O prezado GMA me enviou
esta postagem sobre o “AVON”, um grande navio de passageiros que no século
passado fazia viagens que incluíam o Rio de Janeiro. O avô dele era usuário do "AVON".
Este transatlântico fazia
parte da frota da “Royal Navy Steam Packet”, empresa armadora fundada em meados
do século XIX. Os navios tinham, inicialmente, nomes de rios da Inglaterra. Depois
receberam nomes de rios de outros países.
FOTO 6: As lojas a bordo eram uma atração à parte, com artigos difíceis de achar no Brasil. Jogos no convés, atrações musicais, grandes orquestras, eram passatempos muito apreciados.
FOTO 8: O "promenade deck" era frequentado com todo formalismo. Ternos e vestidos compridos eram o usual.
FOTO 9: O "AVON" tinha cabines como esta, mas tinha também "single berth cabins" (cabines individuais).
Foi uma companhia de transporte britânica fundada em Londres, em 1839,
que tinha o lema “Per Mare Ubique” (“Em todos os lugares por mar”).
Depois de bons e maus momentos, tornou-se o maior grupo de frete do mundo em 1927, quando assumiu a White Star Line. A companhia foi liquidada em 1932.
FOTO 11: Aqui vemos um "irmão" do "AVON" na Baía da Guanabara.
Foi fundada por James
Macqueen com objetivo de realizar serviços postais para a Royal Mail, o correio
britânico. Macqueen usou seus contatos no Almirantado Britânico a fim de
permitir que sua empresa servisse principalmente Caribe e América do Sul, tornando-se
a maior companhia de navegação no Atlântico Sul. Ela também transportava
pessoas e produtos e alimentos tropicais através de uma frota de navios de
passageiros e carga.
FOTO 12: Mapa com as rotas para o Brasil e o Prata.
Com o início da 1ª Guerra
Mundial, o “AVON” foi requisitado e rapidamente adaptado para servir como
navio-transporte de tropas, passando ao controle da Royal Navy. Pouco depois
foi transformado em “Armed Merchant Cruiser” – cruzador auxiliar armado.
Instalaram oito canhões de 150 milímetros e duas peças de artilharia antiaérea,
além de adaptações nas máquinas e estruturas.
Durante a guerra mudou de
nome para “AVOCA” e participou de diversas operações como o patrulhamento das
costas do Pacífico na América do Sul e, depois, como navio-escolta dos inúmeros
comboios que se formaram, para protegê-los dos submarinos alemães.
Depois da guerra o “AVON”
continuou fazendo a rota “Ouro e Prata”, na América do Sul, durante quase dez
anos. Com a entrada em circulação de novos super-transatlânticos, o “AVON”
passou a fazer, a partir de 1927, a rota Nova York – Ilhas Bermudas, linha que
servia aos ricos norte-americanos.
Com a crise de 1929,
acabou perdendo sentido esta rota e o “AVON” foi desmontado em 1930.
NOTA: Em comentário feito há
tempos o prezado Colaborador Anônimo escreveu: “Como é fácil de imaginar, o
nome “paquete” dado aos vapores que cruzavam o Atlântico trata-se de uma
corruptela de “packet”. Mas o curioso é que o termo “paquete”, usado na cultura
popular para menstruação, tem a mesma origem, pois o tempo gasto na travessia entre
Rio e Inglaterra, correspondia ao tempo de um ciclo menstrual (28 dias).