Total de visualizações de página

quarta-feira, 19 de julho de 2017

MALANDROS & CAMELÔS

 
A foto é de 1960 e vemos a parte traseira da Igreja de São Francisco de Paula. Salvo engano é a Rua do Teatro.
Podemos observar uma das famosas aglomerações que se formam em muitos pontos do centro da cidade.
Poderia ser uma pequena banca de camelô ou de jogo do bicho ou ainda um grupo de malandros à cata de incautos.
Até hoje, décadas depois, há rodinhas para jogo de "porrinha", pois "patos" não faltam.
É famoso e comum, também, o jogo das três tampinhas: sobre um tabuleiro uma bolinha é colocada debaixo de uma das tampinhas e o malandro começa a movimentar as peças. Sem que ninguém perceba, com muita habilidade, ele retira a bolinha e a esconde entre os dedos. No momento em que ele puxa outra tampinha, a bolinha é colocada por baixo dela. A partir daí a pessoa segue a tampinha errada.
A tática é a mesma de sempre: deixar ganhar nas primeiras rodadas e depois depenar o incauto que, à primeira vista, achava que iria ganhar. Geralmente são três malandros, com dois atuando como falsos apostadores para atrair e distrair o público. Em algumas rodadas estes dois ganham enquanto os verdadeiros apostadores sempre perdem.
Na foto ainda é possível observar a interessante moda da época, onde ainda se destacavam os ternos de linho branco.

32 comentários:

  1. Tipica foto dos anos 60 e penso que poderia ser também uma "bolsa de automóveis "ou algo similar,sei lá compra e venda de ouro...O certo é que não deve faltar malandro e mané. Estes personagens desapareceram das cidades e hoje estao engravatados nos poderes que conhecemos muito bem.Cada um puxando a brasa para o seu lado.Grande espanto!!!

    ResponderExcluir
  2. Bom Dia! Neste local funciona até hoje o mercado do ouro. Até onde sei tem regras próprias.

    ResponderExcluir
  3. Outro dia observei uma banca desse jogo de tampinhas na Marechal Floriano perto do Beco das Sardinhas. O cara que movimentava as tampinhas tinha uma habilidade e tanto. Por mais que prestasse atenção não consegui ver a hora da troca da bolinha.

    ResponderExcluir
  4. Bom dia. Outra "moda" em extinção é a de carregar pastas, muitas vezes pesadas.

    ResponderExcluir
  5. Pelo menos até há pouco tempo esse local era frequentado por negociadores de joias e afins de procedência duvidosa. Quanto aos jogos dos palitinhos, mais conhecido por "porrinha", havia um nas barcas Rio-Niterói, tendo como local a popa da embarcação. Um grupo de espertos amealhava alguns passageiros interessados, geralmente viciados nesse tipo de jogo. O tempo da viagem era suficiente para "aliviar" os bolsos dos incautos.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Docastelo, Nota 10. O forte sempre foi venda de joias.
      É a Rua Ramalho Ortigão aonde existiam a Luvaria Gomes, a Casa Cruz e a Casa Mattos nas quais comprávamos material escolar e tb uma das saídas das Lojas Americanas até hoje.
      Na Luiz de Camões, quase esquina, comprávamos material fotográfico, panos riscados para bordar, linhas, agulhas e até rendas francesas para vestidos de noiva.

      Excluir
  6. Bom dia a todos.

    Nunca adivinharia o local da foto. Como dizem, a cada segundo nasce um otário...

    FF: hoje é comemorado o Dia Nacional do Futebol, por causa da fundação do primeiro clube de futebol, em Rio Grande (RS), em 1900. O assunto foi debatido no post sobre Bangu.

    ResponderExcluir
  7. Bom dia. Um tipo de malandragem {estelionato} que chega a ser considerado inocente em comparação com as formas mais sofisticadas em uso atualmente. As rondas das antigas delegacias distritais tinham um efeito de "barata voa" e era um corre-corre geral. Atualmente as fraudes desse tipo estão em extinção, pois as fraudes executadas através de boletos falsos e clonagem de cartões são bem mais rentáveis. Isso não quer dizer que outras não sejam praticadas. Uma das mais utilizadas atualmente é a de "ajuda" para a compra de leite para crianças, praticadas por entes como a L.B.V e que consiste em que esse suposto "auxílio" seja lançado na conta telefônica. Caso o "otário" permite tal gravame em sua conta de telefone, tal quantia será utilizada em "diversas finalidades", inclusive na compra de "cartões e créditos telefônicos" para celulares que se encontram em presídios. As penas para crimes contra o patrimônio em geral são baixas, ridículas no Brasil, e isso talvez seja o maior incentivo para a prática desses crimes.

    ResponderExcluir
  8. Peralta,o implicante19 de julho de 2017 às 10:12

    Tia Nalu sabe tudo e está certa. É tempo das mochilas!

    ResponderExcluir
  9. Bom dia a todos. A vista que temos é da Travessa que fica na lateral da Igreja de São Francisco de Paula, liga a Rua 7 de Setembro a Rua do Teatro. Pelo que conheci desta área, e estando este pessoal mais próximos da 7 de setembro, podem ser bilheteiros a espera da abertura de venda de bilhetes da Loteria Estadual que ficava ao lado, compradores e vendedores de ouro e joias, ao lado esquerdo parece haver um camelô fazendo demonstração do seu produto para venda. Já o ponto de bicho ficava mais próximo da Rua do Teatro por motivos óbvios, pertencia ao Djalma (ex Presidente da Mangueira) que tinha a sua banca principal na R. Gonçalves Ledo. Nesta travessa haviam pequenas lojas de comércio, lembro de uma que fazia aqueles antigos carimbos. No final dos anos 90 ocorreu um incêndio em uma das lojas da r. do Teatro, que atingiu também lojas desta travessa e esta passagem ficou fechada por muito tempo, não sei se hoje voltou a reabrir, sei que a loja que pegou fogo se transformou em um estacionamento para automóveis.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Lino Coelho, até criminoso evolui. Veja esse Djalma, presidente da Mangueira e contraventor que você citou. Atualmente, o presidente da Mangueira além de ser dono do "negócio" mais rentável do planeta, possui até mandato de deputado! Veja como até as instituições legislativas evoluem no Brasil...

      Excluir
  10. E os carros?Chevrolet,Austin,Prefect? Fala aí,Biscoito.

    ResponderExcluir
  11. Bom dia a todos.
    Realmente houve épocas em que esse tipo de coisa acontecia com muito mais frequência.
    Hoje, já não vejo tanto assim nas ruas do Centro, seja porque o RJ faliu e tudo acabou, ou seja porque os vagabundos de hoje em dia são outros, encastelados no poder usando da Magna Carta a seu favor ou então encastelados nas favelas ostentando fuzil e granada.
    Malandro sempre houve e sempre existirá em qualquer parte do planeta.
    Claro que há lugares em que isso é mais acentuado.
    Nessa hora faço até coro com o Joel: É problema de DNA.
    Mas por outro lado eu preferia esse tipo de malandro do que os de hoje em dia.
    Pelo menos, nessa época, você era assaltado com classe e não com esculacho como nos dias atuais.
    Nessa época você era assaltado por um cara usando de um embuste matreiro. Hoje em dia você é assaltado com violência.

    ResponderExcluir
  12. Tenho um amigo que diz que se você se dispor com todo o esforço e vontade a vender o Cristo Redentor por 50 pilas a transeuntes de um lugar de grande movimento na nossa cidade, certamente de 100 indivíduos um, pelo menos, "comprará" a famosa estátua.

    O vendedor apenas precisa de grandes doses de cara de pau e mau caratismo.

    Vejam que até o Macedo vendeu um lugar no céu, que diziam custava 30 mil e muitos compraram...

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Wagner Bahia, não é bem assim. A IURD não é tão simplória em suas ações e possui um certo refinamento. A campanha conhecida como "Fogueira Santa" se baseia na analogia com o sacrifício de Abraão. Assim, colocando-se sob total dependência de Deus, o fiel doa todos os seus bens, desde carro até imóvel para provar sua fidelidade ao Senhor. Daí receberá "bênçãos milagrosas" que farão com que seus bens doados retornem multiplicados. Duas vezes por ano acontece essa campanha. Essa é apenas uma das muitas " campanhas" da IURD.

      Excluir
    2. Joel,pelo que entendi,o fiel no caso também quer levar vantagem,recebendo a doação multiplicada. É por essas e outras que na minha igreja não existe garantia de nada.Quem dá garantia é automóvel e eletrodoméstico.

      Excluir
  13. Tia Nalu é mineira e garante que mineiro não compra bonde.E o Sassá?

    ResponderExcluir
  14. Observador de Malandros19 de julho de 2017 às 11:10

    Hoje em dia a coisa é mais séria do que estes malandros fichinhas e envolve percentuais em obras superfaturadas,sentenças de absolvição,acordos com fraudadores e assim por diante,com delações valendo fortunas para vários lados.

    ResponderExcluir
  15. Ouvi falar de um cidadão de classe média, que "vendia" salas comerciais em sedes de estatais e outros imóveis que não poderiam ser negociados por particulares. Na época não tinha tanto rigor no acesso a esses locais e a vítima chegava a conhecer o imóvel antes do golpe. E era casado com uma médica que conseguiu aposentar algumas pessoas por invalidez, porém, no caso dela, não sei dizer se chegou a levar algum por fora ou se era apenas ação entre amigos.

    ResponderExcluir
  16. Li matéria do Zé Ricardo dizendo que o jogo de hoje com o Palmeiras é como Copa do Mundo e que o Flamengo tem como meta chegar aos 34 pontos no turno.Ora bolas,está fazendo contas tarde demais.O Corintians já ultrapassou esta marca e não vai dar mole e o Gremio tem mostrado serviço.Agora o time da Gávea ficou de bobeira nas rodadas iniciais e o cara ainda faz menção a pré temporada.Pré temporada o caramba.Com os vários jogadores que possui é só fazer bons esquemas táticos e sair desta mesmice de chuveirinhos o jogo inteiro.Sou corneteiro e já estou velho para ficar escutando abobrinhas a cada rodada.

    ResponderExcluir
  17. Não se pode dizer que o Brasil não é um "país democrático" e isso pode ser demonstrado principalmente em uma modalidade: O crime! No passado era comum apontar apenas pretos, pobres, nordestinos, e desassistidos como criminosos, o que era uma injustiça. Hoje em dia a realidade é outra pois encontramos criminosos declarados em todas as esferas da sociedade, desde presidentes da república, deputados, juízes de direito, procuradores federais, policiais de todas os escalões, médicos, engenheiros, e pasmem, até moradores de favelas e vagabundos! Como diria Zé Trindade: "O que é a natureza?"...

    ResponderExcluir
  18. O carro da esquerda é um Ford Anglia, por volta de 1950. À direita um Chevrolet 1952.

    ResponderExcluir
  19. FF. Um pouco de humor negro. Escutei agora, que ladrões roubaram um carro na Penha que estava parando em frente a uma Pet Shop, o dono do carro foi colocado para fora mas não pode retirar seus 2 poodles que estavam no banco de trás. Foi prestar queixa na delegacia, o detetive falou, se tivesse 2 cachorros policiais teriam preso os ladrões.
    Dessa forma cheguei a conclusão que só o Pica Pau como ministro da justiça, pode resolver o problema da segurança pública no Brasil.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Dizem os entendidos que poodle é um cachorro tão chato que se os ladrões não repassarem rápido não vão aguentar a pertubação dessa raça de cão.

      Excluir
    2. Só para esclarecer. O veículo roubado (Fiat Fiorino) onde estavam os poodles era da própria pet shop. Os cães foram deixados em uma caixa de papelão em um shopping e já foram entregues aos donos. Final feliz pois um dos cachorrinhos era cego.

      Excluir
  20. Falando em jogo do bicho,lembro-me de uma banca enorme que ficava atras da Maison de France, junto a bolsa de automoveis,que aliás existe até hoje. Há muitos anos não passo por lá mas o movimento deve estar fraco, com os preços de carros usados muito caros.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. A bolsa de automóveis e todas as revendas de carros usados praticamente estão falidas. Essa área eu conheço bem e a quantidade de negócios e avaliações feitas caiu a zero. O poder financeiro das concessionárias, a facilidade de conseguir financiamentos, e a crise financeira foram os fatores para que a bolsa de automóveis falisse. Nunca comprei carro na bolsa porque sempre tive carro OK mas não recrimino quem compra, afinal nem todo mundo tem um perfil e uma carreira exitosa. O sucesso é para poucos.

      Excluir
  21. Lino,além de escutar o que não deveria,a vítima deve estar fazendo conta para onde vai o imposto que paga para os mais diversos fins.Um espanto!!!****A postagem de hoje me fez lembra bem da desaparecida comentarista Alcyone,grande dama campineira,que de camelô sabia tudo com vários de experiências com a citada categoria profissional.

    ResponderExcluir
  22. Um dia da caça... o carro da esquerda é um Austin A-40, de 1948 a 51. O Chevrolet confere.

    ResponderExcluir