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domingo, 31 de dezembro de 2017

2017 - 2018

Há uns 10 anos o nosso saudoso AG escrevia:  
"Meninos e meninas,
É véspera do Ano-Novo e sei que não passo de um vulto na janela. Mas, apesar de tudo, quero desejar a todos vocês do S.E.M.P.R.E. um ano novo com todos aqueles votos piegas, derramados e cheirando a Edições Paulinas. Não abro mão do piegas; chega de manifestações originais e marqueteiras, para vender o Itaú, a Fiat e o Bradesco. Quero desejar, sim, um ano novo "com muito dinheiro no bolso; saúde pra dar e vender" (se possível com corinho e mãozinhas balouçantes).
O ano foi de muito trabalho, algumas alegrias e muitas decepções, mas como dizia o mestre Júlio Cézar de Mello e Souza, o Malba Tahan, "não se mede a caminhada pelos grãos de areia na tua sandália, ó beduino! Levanta os olhos e caminha pois há muito horizonte que te espera ao longe.
Uassalã".
Com esta foto do prezado Manolo, dos anos 70, o "Saudades do Rio" deseja a todos um feliz 2018!
Que fotografias inéditas apareçam por aqui, que os tesouros esquecidos em fundos de baús sejam enviados para publicação, que cada vez mais a história e as estórias do Rio de antigamente sejam resgatadas, que, a exemplo de anos passados, tenhamos a oportunidade de transformar amigos virtuais em amigos reais.
Agradeço a todos que colaboraram com comentários durante este ano e convido-os a participar cada vez mais em 2018.
Tudo de bom para vocês e que não falte saúde para todos nós. O resto a gente dá um jeito.

sábado, 30 de dezembro de 2017

FINAL DE ANO




 
Antigamente o final de ano no Rio era comemorado com uma grande chuva de papel picado no Centro, além de merecer uma decoração especial nas ruas.
Também havia homenagens a Iemanjá, cerimônia  tradicional nas praias do Rio de Janeiro, na noite de passagem do ano.
Hoje em dia estes rituais tiveram que ser adiados ou antecipados devido à transformação da festa do dia 31 num "mega-show", principalmente na Praia de Copacabana.
Foi-se o tempo, mais simples, em que as pessoas iam apenas molhar os pés no mar e oferecer suas oferendas a Iemanjá.
Nos tempos atuais não deixa de preocupar esta reunião de milhões de pessoas em Copacabana. Além do caos para os moradores, a infiltração de oportunistas causa arrastões, furtos, tumultos. Apesar de quase sempre tudo correr bem, por um nada poderá ocorrer uma tragédia, caso o pânico se instale.

sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

CORREIOS

 
Este é o projeto para a sede dos Correios, no Centro, perto da Candelária.
O prédio do CCBB está logo atrás e acho que a casa França-Brasil iria para o espaço. Ficaria no terreno do atual Centro Cultural dos Correios e do prédio dos Correios da Primeiro de Março, além do espaço das ruas entre eles.
Não foi construído.

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

LAGOA-BARRA




 
As fotos de hoje mostram trechos da autoestrada Lagoa-Barra, inaugurada no início da década de 70. Foi uma obra importante, facilitando a ligação entre a Barra da Tijuca e a Zona Sul.
Naquela época o DER – Departamento de Estrada de Rodagens, publicou um postal com foto da obra e o seguinte texto: "DER-GB AUTO-ESTRADA LAGOA-BARRA
A Auto-Estrada Lagoa-Barra, integrante do trecho Rio-Santos da BR-101, é o principal investimento do Departamento de Estradas de Rodagem nos últimos anos. Com pistas inteiramente bloqueadas, possibilitando uma velocidade diretriz de 80 quilômetros horários, a distância entra a Lagoa Rodrigo de Freitas e a Barra da Tijuca será percorrida em apenas 7 minutos, fator determinante da futura ocupação da Baixada de Jacarepaguá, como verdadeiro pulmão da Zona Sul do Estado. 
Com a construção do elevado da Av. Paulo de Frontin e conclusão do túnel Rebouças, aquela região ficará a apenas 20 minutos do centro da cidade.
A auto-estrada consta das seguintes obras: Túnel Dois Irmãos - duas galerias de 1.600 metros de extensão. Viaduto sobre a Avenida Niemeyer - duas pistas paralelas. Pista dupla em São Conrado - 2.300 metros. Túnel do Pepino - 190 metros, em pistas superpostas. Elevado do Joá - 1.100 metros, em pistas superpostas. Túnel do Joá - 385 metros, em pistas superpostas. Ponte da Barra - 620 metros, em pistas paralelas."
Com o passar do tempo a estimativa de 7 minutos para se ir da Lagoa à Barra viu-se confrontada pela realidade...
Nos primeiros tempos, ainda com pouco trânsito, os cariocas paravam em plena pista para apreciar a belíssima paisagem.

quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

ILHA DAS DRAGAS




 
Aproveitando o belo cartão postal publicado pelo Achilles Pagalidis, que mostra a região do Jardim de Alá, com a Cruzada São Sebastião, o Conjunto dos Jornalistas, o clube Monte Líbano e o clube dos Caiçaras, além daquele famoso edifício em curva na Avenida Epitácio Pessoa, vamos falar um pouco da Favela da Ilha das Dragas que aparece também nas fotos, ao lado do Caiçaras.
Boa parte dos muitos clubes desta região, como o Paissandu, AABB e Monte Líbano tiveram uma extensa área aterrada junto à Lagoa doada pela Prefeitura. Os projetos de urbanização do então Distrito Federal foram se valendo desses aterros para "a construção de sedes e praças de esportes de entidades desportivas de primeira categoria", como previu a Lei 770.
Os terrenos, na realidade, mal podiam ser chamados de terrenos, tal a quantidade de lixo, lodo e brejo. Pelo lado da Lagoa havia a Favela da Ilha das Dragas, pelo lado da Rua Humberto de Campos, a Favela da Praia do Pinto.
Em fevereiro de 1969 a Secretaria de Serviços Sociais efetuou a erradicação total da favela da Ilha das Dragas, com a transferência das últimas 70 famílias para os terrenos de sua propriedade na Baixada Fluminense. Anteriormente 435 famílias tinham sido levadas para a Cidade Deus.
Após levantamento sócio-econômico verificou-se que 204 famílias que possuíam renda superior a dois salários mínimos foram alojadas em 204 apartamentos de 2 quartos, sala, cozinha e área com tanque.
As que possuíam renda familiar inferior a dois salários mínimos foram alojadas provisoriamente em Triagem Grande, num total de 164 casas com sala, quarto, cozinha e banheiro.
Depois da saída das últimas famílias a área foi entregue à SURSAN, que completaria a limpeza e urbanização do local, além de dar continuidade à duplicação das avenidas Epitácio Pessoa e Borges de Medeiros, completando as avenidas no entorno da Lagoa.
Muitas árvores, principalmente amendoeiras, foram aproveitadas pelo Departamento de Parques para colocação em parques da cidade. No local ficou apenas o ambulatório que atendia aos moradores da Cruzada São Sebastião.
Embora muitos se dissessem satisfeitos era notório o desolamento de alguns como o José Alves da Silva que reclamava da distância da Cidade de Deus. Disse ele à época: "Moro aqui desde 1950 quando dei baixa do Exército e casei. Naquela época só havia cinco famílias aqui na Ilha das Dragas. Aqui criei meus filhos. Sou empregado do Clube dos Caiçaras e agora vou ter que tomar três conduções para vir trabalhar: os ônibus Cidade de Deus - Barra da Tijuca; Barra - Hotel Leblon e um circular. Trabalho das 18h à meia-noite. Antes podia fazer uns biscates para ajudar. Agora não sei como vou fazer para sustentar minha família tendo que pagar aluguel e gastar muito com as conduções.”
A se notar também o enorme aterro da Lagoa feito pelo Clube dos Caiçaras para aumentar seu terreno, onde foram construídas quadras de tênis e também campo de futebol, entre outras coisas.
Alguém saberia de que ano é o edifício em curva na Epitácio Pessoa?

terça-feira, 26 de dezembro de 2017

CASTELO

 
O prezado Carlos P. L. de Paiva, antigo colaborador do "Saudades do Rio", enviou alguns fotogramas interessantes, como sempre.
 
Vemos a região do Castelo. O desafio para nossos comentaristas é comentar as diferenças entre a foto mostrada e o que há nos dias de hoje.

segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

PRESENTES DE NATAL


 
A manhã do dia 25 era o dia em que as crianças iam para a rua para brincar com seus presentes de Papai Noel. Antigamente era assim com presentes como bicicletas, patinetes, patins, bolas, carrinhos de boneca, velocípedes, etc, bem diferente de hoje quando a maioria fica trancada em casa com seus jogos para computador, iPad, DVDs, PS4, etc.
A primeira foto mostra um presente de Natal que me deixou muito contente, já adolescente: uma Monark, vista estacionada na calçada da Avenida Epitácio Pessoa, perto do Corte do Cantagalo, na Lagoa, nos primeiros anos da década de 60. Era uma das "tops" da época - superconfortável, sem marchas, com os acessórios clássicos: espelho retrovisor, buzina a pilha, selim acolchoado com o escudo do time preferido (com franjinhas!). Não tinha farol, nem aqueles enfeites nos aros das rodas.
Com amigos, nas saudosas e longas férias de verão, fazíamos "O CIRCUITO", em muitas tardes. Saindo da Lagoa, subíamos a Rua Montenegro (atual Vinicius de Morais) até a Praia de Ipanema. Ali, pela calçada deserta (não havia a febre de caminhar como hoje), até o final do Leblon. Dobrávamos na Avenida Visconde de Albuquerque, circulávamos por dentro do Jardim Pernambuco (a cidade era diferente, o local não estava todo cercado com cancelas e vigilantes – o que, aliás, é um absurdo, na minha opinião), indo até o Jockey Clube (não havia a avenida que margeia a Lagoa, entre o Jardim de Alá e o Piraquê). Começávamos a voltar pela Rua Jardim Botânico, costeando o muro do Jockey, até a Rua General Garzon. Ali dobrávamos à direita para pegar a Lagoa até a Igreja de Santa Margarida Maria. Virávamos para o Humaitá, descíamos por Botafogo até a Rua Real Grandeza, passávamos ao lado do cemitério e atravessávamos o Túnel Velho (ainda com uma só galeria, mão e contramão). Neste trecho às vezes dava para "pegar uma carona" no bonde (logo, logo, o condutor vinha nos expulsar, pois aquela manobra era perigosa). Vinha, então, a melhor parte do circuito, que era descer a ladeira da Rua Santa Clara. Como ainda não havia sido feito o Túnel Major Rubens Vaz, dobrávamos na Rua Cinco de Julho, depois na Pompeu Loureiro, até a Praça Eugênio Jardim. Subíamos o Corte do Cantagalo e voltávamos ao ponto inicial na Lagoa. Dava para fazer tudo isso numa hora e meia.
A segunda foto  mostra minha amiga Beth, com quem irei almoçar hoje, em 25/12/1948, toda feliz com o presente que Papai Noel deixou. Segundo ela conta, a foto é da casa onde morava, na Rua Alberto de Campos, entre as ruas Gorceix e Farme de Amoedo. De chamar a atenção o caprichado vestido, feito por sua mãe. Mas bom mesmo devia ser morar na Alberto de Campos em 1948, naquela Ipanema dos bons tempos.

domingo, 24 de dezembro de 2017

FELIZ NATAL




 
O “Saudades do Rio”, com estas fotos, deseja a todos os que por aqui passam um bom Natal, com muita paz e tranquilidade.
No postal da Praça Paris, na década de 1950, vemos a tradicional e bela iluminação da Mesbla. A esteira de luz que saía do alto da torre do relógio era uma atração para todos.
Que a inocência e a alegria da menina com o Papai Noel sirvam de inspiração para este dia.
A terceira foto foi enviada pela prezada NALU: "Esta foto é do presépio que meu tio Helvecio armava na casa dele todos os Natais. O efeito de pedra molhada era obtido com um tipo de papel tratado com pó de minério (eu acho) que chamavam de "serra".  Era a atração da família e quando eu, ainda bem pequena, morei fora do Brasil, ele enviou a foto pelos Correios para nós".
E para os que ainda não fizeram suas compras de Natal, a Sears estará aberta hoje até tarde.

sábado, 23 de dezembro de 2017

DEZEMBRO



 
De repente é dezembro!
Às vésperas de mais um Natal, as fotos relembram a chegada de Papai Noel ao Largo da Carioca por conta das festividades de Natal em 1954 e, também, as decorações natalinas de 1969 na Av. Rio Branco e na Av. N.S. de Copacabana. Hoje em dia acho que já não existem.
Este mês de dezembro temos as famigeradas "caixinhas" e "livros de ouro": do porteiro, do faxineiro, do lavador de carros, do frentista, do manobrista do estacionamento, do atendente do bar, do jornaleiro, do entregador de jornal, do entregador de revista, do carteiro, do lixeiro, do atendente do vestiário no clube, dos guardadores de carro, do garçon habitual, do vigia noturno e por aí vai.
Não há 13º salário que consiga pagar todas essas despesas. Além do trânsito infernal, das lojas entupidas, das compras de última hora, há ainda as festinhas das empresas e o tenebroso "amigo oculto". De bom, os almoços e jantares com ex-colegas de colégio e de faculdade, com companheiros do clube e da praia.
E tudo isto é preparação para a véspera de Natal, quando acontece o famoso jantar familiar, onde as crianças ficam enlouquecidas esperando os presentes, a sogra retardando a entrega para que a "galera" adolescente não vá logo para a "night", um calor infernal pois o ar-condicionado não dá vazão face à multidão familiar, a comida inteiramente de acordo com a tradição européia e "perfeitamente adequada" à temperatura do Rio, e, um caso à parte, os cunhados "malas", que acabam por estragar toda a noite.
Mas o pior ainda está por vir: o almoço do dia seguinte, com o "enterro dos ossos" e todo mundo reunido novamente, com cara de ressaca por conta dos excessos da noite anterior.
Dezembro é uma maravilha!
Na foto com o Papai Noel o helicóptero é um Bell 47, que foi o primeiro helicóptero fabricado para uso civil. Foi lançado em 1946 e tinha um motor Lycoming de 200 hp.
Ainda por conta de dezembro, lembra meu amigo Odone, que só ganhava diploma de pai-herói quem levava seu filhinho para ver Papai Noel no Maracanã (não sei se o Papai Noel acabou ou foi o Maracanã...). Era assim: antes do clímax, milhares de puxa-sacos da Xuxa se apresentam numa sequência abominável de mediocridades. As horas se passam e nada do Papai Noel chegar. As crianças, a princípio felizes e com grande expectativa, começam a ficar irritadas e impacientes. Não há mais lugar para sentar. O calor é senegalês, ou carioquês, como se diz no Senegal. Não há como levar as crianças para fazer xixi porque senão elas perdem o lugar, então elas começam a se aliviar ali mesmo. É fácil reconhecer: elas ficam subitamente quietinhas e os olhinhos ficam virados pra cima e pro lado, como se quisessem disfarçar. E o xixi rola arquibancada abaixo se juntando a outros afluentes numa cascata de espuma. Quando Papai Noel chega as crianças já estão chorando e com fome. Você jura nunca mais cair nesta furada, arrasta os “pentelhos” e os leva pra casa cansado, mas orgulhoso do seu diploma de Pai-Herói...
Alguém já contou que este Papai Noel descendo do helicóptero chamava-se Sérgio. A idéia de sua presença percorrendo depois as ruas do Rio de Janeiro foi de dois homens: Eugênio Severiano de Magalhães Castro, proprietário de uma importadora de cartões comemorativos e de folhinhas (inclusive a que trazia Marylin Monroe) por contrato firmado com a gráfica Brow&Bigelow, dos Estados Unidos, e o Walter Poyares, diretor comercial de O Globo naquela ocasião. Foram eles também os idealizadores da árvore de Natal, na Cinelândia, que deu origem àquela da Lagoa que, para gáudio de boa parte dos cariocas, não foi montada este ano.

sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

CORCOVADO




 
Ontem vimos por aqui como ir ao Corcovado de trenzinho. Hoje vemos como era fácil, antigamente, ir de automóvel, o que hoje está proibido.
A foto 1 mostra um Aero-Willys, salvo engano, bem como o trenzinho chegando ao cume.
Já a foto 2 mostra o mau estado da grade do estacionamento no Corcovado.
Na foto 3, do acervo do Correio da Manhã, populares empurram um carro enguiçado bem sobre a linha do trenzinho do Corcovado.
Já na foto 4 está a prova de uma manobra desastrada de uma conhecida comentarista cujo nome não direi nem sob tortura. Por se enganar em engrenar a ré, engatou a marcha à frente e caiu lá de cima. O carro é um Buick, aparentemente 1949 por causa das lanternas características. Nossa comentarista, dura na queda, rapidamente voltou à ativa.
 

quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

CORCOVADO






 
Uma das maneiras de acessar o Corcovado é através do trenzinho. Antigamente ele era como mostram as fotos de hoje (a primeira garimpada pelo Nickolas no acervo da Getty Images e as outras do acervo do Correio da Manhã).
 
Em 07/01/1882, conta Dunlop, o Governo Imperial concedeu aos engenheiros Francisco Pereira Passos e João Teixeira Soares, o privilégio para a construção, uso e gozo de uma estrada de ferro a vapor, do sistema de cremalheira “Riggenbach”, entre a Rua Cosme Velho, nas Laranjeiras, e o topo do Morro do Corcovado, passando pelas Paineiras.
 
A linha foi inaugurada em 1884 por D. Pedro II em seu trecho entre o Cosme Velho e as Paineiras.  A subida levou 40 minutos, por causa do tempo necessário para a locomotiva tomar água na Ponte das Caboclas, pouco antes das Paineiras.
 
A linha até o Alto do Corcovado foi aberta em 1885.
 
Esta estrada de ferro parte da Rua Cosme Velho, na cota de 38,30m acima do nível do mar, sobe pelo lado direito do vale do Silvestre e à esquerda da caixa d´água do Morro do Inglês. Cruza, na cota de 218m o caminho da Carioca (Silvestre), alcança o vale da Carioca, atravessa outros vales secundários pelas pontes das Velhas e das Caboclas e atinge as Paineiras na cota de 465m. Passa pelo lugar denominado Chapéu do Sol e, finalmente atinge a cota de 670m, tendo seu ponto terminal à esquerda do cume do Corcovado. Daí, galga-se a pé e em poucos minutos atinge-se o Pico do Corcovado, numa altitude de 704m.
 
No início do século XX a Light passou a ter a concessão da antiga Cia. Ferro-Carril e Hotel do Corcovado. Em 1910, os trens foram substituídos por máquinas elétricas.

quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

URCA E ADJACÊNCIAS



 
Foto 1: 1969. Vemos o péssimo estado do Posto de Salvamento da Praia da Urca. Quantas vezes durante todos esses anos os postos das praias cariocas não foram remodelados, reconstruídos, ao sabor das políticas de nossos governantes?
Foto 2: 1955. Vemos o Balneário da Urca e a casinha dos salva-vidas.
Foto 3: 1955. Vemos a boate Casablanca na Praia Vermelha. Famosa boate, uma das mais sofisticadas de sua época, depois que fechou deu lugar, neste local, às instalações do Círculo Militar.
Segundo a tia Milu, embaixadora plenipotenciária do “Saudades do Rio” para a Urca e adjacências, em 1955 o Círculo Militar era no prédio da Praia Vermelha, o EPV. Jogos na parte inferior do prédio e salão de festas no 14º andar.
Na segunda metade da década de 60 funcionou no local a Escola de Belas Artes, onde a Milu assistiu a algumas aulas, pois tinha uma amiga que fazia curso lá. Quando a Escola de Belas Artes deixou o prédio, os “meninos do Círculo”, entre eles o cunhado da Milu, convenceram os militares a usar o casarão.
As fotos são do acervo do Correio da Manhã.

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

RUA DA QUITANDA


 
Do acervo do Correio da Manhã saem estas duas fotos da Rua da Quitanda.
Esta rua, que vai da Rua São José à Rua São Bento, foi uma das que tiveram o maior número de denominações, segundo P. Berger: Rua do Açougue Velho, Rua Marcos da Costa, Rua Clemente de Matos, Rua do Provedor da Fazenda, Rua Mateus de Freitas, Travessa do Inácio Castanheira, Rua João dos Ouros, Rua do Padre João de Barcelos, Rua Pedro Fernandes, Rua Alexandre de Castro, Rua do Malheiros, Rua da Quitanda dos Pretos, Rua Direita Detrás da Candelária, Rua do Oratório de N.S. da Abadia, Rua do Oratório do Sargento Mor, Caminho para a chácara dos frades de São Bento, Rua Tomé da Silva, Travessa de Lucas do Couto, Rua Sucussarará e Rua João Alfredo.
Aberta em princípios do século XVII, teve vários nomes conforme o trecho e de acordo com os proprietários de chãos. Um dos nomes mais antigos, foi o de Rua do Açougue Velho, correspondendo ao trecho vizinho da Rua São José. A denominação proveu da instalação do talho de carne verde neste local, vindo da várzea da cidade. Posteriormente o açougue foi removido para junto do “Paço de ver o peso” e daí para debaixo da Cadeia.
Em 1681, Clemente de Matos possuía diversas casas no seu trecho inicial, daí este nome. Do mesmo modo Provedor da Fazenda, Dr. Cordovil de Siqueira Melo foi proprietário nesta rua.  Os outros nomes próprios pertenceram também a proprietários.
Levou o nome dos oratórios por conta de um que havia na esquina da rua com a Rua do Rosário e de outro que havia na esquina com a Rua de São Pedro (oratórios dos Passos, do Sargento Mor.
Somente depois de 1686 passou a ter o nome que conserva até hoje, quando se transferiu a quitanda velha ou dos pretos, das proximidades da igreja da Cruz dos Militares, na antiga Rua Direita, para as imediações da Rua da Alfândega.
Entretanto, chamou-se, até princípios do século XIX, de Rua Sucussarará, o trecho entre as ruas do Ouvidor e Sete de Setembro. A origem do nome é anedótica: Mello Morais conta que um médico inglês, especialista em hemorroidas, dizia para os seus doentes, num português estropiado: “O seu cu sarará”...
Em 1888 foi alterada a denominação para Rua João Alfredo, em homenagem ao Conselheiro João Alfredo Correia de Oliveira, chefe do Gabinete da Abolição. Em 1892, por resolução da Intendência Municipal, foi restabelecida a antiga denominação tradicional de Rua da Quitanda, confirmada pelo Dec. 1165 de 31/10/1917.

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

ARPOADOR




 
As três fotos do acervo do Correio da Manhã mostram a região do Arpoador.

A primeira foto, de 1958, mostra o local onde ficava o Posto de Salvamento nº 7. Hoje em dia este posto está mais adiante, junto àquela pedra que vemos à direita. Ao fundo, uma parte da Estação Radiotelegráfica.

As duas outras fotos, de 1971, mostram a famosa carrocinha da Geneal, que funcionava até de noite, para eventualmente atender aos frequentadores da “corrida de submarinos” que ali existia e, também, a carrocinha da Boca Rica, da qual não me lembro.

sábado, 16 de dezembro de 2017

CALÇADA DA AV. ATLÂNTICA


 
As duas fotos de hoje mostram a calçada da Avenida Atlântica junto à areia. É curioso notar que houve mudanças no desenho das ondas, começando já nos anos 20 do século passado, após algumas ressacas.
O sentido das ondas variou conforme o administrador da época. Há algumas fotos antigas em que as duas orientações convivem, bem como já houve trechos com pedras portuguesas, com ladrilhos hidráulicos e até com cimento.
A primeira foto, enviada pelo prezado GMA, mostra um grupo de colegiais (alguém conseguiria identificar a que escola pertencem os uniformes?).
A segunda foto, já publicada por aqui, parece ser dos anos 40.

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

CINELANDIA


 
Esta semana, por conta da série sobre a Faculdade Nacional de Medicina, o aniversário do ilustre colaborador Nickolas Nogueira passou sem as devidas homenagens.
Fazemos estas homenagens hoje com duas estupendas colorizações feitas por ele, mostrando a área da Praça Marechal Floriano, na Cinelandia, em épocas gloriosas do Rio de Janeiro.
Em termos arquitetônicos esta região era ainda mais bela do que atualmente, embora ainda resistam o Municipal, a Biblioteca Nacional e o Museu Nacional de Belas Artes.
Destaque nas fotos o calçamento em pedras portuguesas bem colocadas, os automóveis e a tranquilidade dos pedestres.

quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

FACULDADE NACIONAL DE MEDICINA (VIII)







 
Depois de vermos durante os últimos dias os vários e belos aspectos da Faculdade Nacional de Medicina da Praia Vermelha, hoje temos as fotos da demolição. São fotogramas do filme feito pelo Anderson Abreu.
A pretexto de reunir todos os estudantes na Cidade Universitária do Fundão, o Governo Militar transferiu "para longe" um dos focos de resistência estudantil. Embora alguns cursos tenham ficado na Avenida Pasteur, a Medicina não teve este privilégio. Por cinquenta milhões de cruzeiros o prédio foi vendido à Eletrobrás, que ali construiria sua sede, o que nunca aconteceu.
Naquela época o "Jornal do Brasil" contava: "Os trabalhos de demolição são atrapalhados por ex-alunos, que lá aparecem todos os dias tentando retirar objetos a título de recordação, principalmente azulejos".
E lá se foram os ladrilhos e azulejos importados da Inglaterra que revestiam internamente o prédio, bem como as portas de peroba maciça do campo.
Relatos dos operários da firma Demaco Demolições davam conta que "os rapazes e moças se emocionam quando as picaretas vão destruindo as salas onde há pouco estudavam e muitos deixam nas paredes mensagens como "vim matar um pouco da saudade desse palácio" ou "vim relembrar e agradecer o meu sucesso de hoje”.
A demolição seria concluída em meados de 1976.
Pondera o Prof. Doyle Maia que, se conservada, o prédio da Faculdade Nacional de Medicina poderia hoje ser o melhor local para a preservação do que existe para recordar a História da Medicina no Brasil.
O local foi adquirido pela UNIRIO.
Para todos nós, ex-alunos da Faculdade Nacional de Medicina e amantes do Rio Antigo, restaram umas tantas fotografias e muita saudade.