Vemos a
região da Praça XV e parte do Aeroporto Santos Dumont no ano de 1951. De cima
pra baixo vemos o terminal da PAA/Panam/Panair, hoje III Comar, terminal de
hidroaviões do Santos-Dumont, hoje Instituto Cultural da Aeronáutica, pavilhão
de Caça e Pesca da Expo 22, já muito modificado. Demolido, no lugar existe o
salão do Clube da Aeronáutica. Pavilhão da Estatística da Expo 22, hoje Centro
Cultural Saúde dos Portos. O torreão sobrevivente do Mercado onde está o
Restaurante Albamar. À direita o Museu Histórico Nacional, na época
provavelmente ainda com as cicatrizes da demolição dos acréscimos da Expo 22. Esta
região foi desfigurada pela construção da Perimetral, que viria abaixo após
alguns anos de vida. aquele flutuante quadrado sobrevive e hoje em dia é o
Argonauta, localizado a algumas dezenas de metros da Mureta da Urca, em frente
ao Bar Urca.
Esta é aparte nacional da Expo de 1922, construída sobre o antigo cais da cidade, vendo-se no primeiro plano, a contar da direita, as adaptações do Mercado, o coreto de música e os pavilhões de Estatística e de Caça e Pesca. Em segundo plano, os pavilhões de Viação e Agricultura e do Distrito Federal e os palácios dos Estados e das Grandes e Pequenas Indústrias. À direita, o aspecto angular da Exposição, destacando-se no primeiro plano um trecho sobreexistente do Morro do Castelo e as instalações da Santa Casa de Misericórdia. No plano central as cúpulas torreões e coberturas dos pavilhões nacionais e estrangeiros e, ao fundo, a extensa área conquistada à Guanabara com o desaterro do Castelo.
O Pavilhão de Caça e Pesca na Exposição de 1922.
Outro ângulo da demolição. Neste local seria construído o Clube da Aeronáutica.
Bom Dia! Na foto 1 o que vemos é uma Valda? Durante muito tempo pesquei de varejo ali. Quando a praça não estava boa,era parar o taxi por ali e jogar a linha.
ResponderExcluirPode ser uma balsa de automóveis na minha opinião. E lá no aeroporto parece haver dois Constellations.
ResponderExcluirOlá, Dr. D'.
ResponderExcluirAula fantástica. Estava com problema para me localizar na primeira foto, até ver o torreão do antigo mercado.
Passei algumas vezes pela região, por vários motivos, e a diferença é gritante.
Em tempo: há uma foto dos anos 60, já sem o mercado, que mostra essa região com as estações de barcas e balsas em pleno funcionamento, salvo engano, mostrando algumas construções citadas na primeira foto. A foto é da editora Bloch, talvez da Manchete.
ResponderExcluirNunca digeri a maneira provisória de como essas feiras eram construídas, já que o desperdício de material, a mão de obra remunerada, e a efemeridade dos eventos, leva a crer que o prejuízo era certo. Como não existia patrocínio de entidades privadas, é bem possível que havia "lavagem de dinheiro", que naquela época era bem rudimentar e tinha outro nome...
ResponderExcluirDeve ser difícil contabilizar se dá prejuízo ou não, afinal é um investimento de longo prazo e o país fatura com a arrecadação dos impostos dos produtos comercializados pelos expositores, durante e depois que ficam conhecidos na exposição.
ExcluirE o normal é cada expositor pagar uma tarifa pelo espaço no evento.
Houvesse.
ExcluirEm pouco mais de sessenta anos houve a demolição do Mercado Municipal, a construção e a posterior demolição da Perimetral, e a construção do Túnel Marcelo Alencar. Muita obra, muito transtorno, muitas "empreiteiras", e muito dinheiro jogado fora. E o que realmente ficou de valor histórico? Muito pouco. Como se vê o Brasil não é para amadores...
ResponderExcluirAparentemente a demolição do pavilhão foi parcial, somente para a construção da falecida Perimetral. Na última foto podemos ver que parte do viaduto em construção "aguarda pacientemente" a abertura do espaço para continuar seu trajeto.
ResponderExcluirO Mercado Municipal também foi parcialmente desmontado para a passagem do viaduto. Só algum tempo depois aconteceu o restante da desmontagem.
Nas fotos caminhão Ford,chevrolet tigre,Fusca,um chevrolet 46-48,Rural Americana anos 50....anos corretos,detalhes e pormenores,nosso amigo Dieckmann fará o magnífico complemento!!!!
ResponderExcluirJoel, também penso do mesmo modo, sobre a relação entre o custo e a efemeridade dessas feiras. Acredito que, como o Rio era a capital do país, o prejuízo era debitado na conta da viúva. Afinal, as tetas sempre foram fartas há longa data.
ResponderExcluirAs exposições universais que aconteceram na segunda metade do século XX serviam para exibir o próprio país e receber pavilhões estrangeiros. Eram formas de estabelecer relações comerciais e industriais com o mundo inteiro. Aqui no Rio tivemos a de 1908 celebrando a abertura dos portos e a de 1922 celebrando a Independência. Se houve roubalheira o caso é outro haja vista as Olimpíadas e a Copa do Mundo. Mas as exposições em si são muito favoráveis para o desenvolvimento do país. Bruxelas 1958, Montreal 1967, Osaka 1970, Sevilha 1992, Lisboa 1998, Hannover 2000, Xangai 2010, Milão 2015,por exemplo, receberam milhares de visitantes.
ResponderExcluirSim, receber delegações e estreitar laços comerciais era um motivo válido, mas o que se discute é a relação custo/benefício. Comparar o potencial econômico das cidades citadas por você com o Rio de antanho "causa frouxos de riso". O ingresso da população era gratuito. O que era feito o material de demolição? Quem lucrava com isso? E a mão de obra? Esse "custo" seria arcado pelas nações visitantes? E a que preço? É uma "caixa preta" que está bem enterrada...
ResponderExcluirO deboche é sempre uma arma interessante de ser observada.
ResponderExcluirAs construções destas exposições internacionais em sua maioria são sempre temporárias, poucas são para permanecerem. O custo é baixo. O Rio também fazia com periodicidade a Feira de Amostras.
maravilha de postagem... vc esgotou o assunto!
ResponderExcluirO Palácio do Monroe foi construído originalmente para a exposição de St.Louis em 1904 e foi cuidadosamente desmontado e remontado no Rio de Janeiro e não era uma construção de baixa qualidade, muito pelo contrário, e estaria de pé até hoje se não fosse lamentavelmente demolido pelo governo militar em 1976. Há ainda algumas construções na região do Castelo ainda remanescentes da Expo 1922. São argumentos sólidos mostrando que as construções não eram "tão provisórias". Por outro lado, ainda existem adornos e peças do palácio do Monroe compondo jardins de mansões de alguns felizardos, que "de alguma forma" os obtiveram...
ResponderExcluirCaramba, Joel! Que interessante a sua explicação. Jamais teria imaginado que a história do Monroe fosse assim! VC sabe onde estão as peças que foram resgatadas do palácio? Devem ser uma maravilha!
ExcluirBoa tarde a todos. Praça XV um local que me atrai muito tanto pelas diversas reformas que ocorreram, quanto pelo que lá se passou da história do Rio de Janeiro e do Brasil. Adorei a demolição do trambolho da Perimetral, jamais deveria ter sido construída, a solução atual para o transito é muito mais inteligente e eficaz. As obras do Porto Maravilha e a integração do mesmo com a Praça XV, foi uma ideia inteligente. Infelizmente no Brasil, mesmo aquilo que pode ser dito como uma boa ideia, que poderia mudar a situação deste local, tanto com a renovação da área, possibilitando novas atividades comerciais e principalmente de turismo, está se tornando novamente uma área abandonada e as novas instalações criadas, por falta de manutenção e pelo vandalismo do povo, voltaram a ser destruídas. Poderia ter se tornado uma área de forte atração turística como a área dos Portos em Barcelona, que foi toda remodelada para as Olimpíadas de Barcelona e permanecem até hoje, gerando riqueza com o turismo para a cidade de Barcelona. Digo aos meus amigos, não se preocupem por estarem velhos e não verem o que o futuro trará para o Rio e o Brasil, com certeza nós vimos o que teve de melhor durante nossas vidas.
ResponderExcluirSe a desmontagem, o transporte, e a reconstrução do Palácio do Monroe fossem nos dias atuais, fariam um seguro milionário, o navio de transporte afundaria, e quando a indenização fosse recebida, o "Monroe" seria construído com mesmo material empregado nos conjuntos "Minha casa minha vida", as louças e os pisos seriam comprados no "Fluzão", e os "metais" seriam de PVC com uma "mão de tinta dourada". Afinal o Brasil "se reinventa".
ResponderExcluirFoto 1 - são dois Constellation. Há alguns DC-3, um Catalina (meio escuro) e 3 B-17 do Serviço da Salvamento. Hoje estou bem de lupa.
ResponderExcluirA barcaça é a Valda.
Na foto dos dois caminhões, o primeiro é Ford F-5 e o segundo Chevrolet Gigante. Na última, que é a quase a mesma, porém diminuída, vemos um Fusca, o Chevrolet 48 (Erick, a grade do 47 e 48 é quase igual, mas só a do 48 tem a coluna central), a Rural-Willys provavelmente nacional visto que a foto é de 1961 e os mesmo caminhões.
Obrigado pelas explicações!! Os Anos até arrisco,lógico tirando as figurinhas carimbadas,quando aí é batata.Versoes raramente palpito,até pq eram muitas de um mesmo carro....
ExcluirRealmente a retirada da Perimetral deu um fôlego na praça XV.
ResponderExcluirSurpreendeu-me as novas barcas pra Niterói; bancos com estofamento confortável, mais silenciosas e com ar condicionado.
Tinha lido em algum lugar que os leões de pedra do Monroe foram parar numa mansão de um magnata em Recife-PE.
Dois estão em PE e dois em MG.
ExcluirFalando em jogar dinheiro fora, há algum tempo a Av. Princesa Isabel passou em um período aproximado de dois anos por três (!) sucessivas reformas no canteiro central - acabava uma obra e logo começava outra.
ResponderExcluirUm espanto.
Hoje morreu Christopher Plummer aos 91 anos. Fez de Noviça Rebelde a filme de franquia de Jornada nas Estrelas...
ResponderExcluirEra um canastrão nos tempos da Noviça, mas bem mais velho se tornou um grande ator.
ResponderExcluir"The sound of músic" marcou definitivamente a carreira de Plummer. Naquele filme todos trabalharam muito bem. Um dos melhores do Século XX.
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