Postal de Marc Ferrez, da Coleção de Klerman W. Lopes.
Prédio da Prefeitura do Rio de Janeiro,
demolido para a abertura da Av. Presidente Vargas. Vista da fachada principal
do edifício, situado na rua Larga de São Joaquim esquina com rua de São Pedro.
Tanto o prédio quanto esta última rua desapareceram com a abertura da avenida
Presidente Vargas, em 1942. Teve sua construção concluída alguns anos após a
Independência e sofreu, posteriormente, diversas reformas que lhe modificaram o
tamanho e a aparência. Deste local, o Prefeito Pereira Passos administrou a
modernização da cidade e foi daí, também, que o Prefeito Carlos Sampaio
comandou o arrasamento do Morro do Castelo. Na fachada lateral vê-se o brasão
municipal, modificado em 1896, na administração do Prefeito Furquim Werneck.
(P.K.Vasquez).
Postal da Coleção de Klerman W. Lopes.
A Praça Cabral, na Glória,
com a estátua de Pedro Álvares Cabral, obra de Rodolfo Bernardelli, no seu
primitivo local. Ao fundo, contra o maciço vegetal, o Hotel Suíço,
originariamente residência familiar, na esquina da Rua Cândido Mendes, ex-Dona
Luísa. Na casa anexa funcionou, no final do século XIX, o Clube Beethoven, do
qual fez parte Machado de Assis, em que tinham lugar concertos de música
erudita e também reuniões sociais, casa essa transformada em pensão antes de
ser incorporada pelo Hotel Suíço, como anexo. Não há mais vestígio de nada
disso, inclusive do prédio que, um pouco à esquerda, era o externato
Sacré-Coeur. Os tílburis conviviam com bondes a tração elétrica. Os jardins
denotavam a marca do estilo Grandjean de Montigny. À direita o antigo cais da
Lapa e obras do aterro para a Avenida Beira-Mar.(M.Rebelo e
A.Bulhões).
Postal da coleção de Klerman W. Lopes. Palácio Monroe.
O nome do palácio foi dado em honra ao presidente americano James Monroe, formulador da famosa doutrina Monroe, de 1823, que apoiava a autodeterminação dos países latino-americanos: a América para os americanos. O Governo do Brasil, atendendo ao convite do Governo dos EUA para participar, em 1904, da Exposição Internacional de Saint Louis, incumbiu o engenheiro Souza Aguiar de conceber o pavilhão que representaria nosso país. A idéia do ministro Lauro Muller era, após a exposição, remontá-lo na Avenida Central, razão pela qual foi projetado em estrutura metálica. Terminada a exposição nos Estados Unidos, o Palácio Monroe foi reerguido e inaugurado em 23 de julho de 1906, para a realização da III Conferência Pan-Americana no Rio.
A sentença de morte do Palácio Monroe veio com o aviso nº
964, de 09/10/1975, onde o General Golbery despachou: "Presentes as
alternativas de utilização de que dá notícia o processo, cumpre-me transmitir a
V.Exa. recomendações do Excmo. Senhor Presidente da República no sentido de
demolição do prédio e consequente transformação da área em logradouro
público".
Postal da Coleção de Klerman W. Lopes.
Rua Uruguaiana. Vê-se o prédio da Casa Raunier onde Rui Barbosa era freguês e o famoso cantor Orlando Silva era entregador. Orlando Silva, inclusive, sofreu nesta época um grave acidente ao tentar subir num bonde, ficando com uma sequela no pé esquerdo que fazia com que mancasse. Na Rua Uruguaiana, alargada pelo Plano Pereira Passos, edifícios espaçosos de quatro ou cinco andares surgiram na lateral ímpar demolida para o alargamento. Entre eles foi construído o "magazin" Raunier, alfaiataria e casa de modas. Em 1907, a Casa Raunier, primitivamente localizada na Rua do Ouvidor inaugurou seu novo, elegante e luxuoso "magazin" na esquina das ruas Uruguaiana e Ouvidor, com três elevadores para servir os três andares da loja. A Casa Raunier foi substituída pela Casa Sloper que, na década de 1950, construiu um novo edifício no mesmo local. Em 1998, a Casa Sloper fechou suas portas, terminando com a tradição daquele endereço que atravessou o século XX vendendo mercadorias de qualidade a uma clientela de alto nível. (P. Vasconcellos).