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sábado, 6 de fevereiro de 2021

DO FUNDO DO BAÚ - COISAS ANTIGAS


Ainda coisas antigas guardadas por aqui. Por que não me desfaço delas?


Estas são as cadernetas dos alunos do Colégio Santo Inácio, que tinham que ser apresentadas diariamente. Ali se anotavam a presença, os avisos, as advertências, as notas ao final de cada mês. Nesta época não tínhamos telefone em casa, dada a dificuldade de se conseguir um. Os que aparecem nas cadernetas são da casa de minha bisavó ou de uma “extensão” do telefone da casa de um amigo de meu pai (dada a falta de telefones na época, a CTB permitia este artifício. Quando alguém ligava o telefone tocava nas duas residências (a dele era em Ipanema, na Barão de Jaguaribe) e nas duas residências eram atendidos. 



Houve época em que além de flâmulas nas paredes colocavam-se plásticos nos vidros das janelas. Estes da Revell ganhei junto com muitas caixas de aviões, helicópteros e até um navio, o S.S. Brasil, para montar. Também as tintas Ki-Kores e a cola Ki-Kola faziam parte da brincadeira de montar. As peças ficavam, no final, presas a um tipo de pedestal.


Ainda tenho muitas revistas em quadrinhos. Esta, O Guri, tinha várias histórias em cada edição. A capa mostra o herói de uma delas, Gabby Hayes, que eu não sabia quem era. Pois não é que esta semana, no YouTube, vendo um faroeste muito antigo de Randolph Scott, descobri que Gabby Hayes atuava como coadjuvante?
 

Reforma da Natureza, Reinações de Narizinho, Viagem ao céu, O saci, Caçadas de Pedrinho, Peter Pan, Geografia de Dona Benta, D. Quixote das crianças, O poço do Visconde, História de Tia Nastácia, O Picapau Amarelo, O Minotauro, A chave do tamanho, Os doze trabalhos de Hércules. Li todos, muitos deles várias vezes. Monteiro Lobato foi um gênio como escritor de histórias infantis que, naqueles velhos tempos de televisão precária, fez a imaginação de milhares de crianças viverem aventuras ao lado de seus heróis. E como aprendemos de uma forma lúdica, interessante, divertida. Estes quatro livros, da famosa edição feita pela Brasiliense, são uma lembrança desta época. Hoje, vítima do politicamente correto Lobato tem sido contestado.

22 comentários:

  1. Bom Dia! Ainda tenho alguns "gibis". O Guri tenho vários. Monteiro Lobato li todos na BICA. Biblioteca Infantil Carlos Alberto.

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  2. Olá, Dr. D'.

    Não lembro se fiquei com alguma carteira escolar. Ainda tenho, em algum lugar, os boletins.

    Sobre modelos para montar, nunca tive paciência mas meu irmão comprou alguns da franquia Star Trek e de um desenho japonês da década de 70. Isso "recentemente". Ainda estão aqui porque ficaram para mim.

    Revistas em quadrinhos começaram também com meu irmão e eu continuei até bem recentemente (sem aspas). Disney, Marvel, DC e até Turma da Mônica... Tenho algumas adaptações de obras literárias para quadrinhos.

    Comecei minhas leituras de Monteiro Lobato com um Hans Staden emprestado. Depois li A Chave do Tamanho e Reforma da Natureza. O programa na TV nunca me atraiu...

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    1. Com certeza não fiquei com CARTEIRA escolar, já que ficava difícil de tirar de lá sem perceberem... Já CADERNETA escolar, aí eu tenho dúvida.

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  3. Caderneta escolar era um instrumento infalível para a disciplina do aluno, já que a educação caseira era temida e uma anotação tinha sérias consequências.### Esse "Guri" não é do meu tempo. A obra de Monteiro Lobato será sempre eterna, pois dá à criança a dose exata das verdades que elas podem assimilar, com uma forma bastante lúdica e com eufemismos bem dosados. Quanto ao "politicamente correto", prefiro não comentar.## A variedade dos modelos Revell comercializados no Brasil era paupérrima. A variedade disponível no mercado Norte-Americano era basta. Modelos como o De Havilland Mosquito, o Hawker Typhoon, e o Yakolev 9, eram indisponíveis no Brasil.

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  4. Todos os motivos da postagem do Fundo do Baú são clássicos para as lembranças nostálgicas. Senão vejamos:

    1) Com o objetivo de identificar seu possuidor como estudante, e praticamente com o mesmo modelo, as cadernetas escolares foram utilizadas também na rede pública, talvez com pequenas variações em seu conteúdo. No seu interior estavam presentes regulamentos, registro de presença e/ou faltas, notas das matérias, espaço para anotações e notificações aos responsáveis, e até alguns conceitos educacionais. Um verdadeiro registro de ocorrências que acompanhava o estudante durante seu ano letivo. Isso sem contar também ser eventual "vítima" de adulteração da idade do estudante "cinéfilo". Pessoalmente ainda guardo alguns exemplares.

    2) Como veterano aeromodelista convivi com esse hobby (plastimodelismo) porém com pequenas incursões na prática. Lembro de uma matéria de capa da revista Mecânica Popular, do início dos anos '60, que abordou o tema com uma reportagem sobre a fábrica e modelos da Revell, que no Brasil era representada por A. Kikoler. Fiquei com um trecho na memória em que o entrevistado dizia que o compromisso da marca era tentar reproduzir com a máxima precisão "até a covinha do queixo das miniaturas dos pilotos". Aqui mesmo neste blog tivemos um saudoso colaborador (AG) que foi um especialista no assunto, tendo obtido vários prêmios nas exposições em que participou. Nota: O link a seguir conta história da chegada da Revel ao Brasil com uma referência à pesquisa realizada, salvo engano, por um veterano colaborador deste blog. https://ipms.curitiba.br/a-historia-do-plastimodelismo-no-brasil/

    3) Ainda bem menino fui colecionador de revistas infantis desde os anos '50. Publicações como "O Tico Tico", "Vida Infantil, "Vida Juvenil", revistas de faroeste (a mais popular era "Aí Mocinho"), de heróis como Tarzan, O Fantasma, Mandrake, etc.; de personagens da Disney e outros, todas devidamente armazenadas em estantes próprias. Depois vieram as coleções de livros de bolso (tinha um parente que era sócio da Ediouro) e mais tarde os clássicos infantis, inclusive Monteiro Lobato, terminando na formação de uma biblioteca de razoável conteúdo, hoje desfeita por motivos vários. Com relação ao específico Gibi mencionado na postagem não tenho lembrança de que constasse do acervo.

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  5. O livro de Monteiro Lobato "História do Mundo para crianças" é de uma "simplicidade até aceitável", desde que fosse lido por crianças até 10 anos. A abordagem chega a ser até risível, mas necessária. Como exemplo eu cito "A guerra dos cem anos", que teve início "segundo a narrativa original" porque o Rei Eduardo III da Inglaterra entendeu que queria ser Rei de França" e pronto! Ignorando as razões históricas, Monteiro Lobato dá a dose certa para uma assimilação compatível com a idade. FF: Que estória complicada essa envolvendo o vocalista do Grupo Molejo e um certo MC. A coisa está ficando "despudorada". Como diria o Severino, personagem do saudoso Paulo Silvino: "Ah, isto é...."

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  6. Bom dia a todos. Cadernetas escolares, as minhas eram todas adulteradas na idade para entrar no cinema, era mestre em adulterar datas de nascimento, ficavam imperceptíveis. Na minha coleção de selos haviam vários da série da Revell. Sobre leitura de GIBIS já comentei, meu ídolo era o Fantasma. Das obras de Jorge Amado mostradas li o Poço do Visconde. Quanto ao politicamente correto, é correto ser incorreto para a maioria dos casos.

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    1. Acho que o Lino já começou os trabalhos com ad “mofadas” do Moisés. Jorge Amado???

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    2. Ha, ha, ha. O que é o nosso subconsciente tinha acabado de ver uma mensagem no FB, falando dos nossos escritores, que assim dizia. O Manoel era Bandeira e o Guimarães era Rosa, agora bom era o Jorge que era Amado. Fiquei com isso na cabeça e na hora aqui eu troquei, Monteiro Lobato por Jorge Amado.

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  7. Não sei se também ocorria no Santo Inácio mas nos colégios que frequentei as cadernetas ganhavam mais uma utilidade: nos últimos dias de aula, pedíamos para os colegas de maior amizade para escreverem alguma mensagem para guardarmos como recordação.

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    1. Não. No ultimo dia de aula lá o costume era assinar o paletó dos colegas. Quando acabaram com os paletós assinava-se as camisas.

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  8. Quem nunca falsificou idade para ver filmes que atire a primeira meia-entrada.

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  9. Vamos por partes... imagino a caderneta do Luiz... certamente somente elogios... passar agua sanitária para mudar a idade era coisa que a mãe fazia... nunca fui muito de gibis. Ficava de olho às sextas feiras, quando chegavam as edições do Topolino em italiano na banca da Serzedelo Correa.. Foi um grande aprendizado da língua, que foi a minha primeira, mas o tempo precisou de uma reciclagem. O Topolino foi essencial.
    Flâmulas na parede era uma mania. Tinha uma parede coberta delas. Lamento tê-las perdido.
    Telefone era investimento. Tive um colega médico que investia nisso. Chegou a ter umas 100 linhas. Coitado... deve ter perdido muito dinheiro...

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  10. Bom dia! Este formato de carteirinha escolar vigorou por bastante tempo... não sei como é hoje mas na década de 80 e parte da de 90 as minhas eram exatamente assim. Tenho algumas perdidas em algum cômodo da minha casa. Os gibis eu tinha uma extensa coleção que virou parque de diversões de insetos... uma pena. Tive que me desfazer há alguns anos.

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  11. Devorei primeiro a coleção infantil dos livros do Monteiro Lobato e um pouco mais tarde todos os outros.
    Meus pais compraram a coleção completa, livros infantis e adultos, em uma edição caprichadíssima, capa dura verde escura com ilustrações do André LeBlanc.
    A coleção infantil começava com " As Reinações de Narizinho" e terminava com "Os Doze Trabalhos de Hércules", em um total de 12 volumes (este último vinha em 02 volumes, ou tomos, como se dizia na época).
    Da coleção adulta, cito especialmente "Cidades Mortas", uma obra prima com contos baseados nas cidades de São Paulo que, após o auge do ciclo do café, entraram em decadência irreversível.
    Monteiro Lobato para mim foi um dos maiores escritores brasileiros.
    Um gênio, ninguém escreveu para o público infantil como êle.

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  12. Joguei fora todas as minha cadernetas do Santo Inácio. Um baita vacilo, como me arrependo. Os colégios forneciam as carteirinhas de estudante, como eram chamadas e uma ocasião entreguei a um amigo, ótimo falsificador, para adulterar a minha data de nascimento para ver as pornochanchadas no cinema. Aaahhhh, Sandra Barsotti.....

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    1. Pô, Mauro. Foi a fundo agora, a Sandra Barsotti era a minha musa...

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  13. Tenho quase todas as cadernetas do Santo Inácio, e ainda alguns souvenirs do Colégio anterior, que o Luiz conhece bem. Montei alguns aviões da Revell, mas gostei mesmo de montar um modelo de Concorde. Tinha ótimos gibis em Itaipava, mas fomos dando as revistas. Monteiro Lobato ótimo. Aventuras! Até hoje meu grande patrimonio é um canivete. Quem não conhece a vida de roça não sabe o que há de bom nesse país. Não sei se as bancas ainda vendem revistinhas, como se chamavam. E os anuncios do Instituto X de ensino por correspondência eram o máximo. Com o audiovisual a leitura perdeu espaço, grande problema do país.

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  14. Não me recordo bem se tinha carteirinha escolar. Lembro e tenho ainda alguns boletins escolares, com a foto 3x4 na frente. E no 2° grau, tinha a carteira escolar, como essas de sócio de clube ou de qualquer curso.

    Plástico e adesivos só das Rádios, Cidade, principalmente. Coisas de montar, só quebra-cabeças da Grow, com 1000 peças.

    Quadrinhos, do Mickey e Cia, Turma da Mônica, Bolinha. Mas gostava de ler aquelas revistas Seleções, a Reader´s Digest.

    Monteiro Lobato, apenas a série da Globo. Os livros que gostava de ler eram os da Coleção Vaga-lume, como A Ilha Perdida, Éramos Seis, Xisto no Espaço, etc.

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  15. Lembro de caderneta escolar no Pedro II. Na escola pública, ensino primário, não me lembro se tinha.

    Kits da Revell, tive alguns: o Boeing 707, um B-24 (ou B-25, não me recordo), um navio de guerra.

    Gibis eu era fanático por eles. Gabby Hayes eu tinha completamente esquecido, porque não era comum ele aparecer nas histórias.

    Do Monteiro Lobato li uns dois livros, cujos nomes esqueci.

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  16. Vendo os outros comentários, lembrei que ainda tenho alguns livros da coleção Vaga-Lume como o Escaravelho do Diabo e A Ilha Perdida, por exemplo, vários livros de bolso da Ediouro adquiridos desde a década de 70 e alguns exemplares de Seleções, entre outros artigos. Havia uma série de livros da Editora Ática, acho que se chamava Para Gostar de Ler, com contos de vários autores nacionais, divididos por temas.

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  17. Tinha na ocasião seis anos de idade, já alfabetizado, porém o único livro da casa era um "Compêndio de História Natural, com noções de Botanica, Chimica e Physica", que lia sem entender quase nada. Certo dia encontrei em uma lixeira a História do Mundo para crianças, o que na ocasião parecia um sonho! Já no curso primário li toda a coleção de Monteiro Lobato.Inesquecível !

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