C
orria
o ano de 1966 quando a revista Manchete fez uma reportagem com o “high-society”
carioca, mostrando algumas de suas “locomotivas” e por onde festejavam. Pena
que nosso comentarista especialista no assunto, o Conde di Lido, esteja em mais
uma de suas viagens ao exterior, por conta da “merreca” que recebe de
aposentadoria.
Na
primeira foto vemos Teresa, no “On the rocks”, que ficava no Panorama Palace
Hotel em Ipanema (Rua Alberto de Campos nº 12, tel: 27-3951), junto ao restaurante
Berro d´Água. Provavelmente depois de degustar um "Faisão à moda", do
maitre José Sanchez.
A
seguir vemos Kiki, no Le Bateau, na Praça Serzedelo Correia, um dos “escritórios”
do Conde, onde confraternizava com o Conde Hubert de Castejá e com o maitre Geraldino,
além de dançar “monkeys”, “surfs” e músicas nacionais cantadas por Jorge Ben,
Simonal e Elis.
Glorinha
está no Le Chalé, na Rua da Matriz nº 54 Era uma casa colonial que começou como
salão de chá. Os empregados vestiam-se ao estilo de Debret, com baianas
servindo vatapá e papo-de-anjo.
Já
Sylvia aparece no Le Bistrô, requintado restaurante de Mauro Travassos na Rua
Fernando Mendes nº 7. Com sua inauguração o Le Bistrô se tornou um grande
concorrente do Nino (Domingos Ferreira esquina de Bolivar), do Le Bec Fin (Av. N.S.
Copacabana nº 178), do Chateau, do Relais (na Venâncio Flores, Leblon), do Le Candelabre
(Rua Xavier da Silveira nº 13).
Miriam
está no Sacha´s, na Rua Antonio Vieira nº 6, n Leme, onde o ponto alto era o
piano de Sacha Rubin.
Por
fim, vemos Tanit na simpática boate do Costa Brava, no Joá.
Outros
restaurantes da Zona Sul em 1966: Maison Suisse (hoje Casa da Suíça, na Glória),
o Petit Club, o Smilling Buda (chinês do Leblon), Al Buon Gustaio", na Rua
Figueiredo Magalhães nº 35-A, telefone 37-0419, "Au Bon Gourmet", na
Av. N.S. de Copacabana nº 202, telefone 37-7557, o Maxim´s na Av. Atlântica
1850, telefone 37-9644. O Michel, Rua
Fernando Mendes 18; Scotch, Rua Fernando Mendes 28, La Boheme, Av. N.S. de
Copacabana 14; Le Mazot para comer um “fondue”, o Helsingor para um sanduíche
diferente no Leblon, o Pomme D´Or na Sá Ferreira, bem com A Baianinha, na Av.
Atlântica. Ainda em Copacabana o Le Chalet Suisse na Xavier da Silveira,
pertinho do Ponto de Encontro (Barata Ribeiro), o Real, só de peixes, lá no
Leme, perto da La Fiorentina e da Sorrento.
Havia
os sanduíches incrementados do Amigo Fritz, o Rio-Nápoli, refúgio seguro para
uma boa massa na General Osório. O violão do Black no Cheiro Verde na Real
Grandeza e o Zé Maria no piano do Antonino, na Lagoa. Em Ipanema e Leblon, o
Castelinho, o Garden, o Alpino, o Jangadeiros, o Zeppelin, o imortal Lagoa, o
Varanda na Praça N.S. da Paz, o Grinzing, parente da Bierklause do Lido. O
Final do Leblon na Dias Ferreira, o “Portinho” (atual Diagonal), o Real
Astória, a Pizzaria Guanabara e o La Mole (ambos já viveram tempos melhores), o
Alvaro´s, o Manolo´s, o Degrau, o Luna. Panelão e Caldeirão vieram um pouco
depois.
Entre
as boates e casas de “shows” a Don Quijote (na Bartolomeu Mitre), o Jirau (Rua
Rodolfo Dantas nº 91-A), a Zum-Zum-Zum (na Barata Ribeiro nº 190-8)), o Porão
73 (do Miele e Boscoli), a Balaio (no Leme), o Drink (na Princesa Isabel nº
82-A), Cangaceiro, Fred´s (Av. Atlântica nº 1020), Meia-Noite (no Copacabana
Palace), Fado (Barão de Ipanema nº 156), Lisboa à Noite (na 5 de Julho nº 335),
Adega de Évora (Rua Santa Clara 292), Rui Bar Bossa (na Rodolfo Dantas nº 91-B),
Golden Room, na Av. Atlântica nº 1702, telefone 57-1818. Arpège, na Gustavo
Sampaio nº 840-A, telefone 57-4624. A Studium, no Hotel Excelsior na Av.
Atlantica nº 1800, telefone 57-1950, a Hi-Fi, no Plaza Copacabana Hotel, Av.
Princesa Isabel 63-A, telefone 57-1870, o San Sebastian Bar (Rua Miguel Lemos
nº 51). Os templos da Bossa Nova como o Little Club, na Rua Duvivier nº 37-L, Bottle´s
e Baccará. O Kilt Club (Rua Carvalho de Mendonça nº 35), Piaf na Sá Ferreira nº
30, Saint-Tropez (Av. Atlântica nº 3578).
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