O Itajubá
Hotel foi uma brilhante iniciativa de um grupo de capitalistas entre os quais
Vivaldi Leite Ribeiro e Antonio Faustino Porto.
Continha 200
quartos, cada um dos quais dispondo de sala de banho e instalação sanitária
própria. Havia à disposição restaurante “A la carte”, bar, cabeleireiro,
manicures, calistas, etc.
Uma
curiosidade eram os almoços de adesões a algum homenageado.
Por exemplo, em 23/06/1928, por motivo da chegada da Europa do Dr. Arnaldo de
Moraes (médico fundador da Maternidade Arnaldo de Moraes, em Copacabana, hoje Hospital São Lucas), havia listas de
adesão na Casa Moreno, na Lutz Ferrando da Gonçalves Dias e na Orlando Rangel,
na Assembleia.
Ainda em 1928
realizou-se em outubro um almoço para os membros da colônia cearense, em
especial os jornalistas Andrade Furtado e Gilberto Camara.
No final da
década de 20 o Itajubá Hotel tinha a gerência de R. Segatori, com Luiz Pione
(ex-chef do Grande Hotel Carlton de Londres) comandando a cozinha. Funcionava no sub-solo o “Tucanos Bar”.
Em 1929 no
domingo de carnaval houve grande baile, das 22h às 04h da madrugada. A mesa
custava 50$000 por pessoa, com direito a lauta ceia. As pessoas que reservaram
mesas tinham direito a uma “senha de trânsito”, que permitia entrar e sair do
hotel, dentro do horário marcado, tantas vezes quanto quisessem.
O concurso de
“Miss Brasil”, em 1929, realizou-se nos salões do Itajubá Hotel.
Todas as fotos de hoje foram enviadas pela Tia Milu, a quem o "Saudades do Rio" agradece.
ResponderExcluirOlá, Dr. D'.
ResponderExcluirO gerente neste fim de semana compensou os dois últimos e bateu ponto.
Não tenho muito a acrescentar além do meu comentário de ontem.
A penúltima foto é uma montagem, provavelmente de um cartão postal de propaganda do próprio hotel e a anterior um detalhe dela.
Dezesseis andares para a década de 20 não é uma altura qualquer, apesar de surgirem na mesma época edifícios mais altos por causa do concreto armado. Por um cálculo rápido 16 andares equivalem a aproximadamente 50 metros de altura.
Como parece mirrado o hotel hoje. Espremido entre prédios numa rua esteira, sem jardim. Passada glorioso. Quantas emoções no carnaval, almoço ,desfiles
ResponderExcluirDo anúncio reproduzido na quarta foto:
ResponderExcluir"Attendendo a crise geral, foram reduzidos todos os preços, inclusive para moradia effectiva nos apartamentos."
Final dos anos 20?
Foi o "crack de 1929". Os preços do café despencaram e precipitaram o fim da já carcomida "República Velha" em 1930.
ExcluirAo ver este cartaz referindo-se à baía, com "H", lembrei quando fiz uma pesquisa da genealogia do sobrenome "Bahia". Os primeiros portugueses com este nome, inicialmente sem "H", vieram pro Brasil no ciclo do ouro do século XVIII. Fixaram-se, curiosamente e obviamente, em MG e não na BA. Depois, se espalharam pelo país e adotaram o "H", para remeter ao estado da federação e se diferenciar do nome "baía", quando foi realizada uma reforma ortográfica.
ResponderExcluirExcelente continuação da história, o garimpo da Tio Milu deve ter muita preciosidade do Rio Antigo.
ResponderExcluirO detalhe sobre a colônia cearense: contam que a só família do Menezes já seria suficiente para preencher todos os lugares do citado almoço.
interessante o folder acima. Já falava de crise. O Brasil vive em crise desde que foi descoberto. Mudam os atores, muda-se a moeda e tudo fica igual. O melhor plano desde então foi o Real, que esse filho da puta do Bolsonaro está tentando detonar....
ResponderExcluirConde di Lido, não são os governantes, nem os atores, nem tampouco a moeda. Você pode não acreditar em "karma e reencarnação", mas todas as mazelas do Brasil tem origem em uma só fonte: o DNA espiritual de seus habitantes. É como aquela velha piada de humor negro: Deus livrou o Brasil de maremotos, terremotos, erupções vulcânicas, e outros cataclismas, mas deu-lhe um "povinho" que supera qualquer desgraça conhecida do Universo".
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