Nesta fotografia, que deve ter sido feita por volta
de 1960, podemos ver o caos do trânsito em Botafogo, num tempo em que a Rua
Voluntários da Pátria (assim como a Rua São Clemente) tinha mão-dupla e tráfego
de automóveis, bondes e lotações. Passou a ter mão-única no início da década de
60.
Como a rua tem três pistas havia uma grande disputa pela faixa do meio entre as
duas correntes de tráfego.
O lotação Castelo-Leblon, via Lagoa, que tantas vezes peguei para voltar do
Colégio Santo Inácio para casa, tinha o itinerário "Almirante Barroso,
Voluntários da Pátria, Epitácio Pessoa, Ataulfo de Paiva, Hotel Leblon".
Ao lado deste lotação, o táxi placa DF - 4-53-26.
O bonde de reboque 1459 vai no mesmo sentido do auto DF - 4-53-26 em direção à
Praia de Botafogo, com seus passageiros pegando um agradável sol da tarde e
preparando-se para o sinal da cruz ao passar em frente à Igreja Matriz de São
João Batista.
O lotação 4374 apresenta o cano de descarga no alto, como foi lei durante algum
tempo no Rio.
Outro ponto caótico era o movimento de
carros no "rush" rumo ao Centro na manhã do
dia 13 de Março de 1972. Nesta época o domínio da marca Volkswagen era total. Estamos em frente ao Pinel, com o estádio do Botafogo à direita.
Olá, Dr. D'.
ResponderExcluirSó há uma palavra para definir a primeira foto: loucura!
A segunda foto mostra, como destaca o texto, o predomínio da WV, especialmente do fusca. Esse domínio só foi suplantado na década seguinte. E, salvo engano, por outro modelo, o Gol. Só mais tarde o Fiat Uno passou a ser o modelo mais vendido.
A terceira foto mostra uma colorização do conde bem realista.
São Clemente e Voluntários, junto com a Praia de Botafogo, foram os logradouros do bairro que eu mais freqüentei. A região da segunda foto só de passagem mesmo...
Sobre engarrafamentos em frente a escolas, em breve o martírio volta com força total. Em alguns lugares já há uma prévia. Por mais de um ano essa imagem sumiu das ruas.
ResponderExcluirBotafogo sempre teve um trânsito caótico. Em Dezembro de 1964 fui morar na Voluntários da Pátria e o trânsito nela já funcionava em mão única. Os Trolley-buses desciam para o Centro pela Voluntários e subiam para o Humaitá pela São Clemente. Em 1965 eu e minha mãe aguardavamos minha tia na porta do prédio às 6:50 para irmos para o Instituto de Educação. O trajeto de ida era pela Praia de Botafogo e pelo recém inaugurado Aterro do Flamengo e pontualmente às 7:30 eu estava dentro da sala de aula. Se fosse nos dias atuais, esse mesmo trajeto demoraria duas horas. Naquela época o Túnel Santa Bárbara tinha um trânsito limitado em razão de seus acessos serem limitados e não comportavam um grande fluxo de veículos.
ResponderExcluirNa última foto, dois Aero Willys de modelos diferentes separados pelo Fusca. O da direita, mais antigo e o da esquerda, mais novo. Meu pai teve ambos.
ResponderExcluirE na frente do fusca, outro Aero Willys 2600, de idade intermediária entre os outros dois. O Biscoito vai dar a idade de cada um. Coincidência, meu pai também teve ambos.
ExcluirA última foto é posterior ao segundo semestre de 1966, possivelmente de 1967, e a falta dos cabos alimentadores de energia dos Trolley-buses é a prova disso. O local é a esquina da São Clemente com a Rua Bambina. A Voluntários da Pátria, a São Clemente, a Real Grandeza, e a Rua Humaitá, foram as vias que mantiveram a circulação de bondes até 21 de Maio de 1963, data em que circulou o último bonde da zona sul. Os Trolley-buses iniciaram a sua operação em 03 de Setembro de 1962 e durante quase nove meses Botafogo, Catete, Gávea, e Humaitá, tiveram a circulação simultânea dos dois sistemas. Durante esse período a Garagem do Largo do Machado operou com os Trolley-buses e a da Voluntários da Pátria operou com os bondes.
ResponderExcluirJoel, a última foto é da saída do ônibus do Colégio Santo Inácio, entre as ruas Dona Mariana e Sorocaba. O motorista chamava-se Ari. Este modelo ônibus foi o primeiro a substituir os antigos ônibus escolares da década de 50. Nesta época eram quatro. O 1 dirigido pelo Anibal, o 2 pelo Pedro, o 3 pelo Ari e o 4 pelo Cornélio (vítima, é claro, de gozações dos alunos).
ResponderExcluirLuiz, acho que o Joel tem razão quanto a localização da terceira foto. Logo após o Santo Inácio tem o portão de entrada da vila e colado na vila, o prédio antigo que sempre teve o boteco no térreo e o ponto de ônibus em frente. Entrei no colégio em 1967 e já tinha o referido prédio após a vila e que teria que estar aparecendo na foto, dada à proximidade com o colégio.
ExcluirUm pouco adiante da Bambina. Esses ônibus antigos eram característicos de Grandes Colégios. O São Bento tinha cinco que já eram bem antigos na década de 60. O Colégio Cruzeiro da Cruz Vermelha tem alguns ainda em uso.
ExcluirCoincidentemente, não haverá um terceiro Aero-Willys na última foto, à frente do Fusca, de modelo diferente tanto do da direita (1962, com friso lateral reto) como do da esquerda (65 ou 66, com lanternas bicolores, enquanto em 1967 passaram ao esquema vermelho/amarelo/branco) ? Com a palavra, o biscoito !
ResponderExcluirE realmente há o terceiro Aero Willys na frente do fusca. Se o da esquerda é 1962 e o da direita é l965, o dito cujo é depois de 62. Quem sabe 63/64, a primeira grande modificação do Aero Willys, ainda com porta malas arredondado como o modelo anterior e alça em formato de W.
ExcluirBom dia a todos. O Augusto lembrou bem, a partir do dia 15/10 as retenções no tráfego em frente de escolas voltarão com força total. Este problema no RJ nunca será solucionado, não só pela falta de uma melhora de planejamento para estacionamento em frente das escolas, mas devido ao aumento a cada dia da insegurança na cidade. Na minha época de ginásio, todas as crianças iam para a escola sozinhas utilizando transporte urbano ou a pé, nos dias de hoje até mesmo nas escolas públicas a maioria das criança são levadas as escolas por seus Pais ou através de ônibus ou vans escolares. O governo só irá conseguir diminuir este problema de trânsito, mantendo o preço da gasolina e do álcool nas alturas como no atual momento. Aliás como tudo no Brasil, os governos só reduzem inflação com aumento dos juros e restrição do consumo.
ResponderExcluirPoucas vezes passei pela São Clemente e Voluntários nos anos 60 e 70, mas pela Av. Wenceslau Brás era bem mais frequente.
ResponderExcluirEm 1972 as previsões de caos total no trânsito das grandes cidades eram comuns. A Guerra do Yom Kippur em 1973 eliminou essa possibilidade.
O Aero Willys "quadrado" me faz lembrar que minha tia mais nova teve que se virar para aprender a dirigir num Itamaraty, o irmão "mais rico" do Aero. Tornou-se excelente motorista e até o ano passado, com 76 anos, dirigia sozinha para visitar filhos e netos, outros parentes e até amigos pelo interior do RJ, Minas e Espírito Santo, até permitir que o coronavírus chegasse nela, ao cansar do isolamento. As sequelas estão impedindo até suas idas aos médicos, hospitais e laboratórios sem acompanhante, que tem que dirigir para ela, mesmo quando em distância de poucos quarteirões.
Colorização primária, dos tempos iniciais dessa atividade por minha parte.
ResponderExcluirDr. D' mente ao dizer que dependia do lotação para voltar para casa, uma vez que seu pai mandava o motorista, General da reserva, Miranda, pegá-lo nas saídas do CSI com seu Itamarati 0 km...
Aposto que, hoje, o trânsito está muito pior do que era...
Não havia ponto de ônibus logo após a Rua Bambina. E a placa de SAÍDA indicava a saída do estacionamento do colégio.
ResponderExcluirComo mencionou o comentário das 11:21, a Guerra do Yom Kippur foi um "balde de água fria" nas pretensões de muita gente.
ResponderExcluirExiste carro mais feio que o "Zé do caixão". A Volks podia ter feito melhor.
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