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sexta-feira, 27 de julho de 2018

EDIFÍCIO ATLAS

 
A foto, do acervo do Correio da Manhã, é de 1961 e mostra as obras do Edifício Atlas, na Rua do Riachuelo 327 a 333. F
Fazia parte do Plano Atlas, feito através de subscrições populares, para a construção de um imponente conjunto arquitetônico, de 271 unidades comerciais, 63 apartamentos, 15 lojas e grande área para garagens.
As ações podiam ser subscritas com uma entrada de Cr$ 1.000,00 por ação. Baseado em condições de absoluta solidez, de rentabilidade máxima e plenamente acessível à pequena economia, cedo o PLANO ATLAS interessou pessoas das mais diversas condições sociais, diziam os jornais.
Ocorreu, então, uma verdadeira democratização do investimento, em subscrições variáveis de 1 a 50 ações.  Um grande número de pessoas se capacitou a participar de vantagens até há pouco restritas a uma pequena maioria: os lucros de investimentos em imóveis.
Os fundadores do Plano Atlas, em 11/06/1961, antes mesmo da constituição da sociedade, resolveram com os seus próprios recursos dar início à construção do prédio.
Os anúncios diziam “Participe da única companhia de investimentos do Brasil, lançadora de ações imobiliárias. Pela primeira vez dá-se oportunidade aos possuidores de pequenas economias de participar realmente dos lucros imobiliários: Garantia totalmente patrimonial, valorização permanente 33% a/a, renda prevista de 24% a/a, resgate imediato livre de qualquer despesa, taxa ou imposto.”
A Predial Waisman S.A. foi a encarregada da construção do Edifício Atlas, que ocuparia uma área de 14.238 metros quadrados, com dois blocos, um voltado para a Rua do Riachuelo e o outro para a Rua Paula Mattos.

quinta-feira, 26 de julho de 2018

ANIMAIS NA PISTA



 
Animais soltos pelas ruas do Rio de antigamente não eram privilégio de uma determinada região, conforme mostram as fotos do “Correio da Manhã”.
Em 1955, os cavalos que servem às crianças no Jardim de Alá pastam tranquilamente na Av. Vieira Souto, defronte aos belos palacetes existentes na vizinhança do Country Club.
Em pleno 1962 um cavalo passeou pelo Campo de Santana. A foto foi feita incluindo o relógio da Central para evitar desmentidos. Em contato feito pela reportagem junto ao Departamento de Parques e Jardins, um funcionário, muito atencioso, respondeu: "Não brinquem, senhores, onde já se viu cavalo no Campo de Santana?" O cavalo tinha as iniciais "P.S." marcadas na anca.
E em 1965 eram vacas que passeavam pelo Largo do Campinho.

quarta-feira, 25 de julho de 2018

VOO DO AMICITIA


 
A foto mostra o avião “AMICITIA” no Rio. Ele tem uma história interessante.

O “Correio da Manhã” de 16/05/1939, uma terça-feira, tinha uma grande manchete:

“CHEGOU DOMINGO AO RIO A FAMILIA VOADORA” – um vôo de amizade de cincoenta mil milhas através vários paizes”.

O aeroporto Santos Dumont teve um domingo bastante movimentado. A chegada do artista cinematographico Henry Fonda attraiu á estação de hydros, uma verdadeira legião de curiosos.

Entretanto, outro acontecimento não commum, era motivo de intensa curiosidade. Devia chegar a familia Hutchinson, que está realizando um vôo em torno do mundo. De facto, cerca de 5 horas da tarde, o ruído forte dos motores dum avião attraiu as atenções geraes. Era o bimotor Lookhead-Electra que, após uma curva feita com segurança, pousava na pista.

É comandante do Lookhead, que foi denominado “AMICITIA”, o tenente-coronel George Hutchinson, espirito completo de amante pelas aventuras. Trouxe toda a familia (a esposa Blanche e as filhas Katlyn e Janet), conhecida como “Familia Voadora”. É a que possue maior numero de quilômetros voados e horas de vôo, bem como paizes percorridos por via aérea.

A familia está empenhada num vôo pelo mundo, a começar pelas Americas, iniciada em 24 de abril. Pretende percorrer em 50 mil milhas cerca de 70 paizes, com o objetivo de amizade e confraternização.

Trás o tenente-coronel um álbum contendo uma mensagem de amizade a ser assinada por todos os chefes de governo dos paizes em que passarem. A mensagem é a seguinte:

“Nós, os leaders de todas as nações da terra, cujas assignaturas e fotografias apresentamos, reunidos pela primeira vez num mesmo documento, convencionamos firmar aqui a inteira solidariedade dos nossos desejos e da nossa boa vontade, para que a presente mensagem sirva para estreitar mais solidamente os laços do nosso bom entendimento, contribuindo, dessa fórma, para a maior gloria e grandeza do Mundo e da Humanidade”.

Vemos também o caminhão da gasolina Energina, que abastece o avião AMICITIA.
Os anúncios da época diziam: “Encha o tanque do seu carro com gasolina ENERGINA e V.S. notará immediatamente maior suavidade na marcha, facilidade na sahida, rapidez na acceleração e força nas rampas. ENERGINA evita o batido do motor e depósitos de carbono”.

Num edifício da Praça XV ficava a matriz no Brasil da Anglo-Mexican Petroleum Company Ltd., distribuidora da famosa gasolina ENERGINA. A Anglo-Mexican fazia parte do poderoso Grupo Shell.

terça-feira, 24 de julho de 2018

AV. PRESIDENTE VARGAS




 
A Avenida Presidente Vargas, apesar de feia e sem grandes atrações, é uma das mais fotografadas pelos jornais de antigamente.
As fotos de hoje são de 1961, 1957, 1952 e 1960, todas do acervo do Correio da Manhã.
Como conta Paulo Berger, "foi na administração do Prefeito Henrique Dodsworth que se iniciou a abertura da Avenida Presidente Vargas. Assim, no início de 1941 começaram as derrubadas dos prédios, resultando no desaparecimento de vários logradouros, e demolição das igrejas de São Pedro, do Bom Jesus do Calvário, de São Domingos e de N. S. da Conceição.
Ao todo foram demolidos 525 prédios e desapareceram o Largo de São Domingos, a Praça Lopes Trovão, as ruas General Câmara, São Pedro, Senador Eusébio, Visconde de Itaúna e a Travessa Bom Jesus.
O primeiro trecho da nova avenida, entre a Avenida do Mangue e a Praça da República, foi inaugurado em 1942. No ano seguinte era inaugurado o segundo trecho entre a Praça da República e Rua Uruguaiana. Finalmente, em novembro de 1943, foi terminado o último trecho até a Praça Pio X, que rodeia a Igreja da Candelária.
A avenida tem 2040 metros de extensão no trecho realmente aberto (entre a Praça Onze e Rua Visconde de Itaboraí), continuando, porém, pela Avenida do Mangue até a Praça da Bandeira, com a extensão total de 4 quilômetros.”

segunda-feira, 23 de julho de 2018

AUTÓDROMO



Esta foto ilustrava a seguinte notícia: "Autódromo tem pronta pista de velocidade: A Comissão de Corridas do Autódromo Internacional do Rio de Janeiro - Barra da Tijuca, BR-6, mostrou aos esportistas recentemente o estado atual da construção daquela praça de esportes, informando que no início do mês de junho de 1966 será feita uma festa de pré-inauguração que, de acordo com a programação, prolongar-se-á até a noite.
Na ocasião, cinco pilotos presentes fizeram a experiência da pista de alta velocidade, recentemente dada por concluída. Os construtores do autódromo informaram que dentro de pouco tempo será iniciada a construção das arquibancadas do autódromo, destinadas ao grande público.
O Secretário de Viação e Obras, Paula Soares, e o diretor do DER, Segadas Viana, informaram que a Estrada Coronel Pedro Correia que unirá a Estrada dos Bandeirantes ao autódromo, estará asfaltada para a festa de pré-inauguração e que dentro de 60 dias, a partir de 13 de maio de 1966, estará aberto o caminho pela Via 11, já permitindo a passagem dos automóveis.
A Via 11 ligará o autódromo à Cidade de Deus, ou seja, Jacarepaguá, e assim que as suas duas pontas alcançarem a Lagoa de Jacarepaguá, será colocada a ponte provisória que dará passagem a dois carros.”
A previsão era de que o Autódromo teria capacidade para 80 mil pessoas, com uma pista de 5 mil metros (a de alta velocidade e a pista interna). Localizado a apenas 2.800 metros da BR-6, Rio-Santos, às margens da Lagoa de Jacarepaguá, seria mais uma atração turística para a Guanabara.
A Comissão de Corridas do Autódromo Internacional do Rio de Janeiro seria formada por Amadeu Girão (presidente), Albino Brentar (diretor de Box), Sergio Kastrup (diretor de Pista), Walter Goetz (diretor de Sinalização), Paulo Cartaxo e Norman Casari (diretores de Técnica) e M. Jensen (diretor de Cronometragem). Entretanto, alguns não puderam aceitar e a Comissão passou a ter os senhores Oscar Müller, José Joaquim Ferreira, Amadeu Girão, José Henrique de Albuquerque, Paulo Cartaxo, Walter Goetz, Eduardo Lee e Werner Eckestein.