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quarta-feira, 26 de julho de 2017

BOTAFOGO



 
A primeira foto, garimpada pelo Nickolas, mostra a Praia de Botafogo, perto da região do Mourisco, provavelmente nos anos 50. Nela podemos ver, à direita, um belo prédio que sobrevive até os dias de hoje.
Inicialmente ali funcionou a sub-estação transformadora da Companhia Ferro-Carril Jardim Botânico. Depois, nos anos 60, com o fim dos bondes, o Estado da Guanabara assumiu o prédio. Hoje em dia, já tombado, abriga o Arquivo Geral do Estado do Rio de Janeiro.
Ainda nesta primeira foto, segundo o desaparecido Rafito o prédio alto da direita deve ser o Bel-Air e o telhado ao fundo pode ser o edifício Mourisco, na Rua São Clemente nº 45.
A segunda foto é  de Malta, da primeira metade do século XX, mostrando a sub-estação transformadora da Companhia Ferro-Carril Jardim Botânico, em Botafogo.
Em princípios de 1910, a Companhia obteve da Prefeitura licença para construir, nos terrenos da Praia de Botafogo de números 266/270, esta sub-estação, para o seu serviço de tração e viação. Concluída a sub-estação, desde novembro de 1911 passaram os carros da "CFCJB" a ser movidos por energia hidro-elétrica, fornecida pela Light. Grande parte da via permanente e da rede aérea já tinha sido renovada e reforçada, assim como muitos motores dos carros foram substituídos por outros de maior potência, provendo-se ainda os veículos de alavanca de conta de arco e freios de ar comprimido.
A terceira foto, do Google, mostra o aspecto atual do prédio tombado onde funciona o Arquivo Público do Estado.

18 comentários:

  1. Um prédio dessa área tinha trilhos para os bondes entrarem. Talvez fosse uma oficina. Seria este? Uma das fotos do SDR antigo, que tinha uma qualidade excepcional, mostra o caminho dos trilhos. Uma pena que a foto colorida não alcance o chão. Tem bonde, lotação e um Chrysler limusine...?

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    1. É o mesmo prédio a que vc se refere. Não era uma oficina, apenas uma sub-estação de força. Bondes com problemas eram levados para lá e de madrugada rebocados para a oficina no Largo do Machado.

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  2. Tenho saudades das colorizações do Nickolas e do Conde, mas a foto garimpada é muito boa. O prédio ao lado da subestação sobreviveu até os anos 50 como podemos ver na foto. Acho que havia mesmo um trilho que entrava na subestação embora com certeza ali não era uma garagem de bondes como as que havia no Humaitá e no Largo do Machado. Talvez abrigasse apenas um bonde reserva para ser usado em caso de emergência ou servisse para um bonde levar material para dentro desta subestação, não sei.

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  3. Bom dia. Não é o melhor ponto de Botafogo. Imóveis de conservação precária e calçadas esburacadas dão o toque de degradação. Ao lado do prédio em questão existe um daqueles edifícios do tipo "balança mas não cai" e entre os dois uma curiosa vila de casas. O prédio verde já possui um nível melhor. Quando eu passava nessa calçada diariamente em 1965, nenhum dos dois existia. Fora da foto à esquerda fica a esquina da Voluntários da Pátria, cujos prédios nesse trecho inicial são antigos e um tanto precários. Na esquina da São Clemente à direita da foto, os prédios igualmente estão em condições que deixam a desejar.

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  4. Onde tem viadutos e elevados tem estrago visual, degradação e "desertificação".
    Não sabia que na Zona Sul chegou a ter os famosos quiosques do início do século 20. E pelo menos na Cidade e/ou na Lapa alguns duraram até a década de 60.

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  5. Tres fotos marcantes,quem deverá sanar a dúvida sobre se o bonde entrava nessa garagem deve ser o Helio. Trabalhei nessa área e passava por aí para almoçar.Como disse o Joel nunca foi um bom lugar.

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  6. Ainda em Botafogo existem vestígios do passado que resistem heroicamente. Será que o prédio do Arquivo que na sua fachada mostra aberturas como se fossem para ar condicionado eram apenas para ventilação? Na foto atual eles continuam lá e quando eu passar pela frente do imóvel vou tirar essa duvida.

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  7. O comentário do Biscoito Molhado mostra que a foto parece não ter sido muito bem "enquadrada".Muito céu e pouca terra onde poderíamos ver mais detalhes,como os autos e trilhos.Paciência!A comparação é muito interessante e concordo com Joel que não parece ser um ponto bom de Botafogo em termos de conservação.Como tenho uma filha morando no bairro,tenho procurado pelo que ainda resiste a especulação imobiliária e pontuam algumas casas bem legais.Apesar de ser considerado um bairro de passagem atualmente,Botafogo ainda tem coisas bem mais interessantes do que Copacabana,por exemplo,relacionadas aos bons tempos.

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  8. Bom dia a todos.
    Já passei por aí diversas vezes e confesso de que não reparei se havia trilhos. Acredito que se tinha, foi tirado ou soterraram, pois hoje em dia, com a Justiça virando Bolsa de Valores, onde ser processado virou sinônimo na maioria das vezes em ganhar dinheiro, acredito que não haja mais pois acidentes aconteceriam, principalmente com pessoas da chamada terceira idade.
    Infelizmente essa área é degrada pois além dos pivetes que trafegam por aí, há também dos chamados "sem terras", vendendo coisas antigas nas calçadas sem da menor fiscalização, deixando carrinhos de carga no meio da calçada, quando não vira-latas dormindo nesses carrinhos.
    Se eu fosse um ditador, confesso de que uma das primeiras medidas radicais que eu tomaria no país, seria a expulsão de "persona non grata" de toda a orla, como na área de Botafogo até a Glória.
    Há edificações aí que se tornam verdadeiros "vestibulandos" para os famigerados cortiços, com gente de qualidade duvidosa residindo ou se escondendo nesses edifícios um tanto quanto mal falados.
    Outra lugar que eu excomungaria seria certa igreja evangélica situada na Praia do Flamengo, próximo aos jardins do Palácio do Catete.

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    1. Wolfgang, educação é a base de tudo. Tolerância zero seria o ideal, mas falta fiscalização para tudo, pois o mote é sempre economizar nas mínimas coisas. E para que? Alimentar ditadura "político/judiciária" em que vivemos. A última "pérola" do "tribunal da ditadura" ou STF: "Deixa de ser crime o furto de celular", desde que o valor do mesmo seja inferior a R$ 500,00, limite que as "excelências" consideram ser de valor "insignificante", embora o Código Penal vigente desde 1941 capitule tal ação como crime em seu Artigo 155. Uma conduta delituosa só poderá ser descriminalizada após uma lei votada pelo congresso e sancionada pelo presidente da república. Mais uma evidência de que vivemos em uma ditadura disfarçada...

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    2. Estou vendo que o meu espírito está alcançando outros comentaristas como o sr.Wolfgang que se mostra injuriado com coisas feias e dilapidadas como as que aparecem nesta postagem de hoje.Nas três fotos um horror de visual e que só podem agradar as viúvas de antanho que detestam a evolução e a modernidade.Felizmente parece que o bom senso está chegando ao fotolog quando se fala de velharias e cortiços .Só espero que a administração do blog não deixe de publicar eventualmente estas visões do inferno,pois aí perco o meu emprego.Sou Do Contra.

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    3. Joel e Do Contra. Quando falei de que se ditador fosse uma das primeiras coisas que faria seria expulsar certas "comunidades" da orla é porque considero um verdadeiro crime e ao mesmo tempo burrice você ter uma área bonita, com IPTU caro, e você ter edifícios de residentes duvidosos habitando nessas áreas.
      Veja por exemplo o caso do edifício onde antes no térreo situava-se a Casa & Vídeo. Aquilo é uma espelunca fedorenta e horrorosa.
      Deveria ser o edifício pego, desocupado, sofrer de uma imensa reforma e ser colocado como edifício de residência ou comercial como outros na orla que fazem jus a estarem ali.
      Outro que excomungo é o mal falado também na praia de Botafogo depois da Casa & Vídeo e antes da Coca Cola, se não me engano o tal do edifício Rajão que até crime já fora cometido ali dentro.
      Fique por 1 hora naquela calçada apenas e veja os tipos que saem ou adentram aquele lugar.
      Eu nunca fui amante de ditadura nenhuma. Nunca gostei disso em nenhuma hipótese, porém confesso de que de um tempo para cá meu conceito quanto a isso está mudando, fruto de já estar cansado, esgotado de ver que o Brasil infelizmente é um país que não deu certo.

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    4. Já entrei à serviço no tal prédio e a quantidade de "seres estranhos" é imensa. Se é que pode ser chamado de "residencial", o prédio abriga famílias em estado de necessidade, "operadoras de sexo", travestis, transformistas e afins, etc...

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  9. Bom Dia! Na foto um, o lotação, Carroceria CIRB ( Carrocerias Irmãos Barbosa),tem no parabrisa: São Clemente,Pça 15.Deveria portanto ter a "asa" verde no teto.Hoje à tarde devo ir a Copa.Se der tempo,lembrar e o Metrô não estiver cheio,vou passar pelo local.

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  10. O Edifício Bel Air estava em final de construção, o que nos permite datar a primeira foto em 1956/57.

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  11. Bom dia a todos.

    Fui frequentador assíduo da região até 2012 e entrei umas duas vezes no prédio em questão.

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  12. Peralta,o implicante26 de julho de 2017 às 13:57

    Arquivo?Tia Nalu tem um de fotos.Tem sapo,anta,corvo e muitos outros!!!

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  13. O Do Contra reclamou até da situação atual, ele mesmo poderia iniciar uma campanha pela desocupação e demolição dos dois prédios vizinhos ao Arquivo Público do Estado. Nos dois terrenos poderiam virar parque com bastante vegetação.
    Em tempo: desocupar primeiro e depois demolir é importante, antes que pegue a moda do prefeito da "Estranha Cidade do Sudeste", que prefere o "não necessariamente nessa ordem".

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