol. As varandas do Copa ainda bem próxima das vistas dos pobres mortais, onde nela curtia a juventude o Conde DiLido. E as belas fotos coloridas pescadas em Copacabana pelo mestre Nickolas, onde ainda podemos ver que a Coca Cola da época além de ser melhor era muito mais barata do nos dias de hoje.
ResponderExcluirVou discordar do comentarista Lino no que se refere ao preço da Coca Cola. Nunca ela foi tão barata como hoje. Nos supermercados, o "combo" com quatro embalagens de 1,5 litros custa R$ 14,00. Uma pechincha.
ExcluirTio Lino. Pela descrição do local ouso dizer que o Sr.estava na Praia de Jurerê Internacional em Florianópolis. Lugar de abonados e onde o Pastor de Terceira está construindo a filial da sua igreja.
ExcluirA comparação que fiz foi entre uma garrafa de Coca Cola 200ml que existia naquela época e a de hoje, vendida em bares e restaurantes.
ExcluirO refrigerante nunca foi tão barato.
ExcluirNa década de 70 garrafa de coca-cola de 1 litro era chamada de "família". Era apenas um copinho para cada um aos domingos. Hoje se está próximo de lançarem embalagem de garrafão de 20 litros.
A isto se deve, claro, à competição e à evolução da informática e dos meios produtivos. Por tudo isto hoje temos carros, computadores e eletrodomésticos muito superiores aos que eram produzidos em um passado recente.
O out door indica o preço da garrafa da Coca Cola em Cr$ 1,50. Como o gerente nos situou no final da década de 1940, atualizando os Cr$ 1,50 pelos índices do IGP-DI(em uso desde 1.944) a partir de 01/11/1948, teremos em 01/11/2017 (22.202 dias) o valor para a Coca Cola em garrafa de vidro no preço de R$ 2,03. Ou seja, era razoavelmente barato naquela época.
ExcluirConsultor financeiro.
Não é bem questão de atualização monetária. O poder aquisitivo era menor, toda cadeia produtiva era bem mais cara. Atualmente é bem mais barato, mesmo para quem ganha pouco.
ExcluirBelo registro! Acho que esse glamour está se perdendo e, infelizmente, sem volta. Resta a beleza arquitetônica, hoje sitiada entre caixotes de concreto. O mar, a praia com sua areia fina, eram uma visão linda e limpa, sem a interferência de quiosques horrorosos. Passear pela avenida era tranquilo.
ResponderExcluirEnfim, choramingar não adianta. Vou ali tomar uma coca-cola gelada numa garrafa de vidro, que é bem mais gostosa.
Na primeira foto vemos um Mopar 1955, provavelmente um Plymouth, e mais atrás, um Packard 1951. Meio escondido, um Hudson Hornet pós-49. Na segunda foto um Ford 1946. O modelo 47 saiu com lanternas redondas e abaixo dos farois.
ResponderExcluirBiscoito, em princípio concordo que o modelo do Ford pode ser de 1946 mas há modelos 1947 com as lanternas na parte de cima. Veja o link: encurtador.com.br/cjW35
ExcluirBom dia a todos.
ResponderExcluirDia de acompanhar os comentários. A primeira foto mostra um dia chuvoso, como pode ser o próximo fim de semana. Na segunda foto, além da propaganda da Coca-Cola, dá para ver uma que parece ser da Ducoco (ou algo muito similar). A outra sem chance de identificar.
Não pode ser Ducoco.Esta empresa foi fundada em 1979 e eu fui assessor para assuntos diversos.
ExcluirMas parece ser Ducoco mesmo.
ExcluirParece mas não é...
ExcluirEm 1939 a Polônia possuía cerca de Três Milhões de Judeus. Em 1945 restaram vinte e cinco mil. Some-se a esses dados o fato de que a população da Polônia, o maior país católico da Europa, não suportava os Judeus e isso foi um fator preponderante para que o "holocausto" tomasse as dimensões que tomou.
ResponderExcluirAí então parece estar a servidão de vista que os prédios Chopin e Cia tem sobre o Copa.
ResponderExcluirBom dia a todos.
ResponderExcluirUma das coisas que mais acho detestável no RJ é o tamanho das calçadas conforme apresentado nas fotografias aí em cima.
Não é uma crítica as que aparecem nessa época, porém, as que continuam ainda nos dias de hoje desse tamanho, onde houve um aumento da população no país e no planeta.
Certa vez assisti de uma entrevista de um engenheiro do Departamento de Trânsito da cidade de São Paulo. Ele disse algo que nunca mais saiu de minha mente: "As ruas nunca foram pensadas para os pedestres no Brasil. Sempre foi levado em consideração os veículos. Os pedestres sempre foram tratados como algo de quinta categoria".
Infelizmente as palavras dele são reais.
FF: a respeito do "post" de ontem, sobre a PANAIR, transcrevo comentário do Sergio Luiz dos Santos: "Recomendo sem reservas o livro Pouso Forçado de Daniel Leb Sasaki. Ler tudo o que foi feito e da forma como foi perpetrado dá uma ideia da perseguição não só contra a Panair mas outras empresas pertencentes aos sócios, como a TV Excelsior. Não se pode esquecer também o dedo da Varig nessa questão. Pensar que anos mais tarde, alteraram a legislação criada para prejudicar a Panair para favorecer a Varig quando ela "quebrou". Vale também ver o documentário disponível na internet que posto aqui. Muita gente até hoje acredita nos motivos "financeiros" mas vale ressaltar que a Panair saiu vencedora na justiça, completamente limpa e inocente e tecnicamente poderia até voltar a operar, mas o tempo passou, são outros... O caso Panair é típico dos rumos que a intervenção militar tomou ao fazer perseguições políticas aos que se opunham aos rumos tomados que desagradou a muitos, até mesmo apoiadores da intervenção. A Varig, acabou pagando por todos os favorecimentos recebidos ao longo de sua existência, infelizmente, a conta ficou para seus funcionários e não para os que se deram bem... https://www.youtube.com/watch?v=LxTE0lstKmk"
ResponderExcluirOntem mesmo havia uma manifestação no aeroporto de Porto Alegre, que após mais de 10 anos do fechamento da VARIG até hoje não receberam suas indenizações e não tem acesso ao fundo de previdência da empresa.
ExcluirContinua o Sergio: "Ainda sobre o assunto Varig, aqui levantado, é extremamente curioso notar que ela foi fundada em 1927 e antes de findo este mesmo ano, já estava em situação de penúria, sem aviões para voar, com a saída do Sindicato Condor da sociedade, levando consigo os aviões que faziam parte do acordo. Farta documentação, inclusive na FGV mostra os pedidos de políticos gaúchos para ajuda do governo, que culminou na compra de alguns aviões a ela repassada (talvez não tenham nunca sido pagos). Ela se tornou a "queridinha" do Gegê, por ser gaúcha e no famoso troca troca foi com o tempo, tendo de criar e manter rotas deficitárias para honrar pedidos do governo militar, afinal devia muitos favores. Uma constatação curiosa é que, pelo que sei, apenas a Varig tinha o privilégio de ter selos emitidos em sua homenagem pela EBCT (não me refiro os primeiros selos que eram emitidos pelas cias aéreas), o que é mais uma forte prova da "amizade" entre as partes. Não há só o caso da Panair, mas também o da Cruzeiro do Sul, dentre outros. Desnecessário dizer que a administração da massa falida da Panair acabou virando um belo cabide de emprego, com alguns militares da ativa também recebendo salários, bons salários, atuando nessa intervenção. Aliás, cabide de emprego é outra qualidade nossa, um bom exemplo foi a "nacionalização" da Condor, onde trabalhavam alguns apareceu vaga para muitos na Cruzeiro..."
ResponderExcluirNunca tive simpatia pelos militares mas o que mais me irritou foi a quantidade de empregos e cargos que lhes eram ofertados no período da ditadura. Não havia setor do serviço público onde eles não estivessem enfronhados. No esporte e em especial no futebol, a situação era calamitosa. Sempre oficiais três armas metendo o bedelho na vida pública.
ExcluirComo sempre na briga entre o mar e o rochedo, quem sai no prejuízo são os mariscos.
ExcluirDe certa forma eu concordo com esse "anônimo". Tivemos que aturar os "Coutinhos", os "Parreiras", e os "Calominos". Mas pelo menos fizeram algo de útil. Agora temos que aguentar as "nomeações evangélicas" da IURD por obra e graça de Crivella e de seu suplente Eduardo Lopes. Não sei o que é pior nas escolas: A ideologia de gênero ou a "catequese" e os cultos na sala de aula.
ExcluirIsso aí eu vou ter que concordar com o comentário do Anônimo de 12:29.
ExcluirÉ bem verdade de que sempre e em qualquer Governo houve mamatas para se empregar colegas e camaradas. Sempre foi assim e assim sempre será, como eu bem disse ontem, porém, o Governo Militar não foi exceção, mas simplesmente seguiu a regra.
Eu já disse isso aqui em outras ocasiões e muitas vezes, de que quem acabou com o Lloyd foi a chamada "Política do Cisne Branco".
Quem era vivo na época sabe do que eu me refiro.
Em uma escala avassaladoramente maior, semelhante ao Sudão de 1885, onde os sectários do "Mahdi" massacraram as tropas do General Gordon, estamos sofrendo uma pressão evangélica em todos os setores da vida, desde as escolas fundamentais, passando pelas favelas dominadas pelo tráfico, pelo serviço público, pela política, e até pela televisão, onde a "xaropada" da Record com novelas bíblicas, a "terapia do amor", "a cura dos vícios", "fala que eu te escuto", e o "desafio da cruz, são um incentivo ao "auto exílio".
ExcluirGostaria de registrar a quantidade de comentários interessantes nos últimos dias.
ResponderExcluirAproveita e alivia a censura prévia.
ExcluirTia Nalu adora Coca-Cola.Seus "cumpanhêros" vão de 51.
ResponderExcluirA Mopar seria uma indústria de peças que funciona como terceirizada para grandes montadoras?
ResponderExcluirEra apenas a marca registrada das peças originais Chrysler, assim como FoMoCo era da Ford.
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