As duas primeiras fotos foram colorizações do Conde di Lido e as demais foram publicadas por Luiz Paulo Junior no Facebook.
Vemos o
magnífico Cine São Luiz, inaugurado em 22/12/1937 na Praça Duque de Caxias,
depois Rua do Catete nº 315. Um belo exemplo de art-déco, já com a fachada original
parcialmente descaracterizada na foto em que no cartaz aparece o filme “Os Três Dias
Do Condor”.
Foi
inaugurado com o filme Ella e o Príncipe" – “Thin Ice” - com Tyrone Power
e Sonja Henie. O projeto deste cinema
foi do arquiteto Jaime Fonseca Rodrigues e sua arquitetura interna foi
inspirada no Radio City Music Hall, de Nova York. Chegou a ter 2002 lugares em
1945 e foi demolido a partir de janeiro de 1980.
O interior art-déco
do São Luiz já foi explorado em várias publicações sobre o estilo, tal a sua
qualidade e quantidade de elementos característicos, como as dominantes
verticais, os frisos nas pilastras e o escalonamento dos caixotões do teto. As
escadas laterais, com o arranque curvo, lembram muito outros projetos de
cinemas da época, como o Roxy. Sem contar, é claro, o eterno recurso de usar
espelhos para "duplicar" o ambiente, já bastante amplo.
Na realidade
o que foi demolido à época da construção do metrô foi o magnífico salão de entrada.
A sala de exibição ficou incólume, assim como as escadas. Na época a entrada
pela Rua do Catete foi fechada e se entrava pela “lateral” do hall, pela Rua
Machado de Assis, por uma portinha discreta. Só anos depois o prédio foi
demolido para ser construído o shopping.
Mais uma insanidade que o nosso metro contribuiu para cidade do Rio além do já famoso Senado Federal da antiga capital da Republica. O interior desse cinema lembra-me muito o estilo do Cine Carioca na Seans Pena- Tijuca da época de minha adolescencia mas que foi preservado e desde algumas décadas é uma Igreja evangélica. Queria perguntar o "do contra" se ele derrubaria várias joias de uma arquitetura que foi um marco na nossa cidade para colocar as famosos chaminés de ventilação do Metro espalhadas pela cidade?
ResponderExcluirO Senado ou seja o palácio Monroe não foi abaixo por conta do metrô que fez uma curva para evitar isto. Foi decisão do general presidente Geisel conforme portaria assinada pelo Golbery. Além é claro do apoio de arquitetos como Lucio Costa. Já li isto aqui no SDR.
ExcluirGeisel mandou demolir o palácio do Monroe em razão de uma picuinha do passado, uma fútil vaidade.## A última vez que estive no São Luiz foi em 2001 quando assisti O Xangô de Baker Street. Na saída, um Spaghetti no Spoletto.
ExcluirOlá, Dr. D'.
ResponderExcluirEra muito novo quando o cinema foi demolido e ficava muito longe.
Os cinemas de rua da minha infância não foram demolidos, mas foram desativados por vários motivos. Igrejas e falta de público, geralmente. A inauguração de cinemas em shoppings foi um duro golpe nos de rua.
Para quem não leu o comentário do Eraldo sobre séries de TV ontem vale a pena. Que memória.
ResponderExcluirO número de séries era imenso. Lembro de assistir Jet Jackson, Cidade Nua com James Franciscus, Hong-Kong, Ivanhoé, São Francisco Urgente, Winnetouna TV Continental, e por aí vai. O horário nobre, depois do telejornal, era ocupado pelas séries e não por novelas.
Em tempo, aproveitando o tema de hoje, ontem morreu o intérprete original do Darth Vader na primeira trilogia de Guerra nas Estrelas. O que ficava dentro da roupa, não a voz...
ResponderExcluirSobre a postagem de ontem, deu cansaço só de ver o comentário do Eraldo. Minha lista é infinitamente menor.
Os cinemas de rua foram perdendo espaço para os de shopping por conta da falta de estacionamento e o aumento do índice de violência. Eu frequentava muito os cinemas de Ipanema, Leblon e Copacabana nos anos 70/80 e para encontrar uma vaga era uma loucura. Quando ia na última seção, das 10:00 à meia noite, na saída tinha que deixar a namorada esperando na porta do cinema enquanto ia pegar o carro.
ResponderExcluirIr ao cinema e voltar para casa à meia-noite caminhando era comum no Leblon,em Copacabana,na Tijuca,no Méier,e em Olaria.Sair do cine Vila Isabel às 23:45 até ao Capelinha para um cafézinho era obrigatório, para então ir para casa na Felipe Camarão.Isso em 1954.Mas hoje em dia seria humanamente impossível.
ExcluirVi os três Dias do Condor aí mesmo no São Luiz. Aliás, era frequentador assíduo do São Luiz desde começo dos 50, quando morávamos na Urca e minha mãe nos levava. |O primeiro filme que assisti lá foi com Gregory Peck e Virginia Mayo chamado O Falcão dos Mares.
ResponderExcluirEm atenção aos comentário das 07:28, os cinemas foram aglutinados em Shoppings Center por razões de segurança e de economia.
ResponderExcluirAssisti Rollerball (horrível!) neste cinema entre 1978 e 1979, não lembro exatamente quando, depois de sair do Amaro Cavalcanti, onde estudava.
ResponderExcluirOs dois filmes em cartaz mostrados nas fotos são produções do mesmo ano nos Estados Unidos, 1975. Não dá para saber exatamente quando foram lançados aqui (antigamente havia uma demora considerável) mas é bem provável que estivessem em exibição em 1978.
ExcluirFF: No Rio, a abstenção foi maior do que a votação obtida pelo candidato eleito. Então das duas uma:
ResponderExcluir- para a maioria dos que se abstiveram (tiro daí os que não compareceram devido ao medo - mais do que justificável- de contaminação) tanto faz quem vai ser o prefeito, ou
- a praia estava irresistível ...
Pobre Rio.