Total de visualizações de página

sábado, 29 de junho de 2019

DO FUNDO DO BAÚ

 
 
 
O mundo mudou. E muito.
 
Estas são fotos  (do Correio da Manhã e da Getty Images) que, por diversas razões, não poderiam ser reproduzida nos dias atuais.
 
IKE e JK em plena Av. Rio Branco.
 
Vemos na segunda foto a Av. Rio Branco, em frente à loja “A Exposição”, a do “Artigo do Dia”, devidamente ornamentada, em fevereiro de 1960, com um cartaz “We like Ike”.
 
Houve um grande desfile acompanhado por 72 motociclistas. Ike estava com seu tradutor, o então coronel Vernon Walters, que fora o elemento de ligação entre as tropas da FEB e os americanos. Depois, Vernon Walters foi adido militar no Brasil, manteve estreita relação com militares de nosso país, teve papel importante no período de Governo militar por aqui e foi vice-diretor da CIA, entre outras atividades.
Uma chuva de papel picado e serpentinas aconteceu ao longo de todo percurso. No palanque armado em frente ao Teatro Municipal, encontravam-se altas autoridades, ao lado de D. Sarah e suas filhas.
Na Praia do Flamengo, um imenso cartaz com a efígie de Fidel Castro foi hasteado em frente à UNE. Os dizeres, em contraposição àqueles da Av. Rio Branco, eram “We like Fidel Castro”. Faixas estendidas também assinalavam “Entendimento, sim, submissão nunca”.
 

sexta-feira, 28 de junho de 2019

PALACE HOTEL





 
Construído em 1908 no coração da cidade, na Av. Central, o Palace Hotel, projeto de Joseph Gire, situava-se na esquina das avenidas Central (Rio Branco) com Almirante Barroso.
O Palace Hotel foi demolido na década de 1950, sendo erguido em seu lugar o Edifício Marquês do Herval, com 36 andares, inaugurado em 1952, primeira incursão genuinamente modernista na Av. Rio Branco, projeto dos irmãos M.M.M. Roberto.
Vemos uma colorização do Conde di Lido feita em 2006 para o “Saudades do Rio”, sobre um postal do Klerman Wanderley.
Era um tempo em que havia que frequentar sebos, procurar cartões postais, vasculhar a feirinha da Praça XV, para se conseguir fotos do Rio antigo. Era difícil e divertido. Além de, muitas vezes, encontrar dificuldade de se identificar o local. Com o Google Maps e a liberação de muitos acervos na Internet tudo ficou mais fácil.

quinta-feira, 27 de junho de 2019

CINEMA IRIS




 
Fotos da fachada do Cinema Iris em 1968. Nesta época o "poeira" Íris quase que só passava filmes de bang-bang e espionagem, mas na Sexta-Feira Santa o filme "Vida de Cristo" enchia o cinema.
O Íris, no final dos anos 60 passou por reforma que procurou manter a forma original, sem danificar os azulejos portugueses e o material importado usado na construção de todo o cinema. Os dois elevadores, que funcionavam para levar aos balcões e galerias, estavam parados e o terraço não estava sendo utilizado.
Nas outras duas fotos vemos a escadaria de acesso do Cinema Iris.
Este cinema, na Rua da Carioca 49/51, foi em 1909 o Cinema Soberano  em 1912 o Cinema Vitória, até se transformar em Iris também no ano de 1912. Foi reinaugurado (prédio novo) em 1921 e chegou a ter 1200 lugares.

quarta-feira, 26 de junho de 2019

IGREJINHA DE COPACABANA

 
Este “post” simboliza a única vez, há muito tempo, em que o amigo Andre Decourt se equivocou sobre uma localização em Copacabana. Eu estava certo e ele equivocado. Este “troféu” ninguém me tira...
Falávamos sobre esta antiga capela da Francisco Otaviano, que sucedeu a igrejinha do Forte, e ele teimava que ficava no mesmo local onde está a igreja da Ressurreição atualmente. Eu dizia que ficava junto ao Forte, em frente ao prédio da TV Rio.
Esta capelinha de Copacabana teve sua construção iniciada em 1953 pelo General Osório Alves, comandante da Artilharia da Costa, tendo a pedra fundamental lançada em agosto de 1953, quando a igreja recebeu de volta a imagem de N. S. de Copacabana. Ficava na Rua Francisco Otaviano nº 5.
Em meados dos anos 70 foi transferida, por estar em área militar, para perto de uma escola municipal, na Rua Francisco Otaviano nº 99.
Eu tinha razão. Não por saber mais do que ele, mas por ser mais velho e ter frequentado esta capela...
Para confirmar, transcrevo parte de anúncio fúnebre dos anos 70, com o endereço da antiga capela.

 
 

terça-feira, 25 de junho de 2019

FIF E FUFA


 
Em 1965 realizou-se o Festival Internacional do Filme, inaugurado pelo governador Carlos Lacerda, onde brilhou Claudia Cardinale, estrela do filme “Vaghe Stella de la Orse”.
Paralelamente, artistas nacionais, descontentes com a desconsideração para com a classe por parte do Festival, lançaram um movimento de protesto. Exibiram “Os Comonautas” em frente ao Cinema Rian, na areia da praia.
O movimento de protesto foi denominado FUFA (Festival Universal de Filmes na Areia) e prometia exibir, diariamente, na praia, filmes nacionais, com a presença de atores como Jece Valadão e Paulo Porto.
Entretanto, não puderam exibir filmes como “Vidas Secas” ou “Assalto ao Trem Pagador”, pois a presença de crianças na praia poderia servir de motivo para a Polícia intervir.
Ao final, após uma discussão entre Jece Valadão e Carlos Lacerda, o protesto se esvaziou, mas ficou como registro da indignação dos brasileiros pelo modo como foram tratados.
A primeira foto mostra a premiação do FIF.

segunda-feira, 24 de junho de 2019

CINEMAS DE ANTIGAMENTE


 
Lá pelos anos 50 as normas para entrar nos cinemas eram bem mais rígidas. Como vemos na primeira foto só era permitida a entrada de paletó ou blusão.
 
A segunda foto, da bilheteria do cinema Pathé, mostra um PM vigiando os estudantes que protestavam pelo aumento do preço dos ingressos.
 
Os menores de 14 anos só podiam entrar nos cinemas acompanhados. Era comum ver jovens de 12, 13 anos, junto à bilheteria, abordando adultos com um "posso entrar com a senhora ou com o senhor?".
 
A facilidade de compra de ingressos pela Internet ainda estava muito distante, mas nunca entendi como se demorou tanto a poder marcar o local da poltrona.
 
Os cinemas eram enormes, praticamente todos de rua, a maioria com "bombonnière" e lanterninhas.
 
Havia sempre, antes do filme, um telejornal como o "Atualidades Atlântida" ou, na cadeia Art-Palácio, o "Actualité Française".

domingo, 23 de junho de 2019

FESTIVAL DA CRIANÇA



 
O VII Festival Nacional da Criança realizou-se no Pavilhão de São Cristóvão com brinquedos e diversões totalmente gratuitas, patrocinadas pelas mais importantes empresas brasileiras ligadas à criança. Não houve qualquer condicionamento de compra de produto para que a criança utilizasse o brinquedo.
Foram construídas uma quadra de futebol de salão, uma escolinha de arte para pintura, uma escolinha de trabalhos manuais, um velódromo para as crianças andarem de bicicleta, pista com minicarros, dois tobogãs, cineminha com desenhos animados, teatrinho de marionetes, corrida de saco, labirintos, chute ao gol com prêmios, basquetebol, viagem pelo Brasil num minitrenzinho e dois playgrounds completo.-
Funcionou de 10 de novembro até 3 de dezembro de 1972.
Não sei como controlavam a quantidade de público.