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Hoje vamos falar de René
Couzinet, engenheiro e projetista de aviões francês.
A foto mostra a sua
lancha RC 125 nas águas da Enseada de Botafogo em 1946.
Já em 1928, ele registrou
a patente para um aparelho não pensado por seus contemporâneos, o “hydrofoil”:
uma asa sob a água usada para levantar o casco do barco até que ele esteja
totalmente fora da água.
Logo após a 2ª Guerra
Mundial ele trouxe a RC 125 para o Brasil. Mas o projeto não foi adiante por
ser muito caro, tanto para a construção, quanto para a manutenção. Além disso,
as potenciais vendas para a América do Sul e África falharam porque muitos rios
destas regiões não permitiriam operações seguras.
Nascido em 1904 na
França, Couzinet era engenheiro aeronáutico e construtor de aviões.
Um de seus grandes
feitos foi projetar um avião comercial transatlântico, um trimotor, muito
adiante de sua época. Em março de 1928 o “l´Arc-en-Ciel” foi apresentado à
Imprensa. Um monoplano com asas grossas, trimotor (os motores eram acessíveis e
reparáveis durante o voo), com raio de ação de 10 mil quilômetros, podia voar a
260 km/h.
O terceiro desta série “Arc-en-Ciel”,
de 1933, já tinha 30 metros de envergadura, três motores de 650 CV cada um, um
raio de ação de 11 mil quilômetros e velocidade máxima de 285 km/h.
Junto com Mermoz
planejou a primeira ligação com a América do Sul. Decolou em 07/01/1933 de
Bourget em direção a Mauritânia, Senegal, para depois atravessar o Atlântico,
chegando a Natal, Rio de Janeiro e Buenos Aires, com cinco membros na
tripulação, percorrendo 12600 km em 56 horas, com média de 225 km/h.
O "L´Arc-en-Ciel" foi o primeiro avião a conseguir a dupla travessia do Atlântico Sul.
O “Correio da Manhã” registrou que “a chegada do “Arc-en-Ciel” na capital, depois de realizar um dos mais arrojados feitos aviatórios, saltando sobre o Atlântico da costa africada a Natal, em apenas 16h27min, é um acontecimento em torno do qual gravitam os comentários mais lisonjeiros da nossa população entusiasmada, que fez dele o assunto obrigatório de todas as palestras”.
Em 15 de maio retornou à França, lá chegando em 21 de maio, após alguns contratempos, sendo recebido triunfalmente por 15 mil pessoas.
Foto da chegada na França.
Na primeira metade do século XIX começou, de forma mais organizada, o transporte de barcas entre Rio e Niterói. Mais tarde, a travessia feita pela Companhia Ferry começou em 29 de junho de 1862, com três barcas norte-americanas, providas de grandes rodas, com duas proas e capacidade para 300 pessoas, podendo ainda levar carruagens e seus animais.
As barcas eram denominadas "Primeira", "Segunda" e "Terceira, sendo que a família Imperial, na viagem inaugural, tomou assento na "Segunda".
O Túnel do Pasmado foi
projetado em 1938 pela Comissão do Plano da Cidade, chefiada pelo Eng. José de
Oliveira Ries, porém só foi concluído em 1952. Consta que foi o primeiro túnel
no mundo projetado por uma mulher, a engenheira Berta Leitchick.
O trânsito pelo túnel,
em muitas ocasiões em mão-dupla, às vezes era tranquilo e às vezes aconteciam
graves acidentes.
Nesta foto, colorizada
pelo prezado Conde di Lido vemos a boca do túnel que dá para o campo do
Botafogo (à esquerda) e para a bela casa (à direita), onde funciona a Escola
Eleva. O belo prédio foi projetado pelo arquiteto Francisco Joaquim Bethencourt
da Silva (1831-1912). Ali, inicialmente, funcionou a Fundação do Recolhimento das Órfãs, uma instituição da Santa Casa de Misericórdia. Depois funcionou o Colégio Anglo-Americano, seguido da Casa Daros.
Segundo o Jason, quanto
aos automóveis, temos:
NAS PISTAS SENTIDO
MOURISCO: (esquerda para direita)
Citroën 11 (é o mais
perto do meio-fio, com as “divisas de cabo” na grade); o pequeno esportivo é um
MG TD; na frente do MG, já entrando no túnel, um Chevrolet 38 (provavelmente,
carro de praça); a traseira de carro que aparece dentro do túnel (canto
inferior direito da foto) parece de um Chevrolet 53;
NO SENTIDO COPACABANA: (esquerda
para direita)
O carro mais claro é um
Ford 1949; os dois carros logo ao lado do Ford são Chevrolet (provavelmente
1946-1948).
Já nesta fotografia colorizada pelo Nickolas Nogueira, vemos mais um dia de trânsito tranquilo. Segundo nosso especialista Rouen os automóveis que aparecem são: Standard Vanguard, Fiat 1100, Fiat, Citroën e Pontiac (à direita). Segundo o Andre Decourt as luminárias do túnel são da GE, quando ainda eram as originais, usadas em vários túneis. A construção que se vê ao fundo é a antiga sede do Botafogo. É uma construção com um primeiro pavimento bem baixo, quase como um porão habitável e um segundo andar com grandes janelas ou portas, com um telhado de ardósia ou cobre no estilo dos anos 10 e 20 e quatro torretas.
Foto garimpada pelo Nickolas. Vemos o Túnel do Pasmado com sua entrada ao lado do campo do Botafogo. A favela que se vê no Morro do Pasmado foi erradicada em 1964, com seus moradores sendo removidos para a distante Vila Kennedy, perto de Bangu.
Quanto aos automóveis podemos ver um táxi Chevrolet vindo e um Hudson indo. Havia ali uma passagem subterrânea, que não sei se, já naquela época, era segura para se passar.
As fotos em P&B são
da “Última Hora” e foram publicadas no saudoso “Saudades do Rio – O Clone”.
Este ótimo fotolog que foi criado pelo A.D. – Administrador Desconhecido (que
não é o Andre Decourt, mas outro conhecido comentarista dos velhos tempos) teve, inicialmente, a motivação de substituir o “Saudades
do Rio” original durante meu período de férias. Fez tanto sucesso que continuou
na ativa mesmo quando voltei das férias.
Pesquisando nos exemplares
da “Última Hora” na Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional, consegui mais
informações sobre este acidente.
Nada menos que 12
automóveis se chocaram em 25/03/1953, às 23 horas, no Túnel do Pasmado. Entre
os veículos estava o que servia ao Deputado Gustavo Capanema, placa 9-09-19 e o
de placa CD-27, da embaixada holandesa, que serve ao Sr. Teline Schurman. Ambos
ficaram bastante avariados.
Dado o número de carros envolvidos julgava-se que muitas pessoas estivessem feridas. Mas foram apenas três, sendo que só duas tiveram que ser medicadas no Hospital Miguel Couto e, felizmente, com lesões leves.
A causa, segundo o jornal, foi em razão da circulação pelo túnel de muitos veículos coletivos que são abastecidos por óleo cru. Por falta de manutenção adequada o óleo vaza e fica emplastrado no piso, constituindo perigo.
O acidente foi causado
pela freada brusca de um carro com destino a Copacabana e que ficou rodopiando.
Os demais veículos que vinham na sua retaguarda colidiram uns com os outros.
Os carros envolvidos e que sofreram avarias foram os de placas: 2-70-93, 16-62-40, 10-45-28, 14-52, 4-77-54, 11-99-71, 3-31-73, 3-12-46, 3-61-61, 9-09-19, 3-65-47 e CD-27.
PS: a formatação do blogger às vezes tem vontade própria e não consigo colocar todas as legendas da mesma forma.