Em 1972 os
jornais cariocas começaram a falar do Hotel Méredien que seria construído na
Av. Atlântica, esquina com Princesa Isabel. Teria quase 140 metros de altura,
vários restaurantes, boutique parisiense, piscinas, etc.
O Ministério
do Exército aprovou um gabarito máximo de 150 metros (devido aos exercícios de
tiro dos dois fortes em Copacabana). O projeto ainda dependia, na época, da
aprovação do governador Chagas Freitas.
Foi
inaugurado em 1975, sendo famosa sua cascata de fogos por ocasião do “réveillon”.
O projeto é de Paulo Casé e Luiz Acioli.
No alto do prédio ficava o luxuoso restaurante Saint-Honoré, com vista deslumbrante da Praia de Copacabana.
No térreo ficava o Café de la Paix.
A famosa cascata de fogos de final de ano aparecem nessas duas últimas fotos.
Olá, Dr. D'.
ResponderExcluirSempre havia a apreensão antes da liberação pelos bombeiros. Depois de um acidente, a cascata virou "virtual".
Em 1978 eu fui umas três vezes na boate Regine's. O Meridien e seus estabelecimentos era destinado às pessoas providas de "posses". Mas muitas "alpinistas sociais" tinham lá presença constante. Em razão disso "não faltava mulher bonita'. FF: em tempo de "fake news" tornou-se comum a publicação de fotos, pesquisas, e filmes, cujos contextos são totalmente dissociados da realidade. Tive acesso ao filme "Marighela" do cineasta Wagner Moura, e fui acometido de "frouxos de riso", a começar pela caracterização do personagem título, interpretado pelo cantor "Seu Jorge". Ora, Seu Jorge é negro e de compleição mediana e Marighela era mulato e corpulento. Além disso o Delegado Fleury (com nome trocado) é interpretado por Bruno Gagliasso. Além disso a narrativa é totalmente distorcida, mistura "alhos com bugalhos" e inclui "movimento de consciência negra", na época inexistente. Risível.
ResponderExcluirEram destinados
ExcluirUm conhecido comentarista não perdia o "brunch" dominical lá.
ResponderExcluirEste hotel com essa altura toda foi a pá de cal numa avenida Atlântica que deveria ter respeitado o Plano Agache, como foi feito no edifício Guarujá na esquina da Constante Ramos que não fazia sombra na praia, respeitando um afastamento razoável da avenida. Mas é o progresso, é o progresso. Pelo que me lembro o Saint-Honoré era caríssimo. A boate Regine´s se não me falha a memória era no subsolo.
ResponderExcluirO hotel, agora sob o comando do grupo Hilton, tem a classificação cinco estrelas, com diária salgada.
ResponderExcluirFF - Dieese, há anos que não ouvia falar nesta instituição. Os mais antigos entenderão...
Out 7-8 R$662
ExcluirRegine's, Privè na General Osório, Hippopotamus na Barão da Torre, Papagaio's na Lagoa, New York City, na Visconde de Pirajá, e Mikonos na Cupertino Durão. Isso sem esquecer do Dancin Days no Morro da Urca. Esses eram os points nos anos 70. Era muita muita mulher bonita, muitas delas na época "fora do alcance de minhas posses". A noite "bem vivida" é muito cara.
ResponderExcluirRevolta de 1807, em Salvador (envolveu Hauçás, Marighela era filho de uma negra hauçá)
ResponderExcluirRevolta dos Malês >> 1835
Movimento Abolicionista >> a partir de 1850
Atuações de Luiz Gama pela libertação de escravizados >> a partir de 1850
Jornal Treze de Maio >> 1888
Frente Negra Brasileira >> 1930
Teatro Experimental do Negro, de Abdias Nascimento >> 1940
A desinformação é desonesta; a ignorância é triste.
Estou surpreso com que não tenha havido menção ao mais famoso "affaire" envolvendo o Méridien, ou seja, o do salão de beleza "cinco estrelas" de propriedade de Georges Khour, implicado no "Caso Cláudia Lessin", o qual até hoje repercute na memória coletiva. Certamente outros comentaristas mais afeitos à crônica policial carioca poderão - se o quiserem - rememorar mais detalhes sobre o caso.
ResponderExcluirTinha dois amigos que eram do IML na época. Vi as fotos que o legista fez. A barbaridade que fizeram com a menina é absolutamente indescritível. Vocês não podem imaginar. O maior dos castigos seria pouco para os envolvidos.
ExcluirO caso foi realmente vergonhoso. Egon Frank, pai de Michel, tinha "boas relações" com o Delegado Helber Murtinho, que era o encarregado do I.P que apurava a ocorrência de "encontro de cadáver" de acordo com a terminologia da época. Delegado experiente, desvendou o crime sem dificuldade e "supõe-se que tenha protelado o pedido da P.P de Michel e George Khour para que o primeiro tivesse tempo de deixar o Brasil, já que era cidadão suíço. Quando foi decretada a P.P Michel já tinha "dado às de Vila Diogo" e estava longe. Khour acabou sendo condenado por ocultação de cadáver e Michel nunca mais retornou ao Brasil.
ExcluirAntes de destilar o inoportuno veneno no seu comentário, o comentarista das 10:50 menciona fatos históricos do passado que nada tem a ver com o meu comentário das 08:31. Não havia nos anos 60 "ativismo negro" como na atualidade. Movimentos abolicionistas reivindicavam a libertação da escravatura e eram movimentos justos, humanitários, e que eram inerentes à todas as raças, pois pleiteava-se a liberdade. O ativismo racial era tímido ou inexistente nos anos 60 aqui no Brasil. Não se tem notícia de passeatas exaltando a raça negra como atualmente. Movimentos do tipo "Marielle vive" ou "vidas negras importam" são uma clara tentativa de promover uma luta de classes até então inexistente no Brasil. Não havia racismo como querem afirmar os "professores universitários e ativistas' que procuram criar animosidade ou "algo mais". Não havia nada que se assemelhasse aos movimentos por direitos civis protagonizados por Martim Luther King nós EUA. Além do mais qualquer movimento nesse sentido naquela época seria totalmente inviável e suas consequências seriam funestas. Portanto "desonesta é a afirmação do comentarista, já que lhe faltou "no mínimo atenção" só proferi-lo.
ResponderExcluirPublicado, mas não concordo com a opinião do Joel.
Excluir"Não concordo com o que dizes mas defenderei até a morte teu direito de dize-lo". Eis que o "Gerente" está imbuído do espírito da democracia. Não poderia ser diferente!
ExcluirComplementando o comentário, imaginem em 1968 uma passeata na Presidente Vargas gritando "vidas negras importam", viva Zumbi, "Marielle Vive', ou algo do gênero: seria uma catástrofe! Em 1975 Aldir Blanc foi "aconselhado' pelos militares para "mudar a estrofe" do samba "O mestre-sala dos mares". O original "salve o Almirante negro" passou a ser "Salve o navegante negro". A época não era propícia para qualquer tipo de movimento ou ativismo. Se havia algum, nunca foi perceptível. Além disso Marighela em sua cruzada política não se valia de sua etnia nem a mencionava. Mas "construir personalidades" é uma atividade incessante da esquerda.
ResponderExcluirNão sei se o Luiz se refere a mim quando disse que um comentarista frequente deste espaço. Realmente eu era um frequentador assíduo do brunch do Meridien, pois, além de um buffet excepcional, tinha um buffet de comidas japonesas excelente, porém o melhor, era o "all you cam drink" de champagnhe.
ResponderExcluirFizemos tanta amizade com a gerente e com o chef, que na exposição de chocolates belgas que fizeram, havia um quadro feito de chocolate belga de 1,5 m² emoldurado entre 2 vidros, que após o evento, nos foi dado de presente.
Esse quadro era uma reprodução do "Dejeuner sur l'herbe" de Manet.
Sem ter o que fazer com ele, o levamos para a festa de revellion da nossa saudosa Chantal, na Av. Atlântica, e lá o desmontamos e o devoramos.
Depois, com a venda do hotel para a rede Windsor, a equipe foi desmontada e migrada para outro hotel da Av. Atlântica.
Após esse tempo, o hotel foi totalmente remodelado e comprado pela rede Hilton.
Interessante saber que, na reforma, o sistema de ar condicionado do hotel foi totalmente remodelado pelo nosso amigo Menezes, o calango..... Ficou um show, como tudo o que ele faz, vide o hospital Copa Star.
Claro que me referia a você, caro Conde. O Menezes me disse que o perfume Lancaster invadia o sistema de refrigeração.
ExcluirNunca fui ao Meridien no Rio, mas gastei uma nota preta no Café de la Paix em Paris, ah que saudade de Paris…
ResponderExcluirDesses tipos de estabelecimentos internacionais esse hotel foi o que mais frequentei. Não porque tivesse recursos financeiros excepcionais mas, na condição de músico amador, tinha acesso às áreas de lazer como, p. ex., a boate Rond Point (dei várias "canjas" com o trio Fogueira Três) https://www.youtube.com/watch?v=5_7DicgnXic, na área de uma das piscinas, a que ficava na parte aberta frontal à Av. Princesa Isabel e, quando convidado, o restaurante Saint Honoré no último andar. Neste local fui à primeira festa de revellion ali realizada, animada pelo conjunto de dança de Luiz Carlos Vinhas e o conjunto Tumba Samba, este formado por profissionais de atividades diversas e exclusivo do hotel.
ResponderExcluirContei aqui em outra postagem que levei minha filmadora Super8 e quando liguei seu refletor de tungstênio foi gente se espalhando para todos os lados. Casais em especial. Pareciam baratas quando se acende a luz de um aposento. Ainda tenho essa película.
Mais tarde descobri que um dileto amigo era o chefe do Dep. de Pessoal do hotel. Apesar de não ser necessário isso facilitou minha circulação por outras áreas. Nunca frequentei o Regine's, cuja entrada era pela r. Gustavo Sampaio, mesmo quando deixou de ser discoteca e passou a apresentar atrações musicais ao vivo.
Apenas como curiosidade, na festa em que foi inaugurada a famosa cascata eu estava comemorando a passagem do ano na casa noturna Crazy Rabbyt, mais tarde Cicciolina (esquina Av. Princesa Isabel c/ Viveiros de Castro), quando alguém chamou a atenção para o evento e todos sairam à rua. Ficamos ali extasiados com o espetáculo. Não poderia imaginar que no ano seguinte estaria no alto dessa edificação comemorando uma nova passagem de ano.
Para mim é uma honra receber um elogio do DI LIDO. De fato, como relata do Dr.D, uma das maiores dificuldade minha foi tirar o forte Cheiro do Lancaster da Boite Regine's no sub-solo do Hotel. Ainda cheguei a ver um quadro colocado na parede com uma homenagem ao nobre Conde, frequentador assíduo que era desse espaço de abonados . Alguns outros estavam ao lado dele na foto mas não os conheço. Vou pedir ajuda ao JBAN para a devida identificação. Ah...se aquela Boite falasse...
ResponderExcluirQuanta maldade...
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