Postal da Coleção Klerman Wanderley Lopes. A Rua Araujo Gondim, homenagem ao Dr. Carlos Cochrane de Araújo Gondim, é uma simpática rua no final do Leme, junto do Morro da Babilônia. Somente em 1951 passou a se chamar Rua General Ribeiro da Costa.
Na época da fotografia, segundo conta Brasil Gerson, quem aí morava era o
Vereador Torquato Couto: tinha sua casa, à semelhança de um solar, com estábulo
para vacas leiteiras inclusive. Foi nesta rua que foi construída, já no século XX, a Igreja de N. S. do Rosário do Leme.
Foto enviada pela tia Lu, do
acervo do Sergio Coimbra, e colorizada pelo Conde di Lido.
Vemos um aspecto de um casamento na Igreja Nossa Senhora do Rosário no Leme. Situada na antiga Rua Araújo Gondim nº 60, atual Rua General Ribeiro da Costa nº 164, a igreja teve a pedra fundamental lançada em 1929. Foi inaugurada em 1939, quando o bairro possuía lindos casarões e palacetes.
A fotografia de familiares e convidados, às portas da igreja, é até hoje
tradicional nas cerimônias ali realizadas. A igreja pertence à Ordem dos
Dominicanos e tem magníficos vitrais nas laterais. O carro é um La Salle 1940,
último ano em que esta marca foi fabricada pela GM.
Outra foto do casamento. Notável
personalidade desta igreja foi o Frei Marcos de Mendes Farias que, desde a
década de 60 até o início deste século, fez um grande trabalho social junto à
população do Leme, além de muito ajudar os perseguidos pela ditadura. Tive o
prazer de conhecê-lo. Tratava-se de uma pessoa muito inteligente e agradável.
Foto do Jornal Excelsior publicada no blogspot Leme. Dez anos após o lançamento da pedra fundamental, acontecia missa pela conclusão das obras e da torre da Igreja da Virgem do Rosário do Leme. A igreja foi praticamente concluída em 18 de outubro de 1936, mas ainda faltavam a fachada e a torre, concluídas em 1939.
Foto recente do interior da Igreja de N.S. do Rosário (site Carla Flores).
A foto mostra uma época em que a frequência das igrejas era um "programa social" onde as pessoas usavam suas melhores garotas. O General Ribeiro da Costa que deu nome à essa rua teve dois filhos que também se tornaram Generais. Um deles chegou ao cargo de Ministro do STJ e morreu em 1967.
ResponderExcluirEsse corretor…
ExcluirÉ o corretor. Quis escrever "fatiotas". Não comentei como o Ministro morreu. Só posso dizer que foi uma "morte gloriosa" que todo homem sonharia em ter...
ExcluirGostaria de morrer da forma que esse Ministro morreu. Deve ter sido uma sensação de..."deixa pra lá'.
ExcluirOlá, Dr. D'.
ResponderExcluirDia de acompanhar os comentários.
O mais fanático nessa igreja são as colunas decoradas com vários cachorros segurando um tocha nos dentes.
ResponderExcluirHomenagem a história de São Domingos de Gusmão.
Esse corretor:
Excluir*O mais fantástico...
Leme bairro simpático. É a Urca de Copacabana, como a Gávea é o Leme do Jardim Botânico. Pena não ter livrarias . O Edifício Regine Feigl e o Meridien vertixaluzaram muito o bairro. Frei Marcos me casou, grande figura. Bairro ainda é boa opção de moradia .
ResponderExcluirLa Salle era praticamente igual ao Cadillac na mecânica, mas oferecia menos luxo. Fazia concorrência direta aos Buick e Oldsmobile e a GM decidiu extinguir a marca em 40. Só existem La Salle entre 1927 e 1940 e todos têm motores V-8 ligeiramente menos potentes que o Cadillac do mesmo ano.
ResponderExcluirAqui no Rio existem alguns e os melhores exemplares são dois de 1939, um sedã e o outro, conversível. Na minha opinião são os mais bonitos de toda a fabricação, muito mais elegantes que esse de 1940 que ilustra o blog de hoje.
Manda o Deuteronômio: "Não ponhas foice à seara de teu vizinho"...
ExcluirMesmo assim, ouso dizer que nem todos os La Salle tinham propulsor V-8. Em março de 1935, foi lançado o modelo 50 (8.651 unidades montadas no primeiro ano, com preços a partir de US$1.225 - 24.410 dólares de 2021 -), com motores "8 cilindros em linha" com válvulas laterais, produzidos pela Oldsmobile, porém com montagem final na unidade Cadillac.
Toda a razão, senhor da foice. Lembrei-me ao ler a sua mensagem de um comentário do decano do Veteran sobre os oito cilindros em linha. Humilde, o farináceo esfarinhado promete menos precipitação...
ExcluirFF: hoje é aniversário do "Apolinho". No mesmo dia do clube com mais torcida do estranho estado.
ResponderExcluirO tempo de construção desse templo não fugiu à tradição, uma verdadeira "obra de igreja".
ResponderExcluirConsiderando-se o pacote Av. Atlântica e ruas dos arredores, incluindo banho de mar, o Leme foi minha última incursão à orla da Zona Sul. E já faz um bom tempo.
Bom dia a todos. Desconhecia esta igreja, nunca passei por ela, pelas fotografias, parece ser uma igreja bonita. Acompanharei os comentários.
ResponderExcluirConsta que os dominicanos tocaram o terror durante a Inquisição.
ResponderExcluirAtualmente eu tenho a impressão que fanáticos, liderados por expertos de algumas igrejas, sonham em substituir esses frades em uma nova versão da Idade Média. Seria o "talibã" ocidental.
Não sei se vai ser mais suave, provavelmente já não estaremos por aqui para testemunhar.
"Templo é dinheiro". Jesus Cristo quando andava na Terra praticava milagres em quantidade e calçava sandálias. Era pobre e seus hábitos frugais. Já "seus representantes nas igrejas "nadam em ouro"...
ExcluirAugusto, o Apolinho ainda está na ativa? Gostava muito do programa dele na Tupi que começava às 5 da tarde e ia "até que a Hora do Brasil nos separe". Falava dos geraldinos, arquibaldos, murilos (os que ficavam em cima do muro). Tinha um robozinho que implicava com todo mundo. Inteligente e com boas tiradas. Fracassou como técnico do Flamengo uma invenção do parceiro Kleber.
ResponderExcluirE gostei da informação do Galeno sobre os cachorros nas colunas pois já fui algumas vezes nesta igreja em batizados e nunca tinha reparado.
Sim, o Show do Apolinho inda é destaque na programação da Rádio Tupi, Tu, Tu, pi, pi como ele fala, das 17:00 às 19:00 hs. O robozinho é o Robetão, o robô ET anão, cuja voz masterizada quem faz é o próprio Apolinho. Ele é flamenguista roxo mas quando tem que esculhambar o time sempre o faz e sem ser tendencioso. Outra boa frase dele: "o Flamengo é um gigante que se alimenta de vitórias". Sou botafoguense e sou fã do Apolinho, quase sempre ouço seu programa. Sou Tupizeiro.
ExcluirContinua com o programa, além de ainda comentar os jogos do Flamengo, seja com o J.C.Araújo ou agora com o Penido.
ExcluirEm 1997 e 1998, minha mãe e minha tia alugaram uma kitchenette na Avenida Atlântica, num prédio na esquina da rua Antônio Vieira. Foram no total uns 5 meses, mas o sonho delas era morar lá definitivamente. Não deu.
ResponderExcluirAs "Kitchenettes" foram o resultado de agressivas campanhas publicitárias no anos 40 e 50 para atrair para Copacabana e outros bairros da zona sul uma parcela mais modesta do então longínquo subúrbio e da zona norte. Muitos compraram para "veraneio", outros para moradia,mas em razão das dimensões exíguas era complicado abrigar uma família. Para se ter uma idéia, o "folder de lançamento do Edifício Alaska em 1952 mostra dois tipos de apartamentos: com 24 metros quadrados e de 14 metros quadrados. Foram construídos centenas desses prédios com imóveis minúsculos até que a Prefeitura do DF proibiu em 1957 esse tipo de construção. Mas foi uma "Lei Feijó", ou seja,"para inglês ver", pois a moda se espalhou pela "cidade formal". Na Tijuca e já em tempos do Estado da Guanabara, muitos desses imóveis foram construídos.
ExcluirIncrível mas isso já existiu de verdade pois não é um cartão manufaturado e sim um FOTO. Deveria ser um sonho em morar junto a mata atlântica e o mar de Copacabana. Hoje, é aquela loucura que se vê. Tiros,sujeira, barulho e muita gente como diria o JBAN. Todos na foto estão com feições radiante(foto 1) pois depois do casório viria o "rega-bofe"
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