Na Espanha e na Itália, nestes tempos difíceis do
Coronavirus, todos os dias os cidadãos confinados vão para as janelas de casa e
aplaudem os profissionais da Saúde pela atuação abnegada e anônima. Arriscam a
serem contaminados para cumprir o dever profissional. Eles merecem o
reconhecimento.
Face ao volume de infectados sofrem também com a
escassez de recursos médicos e de equipamentos de proteção individual. Fazem
horas extras. A maioria vai se contaminar (como já estamos vendo aqui no Rio).
Hoje o “Saudades do Rio” lhes presta uma pequena
homenagem.
A primeira foto mostra o diploma dado pela Cruz
Vermelha Brasileira ( "In pace et in ello caritas"), durante o
esforço de guerra nos anos 40, quando organizou um Curso de Socorro Médico de
Urgência para formar enfermeiras. O diploma acima, emitido em 20 de maio de
1942, foi assinado pelo presidente da CVB, o General Tourinho, pelo diretor da
Escola, o Dr. Artur de Alcantara, pelo secretário geral, Dr. Carlos Eugenio
Guimarães, e pela diplomada, reconhece que a mesma foi aprovada nas matérias e
estágios do respectivo curso que a tornam apta a prestar os referidos socorros
na Paz e na Guerra (cortei as assinaturas ao editar a foto, sem querer).
A segunda foto, do acervo
da Última Hora, mostra enfermeiras do Hospital Miguel Couto na Praça N. S.
Auxiliadora, em frente ao estádio do Flamengo. Todas com uniformes clássicos,
bem diferente de hoje em dia quando a maioria delas trabalha de calças
compridas e camiseta ou então, mais na moda, com jalecos compridos. Gorro, nem
pensar. E os sapatos foram substituídos pelos tênis. As seis da foto estariam
usando uma fita de luto no braço esquerdo?
A última foto, montagem
do Gustavo Lemos, homenageia a Major Elza Cansanção Medeiros, veterana da FEB -
Força Expedicionária Brasileira. Ela foi a primeira brasileira a se apresentar
como voluntária na Diretoria de Saúde do Exército, para lutar na Segunda Guerra
Mundial, aos dezenove anos de idade. Embora sonhasse em lutar na linha de
frente, teve que se conformar em seguir como uma das setenta e três Enfermeiras
no Destacamento Precursor de Saúde da Força Expedicionária Brasileira, uma vez
que o Exército Brasileiro, à época, não aceitava mulheres combatentes. Diz o
Gustavo: "Tenho certeza que os mais velhos vão reconhecer a importância
dessas mulheres que foram um exemplo para toda uma geração. Elas abriram portas
para muita gente e raramente são lembradas." A Major Elza atuou como Oficial
de Ligação e Enfermeira-Chefe no 7th. Station Hospital, em Livorno. Foi a
mulher mais condecorada do Brasil, com mais de 200 medalhas.
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