Hoje é sábado, dia da série “DO FUNDO DO BAÚ”.
E de lá saem estas lembranças dos tempos áureos dos “fotologs”.
Eram tantos e todos faziam muito sucesso como o “Espaço Livre” - do
Candeias”, “Rio de Fotos” - do Derani, “História do Rádio” – do Jaime Moraes, “Ilha”
– do Álvaro Botelho, “Rio para Sempre” – do Augusto, “Rio de Outros Janeiros” –
do P. Gomes, “Saudosismo” – do Marcos Valente, “Arqueologia do Rio” – do Rouen,
“Carioca da Gema” – do Tumminelli, “Voando para o Rio” – do JBAN, “Foi um Rio
que Passou” – do Decourt, “Zona Norte” – do Antolog, “Antiquus” – do Mauricio
Lobo, “Coisa Lúdica” – da Milu, “Saudades do Rio – O Clone” – do AD, “Rio Hoje”
– do Rafael Netto, “O Pharol” – do Derani, “Professor Pintáfona”, do Professor
Pintáfona, “Outstanding” – do Conde di Lido, “Ontem e Hoje”, do saudoso
Richard, o “Mapas” – do Celso, o “Saudades do Rio”, que continua ainda por
aqui.
E havia os vários do Lavra que eram todos deletados de tempos em tempos
e que tinham cópia das cópias, o do Marcio Bouhid, cujo nome alguém há de
lembrar. Além de tantos outros que serão
lembrados, como o do FlavioM.
Foram criados inúmeros personagens que fizeram sucesso, alguns se
suicidaram e outros desapareceram. Quem não se lembra do Professor Pintáfona,
da Mme. Simmons, do JRO, do Tertuliano Delacroix, do General Miranda e seu irmão
Eleutério, da Karina (a comunista de carteirinha) e suas brigas com o AG, do
Manitu, do Frei Henrique Boaventura, tinturista Tutu La Minelli, da Dra. Psicóloga,
da Creuza, do Manitu, do Álvaro (mordomo do Pintáfona), do Bispo Rolleiflex, do
Waldenir e seu crachá, do Tijucano Empedernido, da Giseli Loira, da “troupe” d´O
Pharol?
E das histórias da PEJ (Praça Eugenio Jardim), da empena-cega, do
parafuso de Arquimedes, das lâmpadas Thompson, das “park-ways”, do Veedol,
Hemo-Kola e Ludaol, do Vittorio, da Demolidora Serqueira, do salão “Fleur de la
Passion”, da Anta Copacabanensis, da Fortaleza Mont de la Veuve, do Bode Velho,
da CMI - Clínica de Mamoterapia de
Itaipava?
O curioso é que a maioria absoluta dos autores dos “fotologs” se
conheceu pela Internet (impossível citar todos por aqui). Em 2005 foi criada a
sigla “FRA” – Fotologs do Rio Antigo. Pouco tempo depois do início começaram a
se reunir, inicialmente muito poucos, e criaram o S.E.M.P.R.E – Sociedade Edificante
Multicultural dos Prazeres e Rituais Etílicos – com encontros na sede campestre
no Alto da Boa Vista, palco de almoços memoráveis oferecidos por Lord Zé e Tia
Lu. Ou no PUB do S.E.M.P.R.E., no Leblon, em noitadas sensacionais.
Na história também ficaram um chope no Degrau para a entrega dos prêmios
do Concurso Sherlock Holmes, com direito a diplomas confeccionados pelo Conde di
Lido. Cerca de 40 comentaristas prestigiaram o evento. E também a aventura no Alcazar
(com a queda do ventilador de teto), no Garota da Urca, no Lagoa, no Belmonte. E
a exposição do Tutu e do Andre no Forte de Copacabana.
Os “FRA – Fotologs do Rio Antigo” foram objeto de tese de mestrado do
Alberto Goyena: “Rituais urbanos de despedida: reflexões sobre procedimentos de
demolição e práticas de colecionamento”. E motivo de extensas reportagens no SBT, VEJA,
O Globo e Estado de São Paulo (Estadão).
Além dos bons encontros tivemos oportunidade de aprender muito sobre o
Rio, divulgar a história do Rio antigo sob o olhar de quem viveu esta história,
proporcionar impressionantes encontros inesperados por meio das histórias
contadas e fazer bons amigos.
Bons tempos!
PS: as omissões, todas involuntárias, serão lembradas pelos
comentaristas.
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