As fotos de hoje são para esclarecer alguns pontos citados nos comentários do "post" de ontem.
Em mais uma foto do acervo D´, vemos da esquerda para a direita o esqueleto do antigo prédio que ficou tantos anos enfeiando a Lagoa até ser demolido. No morro vemos o que restou da favela da Catacumba e o tobogã do Ricardo Amaral bem no terreno onde hoje há um posto de gasolina, cuja cúpula já pode ser vista nessa foto. Como o pessoal do tobogã não queria propaganda negativa por conta dos acidentes no local, enviavam os pacientes não para o Hospital Miguel Couto, mas para uma clínica particular em Ipanema. Cheguei a atender vários destes acidentados nesta clínica.
Com o aterro incompleto vemos uma época em que o aspecto da água neste trecho era horrível. A pequena faixa de aterro à esquerda foi uma tentativa de se aumentar ainda mais a parte aterrada, mas funcionários exemplares da SURSAN, como o nosso prezado Jayme, impediram que isto fosse adiante, pois empresários paulistas queriam se aproveitar para ali fazer um "shopping", na base do "aterra primeiro e depois se tenta legalizar".
Nesta foto, do Arquivo Nacional, vemos a área em frente à antiga
pedreira da Lagoa, por volta de 1970. A duplicação das pistas da Epitácio
Pessoa e a construção do Viaduto Augusto Frederico Schmidt tinham ficado
prontas havia pouco. Instalaram vários equipamentos de diversão aí, tais como
uma pequena pista de "kart", pedalinhos e mini-golfe. Lá no fundo,
junto ao Corte do Cantagalo, o famoso posto de gasolina da Ipiranga, que tantos
anos ali ficou (houve uma época, nos anos 60, que exemplares do Jornal do
Brasil eram distribuídos gratuitamente a todos que por lá passavam, envoltos
num tira amarela com o logotipo da Ipiranga). Ao fundo, os grandes prédios da
Gastão Bahiana já estavam de pé. No último prédio à direita vocês podem me ver,
fotografando a Lagoa.
Mais uma foto do acervo D´mostrando o campo de futebol de salão que existia antes da duplicação das pistas da Av. Epitácio Pessoa e, ao fundo, a pedreira da Lagoa. Havia explosões duas vezes ao dia, uma pela manhã e outra à tarde, que interrompiam o tráfego da Av. Epitácio Pessoa por dez minutos de cada vez.
Pouco tempo depois esta foto do acervo D´mostra as obras de duplicação da Av. Epitácio Pessoa em final de conclusão e já temos o terreno da pedreira ocupado por uma concessionária Volkswagen, acho que a Auto-Modelo. No mesmo local funcionaram mais adiante uma concessionária Honda, de motos, e a Lagoa S/A, revendedora Ford.
O AG, saudoso comentarista do SDR, contou de um excelente anúncio de oportunidade feito para esta revendedora Ford pelo Helio Kaltman. No dia da renúncia do Nixon, a Lagoa S/A saiu na manhã seguinte com o anúncio: "Faça como os americanos. Troque por um Ford".
Eu não entendi até hoje a razão pela qual o Tobogã foi montado em um local horroroso. Qual teria sido o critério? Na mesma época havia um instalado na "Diverlândia" em São Conrado em um local com mais opções de lazer. De qualquer forma o tempo mostrou que "tudo é possível" quando há vontade política, e sob essa premissa locais degradados podem ser transformados em um locais aprazíveis.
ResponderExcluirJoel, havia uma procura enorme por tobogãs. O espaço estava abandonado, aluguel desprezível, geograficamente bem localizado na Zona Sul, estacionamento farto. Pouco investimento e grande lucro. O gerente que acompanhava os acidentados me disse que o faturamento era extraordinário.
ExcluirEu fui duas vezes ao Tobogã da Lagoa mas não tive coragem para descer. Minha mãe desceu e gostou, mas reclamou do saco de aniagem impregnado de cera que deixava um cheiro desagradável. Na "Diverlândia" também não tive coragem, e ainda "trouxe de recordação" uma queimadura no braço quando fui pilotar o Kart.
ExcluirMinha mãe se ralou toda nesse tobogã quando o saco saiu de baixo dela. Não foi de ir pro hospital mas me dói até hoje só de pensar.
ExcluirOlá, Dr. D'.
ResponderExcluirTenho um pequeno acervo oriundo da Revista de Engenharia da Guanabara mostrando a região por época das obras de contenção no morro e da construção do viaduto do "xará"... Mais antiga é a revista que mostra a obra de abertura do corte do Cantagalo.
Essas revistas estão disponíveis no acervo digital do AGCRJ.
O último parágrafo mostra como fazer uma propaganda oportunista.
Mandei para o Luiz foto do pequeno pier onde pescava com meus irmãos, circa 1965. Bondes no parque. E no filme Meus Amores no Rio aparece a corrida de lanchas na Lagoa. Trecho tranquilo hoje engarrafado a partir das 18 hs, além das blitzes ineficazes , que ocupam meia pista com carro da PM e as autoridades nem olham para os passantes.
ResponderExcluirNão são blitz, já que quase não há abordagens. O nome é "cerco". As abordagens são realizadas quando há elementos suspeitos ou quando o sistema acusa à distância algum carro no qual consta alguma irreguridade como roubo, furto, ou algum gravame.
ExcluirEm dezembro há uma proliferação dessas blitze. Afinal PM também tem caixinha de Natal...
ExcluirBlitz deve ser a coisa mais.inutil nos dias de hoje, com celular ZAP os bandidos devem saber de tudo, isso se não comprarem algum PM que avisa antes de montar. Só atrasa a vida dos corretos.
ExcluirIrregularidade.
ExcluirComo não sou "expert" na região, fiquei perdidão. Onde ficava o Tivolli?
ResponderExcluirBem à esquerda, do outro lado.
ExcluirWagner, veja a foto noturna de ontem. Foi tirada da mesma janela. Naquela foto o Tivoli ficaria à esquerda do Jockey
ExcluirLuiz, no Miguel Couto, todos os ortopedistas eram orientados, se pintavam ter grana, para a clínica do Nova Monteiro.Cansei de ver isso acontecendo, porém nunca vi encaminhamento para o Souza Aguiar. Onde vc recebia esses pacientes?
ResponderExcluirSei que o texto da legenda é longo, mas está dito lá…
ResponderExcluir