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sexta-feira, 26 de novembro de 2021

LAGOA ANOS 60 E 70

As fotos de hoje são para esclarecer alguns pontos citados nos comentários do "post" de ontem.

Em mais uma foto do acervo D´, vemos da esquerda para a direita o esqueleto do antigo prédio que ficou tantos anos enfeiando a Lagoa até ser demolido. No morro vemos o que restou da favela da Catacumba e o tobogã do Ricardo Amaral bem no terreno onde hoje há um posto de gasolina, cuja cúpula já pode ser vista nessa foto. Como o pessoal do tobogã não queria propaganda negativa por conta dos acidentes no local, enviavam os pacientes não para o Hospital Miguel Couto, mas para uma clínica particular em Ipanema. Cheguei a atender vários destes acidentados nesta clínica. 

Com o aterro incompleto vemos uma época em que o aspecto da água neste trecho era horrível.  A pequena faixa de aterro à esquerda foi uma tentativa de se aumentar ainda mais a parte aterrada, mas funcionários exemplares da SURSAN, como o nosso prezado Jayme, impediram que isto fosse adiante, pois empresários paulistas queriam se aproveitar para ali fazer um "shopping", na base do "aterra primeiro e depois se tenta legalizar".


Nesta foto, do Arquivo Nacional, vemos a área em frente à antiga pedreira da Lagoa, por volta de 1970. A duplicação das pistas da Epitácio Pessoa e a construção do Viaduto Augusto Frederico Schmidt tinham ficado prontas havia pouco. Instalaram vários equipamentos de diversão aí, tais como uma pequena pista de "kart", pedalinhos e mini-golfe. Lá no fundo, junto ao Corte do Cantagalo, o famoso posto de gasolina da Ipiranga, que tantos anos ali ficou (houve uma época, nos anos 60, que exemplares do Jornal do Brasil eram distribuídos gratuitamente a todos que por lá passavam, envoltos num tira amarela com o logotipo da Ipiranga). Ao fundo, os grandes prédios da Gastão Bahiana já estavam de pé. No último prédio à direita vocês podem me ver, fotografando a Lagoa.

Mais uma foto do acervo D´mostrando o campo de futebol de salão que existia antes da duplicação das pistas da Av. Epitácio Pessoa e, ao fundo, a pedreira da Lagoa. Havia explosões duas vezes ao dia, uma pela manhã e outra à tarde, que interrompiam o tráfego da Av. Epitácio Pessoa por dez minutos de cada vez.


Pouco tempo depois esta foto do acervo D´mostra as obras de duplicação da Av. Epitácio Pessoa em final de conclusão e já temos o terreno da pedreira ocupado por uma concessionária Volkswagen, acho que a Auto-Modelo. No mesmo local funcionaram mais adiante uma concessionária Honda, de motos, e a Lagoa S/A, revendedora Ford. 

O AG, saudoso comentarista do SDR, contou de um excelente anúncio de oportunidade feito para esta revendedora Ford pelo Helio Kaltman. No dia da renúncia do Nixon, a Lagoa S/A saiu na manhã seguinte com o anúncio: "Faça como os americanos. Troque por um Ford".

15 comentários:

  1. Eu não entendi até hoje a razão pela qual o Tobogã foi montado em um local horroroso. Qual teria sido o critério? Na mesma época havia um instalado na "Diverlândia" em São Conrado em um local com mais opções de lazer. De qualquer forma o tempo mostrou que "tudo é possível" quando há vontade política, e sob essa premissa locais degradados podem ser transformados em um locais aprazíveis.

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    1. Joel, havia uma procura enorme por tobogãs. O espaço estava abandonado, aluguel desprezível, geograficamente bem localizado na Zona Sul, estacionamento farto. Pouco investimento e grande lucro. O gerente que acompanhava os acidentados me disse que o faturamento era extraordinário.

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    2. Eu fui duas vezes ao Tobogã da Lagoa mas não tive coragem para descer. Minha mãe desceu e gostou, mas reclamou do saco de aniagem impregnado de cera que deixava um cheiro desagradável. Na "Diverlândia" também não tive coragem, e ainda "trouxe de recordação" uma queimadura no braço quando fui pilotar o Kart.

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    3. Minha mãe se ralou toda nesse tobogã quando o saco saiu de baixo dela. Não foi de ir pro hospital mas me dói até hoje só de pensar.

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  2. Olá, Dr. D'.

    Tenho um pequeno acervo oriundo da Revista de Engenharia da Guanabara mostrando a região por época das obras de contenção no morro e da construção do viaduto do "xará"... Mais antiga é a revista que mostra a obra de abertura do corte do Cantagalo.

    Essas revistas estão disponíveis no acervo digital do AGCRJ.

    O último parágrafo mostra como fazer uma propaganda oportunista.

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  3. Mandei para o Luiz foto do pequeno pier onde pescava com meus irmãos, circa 1965. Bondes no parque. E no filme Meus Amores no Rio aparece a corrida de lanchas na Lagoa. Trecho tranquilo hoje engarrafado a partir das 18 hs, além das blitzes ineficazes , que ocupam meia pista com carro da PM e as autoridades nem olham para os passantes.

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    1. Não são blitz, já que quase não há abordagens. O nome é "cerco". As abordagens são realizadas quando há elementos suspeitos ou quando o sistema acusa à distância algum carro no qual consta alguma irreguridade como roubo, furto, ou algum gravame.

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    2. Em dezembro há uma proliferação dessas blitze. Afinal PM também tem caixinha de Natal...

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    3. Blitz deve ser a coisa mais.inutil nos dias de hoje, com celular ZAP os bandidos devem saber de tudo, isso se não comprarem algum PM que avisa antes de montar. Só atrasa a vida dos corretos.

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  4. Como não sou "expert" na região, fiquei perdidão. Onde ficava o Tivolli?

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    1. Wagner, veja a foto noturna de ontem. Foi tirada da mesma janela. Naquela foto o Tivoli ficaria à esquerda do Jockey

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  5. Luiz, no Miguel Couto, todos os ortopedistas eram orientados, se pintavam ter grana, para a clínica do Nova Monteiro.Cansei de ver isso acontecendo, porém nunca vi encaminhamento para o Souza Aguiar. Onde vc recebia esses pacientes?

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  6. Sei que o texto da legenda é longo, mas está dito lá…

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