Com a inestimável
colaboração do Maximiliano Zierer na descrição dos locais, vemos hoje mais
cinco casas da Avenida Atlântica em fotos do AGCRJ. Zierer é um dos maiores conhecedores da história da Av. Atlântica.
Vemos a Vila Normanda,
pertencente ao proprietário dos Diários Associados, o jornalista e magnata
Assis Chateaubriand. Ele adquiriu esta casa de Celina Guinle de Paula Machado,
que a usava somente como casa de veraneio.
Chateaubriand faleceu em
1968 e a casa foi demolida logo em seguida, em 1969. No seu lugar foi erguido o
edifício Vila Normanda, na Av. Atlântica nº 2406, que manteve o nome original
da casa, que ficava perto da esquina da Rua Figueiredo Magalhães (numa das
esquinas ficava a mansão de James Darcy, já vista várias vezes por aqui).
Este era o casarão da
família Dias de Castro, atual edifício Av. Atlântica, no nº 2172, na esquina da
Rua Hilário de Gouveia. Pertencia ao engenheiro paulista Ernesto Dias de
Castro, que também era proprietário do prédio de 12 andares e 23 apartamentos
vizinho à direita desta casa, o edifício Dias de Castro, que permanece até hoje
no local, no nº 2150 da Av. Atlântica.
O casarão foi construído
em 1922 e demolido em 1981. O projeto foi de Gastão Bahiana, que projetou
várias outras casas em Copacabana, além da igreja de Nossa Senhora da Paz, em
Ipanema.
Esta casa com torre
ficava próxima da Rua Bolivar. Construída na segunda metade da primeira década
do século XX foi demolida em 1962 e em seu lugar foi erguido o edifício Pedra
Branca, na Av. Atlântica nº 3130.
Esta mansão ficava no
Leme. Quando foi construído tinha frente para a Rua Gustavo Sampaio e os fundos
para a Av. Atlântica, como várias outras como já comentamos por aqui. Pertencia
aos irmãos Ludolfi, proprietários da Cerâmica Brasileira e construtores do
edifício Ceramus, também no Leme, na Av. Atlântica nº 792. No local desta casa
da foto temos atualmente o edifício Mare Nostrum, na Av. Atlântica nº 822.
Este casarão geminado ficava no quarteirão entre as ruas Francisco Otaviano e Joaquim Nabuco, no Posto 6. Ali funcionou a partir dos anos 50 a sede da Cultura Inglesa. Foi demolido no início dos anos 70 junto com seu vizinho, o prédio art-déco da TV Rio, antigo Cassino Atlântico.
Bom Dia! Morar em uma casa atualmente é um problema sério.
ResponderExcluirEu fico pensando qual seria o montante da despesa mensal de uma dessas mansões atualmente caso estivessem de pé. Será que valeria a pena economicamente residir em uma delas? FF: Todo o sistema BRT amanheceu paralisado. O motivo alegado é a crise financeira causada por ela pandemia. Será mesmo esse o real motivo? Com isso toda a região que abrange Jacarepaguá, Recreio, Campo Grande, e é claro Curicica e toda a região olímpica, ficou sem transporte.
ResponderExcluirpela pandemia.
ExcluirÓtimas fotografias mostrando um bela avenida Atlântica e ótimas descrições do Zierer. Fico me perguntando como conseguiu tantas informações sobre o assunto. Parabéns pela pesquisa.
ResponderExcluirOlá, Dr. D'.
ResponderExcluirHoje vou acompanhar os comentários, pelo menos os produtivos.
FF: ontem foi comentada a participação do Candeias no "The Voice+". Teve participação até de ex-apresentador da ESPN...
A orla ! A costa ! A fronteira do continente com o oceano atlantico.A sensação de ter morado nessas casas se tem na janela do 2° andar da casa Laura Alvim. Fiz prova do lower Cambridge na Cultura Inglesa do Posto 6. Havia um projeto dos prédios irem subindo um andar a medida que avancassem um quarteirão pra dentro de Copacabana. O fato é que as casas se foram. Atenção pois o alvo agora são as encostas. Como nem sempre são visíveis , favelas de luxo surgem nos morros . Fiscalização zero. Até o dia que a chuva arrastar as mansões . Ainda assim, cidade com praia é outro astral. FF. o Arpoador acabou.as cenas de arrastão , etc. Acho justo , quando acabar a Pandemia, meu piscinão minha vida.
ResponderExcluirBom dia a todos. Lindas casas, mas morar em uma delas hoje seria totalmente inviável e o custo seria totalmente inviável, muito acima do condomínio de um edifício de luxo em Ipanema e Leblon, que gira em torno de 10 mil reais em média, sem contar o IPTU mas este incide sobre os dois tipos de imóveis.
ResponderExcluirNão vejo mudança atual as construtoras mandam na prefeitura e veja o que temos, uma loucura urbana que não tem fim. Sobre o BRT sem comentários, na altura de antares todas as estações queimadas e abandonadas. Dinheiro jogado no lixo.
ResponderExcluirParece que a partir da década de 1960 tratores passaram pela avenida jogando abaixo todas as casas que viam. Um arraso!
ResponderExcluirMorar em casa dá trabalho, tem seus custos, mas o síndico é você. Eu não me vejo morando em apartamento. Seria melhor, entretanto, se não houvesse mosquito...
ResponderExcluirHoje a série de casas permitiu ao seu O BISCOITO MOLHADO boas oportunidades de identificação dos automóveis. As fotografias são ótimas e os carros estão bem definidos. Não obstante, o trabalho de pesquisa levou algum tempo.
Na foto 1, começou a trabalheira; nunca tinha visto essa Fiat 600 T, fabricada a partir de 1955 em cima do chassis do Fiat 600. Uma espécie de mini Kombi, tinha mil versões, para passageiros e cargas leves. Uma versão muito interessante foi a Multipla, ligeiramente diferente dessa da foto, mas muito usada como táxi e turismo, naqueles tempos, na Itália.
Atrás do minúsculo Fiat, um Mercury 1949, pouco cromado, um carro chique.
Na foto 2, um Mercury 4 portas, entre 42 e 48. Provavelmente 46-48.
Na foto 3, duas pontinhas: à esquerda o rabinho de peixe de um Cadillac 1950 e do outro lado, a frente de um provável Buick dos anos 50.
N foto 4, a traseira de um Vauxhall 1952 anuncia um Pontiac 1953 Chieftain. Espetáculo!
Finalmente, o crème de la crème. Não, não é o Jipinho Willys, claro que não! É o fulgurante Mercury Monterey Sun Valley, de 1954. O Monterey apareceu como resposta aos primeiros hardtops da GM, mas esse Sun Valley botou vários corpos de vantagem, com seu meio-teto em plexyglass esverdeado. Só Ford e Mercury ofereciam esse aparato lunar-solar, outro espetáculo!
Achei meio esquisito haver 3 Mercury em 5 fotos, mas o SDR tem seus financiadores e não vou meter o bedelho.
Que aula!
ExcluirNa foto 3 tenho outro palpite:um Mopar do início dos 40's...o Caddie está certíssimo!!!Essa Fiat deve ter sido inspiração para as minivans Japonesas do final dos 60's....
ExcluirPode ser um Mopar, sim, Erick. Até dos anos 50.
ExcluirMe parece um carro bicolor,veja a parte dos faróis,tem a cor diferente do resto da carroceria,mais escura...
ExcluirBiscoito, estive no outrora paraíso do carros antigos. Até final dos 90 andar no interior do uruguay era um sonho pra quem gostasse de carros antigos. Pois bem estive agora lá e não vi quase nenhum, agora tudo Chinês. Não se vem mais carros americanos, europeus principalmente a inglês nem aquelas raridades do Uruguay onde cheguei a ver carros soviéticos dos anos 50.
ExcluirEste blog tem muitos visitantes (declarados e escondidos) que são médicos. Como tal, por vezo do ofício, devem estar acostumados a procurar as causas dos problemas, em vez de lutarem contra as consequências.
ResponderExcluirAssim também o arraso das casas e a proliferação de edifícios, e todos, absolutamente todos os problemas urbanísticos, ambientais, energéticos e sociais do mundo se devem a apenas uma causa: excesso de gente. Se a população mundial fosse de, digamos, 2 bilhões de pessoas, e com o avanço tecnológico atual, como seria melhor a vida! E o planeta agradeceria, penhorado.
Mas ao invés de atacar o problema real, fica-se tentando combater as suas consequências. Probabilidade zero de se achar solução.
Hélio Ribeiro,"é por aí". A China previu isso há muito tempo e tomou providências pertinentes, que erradas ou não atenderam de certa forma o objetivo pretendido. No Brasil a Igreja Católica sempre foi um óbice para a adoção de métodos anticonceptivos, e por outro lado nunca houve interesse real para um efetivo controle de natalidade por parte das autoridades. O resultado está aí para quem quiser ver. Nas favelas as meninas aos nove anos já conhecem "os misteres da vida", aos doze muitas são mães, aos 28 avós, e aos quarenta bisavós. Os meninos sem escola, instrução, e perspectivas, irão trabalhar em Currais narco-eleitorais como vapores, "esticas", ou "soldados". Tudo isso acontece em progressão geométrica, as ruas estão cheias de miseráveis. O que fazer? Muitas teorias de conspiração apontam as vacinas de Covid 19 como a "solução final" para a eliminação seletiva de grupos específicos, e os relatos são impressionantes. Não acho plausível mas o problema existe. É uma questão de tempo.
ResponderExcluirBoa tarde a todos,
ResponderExcluirMais informações sobre o casarão da família Dias de Castro:
Em 1978, após a morte da única herdeira, Laura de Azevedo Castro Martins, a casa foi adquirida em fevereiro de 1981 pela imobiliária Sérgio Dourado por 640 milhões de cruzeiros, valor que incluiu o vizinho edifício Dias de Castro, sendo a casa finalmente demolida ainda no ano de 1981. Até falecer, Dona Laura de Azevedo Castro Martins morava na casa com 5 empregados, mas depois de sua morte a conservação passou a ser feita por apenas um. Sem herdeiros, Dona Laura deixou a casa e o vizinho edifício Dias de Castro para três entidades filantrópicas: a Santa Casa de Misericórdia de SP, a Fundação Antônio Prudente (câncer) e a Cruzada Pró-Infância. O resultado da venda foi para elas. Para uma cidade violenta como o Rio de Janeiro, no início dos anos 80 a casa já era bastante devassável e insegura. Da calçada era possível observar o que acontecia na grande varanda através de uma vulnerável cerca de madeira. O imóvel, que até a sua demolição estava muito bem conservado, era uma casa para o Rio de Janeiro de tempos atrás, quando a sua varanda era utilizada para saraus e bate-papos.
No lugar do casarão foi construído o enorme e moderno edifício Avenida Atlântica, localizado na Av. Atlântica número 2172. O edifício Avenida Atlântica, com sua fachada toda em vidro fumê, possui apartamentos de 650 m2, sendo uma unidade por andar. Cada apartamento conta com uma piscina privativa, situada na varanda de frente para a Av. Atlântica.
Outra curiosidade: naquela estranha cidade do Sudeste, há um casarão da família Dias de Castro, em estilo clássico francês, que foi preservado (na Av. Paulista) e sobrevive até os dias atuais, funcionado como um centro cultural. Ele é conhecido como Casa das Rosas (espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura).
Há braços
Nestes apartamentos, o sistema de ar condicionado (central de água gelada e fan coils) climatiza também os vários quartos de empregados e a copa.
ExcluirPosso assegurar que a venda da casa da Hilario de Gouveia era casada; só comprava a casa se levasse junto o edifício Dias de Castro. Mas a Sergio Dourado fatiou o preço, pagou pela casa, construiu o prédio onde o Roberto Marinho tinha a cobertura, que depois ficou pro Anisio Abrahão David e não pagou o preço do Edifício. Foi uma dureza receber.
ResponderExcluirAVISO AOS NAVEGANTES: não haverá edição do Saudades do Rio amanhã.
ResponderExcluirVou cortar o ponto! Que absurdo !
Excluirna primeira foto se vê a casa do Chatô onde, por estar abandonada, a gente invadia para explorar. Os prédios que aparecem atrás, são o da esquina da Figueiredo com Domingos Ferreira e à esquerda o edifício Blue Star, Figueiredo 47, onde morei até casar em 1973.
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