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sábado, 9 de novembro de 2019
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INSTITUTO DE EDUCAÇÃO
terça-feira, 5 de novembro de 2019
SANTA TERESA
segunda-feira, 4 de novembro de 2019
ABRIGO DE BONDES DA CINELANDIA
Com fotos do Arquivo
Nacional (a primeira enviada pelo prezado Carlos Paiva), vemos o abrigo de
bondes da Cinelândia.
A primeira mostra uma
série de carros antigos que poderão ser identificados por nossos especialistas.
Na segunda foto de hoje
vemos que o bonde ali parado é o "Leme", linha 5. Os anúncios no
abrigo de bondes são muitos: de "Fazem-se chaves" a "Mate, frio
ou quente, faz bem à gente", de "Louras? Morenas? Usem todas o rouge
em pó Mystik" a "Casas Pernambucanas".
O vendedor de laranjada,
que perdeu a hora, corre para colocar seu carrinho em uma boa localização. Como
sempre, naquela época, a maioria dos homens está de paletó e alguns,
precavidamente, portam seus guarda-chuvas. E ali atrás, o edifício Odeon, na
Praça Mahatma Gandhi. Ao fundo, o prédio do do Clube Militar. Na torre tem um
relógio de 'quatro faces'.
Interessante é todos
estes abrigos terem uma torre. Será que só era para visibilidade/publicidade ou
tinham alguma função como abrigo de transformadores ou caixa d'água?
O carro com para-choque
ondulado denuncia: é um Ford 35. O bonde não tem reboque. A plaqueta
"Leme" está presa na lateral de um carro-motor médio. Essas plaquetas
existiam, mas nem sempre eram colocadas.
Observa-se uma grande
quantidade de pessoas esperando o bonde. Mas o ponto final deles era no
Tabuleiro da Baiana, a cerca de 400m daí. Certamente essas pessoas não estavam
esperando um bonde para percorrer tão pequena distância. Acontece que não era
feita cobrança de passagem para quem embarcasse um (às vezes dois) pontos antes
do ponto final das linhas. Assim, provavelmente essas pessoas estão esperando o
bonde para irem de graça até o Tabuleiro da Baiana e continuarem nele no seu
percurso de retorno à Zona Sul, quando então pagariam a passagem. Poderiam
pegar o bonde na rua Senador Dantas, porque todas as linhas com final no
Tabuleiro da Baiana teriam de retornar por aquela rua. Mas embarcando antes do
ponto final, era mais fácil garantir um lugar sentado.
Nesse tempo, anos '50,
ainda passavam por esse trecho os bondes que seguiam pela R. Santa Luzia? Em
caso positivo essas pessoas não estariam também aguardando esses bondes?
Tentando responder aos questionamentos, o Helio Ribeiro observou: a) o
itinerário das linhas de bondes variou ao longo dos anos. Portanto, para dizer
quais linhas passavam em determinado logradouro, é necessário saber a que ano
nos referimos. A foto parece ser da década de 1950.
Na descrição de
itinerários em 1951, passavam na rua Santa Luzia as linhas 9 (General Polidoro
x Arsenal de Marinha), a 35 (Praça XV - Riachuelo) e a 36 (Praça XV - Praça
11). Em 1957 a linha 35 havia sido extinta, para ressurgir em 1959, como Lapa x
Praça 11. Já a linha 36 constava como Lapa x Cancela a partir de 1957. A linha
9 permaneceu até o fim dos bondes, mas já em 1957 não constava mais como
passando na rua Santa Luzia.
b) acho que os bondes só
circulavam na Santa Luzia no sentido da Santa Casa para a Cinelândia. A
confirmar.
c) quanto ao trajeto via
Luís de Vasconcelos ou Teixeira de Freitas, também depende do ano de
referência. Já pelo menos desde 1940 o trajeto era via Luís de Vasconcelos. Mas
havia linhas que vinham pela Teixeira de Freitas, como a 24 (Marquês de
Abrantes x Estrada de Ferro, anteriormente de número 22) e a 60 (Muda x Marquês
de Abrantes). As antigas linhas 35 e 36, citadas acima, percorriam ambas as
ruas: vinham pela Santa Luzia, entravam na Luís de Vasconcelos, contornavam o
Passeio Público, entravam na Teixeira de Freitas e daí iam pela Mem de Sá.
Itinerário de bonde é um
assunto complicado. Os antigos itinerários para a Zona Sul eram via rua do
Passeio e Teixeira de Freitas, ida e volta. Posteriormente os trilhos de bonde
foram retirados no trecho Mem de Sá - Senador Dantas e a rua do Passeio virou
mão única nesse sentido. Então os bondes passaram a usar a Luís de Vasconcelos.
Mas as linhas que vinham da Zona Sul e pegavam a Mem de Sá tinham de usar a
Teixeira de Freitas. Bem como as que, após a retirada dos trilhos citada acima,
vinham da Praça XV, via rua Santa Luzia, e precisavam também entrar na Mem de
Sá.
Na terceira foto o
anúncio da RCA Victor aparece muito bem. Será que ainda passavam bondes por aí
na época da foto? Em "alta" podemos ver, à esquerda, trilhos de bonde.
O anúncio do White Horse substituiu o do "rouge" Mystik da foto
anterior.
As últimas fotos são da
demolição do abrigo, levando ao chão o símbolo da RCA. Embora houvesse cordas
para segurar a torre, certamente a área de segurança deveria ser maior do que a
que foi isolada. Ao fundo o aspecto da Avenida Rio Branco nas vizinhanças do
Clube Militar. No "out-door", um anúncio do sofá-cama DRAGO.
domingo, 3 de novembro de 2019
ARPOADOR
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