FOTO 1 ( de Piotr Ilowiecki)
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quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024
segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024
POSTOS DE GASOLINA
FOTO 1: Inaugurado em 1946, o posto de serviço Esso Mauá ficava na esquina da Av. Venezuela com Sacadura Cabral. Pertencia a Luiz P. Fonseca e, além de abastecimento de combustível, tinha uma loja com produtos para carros e caminhões, filtros de óleo Fram, Velas Swanite, Acumuladores Atlas, Borracha Lockheed para freios e peças em geral. Telefone era 23-0583.
Em seu lugar atualmente temos o Edifício Aliança, construído por Roberto Moreira Penna, para a Empresa Aliança de Navegação, que ocupava os últimos andares.
Foto do acervo do Tumminelli.
FOTO 2: A foto foi publicada há muitos anos no fotolog "Saudades do Rio - O Clone" e muito se especulou sobre sua localização. Seria Praça da
Bandeira? Ou na 24 de Maio? Não se chegou a uma conclusão.
FOTO 3: Do acervo do Derani, esta foto da década de 70, mostra um posto Shell em Cascadura. Ao fundo vemos um cartaz com uma famosa campanha publicitária da Shell com o Wilson Simonal.
Shell com ICA! Shell
exceeede!
ICA significa “Ignition
Control Additive”, um aditivo à base de fósforo para evitar depósitos nas velas
de ignição
O Simonal era contratado
da Shell desde o início dos anos 60, tanto que seu primeiro LP chamava-se “Wilson
Simonal tem algo mais...”, justamente como o mote publicitário da Shell na
ocasião: “Shell tem algo mais...”.
FOTO 4: Vemos um dos postos de gasolina construídos na década de 70 na Avenida Atlântica com sua configuração original, em 1972.
Quanto ao aproveitamento
do espaço conseguido com o aterro feito em Copacabana me pergunto por que não foram feitas garagens
subterrâneas, algo que Copacabana tanto necessitava, em vez destes postos de
gasolina? Aliás, se existe um lugar mais inadequado ao serviço de abastecimento e
manutenção de veículos é o canteiro central de uma das praias mais bonitas do
mundo.
FOTO 4: Foto acima, conforme bem observou o Mário, estava "espelhada". Agora, após demissão do novo estagiário (este não durou nem uma semana), aí está a foto correta.
FOTO 5: Esta foto mostra o Posto Ipiranga, na esquina do Corte do Cantagalo com a Avenida Epitácio Pessoa, em 1959. Era um tempo em que o tráfego de automóveis na Lagoa era reduzidíssimo (praticamente nulo após as 20 horas) e que tinha, neste posto, o único estabelecimento comercial além do Bar Lagoa, em todo o trecho entre o Jardim de Alá e o Corte do Cantagalo. No final da década de 1960, aí abastecia de gasolina e tratava com carinho o meu primeiro fusca. Nesta época, nem todos tínhamos telefone, dada a dificuldade de se obter uma linha. Nem lembro de quantas vezes fui usar o telefone público do posto, daqueles antigos, com ficha telefônica comprada no balcão.
Durante muito tempo este posto Ipiranga distribuiu um exemplar do JB para seus fregueses, uma novidade na época.
Era, também, a salvação na volta da praia de Copacabana: como íamos descalços para a praia e a calçada da descida do Corte do Cantagalo para a Lagoa pegava fogo na hora da volta, vínhamos correndo e chegávamos no posto com a sola dos pés queimando, buscando abrigo no "box" de lubrificação.
O posto sobreviveu até os anos 90, quandofoi demolido para dar lugar a um arranha-céu.
FOTO 6: Foto colorizada pelo Conde di Lido, mostrando a região do lado de Botafogo do Tunel Novo, em meados da década de 60 (há um ônibus elétrico à direita), ainda antes do Rio-Sul.
Vemos ao lado do Posto Esso (era de propriedade do Sr. Frederico C. Melo, proprietário de outros postos, inclusive do que abrigava a boate Fred's), o Solar da Fossa e, mais adiante, a Igreja de Santa Terezinha. Depois veio o Rio-Sul, que conviveu com o posto de gasolina por algum tempo, até este ser desativado e ser construída uma expansão do "shopping". À direita, vemos ainda casas onde hoje estão os arranha-céus da "Morada do Sol". Ainda à direita podem ser vistos o prédio do DASP e, logo depois da Ladeira do Leme e o Hospital São Zacarias.
FOTO 7: A foto, do
Arquivo Nacional, mostra a Avenida Delfim Moreira, no Leblon, em 1967, esquina
da Rua Cupertino Durão. Vemos, à direita, o Posto Esso que acabou, como
esperado, sucumbindo à especulação imobiliária poucos anos depois, assim como o
“Postinho”, na esquina da Epitácio Pessoa, e o Posto Shell, na confluência
Vieira Souto/Rainha Elizabeth. Além dos já citados havia no Arpoador um posto
do Exército com uma ou duas bombas (gasolina? diesel?) e, no outro extremo,
havia na Praça Ataualpa no final do Leblon uma bomba creio que Ipiranga, além
de um Posto Gulf (depois Texaco) perto da Rua Rainha Guilhermina (ali trabalhou
o Brandão, conhecido mecânico do Leblon). Com a liberação do gabarito para a
construção de arranha-céus em Ipanema e Leblon estes postos de gasolina ficaram
inviáveis. Fuscas, Kombi e um Dauphine aparecem passando pela rua, numa época
em que ainda não havia ciclovia junto à praia e o canteiro central era muito
mais simpático.
FOTO 8: Montagem de Michel Meckler Postinho mostrando o "Postinho", no Jardim de Alá, em sua primeira e em sua última configuração. Inicialmente era em estilo neo-colonial. Atualmente há um prédio de apartamentos em seu lugar.
Contou o Jason Vogel em artigo d´O Globo: "O Postinho, na esquina de Vieira Souto com Jardim de Alá, começou a se tornar ponto de encontro da turma que gostava de carros no começo dos 50. Na época, o Circuito da Gávea (corrida pelas ruas do Leblon e da Rocinha) ainda era uma prova do automobilismo internacional e a área era muito menos movimentada do que hoje. Pois uma turma se reunia no posto – que sempre teve bandeira da Esso – e daí saía pra medir forças. Muitas vezes, usavam o próprio percurso do Circuito da Gávea para avaliar a preparação dos motores ou apenas correr por um pouco de adrenalina.
O Circuito da Gávea
acabou em 54, mas o "Postinho" continuou a atrair cada vez mais aficionados por
velocidade. Mecânicos, apaixonados por carros, gente que ia trocar uma idéia
sobre preparação ou apenas bater papo. Vieram a indústria nacional, os anos 60,
e cada vez mais gente tinha carro: Simca, Gordini, Karmann-Ghia, DKW e Fusca
roncavam envenenados pela área, antes de partirem para pegas e disputas de
arrancada na deserta Barra da Tijuca.
No finalzinho dos anos 60, houve uma transformação: com a chegada das motocicletas japonesas ao Brasil, a turma das quatro rodas deu lugar aos apaixonados por máquinas como Kawasaki 900, Honda 750 Four, Suzuki 380 ou Yamaha RD350, a “fazedora de viúvas”… O pessoal se reunia no canteiro do Jardim de Alah, bem na frente do Posto – não era raro juntar cem motos no local."
Transcrevo um comentário sobre o "Postinho" feito pelo nosso Conde di Lido: "Guardo na lembrança momentos incríveis vividos no Postinho no início da década de 60. Ficávamos horas fazendo ou vendo os amigos fazerem a “curva do postinho” que era entrar no Jardim de Alá vindo da Vieira Souto. Era um tempo de fartura e, não raro, a gente gastava um jogo de Pirelli Cinturatto por mês nos nossos Fuscas , DKW, Karmann Ghias etc…êta saudade braba!!! Onde andarão os meus amigos daquela época? Será que algum deles visita este flog? Marcio Cambalhota, Tartaruga, Hélio e Décio Mazza, Paulo Cesar Simas, Mariozinho Kroeff, Dadinho Marcondes Ferraz, Caio Mauro, Emanuel da Auto Eletro, Norman Casari, Márcio Braga, Fidelis Amaral, Claudio Lins, Arditti , Theodoro Duvivier… Sei que alguns morreram porém nem todos conseguiram.Um grande abraço com muitas saudades de vocês e do meu querido Postinho."
Transcrevo, também, resposta do Gustavo Lemos a este
comentário: "Conde, conheço quase todas as pessoas que vc citou e ainda
tem mais: Amaury Mesquita, Roberto Ebert, Abelardo Milanez, Castrinho, Jorge
Mourão, Biju, Mário Maluco, Neville Larica, Fernando Tavares e muitos outros. O
Dadinho era meu primo e faleceu há três anos. O Arditti a que vc se refere é o
cardiologista Jacques Arditti".