O "SAUDADES DO RIO" entra em recesso até o dia 23 de abril.
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sexta-feira, 19 de abril de 2024
quinta-feira, 18 de abril de 2024
REVISITANDO A ZONA NORTE
Revisitamos a Zona Norte com fotos do acervo do Correio da Manhã. A maioria apareceu no saudoso 1º Concurso Sherlock Holmes do “Saudades do Rio”, muitas enviadas pelo Helio.
FOTO 2: Largo do Estacio, em 1940. O fotógrafo está na Rua Joaquim Palhares; os
cavalarianos estão entrando na Rua do
Estácio; o desvio dos trilhos dos bondes, à esquerda, levam à Rua Machado
Coelho. O gradil, à direita, é da igreja do Divino Espírito Santo.
FOTO 3: Largo dos Pilares em 12/03/53. A rua em frente é a João Ribeiro, direção Thomaz Coelho; à esquerda, Avenida Suburbana,
direção Abolição; à direita, Rua Alfredo de Souza Mendes, direção Inhaúma. A moça, com o pezinho no meio-fio, faz charme para o fotógrafo.
FOTO 4: Passagem de nível na
estação Irajá, em 13/08/1950, da antiga Estrada de Ferro Rio d'Ouro. Os trilhos
do bonde estão na Avenida Monsenhor Félix; os do trem, na avenida Automóvel
Clube. A locomotiva está vindo da Estação de Colégio e se dirigindo para a de
Vicente de Carvalho.
Os trilhos do bonde eram da linha 98 - Irajá, que saía de Madureira
(posteriormente, de Magno) e terminavam em Irajá, perto do cemitério, num
percurso de aproximadamente 5,5km. Esse ramal de bonde originalmente pertencia
à Linha Circular Suburbana de Tramways, subsidiária de uma firma inglesa, e foi
inaugurado em 28/09/1911 usando bondes puxados a burro comprados de segunda mão
da Companhia de Carris Urbanos, cujos trechos já tinham sido eletrificados pela
Light.
Curiosamente, foi o
último ramal a burro inaugurado no Rio de Janeiro e também o último a ser
desativado já pela Light, em 28/03/1928.
Também curiosamente,
constata-se que os ingleses construíram o primeiro e o último ramal de bondes
puxados a burro na cidade do Rio de Janeiro.
FOTO 5: Praça Barão de Drummond,
em 04/03/51, em Vila Isabel. Os ônibus estão parados na Rua Barão de São
Francisco, em direção à Rua Teodoro da Silva. Vê-se a escadaria que dá acesso
ao Convento de N. Sa. da Conceição da Ajuda. O antigo nome da praça era Sete de
Novembro, em comemoração à lei promulgada em 07/11/1831 e que considerava
livres os escravos importados da África a partir daquela data. Vulgarmente a
praça era chamada apenas de Praça 7.
FOTO 6: Vemos a Rua Domingos Lopes, em 15/02/1964. O fotógrafo está olhando em direção ao Largo do Campinho. A rua cuja esquina se vê à direita é a Maria José. O ônibus é da linha 689 – Méier x Campo Grande e está indo em direção à Rua João Vicente, que beira a linha férrea da Central.
FOTO 7: Esta foto também fez parte do Concurso. É o Boulevard 28 de Setembro. Me diverti muito lendo o "tiroteio" que aconteceu quando foi publicada em 18/11/2010. A briga começou na identificação do local exato da foto e prosseguiu quando divulguei os pontos que cada um dos comentaristas fez. O número de inconformados com o resultado foi enorme.
FOTO 8: Olha à direita!!! Não se sabe se todos que estavam no estribo do bonde passaram ilesos.
Estamos na Rua Barão do
Bom Retiro, já no bairro do Grajaú, entre as ruas Alexandre Calaza e Nossa
Senhora de Lourdes. O prédio baixo que se vê acima da Rural é na curva de
chegada ao cruzamento triplo com as ruas Alexandre Calaza, Engenheiro Richard e
Teodoro da Silva.
A foto foi tirada durante
uma greve de transportes, ocorrida em 10/10/1961. O bonde da linha 68 - Uruguay
x Engenho Novo está se dirigindo para o Largo de São Francisco, via Grajaú,
Tijuca e Estácio. Normalmente as ruas de ida do trajeto dos bondes eram as mesmas
de vinda, mas este trecho da Barão de Bom Retiro era de mão única. Nota-se
pintada na carroceria do bonde, acima da mulher que aparece imprensada dentro
na cabine do motorneiro, uma letra "B", indicativa de que o bonde
pertencia à Seção de Tráfego do Boulevard 28 de Setembro, localizada onde
atualmente se encontra a quadra da escola de samba Unidos de Vila Isabel e
responsável pelas linhas de número 60 (Muda x Marquês de Abrantes) até 75 (Lins
de Vasconcellos).
terça-feira, 16 de abril de 2024
ARCO E FLECHA EM COPACABANA
O arqueiro parece usar um calção de cetim. Outro tipo de calção daquela época era o usado pelos "banhistas" (salva-vidas), que era feito de lã. Ambos muito estranhos.
segunda-feira, 15 de abril de 2024
COLÉGIO MILITAR
Em 1889, oito meses antes
da República, foi instalado o primeiro Colégio Militar brasileiro, no Rio,
dedicado sobretudo à educação dos filhos dos oficiais do Exército.
Em 09 de março de 1889,
Sua Majestade, o Imperador Dom Pedro II, dispôs-se a assinar o importante
Decreto de nº 10.202 que aprovou para o Imperial Colégio Militar o seu primeiro
regulamento.
Sua divulgação ocorreu em
05 de abril de 1889 por intermédio da Ordem do Dia para o Exército de nº 2251.
A ânsia do Ministro da
Guerra, Thomaz Coelho, de colocar em funcionamento o Colégio, levou-o a fazer,
em 07 de abril de 1889, sua primeira visita oficial ao Palacete da Baronesa de
Itacurussá, cujo terreno fazia esquina com as ruas São Francisco Xavier e Barão
de Mesquita, e se prestava a servir de sede do Colégio Militar.
Em 29 de abril de 1889,
foi lavrada a escritura de compra e venda do Palacete da Babilônia.
Por fim, no começo de
maio de 1889, dois avisos importantes do Ministério da Guerra: o do dia 02,
concedia licença aos candidatos inscritos para serem matriculados e o do dia 04
determinava que a abertura das aulas se realizasse dois dias depois.
Sala de aula em foto do mesmo álbum citado anteriormente.
Recebi o seguinte texto de meu amigo Dr. Odone: "Como você sabe, fui aluno do Colégio Militar do Rio de Janeiro e pertenci o Esquadrão de Cavalaria. Fazíamos várias atividades equestres: instrução, salto, basquete a cavalo e volteio. Esta última modalidade de equitação está exemplificada na foto. O volteio é uma espécie de ginástica a cavalo. Existem exercícios com o animal parado e galopando. A sela possui uma alça na frente e outra atrás. As ditas "figuras" do volteio são várias: terra-cavalo, terra-pescoço, terra-rim, terra-invertido, 360, e terra-terra do outro lado-cavalo. Fazíamos também as figuras com o cavaleiro em pé na anca do cavalo. Tínhamos uma tira de lona forte atada na alça dianteira para ajudar no equilíbrio.
Esta foto é do acervo do meu colega
de turma Marcos da Fonseca Elia, professor de Física e Ciência da Computação da
UFRJ. Esta foto foi tirada no dia 6 de Maio de 1965, quando se comemora o
aniversário do Colégio. Será que conseguimos impressionar as normalistas?"