Hoje
revisitamos o Castelinho, em Ipanema, com três fotos do Pedro Tinoco e as
outras do Zsolt Németh (as fotografias do Zsolt foram tiradas pelo pai, Ferenc Németh,
com uma Leica de 35mm). A família do Zsolt é da Hungria e emigrou para o
Brasil em 1949. Os Németh, após a quarentena na Ilha das Flores (hoje área
restrita da Marinha), moraram no Castelinho até 1951.
O
Castelinho foi construído em 1904 pelo cônsul sueco Johan Edward Jansson, com
os materiais mais nobres disponíveis para o acabamento da residência. Ficava na
Avenida Vieira Souto, perto da Rua Joaquim Nabuco.
Consta
que em 1919 a propriedade foi comprada por Tonico Machado que, em seguida, a
revendeu à família Catão. O Castelinho foi demolido em 1965.
A
casa tinha três andares, poço de água, horta e galinheiro! O "Jornal do
Brasil" de 26/01/1909 noticiou: "O Sr. J.E. Janssson, cônsul geral da
Suécia, ofereceu anteontem, em seu elegante palacete em Ipanema, uma festa
verdadeiramente encantadora, em honra à oficialidade do cruzador
"Fylgia", ora em visita ao Rio de Janeiro. Às nove e meia da noite
teve início a festa por concerto em que se fizeram ouvir distintas amadoras.
Pouco depois seguiram-se as danças, ao som da orquestra de marinheiros
nacionais e da fanfarra do "Fylgia". À 1 hora da madrugada foi
servida lauta e profusa ceia, no terraço do palacete, que apresentava belíssimo
aspecto. O belo palacete achava-se esplendidamente ornamentado e
iluminado"
|
As fotos são excepcionais. Lembro do Castelinho em seus últimos tempos, já bastante deteriorado. Depois o local também ficou conhecido pelo bar Castelinho que ficava aí do lado. Hoje em dia só os mais antigos dão como localização o Castelinho pois as novas gerações não têm ideia de onde ficava.
ResponderExcluirAnalisando bem,este castelinho e tao feio quanto desastre de trem.E Castelinho. bom era o bar.As criancad fazem a diferenca.
ResponderExcluirLembro-me bem do castelo,ele tinha estilo mouro se não estou enganado.
ResponderExcluirBom dia a todos. Hoje é dia de aprender com os comentários dos mestres. Do Castelinho só conheci e frequentei o bar e também um calote que a turma da rua deu num sábado de carnaval.
ResponderExcluirMeu pai contou que quando a família Catão ia à praia em frente, eram servidos por garçons de luvas brancas.
ResponderExcluirNo tempo do seu pai as coisas eram mais tranquilas, pois no tempo de minha turma de adolescente certamente os garçons levariam uma chuva de areia.
ExcluirBom dia a todos.
ResponderExcluirRegião fora da minha jurisdição, ficarei acompanhando os comentários.
Mas não posso deixar de reparar que novamente uma família húngara nos deixa maravilhas fotográficas de legado.
FF: passou batido ontem o registro da participação do conde na página de correspondências de leitores do Globo...
O Conde tem ouvidos muito sensíveis.
ExcluirDo Castelinho também só conheci o Bar em saudosa e memoravel noitada com a turma da minha rua lá do Estácio. A noite foi tão memorável que as 5 da matina estávamos todos sentados no meio fio prontos para ver o nascer do sol quando chegou a D.justa e dispersou para o bem de todos. O mais sóbrio não conseguia assoviar o Hino do Mengão pois as bochechas estavam murchas. Acho que nesse dia o DI LIDO apareceu por lá pois a fragrância do Lancaster era intensa.
ResponderExcluirPor falar em Hino do Mengão informo que hoje vai ter vascaíno literalmente chamando urubu de meu louro.
ExcluirDo Castelinho só conheci o bar. Ficou o nome e a pretensão de ser um "anexo do Valhala".
ResponderExcluirBom dia,
ResponderExcluirA moça e as crianças lembram a família Von Trapp.
Quem quiser conhecer o então barman do Bar Castelinho que é conhecido como Leão (não sei se nome ou apelido), famoso no seu tempo, é só ir na Pr. do Lido. É mais um morador na rua. Nesse caso, dizem, por opção. Mas lamentável, de qualquer modo.
ResponderExcluirEm tempo: Na foto do menino uniformizado chamou minha atenção a sua pasta escolar. O modelo era tradicional não apenas para uso escolar. Lembro que meu pai teve uma muito parecida. O detalhe é a placa em metal para gravar o nome.
ExcluirBoa tarde a todos.
ResponderExcluirInteressante ver como antigamente no RJ havia castelos.
E isso não é brincadeira não. Havia sim de verdade.
Até no subúrbio houve lugares que já tivera as suas construções copiadas dos palcos da Europa.
Esse da foto é bem bonito. Imagino como não seria rico em detalhes por dentro.
Parece exatamente aquelas construções mouras.
Construção com beleza exótica para o brasileiro em geral.
ResponderExcluirHoje em dia se prefere um ambiente mais claro, porém é comum ver fotografias de interiores de antigamente com decoração com móveis e pinturas de parede com pouca claridade, além de janelas menores, que ficariam mais amplas com o modernismo.
Será que existem fotos coloridas desse Castelinho em 1965 ou pouco antes? Contam que um sumido comentarista negava que existiam fotos em cores antes de 1970, mas isso é pura intriga da oposição.
Paulo Roberto,beleza exótica?A mulher do Amaral,aquele meio campo do Palmeiras,deve falar o mesmo dele.Um espanto,meu caro!!!
ResponderExcluirFotos maravilhosas!
ResponderExcluirJorge Tinoco foi quem comprou. (Não Tonico Machado)
ResponderExcluirO "Bar Castelinho", construído no local na década de 1960 era tão conhecido e famoso que chegou a ser citado em uma música popular da década de 1970, que destacava os mais importantes pontos turísticos e da moda na cidade do Rio de Janeiro naquela época. Alguém lembra daquela música?
ResponderExcluirFico muito feliz em encontrar novas fotos do castelinho, principalmente de seu interior. Sou da familia Jansson e o cônsul era meu bisavô. Uma pena que não existam fotos de minha bisavó Olga, meu avô Ivan e minhas tias avós nos registros fotográficos.
ResponderExcluir