A
primeira foto mostra o belo prédio da Faculdade Nacional de Medicina, na Praia
Vermelha. Nesta quinzena, quando minha turma comemora 45 anos de formatura,
farei uma série sobre este prédio e nosso tempo na Faculdade. Para isto tomarei
por base os escritos de meu professor de Histologia, Dr. George Doyle Maia,
autor de dois excelentes livros sobre a Faculdade, as fotos dos acervos do
Professor Bruno Lobo e de vários acervos sobre o Rio de Janeiro, além de
fotogramas sobre a demolição do prédio obtidas do video de Anderson Abreu. De
resto, história e memória sobre aqueles tempos.
De
1919 a 1972, 53 turmas passaram pela FNM da Praia Vermelha, sendo a minha a
última delas. A partir daí a Faculdade passou a funcionar na Ilha do Fundão.
Com
Wenceslau Braz como presidente da República, em 04/05/1916 foi lavrado o
contrato de construção do edifício da Faculdade pelo arquiteto Jannuzzi. O
projeto aprovado previa a construção de três edifícios, incluindo um hospital, mas
só um foi erguido.
A
segunda foto mostra o terreno onde seria construída a Faculdade.
Na
terceira foto vemos o início da construção, próxima ao mar. Inexistiam os
aterros que permitiriam a criação do bairro da Urca.
A
quarta foto mostra a solenidade do lançamento da pedra fundamental.
Na
quinta foto a Faculdade começa a tomar forma, já esboçado o espaço octogonal do
futuro pátio interno.
Continua
amanhã.
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Dr. D´, primeiramente parabéns pelos 45 anos de formatura extensivos a todos os colegas. O prédio da faculdade com dois andares era muito bonito. A região nesta época era um fim de linha sem o bairro da Urca aterrado. Pena que não tenha sido desenvolvido o projeto completo com o hospital junto à faculdade. Aliás esta história de hospital da universidade é uma sucessão de erros pois o do Fundão está abandonado além de ter tido toda uma ala demolida. Pobre país.
ResponderExcluir45 anos de atuação com as nuances que cercam a atividade não é fácil.Parabéns e que possa chegar a mais 45.**Ao contrário do prédio de ontem,este é muito bonito.Vamos acompanhar os outros detalhes da história.
ResponderExcluirO hospital do Fundão apesar de ser referência, sofre com o sucateamento material. Quanto à demolição do prédio da Praia Vermelha em 1975, o motivo principal foi o de destruir um símbolo da resistência estudantil, em um ato reprovável da ditadura militar. Deixou um vazio, assim como o palácio do Monroe.
ResponderExcluirComo a foto 3 está um pouco embaçada, custei a entender a localização daquele enrocamento, que hoje é onde passa caminho para a Urca.
ResponderExcluirBem diferente a edificação, que também aparece na última foto, localizada do outro lado da rua. Era uma residência? Parece um templo.
Será que os governantes preferem evitar muito investimento em hospitais universitários para não contrariar os particulares?
Atualmente é "mais ou menos assim". De 1985 para cá, os interesses particulares prevalecem diante dos públicos, tanto é que a multiplicidade dos planos de saúde é assombrosa. Quem depende de um hospital público está fadado a morrer. Segundo informação corrente, é intenção do governo Temer extinguir todas as universidades estaduais, e por conseguinte seus hospitais. Diante dessas sombrias lógicas, não foi um conhecido jogador de futebol, pederasta empedernido, o autor da "pérola" famosa que afirmou que "não se ganha uma Copa do Mundo construindo hospitais"?
ExcluirBom dia a todos. Primeiramente, Parabéns ao mestre Dr. Luiz D' pelos 45 anos de formatura. Quanto a série será uma aula sobre a história desta tradicional faculdade para todos os comentaristas diários do SDR, motivos infindáveis para bons comentários. No texto de hoje já observamos que desde antanho os projetos do governo só são completos no papel, na prática jamais são finalizados. E que beleza a foto colorida da faculdade e a que mostra a obra sem o bairro da Urca.
ResponderExcluirCheguei a conhecer o prédio em seus detalhes em 1971, quando participei de um curso de Introdução a Biofísica. Realmente uma lástima a demolição do prédio. Creio que ainda existem vestígios no local do piso hidráulico.
ResponderExcluirBoa tarde a todos.
ResponderExcluirHá 45 anos, estava literalmente dando meus primeiros passos. O prédio pagou o preço do engajamento dos alunos e professores, sendo derrubado por ser um "antro de subversivos".
Sobre militares, recomendo a coluna (artigo) de hoje do Veríssimo.
"Antro de subversivos" na visão deles.
ExcluirO Veríssimo é dos melhores,mas peca por gostar muito do escarlate,inclusive do Inter.Probidade não posso garantir,mas ordem existia muito mais.Ainda que viesse salpicada de temor.
ExcluirFora de foco. Há 76 anos em um ataque de surpresa, 353 aviões japoneses bombardearam a base americana de Pearl Harbor no Havaí, causando a morte de cerca de 3000 americanos, destruindo instalações militares, e causando a explosão do encouraçado Arizona, tendo por tal ação poucas perdas. Entretanto o principal objetivo, a destruição dos três porta-aviões, não foi alcançado, já que eles não se encontram na base. Esse erro foi fatal para os japoneses, que pagariam caro por ele.
ResponderExcluirOs dois predios pagaram fisicamente pela rebeldia (no bom sentido)
ResponderExcluirdos que protestaram contra um regime, lembrando do tal atleta que proferiu a infeliz frase, o Maracanã foi demolido pela ganancia,
transformado em um estadio sem alma.
Parabéns Luiz.
Pessoalmente eu nunca fui chegado à violência. Nas manifestações estudantis da época da ditadura, a violência só fez piorar as coisas. Mas não se pode negar a existência de "elementos perniciosos" como Vladimir Palmeira, José Serra, Fernando Henrique Cardoso, Dilma Vana Rousseff, e muitos outros,e que eram oriundos dos meios estudantis e os atos praticados por eles até os dias atuais não deixam dúvidas de sua periculosidade. A maioria dos estudantes de então eram "massa de manobra" que eram usados. Tive conhecimento de jovens oficiais militares que se passavam por estudantes, tinham falsas matriculas e nomes, e faziam um "relatório das atividades estudantis" e o resultado era certo. Destruir um prédio de uma faculdade é o cúmulo da ignorância e da selvageria. É como curar a impotência de um homem cortando-lhe o pênis ou evitar a concepção arrancando o o útero ou ovários de uma mulher.
ResponderExcluirO método usado por esses terroristas era o de se infiltrar nas universidades para propagar sua doutrina política entre os "inocentes úteis" e quase conseguiram. Infelizmente esses distúrbios causaram muitas vítimas e foram a causa da destruição de alguns prédios importantes. Mas esses "elementos perniciosos" aprenderam a lição e voltaram a utilizar a mesma tática, apenas utilizando como pano de fundo as favelas, ao invés das faculdades e utilizando as hordas de desqualificados que nelas se homiziam. O resultado é o caos em que vivemos.
ExcluirBoa noite a todos.
ResponderExcluirParabéns pelos 45 anos de formatura Luiz.
É uma pena que tal beleza de prédio como o mostrado na primeira foto tenha ido ao chão.
Aliás, infelizmente hoje em dia não só prédios vão para o chão, mas a Saúde Pública como um todo já foi para o chão, assim como a Educação e a Segurança Pública também.
É uma lástima.
se vc é o Wolfgang que penso ...um grande abraço do colega de turma
ExcluirParabens a todos nós....sou teu colega de turma Luis...grande abraço David Tucci
ResponderExcluirgrande abraço colega...somos desta mesma turma....ficou saudades.
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