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sábado, 2 de maio de 2020

TÚNEL NOVO





 
Vemos hoje várias fotos do "mata-paulista" existente no Túnel Novo.
 
Após a conclusão das obras de construção da atual galeria Botafogo-Copacabana no final dos anos 40, o tráfego de bondes de Copacabana para Botafogo deveria voltar para a galeria mais antiga. Mas por uma série de motivos isto não foi feito, permanecendo esta perigosa situação de carros entrando no túnel e dando de cara com um bonde.
 
É importante observar que havia várias ruas da cidade com mão-dupla na época. Na Zona sul, por exemplo, a Visconde de Pirajá, a Ataulfo de Paiva, a Voluntários da Pátria, a General Polidoro e a São Clemente, entre outras eram assim.
 
Logo após a retirada dos bondes de circulação o problema continuou com os ônibus elétricos em algumas vias, como na Visconde de Pirajá e Ataulfo de Paiva.
 
 

sexta-feira, 1 de maio de 2020

TÚNEL NOVO 4




 
Nos anos 40, do lado de Botafogo, houve necessidade de retificação das encostas do Morro de São João, retirada de entulhos, construção de muros de arrimo. Tudo isso sem as máquinas encomendadas aos Estados Unidos fez que o trabalho se arrastasse mais ainda.
Outra dificuldade encontrada do lado de Botafogo foi a fragilidade do trecho do emboque, que provocou um corte profundo nas abas do Morro do Leme a fim de dar estabilidade a encosta. Com isto o trabalho de perfuração pelo lado de Copacabana foi o maior contribuinte para a abertura da nova galeria.
Em outubro de 1942 um escorregamento do terreno soterrou a velha Rua do Túnel e o próprio túnel ficou bloqueado.
Numa das imagens por cima da nova abóbada vemos a nova Av. Lauro Sodré, ainda dentro do canteiro de obras. Noutra vemos o topo do Morro de São João e os hospitais São Zacharias em primeiro plano e logo após o dos Estrangeiros.
O São Zacharias, da Santa Casa, sobrevive e lá existe um Serviço de Ortopedia. Já o Hospital dos Estrangeiros, que ficava na Rua da Passagem nº 188, fundado em 1892 e com um anexo construído no início dos anos 50 e com entrada pela Rua General Gois Monteiro nº 8, fechou em 1966, depois de ter prestado excelente serviço aos cariocas (era conhecido também como Hospital dos Ingleses).
Finalmente, na segunda foto vemos um acidente ocorrido perto da igreja de Santa Terezinha que interrompeu o tráfego completamente.

quinta-feira, 30 de abril de 2020

TÚNEL NOVO 3

Foto de 1942 mostrando o estágio da obra de abertura da nova galeria do Túnel Novo
As obras para a construção na nova galeria (a atual Botafogo-Copacabana) foram programadas para o início dos anos 40. A ideia era importar todo o necessário dos Estados Unidos, que tinha máquinas modernas. Entretanto, com a entrada daquele país no II Grande Guerra isto se tornou impossível. A solução foi usar as máquinas e equipamentos da própria Prefeitura.
 

Nesta foto vemos uma explosão do lado de Copacabana para abertura do túnel. Muitos prédios da Princesa Isabel e da Felipe Oliveira foram demolidos. Ali à direita, na entrada da galeria mais antiga, ficava uma oficina e garagem de táxis que existiu até os anos 60. Era chefiada pelo "Baiano", cujo nome já não me lembro, compadre de meu pai.

À esquerda, a igreja de Santa Teresinha. O trânsito flui em mão-dupla pela galeria antiga enquanto a nova galeria está sendo aberta. Esta primeira galeria era estreita, 12 metros, e quando das obras da década de 40 ficou resolvido que seria alargada após a conclusão da nova galeria. Ambas teriam os mesmos 16 metros de largura e 250 metros de comprimento.
 

Já vemos os trilhos sendo colocados na nova galeria. Quando esta ficou pronta o tráfego de bondes foi deslocado para ela, pois a galeria antiga seria alargada. Depois de feito o alargamento uma série de acontecimentos levaram à desistência de levar os bondes sentido Botafogo para lá, permanecendo a ida e vinda dos bondes pela nova galeria. Era o famoso "mata-paulista".
 
A Igreja de Santa Terezinha, que lá está até hoje, em estilo "art-déco", foi obra do Cardeal Sebastião Leme, sendo consagrada em 1941.
 
Agradeço a colaboração do Carlos P. L. de Paiva e do Andre Decourt.

quarta-feira, 29 de abril de 2020

TÚNEL NOVO 2



 
Continuando com nossa série vemos hoje mais três fotos enviadas pelo prezado Carlos P. L. de Paiva.
 
As duas primeiras mostram o aspecto do lado de Botafogo, como era e foram demolidos os prédios para as obras.
 
A última foto mostra à direita o túnel existente, construído em 1906, (a que hoje liga Copacabana a Botafogo), chamada Engenheiro Coelho Cintra (obviamente não existia o Shopping Rio-Sul, colocado na imagem apenas como referencial).
 
A linha amarela mostra o traçado do segundo túnel, que seria construído na década de 40 (linha amarela). O pontilhado em vermelho mostra os prédios que seriam demolidos do lado de Botafogo.


terça-feira, 28 de abril de 2020

TÚNEL NOVO 1

 
Todo o casario bem como esse trecho da Ladeira do Leme foram demolidos para a duplicação do Túnel Novo. em 1949. O bonde que aparece na foto é o da linha nº 5, Leme.
 
Mais tarde, a construção da Igreja de Santa Terezinha na entrada do túnel, em 1938, e depois, a construção da outra galeria do Túnel Novo, em 1949, alteraram significativamente a paisagem da região. Na década de 1980, ao lado da igreja construiu-se o shopping Rio-Sul.
 
Vemos a Av. Princesa Isabel e a primeira galeria do Túnel Novo.
 
Nesta foto do Acervo da Aviação Naval vemos um panorama de Copacabana e Botafogo na década de 1920. A primeira rua, à direita, é a Princesa Isabel, que leva ao Túnel Novo.
 
Faremos uma pequena série sobre o Túnel Novo, com contribuições de vários comentaristas, tanto em texto quanto em fotos. Em especial ao prezado Carlos P. L. de Paiva.
No final do Governo Pereira Passos, em 1906, foi inaugurada a primeira galeria (a que hoje liga Copacabana a Botafogo), a chamada Engenheiro Coelho Cintra. Por ela começaram a passar os bondes que seriam uma opção aos que passavam pelo Túnel Velho.
A outra galeria, que hoje liga Botafogo a Copacabana, a chamada Engenheiro Marques Porto, só seria aberta em 1949.
Ambas têm uma extensão de 250 metros, sob o Morro da Babilônia.
O acesso a Copacabana por bondes deu uma alavancada na ocupação do bairro. Na mesma época da inauguração da primeira galeria, a Coelho Cintra, iniciou-se a construção da Av. Atlântica, com apenas 6 metros de largura.
Pereira Passos, à época, cancelou o decreto de “liberdade de construção” existente que tinha tido o objetivo de estimular a ocupação do bairro. Foi revogado no intuito de evitar a construção de moradias precárias e cortiços.
Em 1908, outro decreto veio estimular a construção na orla marítima ,isentando de taxas todas as construções, embora estas tivessem que seguir as disposições estabelecidas na regulamentação para edificações.
 
 
 
 


segunda-feira, 27 de abril de 2020

GÁVEA TOURIST HOTEL






Na década de 1960, a Companhia Califórnia de Investimentos lançou o GÁVEA TOURIST HOTEL, com o "slogan" "...e o sonho se realizou entre o mar e a montanha".
Entretanto, o sonho virou um pesadelo. As obras do hotel foram paralisadas há quase 60 anos, devido à falência da incorporadora, restando um "esqueleto" abandonado que está lá até hoje.

O prédio de 11 andares, projetado para ter 40 apartamentos de 23 metros quadrados cada um, ocupa uma área de quase 22 mil metros quadrados, na Estrada da Canoa nº 2041. Esta estrada liga o bairro de São Conrado ao Alto da Boavista.

O hotel fica num local privilegiado, com belíssima vista para o mar, encravado no meio de luxuriante floresta. Durante alguns anos, na década de 1960, chegou a funcionar o Sky Terrace Bar, um bar-boate, no térreo.

Muitos investidores perderam dinheiro ao comprarem cotas deste empreendimento. Foram vendidas 11520 cotas, que davam direito a ali se hospedar durante parte do ano. O Gávea Tourist Hotel começou a ser construído no ano de 1953, pelo arquiteto Décio da Silva Pacheco.

Conta o prezado FlavioM, cuja aparição por aqui ficou cada vez mais rara, que os pais dele se mudaram para São Conrado em 1959. Nesta época, o GTH ainda estava em construção. Alguns meses depois, passaram a acender vários quartos, formando as letras GTH. A instalação elétrica estava pronta. Diziam que todos os banheiros já estavam com as peças hidráulicas instaladas. Pelo menos um dos elevadores foi posto em operação, para levar o público à boate Sky Terrace.

Aparentemente o empreendimento foi vitimado por excesso de esperteza. Venderam muito mais cotas do que o volume autorizado, ou coisa parecida, de forma que a soma dos valores das cotas era muito maior do que o possível valor futuro do imóvel ou da empresa operadora.

O Panorama Palace Hotel (Ipanema/Lagoa), o Shopping Center Popularis (atual Shopping da Gávea), pelo menos um ou dois clubes da Barra e mais uma série de outros empreendimentos seguiram o mesmo caminho. E não incluo aí o Centro da Barra/Athaydeville, onde existiu outro tipo de golpe.

domingo, 26 de abril de 2020

DOMINGO NO RIO





 
Saudade dos domingos de antigamente, bem diferentes desses domingos de confinamento.
 
Em vez de procurar séries no Netflix, ler o jornal, zapear pela Internet, ficar sentado no sofá, a dúvida era se valia a pena uma passeio a Paquetá, pegar uma praia no Arpoador, jogar uma "pelada" no Aterro, ir ao "Maraca" ou pegar o carro e ir visitar o Corcovado.