As fotos de hoje mostram a Escola Afonso Penna, na Rua Barão de
Mesquita nº 499.
Affonso Penna foi presidente do Brasil de 15/11/1906 a 14/06/1909.
No seu mandato deu continuidade nas obras públicas de Rodrigues Alves,
modernizando capitais e portos brasileiros, além de ampliar as redes ferroviária
e telegráfica. Faleceu 17 meses antes do término do mandato.
As duas primeiras fotos são do acervo do Correio da Manhã e a
terceira foto foi enviada pela Nalu e serve de complemento à postagem.
Em
1908, em seu governo, o presidente Afonso Pena buscou cercar-se de um corpo de
ministros jovens, em parte por tentar livrar-se de influências externas ao seu
governo, em parte para executar sua ação prioritária de governo, a
estabilização da moeda, visando amenizar o caos econômico e financeiro.
A
escolha desses elementos jovens na cena política caiu no desgosto das
lideranças estaduais, que esperavam que a escolha do ministério fosse baseada
em critérios de hierarquia e prestígio. A insistência do presidente em tornar o
governo livre da influência do Congresso levou a um primeiro momento
conturbado, quando, apoiando o nome de Carlos Peixoto Filho (então com menos de
quarenta anos) como líder do governo na Câmara Federal, pressionou as bancadas
estaduais a formar uma contrapartida ao bloco encabeçado por Pinheiro Machado.
Essa
liderança de jovens no legislativo ficou conhecida pejorativamente como “Jardim
da infância” e contava, além do nome de Carlos Peixoto Filho, com outros jovens
como João Luís Alves e James Darcy (este sentado à esquerda). A órbita da
política viu-se desviar do Senado para a Câmara.
Conta o Gustavo Lemos um fato curioso da família do Afonso Pena: “O
sobrenome da família originalmente tinha apenas um "n". a grande
maioria dos seus descendentes grafa o nome com dois "enes". Portugal
não adota letras dobradas nos seus sobrenomes, com raras exceções. Isso
aconteceu por puro esnobismo no Brasil do século XIX, quando algumas famílias
para se distanciarem de outras com o mesmo sobrenome adotaram as letras
dobradas. E assim surgiram os Pennas, Mellos, Viannas, etc.
Já o JBAN, pesquisando o assunto, encontrou a informação de que "A
grafia original do nome do biografado, Affonso Augusto Moreira Penna, deve ser
atualizada conforme a onomástica estabelecida a partir do Formulário
Ortográfico de 1943, por seguir as mesmas regras dos substantivos comuns
(Academia Brasileira de Letras – Formulário Ortográfico de 1943). Tal norma foi
reafirmada pelos subsequentes Acordos Ortográficos da língua portuguesa (Acordo
Ortográfico de 1945 e Acordo Ortográfico de 1990). A norma é optativa para
nomes de pessoas em vida, a fim de evitar constrangimentos, mas após seu
falecimento torna-se obrigatória para publicações, ainda que se possa utilizar
a grafia arcaica no foro privado (Formulário Ortográfico de 1943, IX)."
O Gustavo, em resposta, disse que “esta norma só pegou em
Portugal. Lá, eles não permitem registrar Felipe, e sim Filipe, que é o
correto. Nomes esdrúxulos nem pensar.”
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