Nesta foto do acervo de Monsieur vemos o complexo “Ilha
e Bar dos Pescadores” no final dos anos 60. Era ainda a época em que a Barra da
Tijuca era considerada “pecaminosa”. Poucos anos depois, com a construção da
Auto-Estrada Lagoa-Barra começou o grande desenvolvimento da região, que virou
uma cópia mal feita de algo que é ruim por natureza. O modelo de Miami e de
todo os Estados Unidos com freeways e avenidas onde o transporte individual
reina soberano.
À esquerda o limite do campo do Itanhangá Golf Club e à direita o terreno onde mais tarde seria construído o Marina Barra Clube.
Neste local as atrações eram um pequeno zoológico e duas grandes lanchas, além da apresentação de cantores conhecidos, fora a comida, considerada das melhores quando se trata de produtos do mar. Consta que criavam tartarugas que podiam ser escolhidas pelos fregueses para ir para a panela.
Vemos uma publicidade de 1966 do Bar dos Pescadores,
local este em terra firme em frente à “Ilha e Bar dos Pescadores” da foto
anterior. Podemos ver no estacionamento uma mistura de carros nacionais e
estrangeiros. Desde um belo Ford Victoria 1956, um Citroen, um Peugeot 404, um
Panhard Dyna 1948 (segundo o Prof. Jaime), além dos carros nacionais como Fuscas,
Kombi, DKW.
O telefone do estabelecimento tinha o prefixo 27, o
que é curioso, pois esta estação atendia principalmente o bairro de Ipanema e
parte de Copacabana.
Este anúncio, já dos anos 80, anunciava atrações como Agnaldo Timóteo, Angela Maria e Nelson Gonçalves, que revezavam com outros nomes como Cauby Peixoto. Um comentarista do “Saudades do Rio”, cujo nome não estou autorizado a divulgar, diz que após jantar na “Ilha dos Pescadores” acabava a noite numa boate vizinha chamada “Hangar”, que funcionava dentro de um C-82.
Olá, Dr. D'.
ResponderExcluirNão tenho muito o que colaborar com a postagem de hoje, mas uma explicação para o prefixo estranho do estabelecimento nos anos 60 pode ser de um telefone para recados ou, menos prático, uma extensão da linha original. A Barra, como boa parte da zona oeste, assim como São Conrado, foi servida por um bom tempo pela CETEL, caracterizada pelo prefixo 3XX. Já nos anos 80 passaram a usar também o prefixo 4XX.
A foto é pelo menos dos 70 em razão das duas pontes que aparecem. A Barra da Tijuca era atendida pela Cetel, cujos terminais tinham o prefixo 399. A Ilha dos Pescadores desde o final dos anos 80 é um "point" da "Lambada" e depois do "Zouk". A região do Itanhangá possui casas de alto padrão e nela existe uma "milícia" que "supõe-se que tem alguma atuação nessa região, que diga-se de passagem já está se degradando e em pouco tempo será uma "metástase" da Muzema e de Rio das Pedras.
ResponderExcluirOs anos 60 permitiam você ver de longe, mesmo numa fotografia de pouca definição. Eu não achei seguramente o Panhard Dyna, talvez fosse o carro entre o DKW Belcar e o Nash, na fila em primeiro plano - realmente não sei. Em compensação, cito o Morris Oxford, inconfundível, embora esteja quase caindo n'água, junto do pinheirinho (o único) na fila da esquerda. Também diria que o Ford Victoria 56 é um Mercury Monterey 56, com quase toda a certeza, porque os frisos são diferentes. Enfim, pena que acabou...
ResponderExcluirParabéns ao GMA, aniversariante do dia.
ResponderExcluirParabéns, Gustavão!
ExcluirObrigado Amigo Luiz !!
ExcluirQuando frequentei esse buraco no fim dos 90, tinha briga todo fim de noite. Quem sempre estava lá era o Exmo. Sr. senador Romario. Enfim um buraco que devia funcionar sob alguma Liminar escura. Afinal esse terrenos são de marinha.
ResponderExcluirTenho na memória de ter ido pouquíssimas vezes a Ilha dos Pescadores no fim da década de 90 e início dos anos 2000, umas duas ou três vezes. Estou enganado? Ainda existia nesse tempo? Ainda existe? Não sou muito de frequentar essa região.
ResponderExcluirQuando vou, só a praia.
Parabéns ao GMA.
Tudo de bom!
Bom dia a todos. Nunca fui ao Bar dos Pescadores, não tenho nenhuma razão do porque, pois até já tenha feito algumas programações de ir ao local. Quanto a degradação do bairro do Itanhangá não é privilégio só dele, daqui a menos de 10 a 15 anos, todo o Rio de Janeiro estará dominado por favelas e sobre o controle de milícias ou do tráfico. O Rio é uma cidade em franca decadência e com a complacência da sua própria população. Acho que a população do Rio carrega o ranço de ter sido a capital do País, e até hoje não se acostumou a não ter a benesses do poder Central, basta se observar o quanto o seu parque industrial e comercial se reduziu desde a transferência da Capital e quanto ainda hoje grande parte da sua população se mantém agarrada aos empregos públicos federais. Temos hoje no Rio menos 73% de CNPJs de Industrias e Grandes empresas comerciais, qualquer cidade do mundo estaria destruída com tamanha decadência e perda de empregos formais.
ResponderExcluirA exemplo de outros países recentemente apareceu na mídia uma proposta para que o Rio de Janeiro fosse declarado segunda capital do país. Assim é na África do Sul e nos Países Baixos, por exemplo.
ResponderExcluirNo caso do Rio uma proposta é que 8 ministérios voltariam para o Rio. São eles: Saúde; Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações; Cultura; Planejamento; Minas e Energia; Esporte; Turismo; Defesa (Marinha) e Relações Exteriores. A seleção levou em conta o número de entidades desses órgãos com sede na antiga capital e a maior ligação de certas pastas com a cidade, em comparação a Brasília.
Brasília nada mais é do que um "bunker" de criminosos blindado com imunidades legais e onde é feita a divisão do "butim". A grande parte da população não tem acesso acesso nem meios financeiros para tal e não sabe o que de passa na Capital da República. E ainda existem "néscios" e eunucos intelectuais que incensam JK. Deve estar ardendo nas profundezas do umbral...
ExcluirNão consigo vislumbrar em que isso geraria uma melhora para a Cidade, visto que serviço público não gera riqueza, pelo contrário, só aumenta despesas. O Rio na minha opinião necessita retornar a atrair a instalação de novas indústrias e revitalizar os polos industriais que já foram as principais fontes de geração de empregos, como construção naval, farmaceutica, informática e novas tecnologias. Para isso seria necessário e imperioso acabar com a criminalidade, redução dos impostos ICMS e ISS, melhorar a qualidade de ensino, principalmente o ensino técnico, para suportar estas empresas com mão de obra qualificada. O povo brasileiro deve aprender que quem deve ter maior carga tributária é o cidadão, o empresário não deve arcar com uma alta taxa tributária, visto que ele é quem gera empregos e aumento da renda da população. Me lembro que quando ainda era estagiário, os empregos em empresas privadas tinham salários muito superiores aos dos funcionários públicos e de empresas estatais.
ExcluirConcordo em parte com você. Antes de mais nada é preciso reduzir as despesas com judiciário e legislativo. De que adianta reduzir a carga sobre empresários e manter entre muitos exemplos um STF que emprega 2700 funcionários cujo salário mais baixo está em 13.000 Reais e um Congresso com 513 deputados e 81 senadores que geram despesas semelhantes e que sorvem toda as verbas públicas destinadas aos investimentos necessários? O Brasil é o único país que dispõe de justiça trabalhista e justiça eleitoral, cujas estruturas faraônicas fariam o Rei Midas corar de vergonha. É fácil consertar as finanças do país mas onde está a vontade política? Enquanto o povinho não acordar e mantiver "políticos de estimação" nada disso vai mudar. Angela Merkel foi fotografada fazendo compras com seu marido em um supermercado na Alemanha. Isso é possível acontecer no Brasil? FF: As cenas de vandalismo ocorridas ontem em Copacabana onde 30 ônibus foram depredados por marginais oriundos de favelas da zona norte mostram a que nível chegamos. Mais uma vez volto a dizer: remédio para esse tipo de câncer não é Paracetamol, "abraços na praça", ou "pombas brancas na areia da praia" e os efeitos colaterais não são agradáveis.
ExcluirPior que a mudança da da Capital foi a fusão do Estado.
ExcluirRio como cidade sempre foi separada, trouxemos os Garotinhos e companhia.
Nunca fui a esse estabelecimento mas tenho uma referência curiosa. Nesse local trabalhou alguns anos um tio avô, casado com uma tia do meu pai. Era garçon e consta que era quem atendia a João Goulart que costumava frequentar esse bar/restaurante. O político gostava de chamá-lo de "meu velho" e foi assim que meu tio, falando ao pé do ouvido do ex presidente, conseguiu um cargo político na administração federal para seu filho mais novo.
ResponderExcluirFui quando criança com meus pais e me lembro que o diferente de lá era a tal sopa de tartaruga. Nunca provei.
ResponderExcluirDetesto dirigir na Barra, são retornos e mais retornos e se não estiver na pista certa…acabei retornando na Cidade de Deus onde mataram o motoboy e a seu passageiro foram assasinados, horrível! muito estressante! Além disso exceto a praia acho um bairro muito feio.
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