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quinta-feira, 2 de dezembro de 2021

1968 NO CENTRO DO RIO

1968 foi um ano muito complicado no Rio. As fotos de hoje registram o senso de oportunidade dos fotógrafos que cobriam as escaramuças, quase diárias, no centro da cidade, entre estudantes e policiais. Em tempos de censura as mensagens eram passadas quase que em código, como podemos ver nos títulos dos filmes.


O título do filme bem representava aquela época. Quais seriam as instruções que este policiais recebiam?


O centro da cidade se transformava em cenário de guerra a partir da tarde.

As cargas da Cavalaria eram combatidas com bolas de gude que faziam os cavalos caírem. E sofriam com o barulho das bombas de gás lacrimogêneo.

No meio da confusão populares que nada tinham a ver com as manifestações também eram atingidos. Nosso saudoso amigo comentarista Richard contava uma história tragicômica de como foi preso ao ir comprar cigarros num bar.

A Imprensa não poupava os policiais.


 A PM batia com vontade. Agentes civis, de armas nas mãos, também eram vistos pelo Centro. Nenhuma ditadura é boa, seja de direita ou de esquerda.

39 comentários:

  1. Olá, Dr. D'.

    Senso de oportunismo dos fotógrafos ou dos exibidores?

    O gerente hoje resolveu jogar combustível na fogueira, apesar do preço exorbitante...

    Com certeza a postagem vai bombar (com trocadilho?).

    A desculpa para o golpe de 64 foi o medo de uma ditadura de esquerda. Mas o medo maior era da reforma agrária, entre outras. Aí a ditadura de direita durou 21 anos, apesar de ainda dizerem que foi uma "revolução"...

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  2. Entrei no Fundão em 68, vindo de uma estrutura militar onde havia hora para tudo e sobravam deveres. Caí imediatamente na gandaia - um reflexo do afrouxamento disciplinar e da estafa do vestibular - e fugi da PM umas três vezes, sem consequências.
    Obviamente carreguei pendências chamadas dependências para o ano seguinte e essa situação inusitada me fez buscar a carreira militar, ordeira e disciplinada, ainda que fosse só por um tempo. Foi a coisa certa, em quinze minutos a Marinha me curou de qualquer dúvida existencial e pude concluir a escolha civil em paz.
    O nome dos filmes mencionados eram traduções literais do original, não vejo alusão à época. "A Noite dos Generais" foi rodado em 67, antes do momento revolucionário global e tratava dos bordeis nazistas. Casino Royale foi um James Bond psicodélico, razoavelmente intragável (exceto para a Debora Kerr e a Joanna Pettet) e o "Calor.." era sobre racismo, não vi ligação com a PM ou com o momento turbulento.
    Eu estudei em 68 no bloco A da UFRJ. Percebi que entre os andares havia uma laje intermediária para passagem de dutos e que entre não havia tranca na porta de acesso entre o quarto e o quinto andar. Quando chamamos a PM, que cercava o prédio, de gorilas e arremessamos algumas coisas em direção a eles, houve a esperada invasão. Rapidamente subi a escadaria e adentrei o espaço, sem ninguém perceber. Tinha uns dois metros de pé direito, bem escuro e fui tateando para não me tropeçar; andei um pouco e me sentei para aguardar. Mesmo naquela penumbra vislumbrei algo se mexendo e perguntei: "Você também está se escondendo ?" e a voz respondeu: "Escondendo? não... eu moro aqui". E na penumbra ficou.

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  3. Bom Dia! Nunca tive problemas durante essa época. Morei onde quis,trabalhei onde quis,viajei para onde quis, usei hotéis e motéis tranquilamente.Não sei se com o outro lado no poder as coisas seriam assim.

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    1. Antes do golpe de 64, que depois se transformou em ditadura, pois não deixaram Castelo Branco convocar eleições, também nunca tive problemas pois trabalhei onde quis, viajei para onde quis, usei hotéis e motéis tranquilamente.
      Depois do golpe me horrorizei com as perseguições por motivo das torturas e perseguições por conta de pensamentos diferentes. Abomino o terrorismo e a tortura. Fui testemunha de vários casos de corrupção e apadrinhamentos durante o período da ditadura. Fiz alguns atendimentos no DOPS e constatei o estado dos presos lá. A situação me revoltou. Repito: não há ditadura boa.

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  4. Até o início de 1968 o Governo Militar transcorreu de forma "branda" sem grandes agitações ou passeatas, pelo menos na Guanabara. Com a morte do "estudante" Edson Luís, atingido por um projétil disparado por um "Aspirante" da Polícia Militar durante a invasão do restaurante do Calabouço em Março daquele ano, a situação saiu do controle. Na verdade foi apurado que Edson Luís não era um estudante e sim um garçom que atendia no restaurante que havia no Calabouço. Os desdobramentos desse incidente culminaram com a "Passeata dos Cem mil" em 26 de Junho. As cenas mostradas nas fotos eram uma constante naquele ano e a pressão aumentou em Setembro quando o então deputado Márcio Moreira Alves em seu conhecido discurso proferido em Brasília, disse entre outras coisas que as Forças Armadas abrigavam um bando de sádicos e de torturadores. O Governo Militar pediu autorização ao Congresso Nacional para processar o referido deputado e a mesma foi negada após votação. Em 13 de Dezembro de 1968 foi promulgado o Ato Institucional n°5 cujas consequências são bam conhecidas.

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    1. Um estudante de Medicina da Faculdade de Ciências Médicas foi assassinado pela PM. Foi revoltante. O caso Rubens Paiva foi outro episódio, além de vários relatos de voos da Aeronáutica. O Sérgio Macaco, herói da Aeronáutica por se negar a explodir o Gasômetro, era meu vizinho. Eram tempos difíceis. O atentato do Riocentro foi outro episódio deplorável. Isto nada tem a ver com comunismo ou esquerdopatia. Apenas tentar ser justo.

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  5. Só lembro que quem podia evitava ir até a Cidade, mas uma vizinha que trabalhava por lá chegava ainda lacrimejando em casa.
    Naqueles dias, em Ramos, alunos de dois colégios entraram em conflito que começou por conta de ofensa à namorada de um deles, mas o Dops nem fez perguntas, mandou descer o sarrafo achando que naquele momento tenso só podiam ser estudantes subversivos.

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    1. Também era verdade a frase de Pedro Aleixo: o problema não é o general, mas o guarda da esquina.

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  6. A ideia para as fotos foi bem bolada, podem ser do Correio a Manhã, que passou a criticar a ditadura logo após o primeiro Ato Institucional e em dezembro de 1968 sofreu atentado terrorista da extrema direita, pouco antes da promulgação do AI-5 ou do Jornal do Brasil, que tinha estilo bem irônico.

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    1. Todas as fotos são do Arquivo Nacional, acervo do Correio da Manhã

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  7. Grandes nomes do cinema nos vários filmes estrangeiros em cartaz.
    A Rogéria representando o Brasil, porém a apresentação deve ser do tipo teatro rebolado, tendo no título bonecas entre aspas. Acho que ainda não se falava gay para indicar homossexuais, significava apenas feliz ou sobrenome de americanos e britânicos.

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    1. O travesti Rogéria é um exemplo de que era possível atuar como artista apesar de sua condição. O governo militar não perseguia gays ou travestis, desde que não houvesse ativismo ou falta de respeito. Clóvis Bornay, Evandro de Castro Lima, e outros, nunca tiveram problema. Havia o "Baile dos enxutos" no Teatro São José. Tudo "dentro do maior respeito" e em local adequado.

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    2. Mas tinha, entre outros, a Dona Solange. Comandou entre 1981 e 1984 uma máquina de vetos e cortes em produções artísticas, quando chefiou a Divisão de Censura de Diversões Públicas (DCDP). Antes tinham vetado o Balé Bolshoi por ser "comunista". Patético.

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  8. O comentário do Dieckmann dispensa maiores considerações, bem como o do Mauro. Mas para refrescar a memória de doutrinados e "convictos", não custa lembrar quem era o "cabeça" daquele movimento, José Dirceu. Além disso em São Paulo chamava a atenção a atuação de uma outra "figura": Dilma Vana Rousseff. Faço uma pergunta: como seria o Brasil caso o movimento no qual essas pessoas militavam saísse vitorioso?

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    1. Sempre deturpando os fatos pre 1964 não existia nenhuma guerrilha.
      Aliás se um capitão quisesse explodir Guandu, o que ele seria.

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    2. "Deturpando os fatos"? Parece que o "corretivo aplicado pela pelos militares" mexeram com o seu senso de raciocínio". O fato é que "a verdade dói"...

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    3. A perspectiva de um governo comunista em 64 era verdadeira. Mas o desenrolar do golpe, que se transformou numa ditadura, foi péssimo.

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  9. A meu ver, golpes de Estado e ditaduras são a maior demonstração de fragilidade de uma democracia. A partir de 1945, o Brasil estava começando a engatinhar para consolidar um regime democrático de fato. Houve um tropeço no período da sucessão de Vargas em 54/55 e, 9 anos depois, o tombo.

    Embora em meio a "fake news" e ignorância, acho que 1964 justificou-se em alguma medida, já que, ao contrário de hoje, o comunismo não deixava de ser uma ameaça real. Estávamos no auge da guerra fria, e a revolução cubana contava apenas 5 anos. Em geral, o poder era disputado por raposas políticas que não tinham a democracia e o espírito de diálogo como uma prioridade. Não há como negar que haviam comunistas que desejavam realmente implantar o regime aqui, nem que para isso fosse necessário recorrer ao autoritarismo e derramamento de sangue. O Brasil seria a mina, o celeiro de ouro da URSS e não duvido que dessa forma, o desfecho da guerra fria poderia ter sido outro.

    Os EUA, cientes dessa ameaça, fizeram o que estava ao seu alcance para evitar que ela se concretizasse, e o enfraquecido Jango foi escorraçado. Daí pra frente a situação foi ladeira abaixo, pois os militares, representados pela ala "entreguista", uma vez no poder, não iriam querer largar o osso, até mesmo porque há décadas já cultivavam um projeto de poder que remontava aos tenentistas antigetulistas, que prevaleceram.

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  10. Bom dia a todos. Fotos onde o fotógrafo usou com criatividade a composição fotográfica para realçar a cena, com os títulos dos filmes naquele momento em cartaz. Já os fatos por trás das câmeras, estes são muito diferentes do que as fotografias mostram.

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    1. "Noite dos generais" porque eram eles que mandavam. "Festival de Bang-Bang" porque a PM descia o malho, espancando quem estivesse pela frente, inclusive usando a cavalaria. "No calor da noite" pois era a hora que as coisas esquentavam no Centro.

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  11. Parmito-me discordar do biscoitomolhado: "A Noite dos Generais" é um excelente filme e não é sobre bordeis nazistas. O tema é um general psicopata (Peter O'Toole) que mata prostitutas e é investigado pelo major estrelado por Omar Sharif. Em nenhum momento aparecem bordeis. Os crimes são cometidos nos apartamentos delas.

    Recomendo o filme.

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    1. "Assim é se lhe parece". Nem todos o oficiais da Whermatch eram nazistas. A maioria era educada nas tradições prussianas e eram excelentes estrategistas. Erwin Rommel foi um exemplo disso.

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  12. Quanto a "No Calor da Noite" ("In the Heat of the Night" no original), também vi mas não me lembro nada dele. Os outros dois filmes não assisti.

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    1. "No calor da noite" é um excelente filme sobre racismo. Vale rever.

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    2. Aproveitando o tema mais ameno deixo um comentário sobre esse excelente filme. O ator Rod Steiger, no papel de xerife de uma cidade do interior dos EEUU, recebeu o Oscar de Melhor Ator, em razão cenas antológicas contracenadas com seu colega Sidney Poitier, este interpretando um investigador/perito criminal.
      Devido ao seu inegável talento mais tarde foi convidado mas recusou o papel principal para o filme "Patton - Rebelde ou Herói?", papel aceito pelo ator George C. Scott, que ganhou um Oscar por sua interpretação do controverso militar. Rod Steiger confessou tempos depois que se arrependera de não ter aceito o papel, qualificando sua decisão como "o ato mais idiota de sua carreira".
      Mas o fato mais bizarro ocorreu anos depois quando foi procurado por um jovem representante de um estúdio que levava uma proposta para a participação de Rod em alguma outra produção, um evento ou algo semelhante. Ao lhe entregar a correspondência com a proposta o emissário do estúdio deu as costas e se afastou perguntando a um colega que o acompanhava: "Mas afinal de contas, quem é esse tal de Rod Steiger?".

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  13. Falou o certo nenhuma ditadura e boa, sem contar meus caros que em ditaduras impera a corrupção e ninguém pode reclamar. Em ditaduras não exite imprensa livre, lava jato, MP, polícia.
    Apesar das suas falhas o caminho sempre e a eleição.

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  14. Luiz, acho que já contei isso para vc particularmente, porém tenho a impressão de não ter divulgado isso publicamente. Em 1968, cursando o primeiro ano na FNM, fazia parte da base da pirâmide do MR8, como muitos colegas de turma. Não fazia a menor ideia de quem constava nos andares superiores da pirâmide. Era um segredo guardado a 7 chaves. No final de 1968, vários colegas da FNM foram presos e torturados. Como meu pai chefiava o escritório da Petrobras em Paris, decidi ir para lá para ver o que iria acontecer. Aconteceu o pior e isso me fez morar em Paris por 2 anos, até que tive o aval do chefe do SNI que era irmão do adido cultural em Paris, muito amigo da minha família, que garantiu que nada mais havia contra mim em termos de ser enquadrado em subversão. Com esse aval, retornei ao Brasil e nunca mais me meti em política. Não vou declinar os nomes dessa ação, uma vez que vc já sabe e não gostaria de expor a todos.

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  15. Em postagens anteriores sobre igual tema emiti opiniões e dei depoimentos na condição de contemporâneo dos eventos de 1968. Era então estudante universitário em plena efervescência dos citados movimentos e sofri na pele, literalmente, o que significava ser estudante nessa época. Meu principal depoimento está registrado em livro editado na primeira metade dos anos 2000, com lançamento e noite de autógrafos realizados na OAB/RJ, obra que hoje faz parte do acervo da biblioteca da Universidade de Minnesota. Por óbvio não tenho interesse em divulgar o nome da obra pela mesma razão pela qual não quero ser idenficado neste fotolog. Por sinal somente um comentarista sabe os detalhes.
    Aproveito para fazer um reparo. Foi dito em outro comentário que o jovem paraense Edson Luis trabalhou como garçon no restaurante do Calabouço. Falso. Apesar de ter sido uma espécie de "fac totum" o Edson, que conheci pessoalmente (jogamos a mesma "pelada" que havia na Pr. Virgílio de Mello Franco) era uma espécie de estafeta, boy, ou assemelhado, que atendia aos boxes de serviços dos dois restaurantes populares estudantis chamados de Calabouço (superviosionados pelo SAPS) que dispensavam garçons pois eram pelo sistema de autoatendimento. O primeiro foi demolido em 1967 e ele foi vitimado no segundo, uma construção adaptada sobre o piso asfáltico de um estacionamento na Av. Mal. Câmara. O mesmo local em que antes, eu e, salvo engano, o Dieckmann usamos para praticar aeromodelismo. O Edson era analfabeto e nunca esteve em um colégio nem no primário em sua terra natal mas logo que souberam de sua morte dirigentes do Calabouço trataram de registrar o nome da vítima nas inscrições do curso de alfabetização que havia no local. Quanto à forma como foi morto a versão mais aceita de fato é atribuída a um atrapalhado aspirante da PM que atirou a êsmo. Mais tarde esse militar se formou em Direito mas sempre se negou a dar qualquer depoimento.

    De pronto lembro de duas obras sobre o assunto. O livro de Zuenir Ventura, "O Ano Que Não Terminou", quando ele ainda tinha certeza que o Edson era um estudante e o vídeo produzido em 2012, "O Dia Que durou 21 nos" (You Tube), obra mais abrangente sobre o golpe militar de 1964.

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    1. Do Castelo, seu depoimento é a expressão da verdade que poucos acreditam . Vc, como eu, vivemos a situação e somos testemunhas das inverdades publicadas. O Edson foi, injustamente , usado para as inverdades que a ditadura nos impôs.

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  16. Nickolas, o teu comentário merece ser impresso e colocado num quadro.

    O Brasil nesta época era um dos países que mais cresciam no mundo, e somado ao grande potencial territorial era uma "jóia" que não podia cair na mão do "inimigo". Os Yankees de West Point e Pentágono trataram logo de colocar os pit bulls verde oliva tupiniquins para colocar ordem na casa. E eles gostaram tanto que só largaram o osso vinte anos depois, deixando uma grande chaga de mais desigualdade.

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  17. Os acontecimentos de 1968 propiciaram um crescimento acelerado da repressão, o que culminou em 1969 com a criação da Organização Bandeirante (OBAN) em São Paulo cujo primeiro comandante foi o então Major Carlos Alberto Brilhante Ustra. Também era parte integrante da OBAN o Delegado de Polícia de São Paulo Sérgio Fernando Paranhos Fleury. As ações de Fleury são descritas no livro de Hélio Pereira Bicudo cujo o título original é "O Esquadrão da Morte". Hélio Bicudo era Procurador de Justiça do Estado de São Paulo no início dos anos 60 e foi incumbido de apurar os crimes do Esquadrão da Morte em São Paulo, cujo principal suspeito era o Delegado Fleury. A ascensão de Fleury nas ações da repressão à subversão deu-lhe enorme prestígio junto ao governo militar e acabou deixando Bicudo em uma "saia justa". A criação da Lei Fleury foi uma consequência desse prestígio. Em 1970 foi criado o "Destacamento de operação de informações-Centro de operações de defesa Interna", o DOI-CODI, com sedes no Rio, São Paulo, e Pernambuco. O AI.5 perdurou até 1978 e foi o período mais crítico do Governo Militar.

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  18. Esta OBAN foi criminosa. Um torturador como Brilhante Ustra (e outros como ele) não deveria nem mais ser citado. Mas são acobertados e incensados por ditos "patriotas" aspirantes a regimes ditatoriais. Aqui neste blog não haverá mais espaço para citações sbre este tipo de personagem.

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    1. Ustra foi personagem sinistro e deve estar pagando por seus crimes no "Umbral" ou no Inferno para os católicos. Mas a História não pode ser "apagada" sob pena de que exemplos como ele jamais possam se repetir e praticar atos semelhantes..

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    2. vc tem razão em tudo. O Ustra foi um dos maiores filhos da puta da história. Um absurdo ser endeusado por outro filho da puta que o Brasil elegeu como presidente. Triste passagem da nossa História. deu no que deu...

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  19. Quando eu soube hoje que o Senado aprovou a Pec dos Precatórios, objeto de manobra do Planalto para furar o teto de gastos, sob o argumento de aumentar o valor do Bolsa Família (que eles tanto criticavam, dizendo que era assistencialismo), mas sabe-se lá se é pra isso mesmo ou é para dispor de grana num ano eleitoral, eu proferi diversas vezes este adjetivo que o Conde de Lido deu ao ilustríssimo presidente.

    Regulamentaram o calote, que vai f* meio mundo, inclusive pessoas físicas, como aposentados ou prestes a se aposentar que estão com processos ganhos.

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  20. A pedalada fiscal está liberada, dependendo sempre de quem faz...

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