Hoje é sábado, dia da série "DO FUNDO DO BAÚ". E de lá sai um exemplar do álbum das "Grandes Operetas" das "Seleções do Reader´s Digest". O "velho" era fã deste tipo de música, o que era um desespero para meus ouvidos de criança. Junto com muitos discos de 78 rpm, as "Grandes Operetas" ficavam guardadas na parte de baixo do enorme móvel que abrigava a vitrola.
Lembro que o toca-discos
era acessado levantando-se parte da tampa deste móvel. Se não me falha a memória
havia também um rádio acoplado ao mesmo equipamento.
Quanto às "Seleções
do Reader´s Digest" lembro que a revista era leitura comum nos lares do
Rio nas décadas de 40 a 60. Além dos artigos variados, alguns bastante bons, e
das seções do tipo "Rir é o melhor remédio", "Meu tipo
inesquecível", "Piadas de caserna", e das piadas nos rodapés das
páginas, havia ainda a apresentação de grandes sucessos literários em edição
condensada. Mal ou bem, era uma forma de tomar contato com livros
interessantes. Na biblioteca lá de casa tínhamos estes livros encadernados em
grupo de três.
A revista tinha, também, o hábito de lançar coletâneas musicais, sempre com o melhor da música. Tradicionalmente, os álbuns reuniam orquestras ou corais exuberantes, excelentes arranjadores e repertórios irretocáveis que iam da canção popular às peças clássicas. Vinham em caixas com 9 LPs, em média, ou na forma de álbuns individuais, mas todos ótimos. Habitualmente traziam doze músicas, com seis delas de cada lado.
A revista tinha o índice das matérias na capa da frente. Nesta edição chamam a atenção:
"Roubados às garras da morte"
"Um chofer de táxi na estrada da Birmânia"
"Como o Brasil abateu um invasor"
"Um cão no tribunal".
PS: A revista "Seleções" era. no tempor da "Guerra Fria", um forte instrumento de propaganda da politica externa americana e do famoso "american way of life". Mas, de qualquer maneira, tinha matérias bastante interessantes numa época , que convém lembrar, o escopo de publicações disponiveis para leitura era reduzido.