Foto de 1951 quando foi fechado o Cinema Star, que funcionou na Rua Voluntários da
Pátria nº 35 desde 06/10/1944. Este cinema tinha, imaginem, 1402 lugares.
Vemos o Cinema Botafogo, que funcionou na Rua Voluntários da Pátria nº 35, substituindo o Cinema Star sem grandes alterações, desde 04/10/1951. Teve um período áureo. A foto é do início dos anos 80, quando exibia o filme brasileiro "Retrato falado de uma mulher sem amor", com Monique Lafond, Paulo Cesar Pereio, John Herbert, Jonas Bloch, Fulvio Stefanini e outros.
Foto de 1994 do Cinema Botafogo, já com o prédio todo grafitado. Foi fechado em 1995, sendo que, em seus últimos tempos, passava muitos filmes de qualidade duvidosa ou pornográficos.
No ano seguinte, em 27 de outubro de 1996, reabriu como Espaço Unibanco, já com o espaço dividido em várias salas. Na estreia, três filmes: "Memórias do cárcere", de Nelson Pereira dos Santos, "O gato sumiu", de Cédric Klapisch, e "A lei do desejo", de Pedro Almodóvar.
Mais recentemente, em 2014, um novo patrocinador entrou no
negócio e foram realizadas obras que transformaram as três antigas salas em um
complexo de cinco salas, a configuração atual do Estação Net Rio.
Nesta semana saiu na Imprensa a notícia que o Grupo Severiano Ribeiro conseguiu autorização da Justiça para reaver o espaço por falta de pagamento de aluguel e no lugar do cinema planeja construir um edifício. Vários grupos tentam salvar o cinema, mas parece inexorável o fim dos cinemas de rua.
Eu me lembro desse cinema em 1965 quando morava na Voluntários da Pátria. Passava por ele todos os dias quando voltava com minha mãe do I.Educação. Nessa época eram exibidos filmes de terror. Nessa época (1965) além do Cine Botafogo, os cinemas Scala e Coral existentes na Praia de Botafogo, e o Cine Guanabara, só exibiam "filmes sérios e não pornográficos".
ResponderExcluirOlá, Dr. D'.
ResponderExcluirSó conheci como Estação. Primeiro Unibanco e depois como NET Rio, aproveitando a promoção de meia-entrada para assinantes.
Cinema para exibição de filmes "de arte" fora do circuito comercial, além de ser "de rua". Dois aspectos em extinção em tempos de streaming e shoppings.
Uma pena, é uma ótima opção para (bons) filmes que nem sempre são exibidos ou têm exibição em poucas salas/horários do "circuitão".
ResponderExcluirAparentemente sempre se equilibrou com dificuldade, mas creio que a pandemia o feriu de morte.
P.S. Sempre brinquei com minha mulher que me sentia um garoto quando íamos lá (tenho 68 anos), a idade média dos frequentadores - especialmente nas seções mais cedo - era bem elevada.
Bom Dia! Como já comentei certa vez, quando fiz 12 anos meu pai passou a me dar todo fim de semana ( dependendo do meu desempenho na escola) uma "grana" que dava para comprar um rolo de linha 10 dos grandes,as pipas e o cerol eu mesmo fazia,ir ao cinema, que cada semana eu escolhia um diferente e dar uma volta de bonde que também cada semana era uma linha diferente. Não lembro qual filme, mas devo ter passado também por este.
ResponderExcluirEm Botafogo eu só lembro de ter assistido filmes no Coral, anos 70 e 80. Quando criança assisti 2001, Uma Odisseia no Espaço por lá ou no Flamengo, não lembro. Claro que não entendi quase nada, mas fiquei deslumbrado com a ficção científica.
ResponderExcluirO maior cinema do Brasil que exibia filmes regularmente era até o início de 2020 o Cine 9 de Abril de Volta Redonda, com 1500 lugares. Resta saber se sobreviveu à pandemia.
Bom dia a todos!
ResponderExcluirEu como morador de Botafogo já fui inúmeras vezes a esse cinema. Vale lembrar que na Rua Voluntários da Pátria existem 2 cinemas da "Estação NET", um é o Estação NET Botafogo (quase na praça Nelson Mandela) que até semana passada estava funcionando, inclusive o filme "Marighella" estava em cartaz e outro 1 quadra a frente que é o Estação NET Rio. Infelizmente a justiça determinou o despejo por falta de pagamento, mas é quase que um patrimônio do bairro esses cinemas, uma pena!
Espero que consigam resolver a situação!
Em 1965 eu morei ao lado do número 88 da Voluntários da Pátria onde existe "o outro cinema" Estação Net, e tal cinema não existia. O prédio era relativamente novo na época e na galeria funcionava um outro tipo de comércio que não um cinema. A Avenida Nelson Mandela também não existia na época e foi construída muitos anos depois.
ExcluirFF: A atuação escandalosa da arbitragem na partida entre Flamengo x Bahia mostra o nível da arbitragem brasileira. A ridícula atuação do juiz na partida entre Flamengo x Chapecoense não é justificativa para os atos ocorridos na partida de ontem, onde inclusive a Comissão de Arbitragem infringiu o disposto no Estatuto do Torcedor que versa sobre a substituição do árbitro antes da realização da partida sem o conhecimento prévio dos clubes, o que acabou beneficiando o Flamengo.
ExcluirAcho que o de número 88 não é ligado à NET (Claro). Nunca tive desconto de assinante lá (até 2017), só no número 35.
ExcluirMorador de Copacabana até os 26 anos, meus cinemas eram Roxy, Metro, Art Palácio, Condor, Ricamar (onde vi um Estranho no Ninho; alguns filme a gente não esquece a sessão) Rian (que delícia). As vezes Leblon (maravilhosas sessões de meia noite, na qual vi Os Intocáveis em pré-estréia) e Pax . Super Bruni 70 para ver Os Mutantes na "sessão" de meia noite. Essa semana boa crônica sobre cinema no Globo de 3ª feira, do Léo Aversa. Uma pena o fim dos cinemas de rua, mas os shoppings, salvo a pipoca de preço escandaloso (acho que faturam mais com ela do que com os filmes) tem o conforto do estacionamento, horário e lugar marcado. O problema é que o despejo é por falta de pagamento... aí compreendo o locador!
ResponderExcluirNo tempo dos muitos cinemas de bairro o estacionamento não era um grande problema, caminhávamos.
ExcluirMas veio a TV, primeiro em preto & branco, depois o preço da TV em cores ficou ao alcance do povo (em muitas suaves prestações), aí situação complicou mais ainda. Porém o vídeo-cassete foi praticamente a "pá de cal". Para muitos o shopping juntou o útil ao agradável das compras nas lojas, da diversão nos cines e brinquedos e também dos "comes e bebes" de suas praças de alimentação.
Até o "footing" atual é pelos corredores dos shoppings.
No passado ir ao cinema era um programa tão barato quanto ir a jogo no Maracanã. Hoje em dia ambos os programas tem preços proibitivos. Quanto custa uma ir a um cinema com uma acompanhante atualmente? O valor do estacionamento somado ao valor dos ingressos e mais a indefectível pipoca, beira os 150 reais. Quem ganha e quem perde com isso?
ExcluirMatéria do O Globo Digital de hoje: https://oglobo.globo.com/rio/possivel-fechamento-do-estacao-net-rio-cena-comum-na-cidade-que-perdeu-pelo-menos-163-cinemas-de-rua-nos-ultimos-70-anos-confira-os-que-sobraram-25274673 . Coincidência?
ExcluirEm breve no local, mais uma Igreja...Aposto!
ResponderExcluirEu era rato de cinema nas décadas de 1960 e 1970. Mas minhas tocas preferidas eram na Tijuca e em Copacabana. Nesses bairros acho que fui a todos os cinemas. Fora dali, apenas esporadicamente, quando fui ao Madrid, Comodoro, Veneza, Condor Largo do Machado, São Luiz, Coral/Scala, Imperator, Estúdio Paissandu, Santa Alice. Acho que fui ao Madureira 1/2, a um do Méier (não era o Imperator), a um na Praia do Flamengo.
ResponderExcluirQuando era ainda criança, fui a um poeirinha empoeirado na Hadock Lobo, próximo à Machado Coelho, ver um filme estilo Tarzan, classe Z.
Na Voluntários da Pátria fui ao da foto de hoje e a um perto da estação do metrô.
descobri, há algum tempo , um cara que era responsável por montar os letreiros do RIAN. Quando o cinema fechou, ele levou as letras para casa e as vendeu. Na ultima vez que falei com ele, sobravam poucas peças (letras) que ele vendia a 500 reais as grandes e 350 reais as pequenas. Não sei se ele ainda tem algo a vender.
ResponderExcluirNunca fui ao Jussara, no Jardim Botânico,hoje Pão de Açúcar onde a turma do colégio via filmes de 18 anos..
ResponderExcluirSe fosse iria encontrar o JBAN.
ExcluirEste cinema era a meca mo cinema "cult".
ResponderExcluirÚltima vez que fui num cinema de rua foi pra ver "Gladiador", no Metro Passeio.
Ouvi dizer que o maior cinema que existiu no Rio foi o São Pedro, na Penha, com capacidade de 2530 lugares; não sei se procede...
O excelente livro “Palácios e Poeiras”, de Alice Gonzaga, tem todas as informações sobre os cinemas do Rio. Mas estou longe dele agora.
ExcluirÉ verdade, porém teve sua capacidade reduzida para 2150 lugares em 1969, tendo sido ultrapassado pelo Rio Palace que ficava entre Ramos e Bonsucesso, com 2200 lugares e a maior tela da América Latina, inaugurado em 1962.
ExcluirHavia outro cinema na Voluntários, entre a igreja e a Real Grandeza. Chamava-se Nacional.
ResponderExcluirSó para chutar um pouco: se era de grandes dimensões arrisco dizer que era onde hoje tem um mercado Pão de Açucar.
ExcluirEm dimensões menores seria onde está um Horti-Fruti ou, a menor possibilidade, onde tem a Casa e Vídeo.
Boa tarde a todos. Cinemas de rua, eram cinemas com identidade, cinemas que você podia ser levado de olhos vendados, quando chegasse ao cinema lhe tirassem a venda, podia ser na sala de espera ou mesmo já no interior da sala de projeção, você de imediato identificaria o cinema onde estava, desde de que você já tivesse ido naquele cinema alguma vez. Várias são as causas do fechamento das salas de cinema de rua, mas a saudade destes cinemas estará sempre na memória daqueles que curtiram, no escurinho do cinema, chupando drops de anis, longe de qualquer problema, perto de um final feliz. Como esquecer aquele beijo dado, na menina que naquele momento era a maior paixão da nossa vida. Bons tempos.
ResponderExcluirNão tinha um cinema na Rua da Passagem na esquina com a Praia de Botafogo?
ResponderExcluirAcho que era o Guanabara.
Excluirentrei em contato com o cara que vendia as letras. Não há mais. Ganhou mais de 70 mil reais com isso....
ResponderExcluirEm Copacabana: Alvorada, Caruso, Riviera, Royal, Alaska, Rian, Roxy, Copacabana, Art-Palácio, Metro, Florida, Ricamar, Paris-Palace e Bruni Copacabana.
ResponderExcluirEm Ipanema: Ipanema, Pirajá e Pax.
No Leblon: Leblon e Miramar.
Em Botafogo: Coral, Scala, Ópera, Nacional, Guanabara e Star.
No Flamengo: Paissandú, Condor, Polytheama, São Luiz, Asteca e Bruni Flamengo.
No Centro: Rex, Rivoli, Vitória, Colonial, Plaza, Metro, Palácio, Odeon, Pathé, Império, Capitólio, Cineac e Parisiense.