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sábado, 28 de outubro de 2017

DO FUNDO DO BAÚ: NOTA FISCAL

 
Hoje é sábado, dia da série “DO FUNDO DO BAÚ”. E de lá sai esta Nota Fiscal, enviada pelo GMA, emitida pela LEITERIA NOVO MUNDO, de João Pinto & Leite, situada na Rua Marquez de Olinda nº 80, telefone 26-2452.
A data é 30/11/1937 e o destino é a Rua Princeza Januária nº 18 (confesso que tive que ir ao Google Maps para descobrir que esta rua liga as ruas Senador Euzebio e Barão de Icaraí, no Flamengo).
Podemos observar, mais uma vez, que naquela época quem emitia as Notas Fiscais tinha uma bela caligrafia e que os impostos eram cobrados por meio de estampilhas compradas em uma Coletoria e colados na Nota Fiscal.
Esta Nota me fez lembrar dos velhos tempos em que as carrocinhas de leiteiros deixavam os litros de leite bem cedinho na porta das casas ou dentro daquelas caixas de metal, com chave, que ficavam nos muros das casas.

23 comentários:

  1. Ficava quase ao lado do Colégio São Fernando, da Dona Lucia, Nita e Dona Francisquinha - professora de frances, figura muito conhecida em Botafogo com seus chapeuzinhos.

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  2. Bom dia a todos. Fundo do baú interessante, não consigo imaginar nos dias de hoje como funcionaria a emissão de NF com a colocação de selos, mas com certeza teríamos uma indústria filatélica clandestina. O novo sistema de NF digital não conseguiu eliminar totalmente as NF frias. Aliás a arte de fraudar e sonegar o pagamento de impostos no Brasil, só não é maior do que ganância dos nossos governos de a cada dia aumentarem a carga tributária. Quanto a boa caligrafia do emissor da NF, tenho certeza de que na escola foi obrigado a cumprir muito castigo, fazendo trabalho no caderno de caligrafia.

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    1. Os selos fiscais ainda são usados até os dias de hoje.
      Algumas bebidas alcoólicas e os cigarros são selados.
      Os documentos do cartório também são selados.
      Abraços.

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  3. Joel (Der Beobatcher)28 de outubro de 2017 às 08:20

    As carrocinhas evoluíram e passaram a deixar engradados de plástico com dezenas de sacos de leite. Havia até o início dos anos 70 uma distribuidora da CCPL na rua Conde de Bonfim, próxima ao hospital da Ordem Terceira.

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  4. A curiosidade fica por conta do sobrenome de um dos sócios que combina com o produto e objeto principal do negócio. E onde era feita a pasteurização do leite? No próprio local de venda? Aqui um exemplo de pasteurização: https://pt.wikihow.com/Pasteurizar-o-Leite

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    1. Certamente que o leite já vinha pasteurizado do fornecedor. Não se transporta leite cru por grandes distâncias, porque estraga. A pasteurização exige uma caldeira, o que certamente não combina com uma rua pacata de Botafogo.

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  5.   Bom dia!

    João Pinto & Leite estavam no ramo certo.

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  6. Entrega de leite e pão em casa, guarda-noturno, nota fiscal caprichada, venda por mês, rol da lavadeira, meninos entregando a feira em carrinhos de rolimã, definitivamente eram outros tempos. Sem tanta tecnologia mas muito mais tranquilos.

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  7. Joel (Der Beobatcher)28 de outubro de 2017 às 09:29

    Além dos carrinhos de rolimã, que morava na zona norte se divertia cortando ramos de palmeira e usava os ramos para descer as colinas gramadas da Quinta da Boa Vista. Alguém lembra? Às vezes rendia uns arranhões mas valia a pena.

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  8. Bom dia a todos.

    Interessante ver que havia assinatura de leite, da mesma forma que havia (e ainda há) de jornais e revistas.

    É comum ver em produções de época o leiteiro entregando engradados de garrafas de leite na porta das casas. Já naquela época a juventude "transviada" era capaz de subtrair algumas garrafas após as noitadas...

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  9. Travessuras de um adolescente. Nesta época na madrugada ao voltar para casa na saída dos bailes, peguei muitas vezes garrafas ou sacos de leite e pão em portas de bares deixados pela padaria. Sempre pegávamos o que iríamos comer e deixávamos o restante. Uma curiosidade, o que é a índole, nunca pegávamos no mesmo local, fazíamos rodízio e não era por medo de sermos pegos e sim para não repetir o prejuízo causado no mesmo lugar.

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    1. O Lino era da juventude "transviada", quem diria.

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    2. Nos anos '60 havia uma propaganda do Aero Willys em revistas como a Manchete, na forma de historieta desenhada, onde dois casais vestidos a rigor saíam para a se divertir na noite. Na volta paravam em algum local e bebiam uma garrafa de leite deixada pelo leiteiro em alguma residência. No texto abaixo da imagem estava escrito: "Quem tem sede de saúde bebe leite." E a seguir poderia vir: "E quem está de ressaca também...". Hoje isso não seria possível. Tanto o ato quanto a propaganda. As garrafas teriam sido furtadas e o CONAR bloquearia o "reclame". E o Aero estaria há tempos em algum museu.

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  10. A assinatura do leite e pão da nossa casa em Botafogo era na padaria Âncora Dourada, que ficava na esquina da Rua São Clemente com Bambina, onde hoje tem um restaurante a quilo. A NF vinha no mínimo com dois selos, um do Tesouro Nacional e outro do Estadual ou municipal. Bens duráveis tinham que ter os selos afixados neles. Até hoje encontramos móveis antigos com selos no seu interior.

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  11. Boa lembrança do Gustavo em relação aos selos afixados nos móveis.Lembro bem deles,mas que era estranho era.Posso estar enganado,mas em relação ao comentário do Lino sempre tive a impressão que a sonegação(ou tentiva)ocorre em função da grande carga tributária e o mau uso do $$ arrecadado,ou não?

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  12. Esta Princesa Januária acabou casando com o Conde de Aquila,irmão da Imperatriz Teresa Cristina.

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    1.   Mais uma troca de Princesas dentre muitas anteriores.

        Ela foi nomeada em homenagem à província do Rio de Janeiro.

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  13. A conta está correta, mas a que se deve o acréscimo de 15 500 réis? Quanto a receber o leite em casa, vivi primeiro o tempo da vaca leiteira, quando você ia buscar o leite (in natura, com adições do leiteiro...) no caminhão com tanque de aço inoxidável. Você levava a sua leiteira de alumínio e o vendedor enchia um vasilhame graduado e depois passava para a sua leiteira. Mais tarde, passamos a receber o leite engarrafado, já pasteurizado, com a tampinha de alumínio e depois, em sacos de plástico. Houve uma celeuma, ou crime, porque um maníaco andou injetando veneno em algumas garrafas de leite, mas não sei quanta verdade há nisso. E, no tempo dos saquinhos, relembro a história de um familiar militar, que, morando em um dos prédios da Praia Vermelha, ao chegar de uma esbórnia em dia de chuva, encontrou os saquinhos todos colocados, cada um em cada porta. Furou um a um com a ponta do seu guarda-chuva, inclusive o próprio, para não atrair suspeitas. E, na manhã seguinte, se indignou com o cheiro de fábrica de laticínios reinante no corredor.

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  14. Peralta, o implicante28 de outubro de 2017 às 12:24

    Tia Nalu tem um amigo que é alérgico a leite,mas adora 51.

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  15. Ainda há leite vendido em saco plástico.

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  16. Pequenos caminhões Magirus Deutz com grandes tanques de alumínio providos de torneiras singravam as ruas do Rio. Eram as vacas leiteiras.

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  17. Boa tarde a todos!
    O Museu Eraldo há algum tempo colocou à disposição do SDR uma imagem de estampilhas (da certidão de nascimento do Sr. Curador), acrescida de um belo exemplar de mata-borrão.

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  18. Um prazer colaborar com o SDR. Era a casa do meu avô, que não conheci, pois mor.Figura interessante, monarquista e cheio de (boas) manias. Bibliófilo de mão cheia. Ainda me delicio com livros anotados por ele com lápis vermelho.

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