Vemos hoje diferentes
barracas de praia usadas em Copacabana desde o século passado.
A firma Duarte&
Cia, da sociedade de Fomento Turista, com sede à Av. Atlântica nº 730,
inaugurou nos postos 4 e 6, dois grupos de barracas, com o seguinte
regulamento, em 1930: os pavilhões pequenos destinam-se à mudança de roupa –
têm chuveiro, cabide, banco e estrado. O seu uso por cada vez custa dois mil réis.
Só é permitido o uso dos referidos pavilhões a uma pessoa de cada vez. Os
pavilhões grandes destinam-se a recreio, ao abrigo do sol e à guarda do
vestuário e são privativos dos assinantes. Os senhores banhistas deverão exigir
a ficha do cabide e a chave da caixa onde deixam seus objetos. Os assinantes têm
direito à guarda de sua roupa de banho. Qualquer reclamação deverá ser feita no
escritório. Fornecem-se roupas de banho e empregado próprio para proteger os
banhistas.
Foto de meu irmão em 1945, com uma barraca no estilo das atuais abrigando minha mãe. Anos depois, aí mesmo em frente ao Ed. Guarujá, calçado com uma sandália japonesa, um "short samba-canção” comprado na Casa José Silva, uma camisa antiga (porque ninguém ía à praia sem camisa) e óculos ray-ban, com uma prancha de madeira, pé-de-pato da Balnéa e raquetes de frescobol compradas na Superball, eu daria meus mergulhos.
As tradicionais barracas coloridas, sem símbolos de patrocinadores. C.E. Novaes escreveu (não sei se a sério ou de gozação) que a toalha apareceu na praia em 1902, levada pelo barbeiro inglês Wallace Green, que fora fazer a barba de seu patrão, dono da Royal Mail Steam Co., ali onde hoje é o Copacabana Palace. Somente oito anos depois da toalha é que surgiu a barraca. Admite-se que o primeiro modelo não passava de um modesto guarda-chuva. Foi introduzido em Copacabana por Firmino Gurgel, nacionalidade desconhecida, dono de uma fábrica de polainas, que só ia à praia nos dias em que o Serviço de Meteorologia anunciava "pancadas esparsas".
Enviada pela tia Lucia, esta foto do acervo da família do Sergio Coimbra, vemos a casinha de vime que "Tia Cotinha" trouxe da Europa em 1913. Ao fundo podemos observar os belíssimos palacetes da Avenida Atlântica.
Esta barraca era típica dos anos 60. Ficavam armadas ao lado de redes de vôlei. Tinham um espaço fechado para troca de roupa e uma área aberta dando sombra.
Bom Dia! As coisas mudaram muito.Nos anos 50/60 para um suburbano era difícil ir a praia sem carro. Hoje ir a praia de carro, nem na Barra está dando mais.
ResponderExcluirOlá, Dr. D'.
ResponderExcluirSempre chamei a "barraca" da segunda foto de guarda-sol. Tenho algumas fotos de barracas como a da quarta. Mas provavelmente nem são daqui.
Eu posso estar enganado, mas o Rio é a única grande metrópole do mundo que dispõe de um leque imenso de praias belas e de qualidade; apesar dos pesares, diga-se.
ResponderExcluirA areia é clara, não há pedras e pequenos recifes, há variedade de intensidade de ondas, não há muitos seres marítimos inconvenientes como água viva. A lamentar a temperatura da água, normalmente fria, quesito que perdemos feio para as praias do nordeste, e a poluição, sobretudo na baía.
Talvez quem chega perto seria Sidney, Miami e Cape Town.
San Diego, na Califórnia, e seus arredores, tem também inúmeras praias muito bonitas.
ExcluirIr a praia sempre foi difícil para quem mora longe.Não é um divertimento para trabalhador.Trabalhei numa fábrica em Iraja mais de dez anos e só fui a praia poucas vezes no fim de semana pegando o 442.Copacabana sempre foi praia para pessoas com dinheiro e da burguesia.As pessoas que praticam vólei nas praias são diferentes das que gostam de jogar futebol.
ResponderExcluirA linha 442 era a Lins x Urca. Você ia à praia da Urca?
ExcluirLá vem o Anônimo com seu reiterado preconceito, falando de burguesia. Criticava o Joel e faz o mesmo. Enfim, só queria falar que a maioria das pessoas que praticam voleibol na praia, também adoram jogar futebol. Sempre ´pratiquei os dois esportes. Não tem nada de diferente.
ExcluirQuando criança, nos anos 60, lembro que a maioria das pessoas utilizava a esteira de praia para sentar ou deitar. Eram de cor marrom claro e o acabamento nas bordas, em azul ou vermelho.
ResponderExcluirDizem que esse costume de fazer um montinho de areia para apoiar a cabeça é típico do Brasil (ou seria do Rio?).
ResponderExcluirEu ia muito à praia do Arpoador e Ipanema na primeira metade da década de 1970. Levava uma barraca no ônibus.
Si, a gente juntava areia com o pé, formando um montinho, colocava por cima a esteira e deitava, com o montinho para apoiar a cabeça.
ExcluirDe tanto ver rato de praia agindo ou cercando banhistas na areia, desisti de ir à praia no Rio. A última vez foi em 1976.
ResponderExcluirComo já relatei aqui em outra oportunidade, vi alhures um japonês usando sunga e blazer na praia. Ele ficava sentado na areia, paramentado. De vez em quando levantava-se, tirava o blazer, mergulhava, voltava para a areia, vestia o blazer e se sentava.
ResponderExcluirTambém vi alhures uma jovem chegar na areia da praia, forrar com um cobertor, colocar um travesseiro e se deitar comodamente.
ResponderExcluirO maresgoto de ontem na linda praia de São Conrado virou até notícia internacional. Uma salva de palmas pra nossa cidade!
ResponderExcluirMuito agradável e gostoso o almoço ao ar livre na varanda da churrascaria Fogo de Chão, depois tentei ir ao recente inaugurado Monumento do Holocausto no Mourisco, porém esta fechado aguardando a conclusão das obras???
Na minha época de criança, na década de 1950, íamos à praia na divisa Leme - Copacabana: eu, meu irmão, meus tios e minha prima. Como morávamos na Tijuca, a condução disponível era o lotação da linha Usina x Copacabana. Acontece que muita gente também queria ir à praia, inclusive os donos dos lotações. Assim, à demanda grande de gente se juntava a oferta pequena de condução. Resultado: tínhamos de pegar o bonde até a Usina e entrar numa fila quilométrica, aguardando nossa vez de embarcar num lotação.
ResponderExcluirOutras vezes, pegávamos o bonde Tijuca, saltávamos na rua da Carioca, embarcávamos num bonde da Zona Sul, saltávamos na rua São Clemente e íamos até a casa dos parentes do meu tio, na rua Paulino Fernandes. Ali alguns irmãos dele se juntavam a nós e íamos a pé até a praia, atravessando o Túnel Novo.