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domingo, 7 de fevereiro de 2021

DO FUNDO DO BAÚ - A CADERNETA DO COLÉGIO SANTO INÁCIO

Vemos hoje o conteúdo das cadernetas dos anos 60 do Colégio Santo Inácio.  

Começavam com as regras gerais nas suas primeiras páginas. 

Nas últimas páginas apareciam informações sobre o calendário de feriados, bem como local para anotação das aulas e uma recomendação, colégio católico que era, de se comungar nas nove primeiras sextas-feiras de cada mês, o que garantiria a salvação eterna.

A página com os critérios de aprovação era sempre preocupante. Durante certo tempo havia as notas mensais, a primeira prova parcial em junho, a segunda prova parcial no final do ano, junto com a temida prova oral.

As punições eram frequentes: faltas leves levavam a ficar sem recreio (ficava-se de pé num corredor do colégio durante o recreio, daí serem conhecidas como "corredores". Três "corredores" no mês levava a ficara "retido" (uma hora a mais no colégio no final das aulas). Três "retidos" no mês levava a uma "suspensão" de três dias. Três "suspenções" no ano causavam a expulsão do colégio. O motivos para os "retidos" eram os mais diferentes e estranhos.

Eis um exemplo da parte interna das cadernetas.

Reprodução das páginas de um aluno "levado". Além do registro obrigatório, assinado pelo responsável, sobre onde assistiu a missa dominical (houve uma época em que a missa era obrigatória no próprio colégio), aí estão os avisos, registros de circulares e punições. Eram assinados pelo padre responsável pela disciplina. Bem dizia o saudoso AG, sobre o Colégio São José, que parecia um campo de concentração.

Mas, ao final, a maioria aceitava este regime e concluía o curso avaliando-o como bom e levava boas recordações deste período pela vida afora.
 

12 comentários:

  1. Bom Dia ! Hoje devem acontecer comentários interessantes.

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  2. Olá, Dr. D'.

    A minha CADERNETA do primeiro grau era mais simples, pelo que me lembro. Pelo menos as marcações eram de COMPARECEU, FALTA ou ATRASADO, fora as de sábado e domingo. Não lembro de outras, como suspensão, por exemplo. Pelo menos nas minhas...

    Lembro que havia alunos que tentavam ir na secretaria da escola, onde ficavam recolhidas as cadernetas depois da formação de entrada, antes do recreio, para tentar escapar.

    Lembrei que havia uma outra marcação, SAÍDA ÀS __ HORAS, para quando precisávamos sair antes do horário normal, por motivo de força maior, autorizado pela diretoria.

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  3. PS: acho que havia outros tipos de carimbo, como FOLGA.

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  4. Estudei uma parte de minha vida no Colégio de São Bento que como todo colégio católico, possuía uma disciplina rígida. Porém as missas obrigatórias se resumiam a uma por mês. Lembro que a única anotação que tive se deveu ao fato de ter sido apanhado segurando o parachoques traseiro do ónibus escolar enquanto ele manobrava no pátio. No passado tanto os colégios públicos como os particulares mantinham uma disciplina coerente com os bons princípios exemplos, bem diferente da realidade atual. Há exceções naturalmente. O Colégio Cruzeiro, cuja excelência dispensa maiores comentários, os colegios católicos, e o P.H, são alguns exemplos.

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  5. A postagem de hoje confirma as semelhanças entre as anotações das cadernetas escolares dos educandários públicos e particulares, ressaltando-se as peculiares diferenças relativas às escolas de cunho religioso. FF: A quem interessar: Ontem o escritor Monteiro Lobato foi um dos temas da postagem e deu origem a comentários. Hoje localizei essa estranha matéria: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/marilene-felinto/2021/02/complexo-de-negrinha.shtml

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  6. Identifiquei e li matéria citada pelo Docastelo e trata-se de mais um absurdo cuja origem é óbvia, e a empresa jornalística é tão deplorável quanto a Rede Globo. A "solução" sugerida pela jornalista é comparável a algo parecido como a "queima de livros" executada por Mao Tsé Tung. A literatura brasileira seria tão vilipendiada que contos tradicionais do folclore brasileiro teriam "seus nomes alterados" em nome do "politicamente correto". Como poderia se chamar "O negrinho do pastoreio"? O "lourinho do pastoreio" ou o "caucasiano do pastoreio"? A intenção é óbvia.

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  7. Bom dia a todos. A minha até parecia uma caderneta de escola da Russia, como tinha anotações em vermelho, até algumas notas eram vermelhas, menos em matemática, ciências e desenho. Mas matérias como história, geografia, Moral e Cívica, quase sempre eram notas baixas e muitas vezes eram vermelhas, até que o Euminio veio para a nossa turma, aí fiz uma sociedade com ele, dava cola para ele nas provas de Matemática, Ciências e Desenho, ele praticamente fazia as minhas provas de história, geografia e moral e cívica. Já as anotações da minha caderneta eram assinadas pelo Velho Bacurau, tinha uma letra bonita e assinava como pai as cadernetas de quase todos os meus amigos.

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  8. Minha caderneta não era tão florida, como as reproduzidas acima. O CSI é um ótimo colégio para alunos rebeldes, nem tanto para alunos medianos. Uma vez meu saudoso e revolucionário colega Candido Mendes sugeriu , ao invés da campainha anunciar o fim do recreio, tocar Beatles.Tive um ótimo Coordenador Prof Georges Frederic M Alencar Pinto. Depois de quase 50 anos de colégio foi despedido com um piparote. Ainda assim Professores eram respeitados, preparo para vestibular muito bom e educação humanista preponderava. Existem cadernetas ainda hoje? Minha impressão é que a falta de educação hoje mal que grassa no país - em dia é dos pais, que contaminam os filhos.O saldo é positivo ; ainda hoje me encontro com os colegas e amigos do CSI e as lembranças são otimas.

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  9. 14-09-61 advertência assinada pelo famoso Padre Henrique, vulgo Melequinha. Entrei no colégio em 1968, ele ainda estava lá e era o temor dos alunos.

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    1. Mauro,que fim levou o melequinha,sabe??

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    2. Não sei Erick, mas certamente morreu nos anos 90, em face da idade avançada.

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  10. Ficou longos anos no colégio. Alguém me disse que tinha abandonado a batina e se casado, mas não consegui confirmar.

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