Hoje temos
fotogramas do Rio de meados da década de 50 garimpados pelo Nickolas. A região
é a vizinha ao hotel Copacabana Palace e a Pedra do Inhangá, que nos primeiros
tempos era a divisa entre Copacabana e Leme.
Nesta primeira foto destacam-se o anúncio da Coca-Cola (a Cr$ 1,50) e a própria pedra do Inhangá que ia até a Av. Atlântica. Além do “out-door” da Gordura de Côco vemos um automóvel Ford 1946/1947.
Nesta foto já
temos uma visão maior do Copacabana Palace e, mais atrás, provavelmente a
construção do prédio do Hotel Excelcior. A pedra, que já tinha sido demolida no
seu trecho até a areia, nesta época sofreu mais uma grande demolição para a
construção dos edifícios Chopin, Prelúdio, Balada e Barcarola, inaugurados em
1956.
Este terreno
da Pedra do Inhangá foi duramente disputado por D. Mariazinha Guinle,
proprietária do Copacabana Palace e o empresário polonês Henryk Alfred Spitzman
Jordan, que pretendia construir quatro prédios no local. A briga foi feroz e o
polonês levou a melhor. D. Mariazinha não se conformou e pretendia construir um
muro na lateral do hotel para tirar a vista dos prédios. O empresário ameaçou
colocar as cozinhas e áreas de serviço voltadas para o muro. Finalmente foi
selada a paz e as partes chegaram a um acordo. Henryk construiu os prédios e
foi morar na cobertura do Chopin, em companhia da sua mulher brasileira
Josefina Jordan, definida por Ibraim Sued como a grande locomotiva da nossa
Alta Sociedade.
A partir
desta foto cabe ao prezado obiscoitomolhado identificar os automóveis. As duas
mulheres, com maiôs comportados, andando aparentemente descalças, pela calçada.
Não é hábito das cariocas caminharem de maiô no calçadão nos dias de hoje.
Talvez porque os biquínis usados sejam tão pequenos que gerem constrangimentos.
E, à esquerda, dois homens parecem tirar a roupa.
Mais moças
caminhando de maiô pela calçada.
Estas sim estavam vestidas de acordo com a época. E uma delas recusou-se a ser filmada.
Definitivamente a moda era andar de maiô e sem sapatos...
As mulheres quando transitavam nas cercanias da praia usavam a chamada "saída de praia", uma vestimenta curta semelhante a um robe. Nos anos 50 não havia biquínis e nos 60 surgiu o "maiô de duas peças", que na verdade era uma "grande calçola".
ResponderExcluirOlá, Dr. D'.
ResponderExcluirDeixo Copacabana para os especialistas. Infelizmente, alguns sumidos há bastante tempo.
A moça escondendo o rosto parecia "ter culpa no cartório", para usar uma expressão da época...
Um pouco antes dessa época, era comum ver pessoas na praia de robe. Hoje é sunga, bermudas e biquínis, com ou sem "saída de praia". Na areia havia as esteiras de palha, substituídas pelas toalhas. Hoje tem o aluguel de barracas e guarda-sóis.
Garotas! Garotas! Garotas!
ResponderExcluirNa última foto, circulando pelo meio da avenida, visualmente embaixo do cartaz da Coca-Cola, parece um Nash. Ô, carrinho feio!!
ResponderExcluirNunca tomei banho de mar em Copa. Fi-lo (?!) muito no Leme, quando criança, e em Ipanema, Arpoador e Leblon (neste, poucas vezes), já adulto.
ResponderExcluirA visão dos ratos de praia patrulhando as areias me deixava tão irado que desisti de ir à praia desde 1975.
Os "ratos de praia" já eram um problema no final dos anos 60. A maioria carregava uma caixa de engraxate para disfarçar. A maioria era dos Morro do Cantagalo e do Pavão-pavãozinho. Ainda eram um "mal tolerável" e quando eram apanhados e presos "não havia maiores implicações", já que a repressão necessária era bem vinda. Após os anos 80 a incidência de "ratos de praia" cresceu em "quantidades industriais" e passaram a atuar em grandes hordas" oriundas de favelas da zona norte. Tais hordas foram jocosamente denominadas de "arrastões", fazendo alusão à pesca realizada no Posto Seis. O patrulhamento ideológico dado à essa atividade criminosa causa grandes problemas para Copacabana, já que a mídia capciosa, Ongs de direitos humanos, e políticos inescrupulosos, passaram a "glamourizar" esse crime, entendendo que trata-se de jovens pobres e excluídos que desejam "apenas se divertir" e acabam "cometendo excessos". As depredações ocorridas nos público e privado e também no transporte público já romperam os liames do tolerável.
ExcluirFF: sobre o "apagão" de ontem, pessoal se superou nas teorias estapafúrdias.
ResponderExcluirhttps://blogs.oglobo.globo.com/malu-gaspar/post/pane-do-whatsapp-provoca-panico-e-proliferacao-de-teorias-conspiratorias-nas-redes-bolsonaristas.html
Na primeira fotografia vemos um Ford 1946. No ano seguinte, as lanternas dianteiras perderam a graciosa localização mostrada na foto e foram deslocadas para debaixo dos farois; deixaram o formato retangular e assumiram o círculo, como se de jipe fossem. Melhor beber uma cocacola a um cruzeiro e cinquenta centavos.
ResponderExcluirNa foto 3, um Ford Prefect de 1949, o preferido de Jason Vogel, voa baixo a uns 16 km/h (10 mph) enquanto um conversível dos anos 40 mostra a traseira grená para contrabalançar com as transeuntes. Para mim, a transeunte de maiô levará a melhor entre os três.
Anos 40 com a variedade que nunca mais veremos, na foto 4. Um Pontiac de frente e, de traseira, um Chevrolet amarelo, um Ford branco e um Mopar preto. Todos entre 1942 e 1948 (tirando 3 anos de guerra mundial são quatro anos em que o estilo nada mudou).
Na foto 5, um Morris Oxford 1949 verde enquanto os outros carros são sedans da General Motors de 46-48. Gostei das vestimentas...
Finalmente, na foto 6, um Pontiac 1941 e um Nash 49. Ufa! quem achou que a escravidão acabou se enganou...
Obrigado pela aula.
ExcluirNem tanto...olhem só o erro - é a transeunte de maiô preto - dada como falsa magra mais adiante; faltou a cor no comentário.
ExcluirAinda não havia visto essas fotos que me deixaram uma dúvida. Pela posição da denominada Pedra do Inhangá esse enorme bloco se situava ao lado do Hotel Copacabana Palace. Daí a dúvida: se foi totalmente eliminado porque ainda chamam de Pedra do Inhangá o grande bloco de granito (?), que abriga um pequeno bosque, situado no interior do quarteirão formado pelas ruas Fernando Mendes, Av. Atlântica, República do Perú e Nª Sra. de Copacabana? Na verdade seria o resultado de outra formação geológica?
ResponderExcluirEra tudo um bloco só. A Pedra do Inhangá ia desde a beira-mar até o interior do bairro.
ResponderExcluirA jovem de maiô amarelo estava dentro do padrão favorito dos brasileiros, mas a outra ao seu lado parece ter os atributos de "falsa magra". Se o cinegrafista não tropeçar em um dos bancos na calçada, poderemos aguardar para ver mais de perto.
ResponderExcluirDo jeito que estamos indo até o velho Cr$ está virando motivo para saudosismo.
Ainda mais agora depois de interesses suspeitos das autoridades da área econômica brasileira em relação às altas do dólar.
Se não tiver como provar a ilegalidade, já podemos dar como certa a imoralidade.
E a grande mídia, tão criticada pelo governo, ontem praticamente escondendo o escândalo dos homens do presidente, em textos genéricos e bem escondidos.
Paulo Roberto, a imprensa está jogando uma cortina de fumaça, em função da pressão do "establishment" financeiro, que teme que o Pedro Guimarães, atual presidente da Caixa, assuma o Ministério da Economia, caso o Guedes caia. O cara é um bolsonarista "raiz", simpático às maluquices do presidente. Ou seja, seria aquela história: ruim com o Guedes, pior sem ele. É nessas horas que constatamos quanta coisa se engole para se manter o "status quo" das elites financeiras. E o silêncio de cumplicidade de toda a imprensa, toda ela, é de uma calhordice sem medida...
ExcluirO "broto" de maiô preto da foto 3 é um pitéu.
ExcluirAlguém lembra como foi "derrubada" essa pedra? Usou-se explosivos, ou foi na base das picaretas e talhadeiras mesmo?
Boa tarde. Além das fotografias inéditas, chama a atenção as propagandas do refrigerante Coca-Cola, que eram intensas na época. Tive um professor de Geografia na época de Vestibular, de esquerda e tão contrário as coisas dos USA, que afirmava que se não fosse a propaganda intensa da Coca-Cola, as crianças teriam que apanhar para beber o refrigerante e os adultos teriam que receber dinheiro em vez de pagar para beber Coca-Cola. E lá se vão mais de 1 século e a Indústria de Atlanta ainda é a maior empresa de refrigerante do mundo. Embora hoje não beba mais refrigerantes como antigamente, para mim ainda é o melhor refrigerante.
ResponderExcluirBoa Tarde! Sempre dei sorte com mulheres mais velhas que eu. Hoje com a idade que estou, fica difícil .
ResponderExcluir