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sexta-feira, 17 de maio de 2024

HOSPITAL CENTRAL DA AERONÁUTICA

A pesquisa para a postagem de hoje me levou ao arquivo da Aeronáutica, bem como a publicações dos prezados Achilles Pagalidis e J. A. Maia, grandes pesquisadores do Rio Antigo.


A foto é da Aviação Naval e mostra o Hospital Central da Aeronáutica que está localizado no Rio Comprido, à Rua Barão de Itapagipe nº 167.

A colônia alemã do Rio de Janeiro aspirava à construção de um Hospital desde 1883. Em 07/07/1897, após sucessivas tentativas de angariar fundos para construção de um hospital alemão, foi finalmente reunida e fundada uma associação para construção do referido hospital (Deutscher Hospital-Verein).


Em 08 de dezembro de 1932, a colônia alemã reunida no Brasil lançou a pedra fundamental do Hospital Alemão, fruto do trabalho do cônsul Otto Matheis. Na época foi considerado o hospital de mais alto padrão técnico do Rio de Janeiro.

No lançamento da Pedra Fundamental estiveram presentes entre outros o ministro alemão Hubert Knipping, autoridades eclesiásticas, jornalistas brasileiros dentre os quais Herbert Moses da Associação Brasileira de Imprensa, Dr. João Marinho da Universidade Federal do Rio de Janeiro e outros.


Após o esboço da construção, o projeto foi enviado ao professor F. Munk que orientou a construção do modelar hospital Martin Luther em Berlim, o mais moderno Hospital Alemão da época. Posteriormente tal projeto foi enviado ao Sr. Ernst Kupp, especializado em construção de hospitais em países tropicais e de clima quente, na cidade de Alexandria, no Egito.


Em 17/08/1942, o Hospital foi arrestado pelo Governo Brasileiro e em 27 do mesmo mês e ano, passou a denominar-se Hospital Central da Aeronáutica, através da portaria ministerial nº 100. Foto de Peter Fuss (1936).

Foi construído pela Companhia Construtora Nacional, de experiência comprovada em grandes obras no país. Foram aproveitadas, no Hospital Alemão, as novas ideias de construção, em que os vários blocos e pavimentos que compunham os hospitais da época foram substituídos por uma construção única onde “foram alojadas as várias doenças em um só edifício, um bloco ou monobloco, podendo nele acomodar-se, sem risco de contágio, as várias doenças infecciosas”.

O Hospital Alemão evitou o inconveniente do ruído, fácil de transmitir-se na estrutura sólida e contínua de cimento armado com pormenores inovadores tais como a da laje única onde sobrepunham-se cinco camadas isolantes:

Tais camadas eram constituídas por areia ou escória; sobre esta outra de feltro betuminoso; sobre o betume, concreto; sobre o concreto, cimento liso; e, sobre o cimento, linóleo feito de mistura em que entrava a cortiça.

Inicialmente com 100 leitos, o edifício principal tinha cinco andares dos quais quatro destinados aos doentes.

O 5º andar foi construído especialmente para o serviço de cirurgia com salas de operação de formato circular direcionadas ao Sul, proporcionando contato direto com a luz solar.

No 4º andar, a maternidade com salas de parto, quarto de serviço e sala de recém-nascidos.

No andar térreo, a policlínica, para onde se dirigiam os pacientes que pela primeira vez procuravam o hospital para internar-se ou continuar o tratamento ambulatorial.

Este hospital continua funcionando. No ano de 1981 foi inaugurado, também pela Aeronáutica, o excelente Hospital de Força Aérea do Galeão (HFAG), na Ilha do Governador.

quarta-feira, 15 de maio de 2024

LEME


Foto do acervo do Silva. Vemos o belo Posto 1, no Leme, em estilo art-déco. Muito mais bonito que os projetados por Sergio Bernades. 


Esta residência em estilo mourisco não durou muito. 


Nesta foto podemos ver a mesma casa anos antes de ser construído um "puxadinho".


Um aspecto do Leme antes de 1938. Ao fundo, o edifício Ribeiro Moreira, no Lido.



segunda-feira, 13 de maio de 2024

UNIVERSIDADE NO RIO



Esta foto mostra o “Projeto da Universidade de Pedro II”, na Praia Vermelha, de 1880, de autoria de Paula Freitas.

O prédio do atual “Museu de Ciências da Terra”, antigo CPRM, na Av. Pasteur, foi projeto de Paula Freitas e destinava-se à administração da primeira universidade brasileira, que teria o nome de Pedro II.

Paula Freitas denominou o prédio de "Curatorium" e seria a sede da Faculdade de Medicina, conforme citado no auto do lançamento de sua pedra fundamental, em 12/02/1881, com a presença do Imperador D. Pedro II, dos ministros do Império da Justiça, Marinha, Estrangeiros e Agricultura.

O projeto para a Universidade da Praia Vermelha, continha os seguintes prédios: 1) Curatorium 2) Aquário d'água do mar 3) Instituto dos Cegos 4) Depósito de cadáveres 5) Instituto de Anatomia 6) Instituto de Fisiologia 7) Instituto de Patologia 8) Instituto de Histologia 9) Instituto de de Química 10) Instituto Compagnac e Medicina Legal 11) Faculdade de Ciências Naturais 12) Instituto de Farmácia 13) Aviário 14) Instituto de Física 15) Faculdade de Matemática e Instituto de Astronomia 16) Hospício de Pedro II 17) Faculdade de Direito e Faculdade de Letras 18) Recolhimento de Santa Tereza.

A falta de recursos financeiros logo paralisou as obras por vários anos e a ideia da universidade foi posta de lado. Em 1889, após a Proclamação da República, as obras foram retomadas e o edifício passou a destinar-se à Escola Superior de Guerra. As obras só terminaram em 1908, quando da Exposição Nacional comemorativa do centenário da abertura dos portos do Brasil ao comércio mundial.

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No século passado foram muitos os projetos para a construção de uma Cidade Universitária no Rio de Janeiro. Entre eles o de se aterrar parte da Lagoa Rodrigo de Freitas, ou construí-la em Jacarepaguá ou o de Agache para construí-la na Urca.

Em 1948, optou-se por construir a Cidade Universitária da então Universidade do Brasil (atual Universidade Federal do Rio de Janeiro) numa ilha artificial da Baía da Guanabara. Através de um aterro que uniu nove ilhas em frente a Manguinhos, conseguiu-se uma área de mais de 5 milhões de metros quadrados. O campus foi projetado para uma população de até 40 mil pessoas, havendo a previsão de habitações para 10 mil alunos e 300 famílias de professores

O Plano de Alfred Agache para a Cidade Universitária (Universidade do Brasil), na Urca, era de 1929. Observa-se a distribuição dos prédios escolares desde a atual Avenida Wenceslau Brás, as casas já construídas no primeiro quadrado da Urca e o projeto entre a Enseada de Botafogo e a Praia Vermelha, com o objetivo de sanear a primeira.

Da mesma forma que, desde a 2º metade do séc. XIX, o Governo Imperial planejava erigir uma universidade no que é hoje a Avenida Pasteur, o urbanista francês Alfred Agache assim planejou. Agache foi contratado na gestão de Prado Junior (1926-1930) para elaborar um plano de melhoramento e embelezamento do Rio.

O campus universitário ficaria entre a Praia Vermelha, a Avenida Pasteur e o Morro da Babilônia. A escolha recaiu ali porque era "local salubre e com comunicações fáceis com o Centro".

A Praia Vermelha, propriamente, ficaria reservada para a prática de esportes, inclusive os náuticos, e abrigaria um conjunto de habitações para estudantes, formando um pavilhão para estudantes de cada estado brasileiro, de forma semelhante à Cité Universitaire de Paris, segundo Mario Aizen.

No projeto de Alfred Agache havia, também, preocupação com o estado de salubridade da Enseada de Botafogo. A fim de evitar o aterro da enseada e salvá-la, Agache previa "a abertura de um canal entre a piscina que ocupa a antiga Praia da Saudade e a Praia Vermelha, na margem do oceano, restabelecendo a comunicação que existia antigamente".

O canal, que passaria pela Rua Heloísa Leal (atual Odílio Bacelar) ao pé do penedo da Urca, possuiria cerca de 500 metros de extensão e provocaria uma verdadeira limpeza da Enseada de Botafogo, com auxílio da corrente que seria produzida por ocasião da baixa-mar entre Botafogo e o Oceano.

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Arnaldo Lyrio Barreto e Carlos A. L. Filgueiras, escreveram "Origens da Universidade Brasileira", disponível na Internet.

Na publicação contam que quando o Governo encarregou o arquiteto Antônio de Paula Freitas de projetar os edifícios da Universidade Pedro II, que seria edificada na Urca, bem próximo ao Pão de Açúcar, no final do século XIX, ocorreu uma violenta campanha contrária por parte dos positivistas, que eram radicalmente contrários à instalação de uma universidade no Brasil. 

Augusto Comte havia escrito: “O positivismo está longe de negar que o ensino deva ser regulado, embora estabeleça que esta organização não é ainda possível, enquanto durar o interregno espiritual, e que, quando ela tornar-se realizável, segundo o livre ascendente de uma doutrina universal, pertencerá exclusivamente ao novo poder intelectual e moral. Até lá, o Estado deve renunciar a todo sistema completo de educação geral”

Assim escrevia sobre o assunto um dos líderes positivistas do Brasil, Miguel Lemos, em dezembro de 1881: “Tudo parece encaminhar-se para tornar efetivo o extravagante projeto da criação de uma Universidade no Brasil. Esta tentativa absurda, que só poderia gerar como resultado a sistematização da nossa pedantocracia e o atrofiamento do desenvolvimento científico, que deve assentar em um regimen de completa liberdade espiritual, bastaria por si só para demonstrar a incapacidade política dos nossos governos. Nesta questão, como sempre, os positivistas fazemos o nosso dever protestando e procurando esclarecer a população, que pode ser arrastada, na melhor boa fé, a apoiar atentados desta ordem, seduzida pela grita pseudo-progressista da ignorância letrada”.

Acrescenta mais adiante o mesmo Miguel Lemos que “o Brasil possui um número mais que suficiente (sic) de escolas superiores para satisfazer às necessidades profissionais, e que a fundação de uma Universidade só teria como resultado estender e dar maior intensidade às deploráveis pretensões pedantocráticas da nossa burguesia, cujos filhos abandonam as demais profissões, igualmente úteis e honrosas, para só preocupar-se com a aquisição de um diploma qualquer”. 

A construção do primeiro prédio da Universidade foi paralisada em meados da mesma década de 1880, em decorrência da falta de verbas, do descaso e da ferrenha oposição positivista. Após a proclamação da República, em 1889, a construção foi destinada a abrigar a Escola Superior de Guerra, mas a partir de 1892 a falta de verbas novamente levou a uma paralisação das obras. Só em 1908 foi o grande edifício finalizado, cobrindo uma área de 7600 m2 , mas com destino totalmente diverso. Ele foi finalmente acabado para abrigar o "Palácio dos Estados" na grande Exposição Nacional de 1908, que celebrou o centenário da Abertura dos Portos do Brasil pelo Príncipe D. João. 

Finda a exposição o prédio passou a abrigar a Diretoria do Serviço Geológico e Mineralógico do Brasil, do Ministério da Agricultura. Daí se originaria o Departamento Nacional da Produção Mineral, e mais tarde a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais, e atualmente o "Museu de Ciências da Terra".

Finalmente, no Governo de Epitácio Pessoa, foi baixado o decreto no 14.343 de 7 de setembro de 1920, que criou a Universidade do Rio de Janeiro (cujo nome passaria a Universidade do Brasil em 1937 e Universidade Federal do Rio de Janeiro em 1965). A universidade tinha sido criada pelo Governo Central do país, como uma simples e frouxa federação de três escolas superiores existentes: a de Medicina, a Politécnica e uma Escola Livre de Direito.

Embora artificial, esta justaposição de escolas superiores sobreviveu e deu origem, com o tempo, a uma universidade de fato. Como escreve Newton Sucupira, à época de sua criação, “a Universidade era um nome sem existência efetiva e atuante”.

Finalmente, no Governo de Epitácio Pessoa, foi baixado o decreto no 14.343 de 7 de setembro de 1920, que criou a Universidade do Rio de Janeiro (cujo nome passaria a Universidade do Brasil em 1937 e Universidade Federal do Rio de Janeiro em 1965). A universidade tinha sido criada pelo Governo Central do país, como uma simples e frouxa federação de três escolas superiores existentes: a de Medicina, a Politécnica e uma Escola Livre de Direito59. Embora artificial, esta justaposição de escolas superiores sobreviveu e deu origem, com o tempo, a uma universidade de fato. Como escreve Newton Sucupira, à época de sua criação, “a Universidade era um nome sem existência efetiva e atuante”. 


domingo, 12 de maio de 2024

DIA DAS MÃES


Hoje é dia de parabenizar todas as mães dos visitantes e comentaristas do "Saudades do Rio". É um privilégio ainda poder conviver com a minha.




quinta-feira, 9 de maio de 2024

BONDES

 Hoje vamos ver fotografias de bondes que, pelos meus alfarrábios, não apareceram por aqui nos últimos dez anos.

FOTO 1: Um bonde lotado trafega pela Rua Senador Dantas, no Centro.


FOTO 2: O bonde de nº 61, da linha "Jardim/Leblon" , no cruzamento das ruas Jardim Botânico com General Garzon. Aparentemente seria a época da conclusão das obras de instalação da sede do Jockey Club na Zona Sul (o Jockey estaria na Lagoa, no Jardim Botânico ou na Gávea?), o que se efetuou no final da década de 20. Observar que a Rua Jardim Botânico era dividida ao meio pelos postes de iluminação, além de contar com uma pequena calçada.


FOTO 3: Segundo W. Stiel, o ramal que ia da Estação de Campo Grande até ao local chamado "Ilha", foi inaugurado em 1918. "Ilha" seria corruptela de "William", proprietário de terras naquela região. 

O trecho de 20km tinha 4 seções. O bonde estaria próximo do Hospital Rocha Faria. Depois ia pela Estrada do Monteiro, Estrada do Mato Alto, Estrada da Matriz e Estrada da "Ilha". 


FOTO 4: Foto em frente à Câmara de Vereadores, na Praça Floriano. O bonde da frente, embora não se possa ler o letreiro, na tabuleta há a indicação do trajeto: "Bento Lisboa, S. Vergueiro, Rua da Passagem". 

O segundo bonde é da linha "Largo dos Leões". A ausência de faróis no ônibus da Excelsior indicava que eles não circulavam à noite. Ou então era uma propaganda da Light, que também provia a iluminação pública, mostrando que as rus principais eram tão bem iluminadas que o motorista não precisava de faróis para conduzir. 

E sobre o assunto, assim se manifestou o ilustre Professor Pintáfona:
"Célere Mecenas da Cultura Brasílica, Guardião Incansável do Saber Cidadão, Quintessência da Nobreza Meridional Brasílica, Douto, Culto e Casto Dr. D', 
Há muito alienado deste sacrossanto templo da cultura sebastiana, prostro-me ante os pés do egrégio luminar Montegrino em busca de perdão por meu comportamento relapso. A minha avançada idade, somada aos incontáveis compromissos exigidos pelas Academias de Ciência de todo o Orbe Terrestre, impediram-me de aceder mais amiúde o seu insígne sitio internético de convívio virtual, Fórum de notáveis e assembléia de sábios, detentores das chaves do conhecimento de nossa Muy Leal e Heróica Urbe. 
Hoje não me estenderei em comentários e merecidas loas, pois em um átimo sairemos da Mansão Pintáfona, sita à Rua da Pedreira da Candelária, em direção ao Trapiche Mauá, onde embarcaremos no vapor que nos levará à Guia de Pacobaíba e dali em carris até a Serrana Urbe de Pedro, onde desfrutarei do merecido repouso em companhia de minha buliçosa assistente, a ciumentíssima Mme. Simmons e do meu fiel lacaio Alvaro. A caleça com os bahús de viagem já estão a minha espera e tenho que apurar-me ou perderei o transporte. 
Despeço-me Transportado, Viajado e Desembarcado. 
Seu Criado, 
Dr. Hermelindo Pintáfona. 

terça-feira, 7 de maio de 2024

BAR FLÓRIDA - PRAÇA MAUÁ

 

Localizado na Praça Mauá o “Flórida Bar” era propriedade do Zica, uma figura polêmica do Rio. Antigo estivador e taxista, o denominado “Rei da Praça Mauá”, chamava-se Manoel da Silva Abreu.

Em 1967 “Zica” aceitou a indenização para a desapropriação do local,  através do Decreto-Lei nº 160, de 10/02/1967, que “Autoriza o Poder Executivo a abrir, ao Ministério da Indústria e do Comércio, o crédito especial de NCr$ 107.000 para cobrir despesas com indenizações decorrentes de sentenças judiciais", que se referiam ao "Flórida Bar" e da "Casa Hanseática, do mesmo dono, ambos junto ao Edifício "A Noite".

Foi um bar famoso, pois à noite era frequentado por marujos, prostitutas e outras figuras do sub-mundo carioca. Era considerado o melhor local para fazer câmbio para os frequentadores do Porto do Rio.


Segundo está escrito no verso desta foto, ela foi tirada em setembro de 1939 e os marinheiros são do navio R.M.S. Ajax.
 
"Zica" tinha um grande rival na região da Praça Mauá, em meados do século XX. Tratava-se de "Fernandinho", que o denunciou e fez com que fosse preso. "Zica", na ocasião, justificou sua fortuna com uma lista de suas propriedades:

Hotéis: Santista, Magé, Barão de Teffé, São Carlos.
Bares: Belavista, Flórida, Hanseática, Odalisca, Rio.
Confeitarias: Magé e Santista.
Lavanderia dos Hotéis e Similares, Brasilaves, Companhias de Material de Construção, de Transportes, Sociedade Agropecuária, Empresa de Garagens.


A Empresa de Garagens na Av. Presidente Vargas nº 2683.


Bar Rio, na esquina de Sacadura Cabral com Praça Mauá.



Bar Odalisca na Rua Sacadura Cabral.


                                 Casa Simpatia, no Centro.



À noite, no "Flórida Bar" o ambiente era "barra pesada". A moça chamava-se Babel.

Esta foto mostra um horário tranquilo no “Flórida Bar”. O chão quadriculado chama a atenção.

Algumas coisas que são realmente antigas no Rio e podem ser observadas na foto:

- Fila imensa lá fora para pegar o ônibus;

- Cartaz tipo "A Gerência" no espelho à direita;

- A cara de "pague no caixa" do gerente, que fez o freguês largar o copo para pagar adiantado.

- A cara- de-pau do mesmo gerente usando a máquina registradora como porta-tudo, mas sem registrar nada (a máquina está ao contrário). 


Historinhas do "Flórida Bar", contadas pelo AG:

"Contam que um dia foi apreendido um lote com 10 mil baralhos de plástico no Porto do Rio. Naquele tempo baralho de plástico era coisa fina que só tinha importado. Pois bem, o lote foi a leilão e um cara arrematou por 20 mil cruzeiros.

Nessa mesma tarde, o Zica chamou o arrematador no bar Flórida e ofereceu-lhe 500 cruzeiros pelo lote. Mas o homem riu e, por saber de quem se tratava, disse-lhe polidamente:

- Mas se eu arrematei por 20 mil cruzeiros porque iria lhe vender por 500 ?

- Aí o Zica tirou um pacotinho do bolso e disse com a voz sedosa:

- Porque todos os ases do lote estão aqui comigo."


A outra do Flórida é com o Sivuca, policial cana dura; o tal do "bandido bom é bandido morto".

Pois conta o Sivuca que aí pelos idos de 1954, ele estava fazendo uma diligência na área da Praça Mauá e viu um cara no Bar Flórida com um blusão todo estampado. Imediatamente pensou: "ou esse cara é gringo embarcadiço; ou é malandro; ou é viado".

Explicação: naquela época sujeito respeitável não usava blusão estampado ou de cor viva; ou era branco ou era escuro.
Pois bem, o Sivuca, que sempre se dizia "um policial educado", resolveu investigar. Chegou perto do "blusão de fresco" e disse:

- Cavalheiro, boa tarde. Por favor, poderia apresentar seus documentos? É a polícia.

Na hora o cara respondeu: "Ora, vá à merda".

 Sivuca, agarrou o vivente pelo colarinho e aos tabefes o levou para a delegacia. Lá, de olhos arregalados o malandro justificava:

- Mas como é que eu ia saber que o senhor era policial? Chegou me chamando de cavalheiro...” 

FONTE: revistas "Manchete" e "O Cruzeiro".

segunda-feira, 6 de maio de 2024

OS CARROS DO RIO ANTIGO

Ficam os comentaristas convidados a identificar os modelos e os locais.

FOTO 1: Um Packard da família do desaparecido Pgomes.


FOTO 2: Esquina da Marquês de Pombal.


FOTO 3: Rua Darke de Mattos


FOTO 4: Rua Pereira Barros.


FOTO 5: Rua Mena Barreto

FOTO 6: Rua São Januário


FOTO 7: Rua Henrique Valadares


FOTO 8: Como tem placa, informar o nome do proprietário.