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sábado, 16 de maio de 2020

FILAS





Filas.

Sempre há uma delas para o carioca enfrentar. Seja as dos anos 40 com as filas para os alimentos racionados, as dos anos 50 com filas para feijão e arroz, as dos anos 60 face às inúmeras greves, as dos anos seguintes nos guichês do Imposto de Renda, na porta do Maracanã, nas lojas do INPS,  no acesso ao Corcovado ou Pão de Açúcar, nos bancos, na busca pelo abono de R$ 600.

E muitos outros exemplos certamente os comentaristas darão.

sexta-feira, 15 de maio de 2020

ONDE É?




Nesta sexta-feira chuvosa como a da última foto aí vão três desafios que, certamente, serão superados com facilidade pelos comentaristas do "Saudades do Rio".

quinta-feira, 14 de maio de 2020

2ª GUERRA MUNDIAL









Carlos P.L. de Paiva, habitual colaborador do “Saudades do Rio” me enviou estas fotos sobre um treinamento de defesa contra ataques aéreos no Rio durante a 2ª Grande Guerra.
Fui buscar informações e encontrei o artigo “Brasil, 1942 Estado e Sociedade contra o Reich”, de Jorge Ferreira, do qual retirei algumas informações:

Um dos órgãos criados na época foi o Serviço de Defesa Passiva Antiaérea, em maio de 1942. Em setembro de 1943, o órgão foi renomeado, ficando conhecido como Serviço de Defesa Civil.

No Correio da Manhã, havia instruções claras e precisas a serem tomadas em caso de ataque aéreo. No caso de ouvir alerta sonoro, todos deveriam saber que se tratava de aproximação de aviões inimigos. Se estivesse em casa, o cidadão tinha que apagar todas as luzes e se refugiar em abrigo antiaéreo existente na moradia. O abrigo privado poderia ser em porões e adegas adaptados para resistir a bombas. Outra opção era construir um destes no quintal ou jardim. Também poderia se proteger entre duas paredes da casa, resguardado por uma mesa. Se não houvesse essas opções, a ordem era ir a um abrigo público.

No caso de ataques com bombas explosivas ou incendiárias, estando em casa deveria fazer o mesmo.34 Se tivesse que sair de casa, o procedimento indicado era pegar seus documentos, dinheiro, cheques e joias. Também providenciar uma “lanterna elétrica de bolso” e uma cesta de alimentos anteriormente preparados, como pão, biscoito e conservas, garrafas de água e, para as crianças, leite. Se possuísse, deveria munir-se de máscara contra gases venenosos. Ao deixar a residência, certificar-se de que apagou o fogão, desligou as chaves da energia elétrica e do gás e fechou as portas e janelas. As cortinas deveriam estar cerradas. O próximo passo seria ir ao abrigo de sua casa ou a um abrigo público mais próximo.

Sobretudo, ressaltou a diretoria, “não perder a calma, pois que, de nada lhe servindo assustar-se, concorrerá para criar o ‘pânico’ que deve, acima de tudo, ser evitado. Lembre-se que o ‘pânico’ causa sempre maiores danos que as bombas lançadas pelos aviões inimigos”. No caso de estar na rua, a diretoria orientava para sair do logradouro público imediatamente, mas sem correr, portando-se com calma. Se não desse tempo de chegar à casa, dirigir-se a um abrigo público ou uma trincheira-abrigo. Também não sendo possível, recomendava-se proteger-se em corredores de prédios ou em passagens subterrâneas. Se estivesse em ônibus ou automóvel, a orientação era sair dos veículos e proceder da mesma maneira. No caso de estar em cinemas ou teatro, levantar-se e sair da sala calmamente. Se não encontrasse um abrigo público, entrar em um prédio e esconder-se em qualquer depressão que encontrasse no chão.

Nos refúgios públicos, certas normas de comportamento eram exigidas, como não formar grupos nos corredores, não se aproximar das portas, não fumar, não acender luzes (elétrica ou a combustível). Se uma bomba explosiva atingisse o edifício onde se localizava o abrigo, o cidadão deveria manter a calma, a serenidade e a disciplina.

Outros procedimentos ainda eram pedidos, como esperar o final do sinal de alerta para sair do refúgio e nunca perder a calma. Por fim, a diretoria pedia atitudes de altruísmo à população, ajudando os idosos, gestantes, crianças, deficientes físicos e pessoas adoentadas.

No dia 26 de outubro, foi realizado o primeiro treinamento de defesa passiva, com blecaute na capital federal. A população foi avisada com antecedência e instruída sobre como se portar no exercício. Às nove da noite, os sinos das igrejas começaram a badalar e as sirenes entraram em ação. Era a advertência de que bombardeios inimigos se aproximavam do município do Rio de Janeiro. A seguir, a parte da cidade reservada para o treino escureceu com o corte da energia elétrica. Passageiros dos ônibus e bondes, bem como os que estavam em seus automóveis, foram conduzidos por policiais, escoteiros e jovens alistados no Serviço de Defesa Passiva a locais próprios. Por alto-falantes, as pessoas abrigadas sobre marquises dos edifícios ouviam as instruções.

PS: o artigo do Prof. Jorge Ferreira é muito interessante e vale ser lido. Cheguei a ele digitando no Google segunda guerra ataques aéreos rio de janeiro e encontrei o artigo em


quarta-feira, 13 de maio de 2020

IGREJA DE NOSSA SENHORA DA PAZ - IPANEMA






Em 25/03/2020 já tinha feito um "post" sobre esta igreja, com várias fotos.https://saudadesdoriodoluizd.blogspot.com/2020/03/igreja-ns-da-paz.html
Mas novas fotos me obrigam a repetir o tema.

A igreja foi construída a partir de 1918, em homenagem à paz depois da 1ª Guerra Mundial. Foi erguida com o dinheiro da indenização pago pela desapropriação da antiga Igrejinha de Copacabana. Foi projetada por Gastão Bahiana, numa releitura do estilo neobizantino. Tornou-se a matriz da paróquia de Ipanema em 1920.

As fotos de hoje mostram, além de uma antiga fachada da igreja, mais uma realização do infatigável empreendedor Frei Leovegildo Balestieri, vigário da paróquia dos anos 50 a 70.

Vemos os cartazes da “Campanha do Ar Condicionado”, que durou alguns anos, de 1957 a 1961, sob o lema “Quem gosta de calor é o Diabo no inferno!".

Depois o vigário resolveu fazer missas praticamente de meia em meia hora, diminuindo o tempo do sermão e utilizando auxiliares para darem a Comunhão aos fiéis. Às vezes acontecia da missa acabar, de outro padre já iniciar a missa seguinte e os auxiliares ainda estavam terminando a distribuição de hóstias.

Era uma confusão com fiéis saindo de uma missa e outros entrando para a missa do horário seguinte. O Frei conseguia facilitar a ida a missa com muitos horários, aumentava a coleta de dinheiro e tudo acabava mais rápido.

Como já citado, entre os empreendimentos do Frei Leovegildo estavam a Obra Assistencial Casa Nossa Senhora da Paz, com serviços médico-assistenciais para a população carente, ao lado da igreja; uma pequena indústria de azulejos no subúrbio; o controle do guarda-volumes na Central do Brasil; a construção do Center Hotel no Centro.

Em 1952 já havia inaugurado o Cinema Pax e, anos depois, abriu um rinque de patinação (o Gelorama), um boliche e um teatro de arena, tudo para arrecadar fundos para a Igreja. Também ali funcionou nas décadas de 50 e 60 a Academia Rudolf Hermanny e do Eitel Seixas. Chegou a ser sócio do Canecão.

Exagerando, imaginou demolir a Igreja para a construção de um "shopping", onde ao lado de butiques e lanchonetes, haveria uma capela. Uma violenta campanha d´O Pasquim sustou a ideia e a Igreja está lá até hoje. Entretanto, "nosso" frei foi incluído naquele mural do Ziraldo no Canecão.

PS: fiéis idosas, com suas habituais fofocas, diziam que o frei fez uma viagem à Europa durante a arrecadação do dinheiro para instalar o ar-condicionado na igreja, chegando até a ter uma intoxicação por morangos ...

terça-feira, 12 de maio de 2020

CONGRESSO EUCARÍSTICO - 1955






Conforme nos conta Carlos Reis, em Brasil Revista, o  XXXVI Congresso Eucarístico Internacional, que se realizou nesta mui leal e heróica cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, de 17 a 24 de julho de 1955, foi a maior, a mais imponente das assembleias desse gênero, já efetuadas em todo o orbe católico.

A Prefeitura Municipal desta cidade, tomando de ombros um notável empreendimento, conseguiu construir, com desmontes do Morro de Santo Antonio, a magnífica esplanada, onde teve lugar o grande certame.

Duvidou-se, de começo, que se pudesse fazer área, tão espaçosa, em tão curto tempo. Mas Deus, decerto, ouviu as preces dos que se interessavam pelo local.

Levantou-se, no fundo, na parte que toca a orla do mar, o Altar-Monumento, que se protegeu por uma enorme bandeira pontifícia. Neste Altar, ardeu, por sete dias, um círio monumental.

Para acomodação dos fiéis, fizeram-se bancos cuja extensão daria uma fila de 96 quilômetros de comprimento. (...)

No dia 17 de julho, realizou-se a procissão soleníssima da imagem de N. S. Aparecida, a padroeira do Brasil, procissão esta que, partindo da gare da Estrada de Ferro Central do Brasil, se destinou à praça do Congresso. Este cortejo arrastou perto de um milhão de pessoas. (...)

O céu era riscado pelos refletores da Marinha de Guerra, projetando-se no escuro da abóbada celeste as cores do arco-íris. A procissão marítima de transladação do S.S. Sacramento, de Niterói para o Rio, esteve deslumbrante. O ostensório foi conduzido a bordo do caça-submarino "Grajaú". Em 24 de julho encerraram-se os trabalhos do Congresso.

Um número enorme de cariocas compraram a placa que vemos na primeira foto e a afixaram nas paredes externas de suas casas. Ali ficaram por muitos anos.

 

segunda-feira, 11 de maio de 2020

IGREJAS

Foto do acervo do Correio da Manhã mostrando a simpática igrejinha de São Conrado.

Foto do acervo do Correio da Manhã mostrando a igreja de Santo Antonio dos Pobres na Rua Cesário de Melo, em Campo Grande. No poste vemos cartazes de propaganda eleitoral do candidato Costa Rego, da UDN.

Foto do acervo do Correio da Manhã, publicada na década de 50, mostrando a Matriz Provisória de São Luiz Gonzaga, em Madureira.

Os que conhecem estas igrejas poderão dar mais informações.