Hoje vemos o autochrome
colorido de Marc Ferrez, do acervo do IMS, garimpado pelo Henrique Hübner,
mostrando o Pavilhão da
Estatística, que mostrava a riqueza do Brasil a partir dos números. Projetado
por Gastão da Cunha Bahiana, professor da antiga Escola Nacional de Belas
Artes, o prédio tinha um estilo sóbrio, avesso ao neocolonialismo e modernismos
que estavam se popularizando naquele período.
Após a Expo de 1922 o prédio se tornou repartição pública: foi sede
da Vigilância Sanitária Portuária e, por muitos anos, posto de
vacinação. Lembro que foi lá que tomei a vacina da Febre Amarela, exigência
para viajar ao exterior nos anos 70. O prédio perdeu sua cúpula, mas sobrevive
na Praça XV bastante modificado. No fim dos anos 1990 uma parte foi ocupada pela Polícia Federal e outra com o
serviço de Vigilância Marítima. Atualmente ali funciona o CCMS (Centro Cultural
do Ministério da Saúde).
Nesta foto enviada pelo Carlos Paiva vemos um trecho da Praça XV e parte
do Aeroporto Santos Dumont, em 1951. Podemos observar, na parte de baixo, a
barca de veículos. De cima pra baixo vemos o terminal da PAA/Panam/Panair, hoje
III Comar, terminal de hidroaviões do Santos-Dumont, hoje Instituto Cultural da
Aeronáutica, pavilhão de Caça e Pesca da Expo 22, já muito modificado.
Demolido, no lugar existe o salão do Clube da Aeronáutica. O Pavilhão da
Estatística da Expo 22, hoje Centro Cultural do Ministério da Saúde. O torreão
sobrevivente do Mercado onde era o Restaurante Albamar. À direita o Museu
Histórico Nacional, na época provavelmente ainda com as cicatrizes da demolição
dos acréscimos da Expo 22. E esta região foi desfigurada pela construção da
Perimetral, que viria abaixo após alguns anos de vida. Aquele flutuante
quadrado sobrevive e hoje em dia é o Argonauta, localizado a algumas dezenas de
metros da Mureta da Urca, em frente ao Bar Urca.
Vemos o Pavilhão de Estatística ainda em fase de construção. No Pavilhão
de Estatística estavam os trabalhos da Diretoria Geral de Estatística e a
Estatística Comercial. Foi inaugurado em outubro de 1922 com a presença do
Presidente da República. A cerimônia foi conduzida pelo Diretor Geral de
Estatística, o Dr. Bulhões Carvalho.
O Pavilhão de Estatística em funcionamento. Ali se mostrava o que representou a obra do Recenseamento Geral da República, levada a efeito em 1920. Cartogramas, quadros, pinturas, desenhos, diagramas, cartas, etc, mostravam como era o país.
Olá, Dr. D'.
ResponderExcluirOs poucos pavilhões sobreviventes da Expo 1922 estão espalhados pelo centro. Este, além do (ainda) atual MIS e a ABL. O prédio do MHN já existia e foi adaptado para o evento. Algum outro?
Sempre via essa estrutura quando ia para a estação das barcas ou, mais recentemente, nas idas à feira da Praça XV.
Em 51 já não tinha mais a cúpula...por que sera que tiraram?
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