Hoje
é sábado, dia da série “DO FUNDO DO BAÚ”. E de lá sai esta foto do Falcão
Negro, herói dos anos 50 na TV Tupi, canal 6, do Rio de Janeiro. A foto seria
do Gilberto Martinho que estrelava a série no Rio ou do José Parisi, que o
fazia em São Paulo?
As
aventuras eram escritas por Péricles Leal que abusava da astúcia de seu
personagem e lhe dava capacidades quase sempre ilimitadas. Perdemos a conta de
quantas espadas o Falcão Negro enfiou embaixo do braço dos vilões.
Dentre
estes destacava-se o Dary Reis, cujo personagem era odiado pelas crianças.
Um
episódio inesquecível foi quando o cenário caiu e, como o programa era
apresentado ao vivo, o Falcão Negro ficou segurando o cenário até a direção
perceber e entrar com o intervalo.
A
namorada do Falcão Negro era a Lady Bela.
Certo
comentarista do “Saudades do Rio” já confessou que obrigou a mãe a comprar a
fantasia do Falcão Negro exposta na vitrine da loja Silhueta Infantil. Outro
não deixava de ir na Padaria Benamor, que vendia um bolo temático com o Falcão
Negro. Suas identidades serão preservadas...
Alguém
já contou como exemplo de improviso a história sobre um dos figurantes que já
tinha um certo temor de enfrentar o jeito naturalista com que Gilberto
Martinho, utilizava sua espada. Já escolado com as estocadas que levava toda
semana, resolveu radicalizar. Não deixava mais Martinho aproximar-se em cena.
Certo dia, marcado para morrer pela espada maldita, o figurante manteve sua
determinação. Falcão Negro puxou a arma, apontou-a para o figurante e soltou a
frase clichê: “Morra, miserável!”. Antes que a espada tocasse o corpo do ator,
ele pulou para trás escapando do golpe mortal. No entanto, ator consciente, o
tal figurante, mesmo fugindo da estocada, respeitou a marcação e caiu morto. A
cena teria ficado incompreensível, não fosse a presença de espírito de Gilberto
Martinho que, mesmo surpreso diante da reação inesperada do inimigo, alterou o
diálogo com precisão: – Quer dizer que, além de miserável, és cardíaco?
A
série ganhou uma versão em quadrinhos que estreou em 1958, pela editora Garimar
e foi desenhada por Getúlio Delphin, Walter Peixoto e Fernando de Lisboa.
Também
memorável foi aquela cena em que um arqueiro dispara sua flecha contra o herói,
a câmera move-se mais depressa que o esperado e flagra o contra-regra cravando
a seta na parede de papelão ao lado do Falcão Negro e se abaixando rápido para
escapar do mico...
O
tema de abertura, salvo engano, e o Ivanhoé de Miklos Rozsa, copiado na maior
cara de pau.
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Eu era fã e brigava muito com meu irmão para ver quem seria o Falcão Negro nas nossas disputas com espadas de madeira.
ResponderExcluirEu era muito pequeno mas lembro vagamente. Gilberto Martinho após a inauguração da Rede Globo, passou a fazer parte do "Scratch" global atuando em muitas novelas. José Parisi, com cara de canastrão mexicano, apesar de atuar na Tupi de São Paulo, aqui no Rio viveu vestiu a pele de Jorge Luis em "O Direito de Nascer em 1964.
ResponderExcluirGrande Fundo do Bau. Eu era fã dele e nem imaginava que seria um personagem e sim uma realidade. Não perdia um capitulo da série e sempre ficava em frente da Telefunkem de 21" em preto e branco esperando a hora. Depois deste super heroi o Capitão Furacão era o preferido. Na sequencia outros como o Titio Helio com seus filmes de desenho animado era imperdível. Cheguei a ir ao programa para receber um premio que foi uma embalagem de Mandiopã, se não me engano patrocinador da época. Quando ao Mandrake: Isso é área do Pastor.
ResponderExcluirBom dia a todos.
ResponderExcluirComo não é do meu tempo, vou acompanhar os comentários. Tenho no meu acervo particular fotos de crianças fantasiadas no carnaval com essa vestimenta. Cheguei a postar nos meus "cantinhos".
Não tive a minha fantasia de Falcão Negro, mas era o meu programa favorito em 1960 e 61. O vilão Dari Reis seria reconhecido para sempre. Já o heroi Falcão, só fiquei sabendo quem era anos depois. Ironias da vida.
ResponderExcluirEste aí da foto tá mais para Decio Esteves que os citados atores.O do desenho tá parecendo o grande cantor Miltinho com um pouco mais de altura.Não me recordo de ter visto este programa na TV.A Tupi só aportou aqui no inicio dos anos 60 e os programas eram mais os enlatados,tipo agente da Uncle e similares.Particularmente nunca fui muito fã deste heroi.Considerava o Gilberto umnbom ator e lembro muito dele em Selva de Pedra.
ResponderExcluirGilberto Martinho contracenou com Neuza Amaral em 1969 em A grande mentira, no papel de "Jorge Antônio", o desaparecido marido de Veridiana. Tinha ainda Claudio Marzo, Heloisa Mafalda, Miriam Persia, Ednei Giovenazzi, Helio Souto, e outros. Foi uma das mais longas novelas da Globo.
ExcluirDoces lembranças.
ResponderExcluirBom dia a todos!
ResponderExcluirEis que surge, das brumas das memórias antigas, o velho e bom Falcão Negro!
Alguém ja´afirmou que ele foi o primeiro herói (de ficção) brasileiro, embora as aventuras se passassem em épocas e lugarres bem distantes daqui.
Este Falcão, com sua espada medieval, é o "carioca". O "paulista" (José Parisi) usava um florete.
Volto depois.
Bom dia a todos. Fundo do Baú da infância de que nasceu nos anos 40 e 50. Me recordo vagamente do Falcão Negro na TV, porém li muito gibis do Falcão Negro.
ResponderExcluirBoa tarde a todos.
ResponderExcluirAlém do gibi, da fantasia, e do bolo citado pelo Luiz, havia também de dois LPs que foram lançados na época.
Talvez o primeiro herói brasileiro em estilo quadrinhos tenha sido o Garra Cinzenta, herói dos anos 30 no estilo do Sombra.
Outro dia veio parar nas minhas mãos uma edição quadrinizada da obra de José Alencar chamada o Guarany. Um trabalho muito bem feito que lembrava muito os quadrinhos de Tarzan feitos por Herald Foster no fim da década de 20.
Essa edição quadrinizada de O Guarany foi realizado por uma editora do RJ que ficava na Rua Sete de Setembro.
É interessante ressaltar outros heróis e super-heróis brasileiros como o Capitão 7 que era da mesma época do Falcão Negro, Vigilante Rodoviário que é de 1961, Águias de Fogo de 1966, e o Homem Solar, além de um tal de Judoka lançado nos anos 70 pela EBAL.
Gilberto Martinho contou em uma entrevista que as espadas pesavam uns quatro quilos, talvez daí a preocupação do figurante.
ResponderExcluirO programa ia ao ar às terças e sextas, e o personagem ia e vinha pelo espaço e pelo tempo; lutou ao lado de Robin Hood, se não me engano passou pela Grécia antiga e pela civilização maia - ou azteca. Dois vilões foram o já citado Dary Reis e creio que o Alfredo Murphy, Sherazade e Shimopolka (ou vice-versa). Um deles, não lembro qual, após um duelo com o Falcão que terminou empatado, regenerou-se e virou um cara legal.
O cenário, além da parede do castelo ou da masmorra feito em papelão, incluia, nas "externas" de estúdio, alguma vegetação, às vezes já um pouco murcha, lembrando vagamente uns galhos cortados.
O personagem andava a cavalo, que não aparecia em cena, sendo substituído por sonoplastia de galope e sua chegada meio esbaforida, ajeitando a capa.
Tema de abertura (especialmente para a Nalu):
Taram, taram, tarararam, taram/
Taram, taram, tarararim, taram/
Taram, tarararam tam/
Tam, tam, tam, tam.
- Agora, Fulano (nome do vilão), estamos em igualdade de condições!
(frase que o Falcão Negro disse mais de uma vez, ao pegar mais uma espada; o oponente já estava com duas, uma em cada mão)
Foi só falar em espada e o Ceará,individuo,apareceu todo fagueiro...
ResponderExcluirTia Nalu náo gosta do codinome Lady Bela.Prefere Vanda...
ResponderExcluirEste time do Flamengo é um bando jogando pelada sob a observação de um bom moço que não entende nada.
ResponderExcluirMais lambanças deste Zé Ricardo.Lamentável o pênalti no final,pois em contrário este moço ia catar coquinho.Aliás,espero que mesmo com resultado vá cantar em outra freguesia. É espanto depois de espanto...Já começou alterando tudo e com um gol o time pega um anestésico.Hoje colocou Juan,Romulo,Arão,Berrio de saída.Vá entender...Parece que chegou ao limite.O jogo de hoje foi ridículo...
ResponderExcluirAntes tarde do que nunca.
ResponderExcluirEraldo, gostei do tema de abertura!
Diz-se que a padaria Benamor ("o melhor pão do bairro"), situada na rua Marquês de Abrantes, Flamengo, pertencia ao ator intérprete do Falcão Negro...
Peralta, o implicante, morria de medo do Dary Reis.
Quem era o Dr. Robledo?
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