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sábado, 5 de abril de 2025

DO FUNDO DO BAÚ

Num primeiro momento, ao ver a foto, não soube dizer o que era. A explicação está abaixo, em comentário do desaparecido e prezado amigo Derani.


 É um isqueiro de mesa !

Segundo ele, "antes do costume de fumar se tornar um hábito nocivo, execrável e seus praticantes encerrados em campos de concentração, tal objeto existia em 9 entre 10 casas que eu conheci, geralmente colocado sobre a mesinha de centro da sala."

Gira-se a hélice e a parte preta (cockpit) abre e aparece a chama. 


Aparelho de Barbear Gillette Mono TECH do MIJAO - Museu Interativo JBAN de Artefatos Obsoletos.

Numa só peça ! Não precisa armar !

"Feito especialmente para o homem prático e moderno, Gillette Mono-TECH é o mais aperfeiçoado aparelho de barbear, para ser usado com as famosas lâminas Gillette Azul - de pacotinho ou do MUNIDOR."

Comprado numa feira de antigüidades e outros badulaques, está em estado de zero-quilômetro. Dentro do belo estojo de imitação de couro, vieram o aparelho, um munidor com lâminas novas e o folheto de instruções. Era a evolução dos aparelhos mais antigos, que tinham que ser desarmado para colocação da lâmina.

Meu pai teve um desses e eu adorava brincar de abrir e fechar o receptáculo da lâmina imaginando um mecanismo de foguete espacial ou coisa que o valha.



O "seu" Agostinho, do salão que ficava na Rua Santa Clara, entre a Rua Barata Ribeiro e Av. N. S. de Copacabana, lado ímpar, bem ao lado do depósito da Kibon, cortava meu cabelo com um desses.

Outro barbeiro que o usava era o Geraldo Fedulo de Queiróz.

Lá pela década de 50 o Geraldo devia ter os seus quarenta e poucos anos e todo mês ia na nossa casa na Rua Barata Ribeiro para cortar o cabelo de meu avô. Chegava sempre de terno, com muitas histórias para contar, trazendo sua maleta com pente, tesouras, navalha e uma máquina manual igual a esta da foto.

Subia as escadas até ao terraço do 3º andar, onde ficavam os passarinhos de meu avô, ajeitava uma cadeira e começava o trabalho numa sessão que demorava muito. Falava sem parar. Eu e meu irmão adorávamos ouvir as histórias do Geraldo.

Não sei bem o que o ele fazia na vida, mas só cortava cabelos de uns poucos, entre eles o do meu avô e o do poeta Augusto Frederico Schmidt. Torcia pelo Fluminense e sempre se envolvia em animadas discussões sobre os últimos jogos de futebol.

Dissertava sobre sua paixão, a política - mais de uma vez o Geraldo se candidatou a vereador e cheguei a distribuir "santinhos" com o seu nome. Morava na Rua Real Grandeza, perto da Rua General Polidoro.

No enterro do Schmidt, logo após o Sobral Pinto discursar, "pediu a palavra" e emocionou a todos. Fez o mesmo na inauguração de Brasília, quando falou em nome dos candangos, diante do Presidente da República.

Era gente muito boa! Outros tempos, quando o fato de ter uma ocupação menos "nobre" não isentava a pessoa de ter cultura, educação e conhecimento.


Outro item do "MIJAO": Escovas de engraxar.

A Clark ("Clark, o calçado que dura o dobro”), tradicional sapataria no Centro da Cidade, ficava na esquina da Rua do Ouvidor com Travessa do Ouvidor.

Uma escova é para sapatos marrons e a outra para sapatos pretos. A Clark era uma das poucas sapatarias que tinha meio ponto e meia altura na grade de numeração.


MAIS DO QUE CONHECIDO!

Ele é a sentinela de milhões de lares em todo o Brasil.

Insuperável na sua fórmula concentrada.

Insubstituível na desinsetização doméstica.

Prolongados efeitos imunizantes.

Exija o único e legítimo FLIT.

A marca que o tempo consagrou.

 Nas décadas de 50 e 60 o FLIT reinou absoluto nos lares do Rio.


Era uma época em que havia uma quantidade enorme de moscas e o arsenal doméstico incluía mata-moscas de cabo de madeira e extremidade de plástico; uns papéis com cola onde as moscas ficavam grudadas; uma armadilha de vidro que tinha uma isca e da qual as moscas não conseguiam escapar.

Mas a bombinha de FLIT era insuperável no combate às moscas.

Comprava-se a bomba e, periodicamente, se enchia o reservatório com o conteúdo das latas.



Banido e sumido dos balcões por uma série de exigências sanitárias, a
 sina desses açucareiros sempre foi levarem uns tapas por baixo. Neste da foto falta a parte emborrachada de baixo.

Alguns engraçadinhos colocavam sal de fruta dentro dele para desespero do dono do bar. Ou desatarraxavam a tampa para sair uma quantidade maior.

Como viviam entupindo era necessário dar uma pancada mais forte na base. Aí saía muito açúcar e sempre se ouvia um "PQP!".

Muitos desses produtos da UFE - União Fabril Exportadora,  tinham presença no ‘armário de limpeza’ de nossas casas: Sabão de Côco para ‘bater’ roupa no tanque, Sabão Português para as roupas coloridas e mais brutas como jeans Far-West, Cera Cristal para colocar no reservatóriozinho da enceradeira Electrolux ou com o esfregão, o sabão BIG no banheiro das visitas, o pacote de velas, o removedor Zás-Trás para a limpeza da bicicleta.

Lembram daquela bolinha rosa que aparece bem na parte de baixo? Era um 
sabonete que ficava pendurado por uma correntinha de metal que passava pelo furinho. Era muito usado em banheiros de bares e botequins.


82 comentários:

  1. Na casa do meu avô na Usina, em todos os banheiros tinha um sabonete pendurado numa espécie de imã.

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  2. Sempre achei bonitos e decorativos esses açucareiros nos balcões dos bares e botecos. Por falar em bares, era hábito da população pedir um copo d'água mineral gasosa. Em dias quentes eu sempre pedia.

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  3. Gostei do isqueiro. Nunca tinha visto algo parecido. Saudades do meu Zippo.
    Me amarrava nesse tipo de barbeador e Flit era item obrigatório em casa.
    Escovas de sapatos também tenho duas.

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    1. Parei de fumar em maio de 2023, depois de 55 anos (dos 14 aos 69 anos) mas os dois Zippos que usava já há muito tempo alternadamente, um com uma belíssima gravação no metal em um dos lados de uma águia americana e o outro liso, estão bem guardados numa caixa só deles, junto com dois cartuchos de pedras que sobraram (aqueles transparentes com a rodinha vermelha em cima) e a pequena chave de fenda que utilizava na troca.
      É o tipo da coisa que, depois que eu "bater as botas", vai criar a situação:
      - O que que a gente faz com isso?
      - Você quer ? Eu não quero.
      - Também não ... podemos dar para alguém ?
      - Quem? Ninguém vai querer isso, mas também não tenho coragem de jogar fora....
      - Deixa aí por enquanto, depois a gente resolve.

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    2. Mario na primeira mudança dos herdeiros eles irão desaparecer.. rs, rs, rs,

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  4. Usei, até me render finalmente à praticidade dos descartáveis, aparelhos como o da foto, sempre com lâminas Wilkinson Sword.
    Vinham três laminas coladas em papel manteiga e embrulhadas em papel, dentro de uma caixinha de papelão.

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    1. Tenho duas escovas, a mais macia para "puxar o brilho", ambas presente de meu pai quando comecei a engraxar meus sapatos.
      Elas têm com certeza mais de 50 anos e ainda estão em ótimo estado de conservação.

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  5. Isqueiro não existia nas casas que morei na infância e adolescência, a família não fumava, mas na residência de uma das minhas tias todos eram viciados no tabaco. Dois dos meus outros tios também fumavam, mas a família deles não.
    Esse modelo de barbeador eu cheguei a usar nos primeiros anos de me barbear. Era do meu pai, que chegou a ter também o "porta gilete" mostrado na foto.
    A máquina manual de alavanca eu conheci, mas nunca vi sendo utilizada. Meu pai dizia que não aprendeu o ofício de barbeador porque era canhoto e não tinha como usar essa máquina.
    Também tenho duas escovas de sapato, uma delas herança de meu avô materno.
    Bomba para inseticida era comum nos anos 60 e 70, não tenho saudades.
    Açucareiro desse tipo era uma atração quando criança, ficava doido para usar, mas os adultos ficavam preocupados com a possível bagunça que poderia acontecer. E algumas vezes acontecia mesmo.
    A atividade de espalhar cera eu ainda pratiquei algumas vezes, já o meu irmão, por ser quase 5 anos mais velho, sofreu mais com isso, inclusive passar esfregão, que vi pouco, pois quando cheguei na idade de ajudar já tínhamos a enceradeira elétrica.

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  6. A UFE sucumbiu diante do processo de desindustrialização do Rio, outras simplesmente mudaram de praças (quase todas para SP ou Manaus), como a Gillette, L'Oréal, Ceras Johnson, e outras. A recuperação industrial do estado passaria pela Comperj (pólo petroquímico de Itaboraí), na onda da nova vocação industrial do Rio: o petróleo. Depois do "desmonte" provocado pela "lava jato", há indícios da retomada desse investimento, que será crucial para o RJ.

    No local da antiga fábrica instalou-se uma filial do mercado Assaí (sai indústria, entra serviço). A icônica chaminé foi preservada.

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  7. A ver tantos produtos que há muito não são vistos ou produzidos, faz com que nos sintamos em uma idade provecta. Ah, já ia esquecendo: Tendo em vista o comentário publicado aos 21 minutos do dia de hoje, tomara que a foto 3 da publicação de hoje não cause algum transtorno ou melindre em algum comentarista. Afinal em tempos complicados, tudo é possível...

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  8. Bom dia, Dr. D'.

    Das traquitanas de hoje, só o isqueiro não tinha visto. Aliás, falando em "sumidos", esse isqueiro seria considerado uma "facada" no outro sumido, o JBAN?

    Já usei aquele aparelho de barbear, antes de comprar o elétrico. O cortador já tinha visto, mas não usaram em mim...

    Hoje é dia das telecomunicações, que nos permite acessar este e vários outros sítios.

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    1. Subida da BR-040 interditada na altura do pedágio de Duque de Caxias por causa do temporal que cai na região serrana.

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    2. Rio Quitandinha na iminência de transbordamento.

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    3. Subida para Petrópolis reaberta.

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  9. Hoje não temos vitrola ou LP no fundo do baú mas temos comentarista que parece um disco agarrado, repetitivo em seus comentários com homofobia muito mal disfarçada.

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  10. Pelo visto, acho que fui o único por aqui que foi vítima do instrumento de tortura da quarta foto. Eram 2 fileiras de lâminas que funcionavam em função de cisalhamento. Dá pra imaginar o que acontecia quando essas lâminas não estivessem muito bem afiadas, o que acontecia na maior parte das vezes.

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    1. Não só você: eu também tive o cabelo cortado durante muitos anos com máquinas daquele tipo. E realmente de vez em quando o cabelo era arrancado, e não cortado, quando as lâminas não estavam bem afiadas. Não esquecendo as navalhas, para ajustar o contorno do corte, afiadas numa espécie de vara com couro.

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  11. Ótimo "Fundo do Baú", que como sempre traz recordações de tempos idos, bons ou maus para cada um de nós. Vamos lá, item a item.

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  12. Lá em casa quem fumava era minha mãe, meu padrasto e meu tio (este muito pouco) e depois meu irmão, esse sim fumante inveterado desde a juventude, tendo morrido de câncer na laringe, provavelmente em decorrência do tabaco. Ele acendia um cigarro no outro.

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  13. Das marcas de cigarro antigas, lembro do Elmo, Luís XV, Hollywood, Continental. Não tínhamos isqueiros domésticos. Meu padrasto tinha um simples, minha mãe acendia com fósforo, meu irmão teve alguns bem simples.

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  14. Quando me casei pela primeira vez, minha ex recebeu de presente de núpcias, de uma tia, a coisa de pior gosto que já vi na vida: um cinzeiro pesado, de metal, que era uma mosca varejeira de uns 15 cm de comprimento, daquelas de asa azulada. Quando você levantava as asas aparecia o compartimento para colocar a cinza.

    Rivalizando com essa peça de extremo mau gosto, minha tia recebeu numa festa de amigo oculto um prendedor de papel (ela era secretária). Era um pregador de roupa de madeira, pintado de dourado, com duas pedras azuladas em cima.

    Tupa que o rapiu!! Haja mau gosto para ambos!

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  15. Quanto a aparelho de barbear, tive durante pouco tempo um igual ao da foto. Mas a maior parte do tempo eu usei aquele desmontável, com lâminas Gillette e depois Wilkinson.

    Um dia meu padrasto, que dava sorte com rifas, ganhou numa delas um barbeador elétrico Remington Rand usado, com lâminas paralelas. Mas quase não usava. Eu ainda usei algumas vezes, mas não se se por causa dele acabei ficando com muitos pelos encravados, que tinham de ser soltos com agulha. Aí parei de usar e voltei ao aparelho normal.

    Depois passei a usar os atuais, de lâminas paralelas. Como sou mão de vaca, uso os mais baratos, tipo BIC ou semelhante. Só faço barba de três em três dias, de modo que o aparelho dura muitas semanas comigo. Só troco quando ela já está deixando parte dos pelos sem cortar.

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  16. Quanto ao aparelho de cortar usado por barbeiros, já citei mais acima.

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  17. Escovas de sapato usei muito na época do CPOR, quando todo dia tínhamos de entrar em forma impecáveis: boot brilhando, fivela do cinto idem, uniforme limpo e barba feita. O capitão Homem de Carvalho pegava um chumaço de algodão e passava no rosto da gente. Se o algodão agarrasse, era sinal de barba mal feita. Danou-se.

    Uma vez aconteceu comigo: eu havia saído de serviço de guarda e não tinha feito a barba. O algodão agarrou nos pelos. O capitão fez cara feia, pensei que fosse ser punido, mas ele deixou pra lá.

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  18. Flit era indispensável nas casas. Depois vieram as espirais Sentinela. Péssimas para quem tinha alergia, por causa do cheiro forte. Sim, lá em casa usávamos às vezes aquele papel pega-mosca, com um tipo de cola.

    Havia na Tijuca muitos cupins, aqueles que chamamos de bichos de luz. Entravam dentro de casa. As lâmpadas lá eram dependuradas, com aqueles fios antigos, de tecido, sem lustre. Eu pegava uma panela, botava água dentro, subia na mesa da sala de jantar e aproximava a panela da lâmpada. Os bichos se confundiam com o reflexo da lâmpada e caíam dentro da água.

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  19. Quanto ao açucareiro, o Luiz só contou metade da história. A completa era assim: você pegava dito cujo, batia na bunda dele, o açúcar não saía e você dizia "PQP!". Aí batia com ele na mesa para soltar o açúcar, virava novamente e saía metade do açúcar dentro do líquido. Aí você exclamava: "FDP!".

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  20. Quanto aos produtos da UFE, dos mostrados na foto lembro de ambas as embalagens de vela, de todas as de cera em pasta, do sabão português e da pasta da latinha de tampa dourada e rótulo azul.

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  21. O sabonete em forma de bola também era comum em certos locais. Nunca o usamos em casa.

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  22. Como já narrei aqui há tempos, lá em casa o assoalho era de madeira (mas não era tábua corrida) vermelha. Toda sexta-feira, enquanto minha mãe ia à feira-livre, eu e meu irmão tínhamos de encerar a casa toda, com cera vermelha, espalhada com flanelas. Eram duas salas, três quartos e um longo corredor. Depois dávamos lustre com dois escovões. Sem contar que nas salas tínhamos de afastar a mesa e as cadeiras para poder encerar embaixo delas.

    Tempos depois compraram um enceradeira Arno. Com o tempo, ela começou a dar choque. Aí compraram uma outra, da mesma marca.
    Elas vinham com um feltro para dar lustre. O problema é que quando ligávamos a enceradeira pouco depois o feltro saía fora e tínhamos de a toda hora desligar a enceradeira, colocá-lo no lugar novamente e continuar. Era cansativo.

    Quando nos mudamos para o Engenho Novo, a casa era de taco sintecado. Maravilha!

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  23. Quanto ao sabão português, minha mãe o usava para lavar as roupas dos fregueses e de casa. Muitas vezes, enquanto ela estava cozinhando, eu e meu irmão íamos lavar as roupas em duas bacias de alumínio, uma grande para mim e uma pequena para ele. Elas eram colocadas em cima de dois suportes de madeira, feitos por meu tio. Também colocávamos anil Reckitt na água.

    Lavada a roupa, ela era colocada no chão do quintal, forrado com plástico, para quarar, com água sanitária salpicada em cima. Na hora de passar, minha mãe usava goma em certas roupas. Ficavam nos trinques. As freguesas adoravam. Um casal morava longe, lá na rua General Caldwell. Eu ia com minha mãe levar os embrulhos de roupa passada e pegar as sujas, à noite. Embarcávamos no bonde 66 - Tijuca, na ida e na volta. Lá na casa desse casal havia muitos exemplares das Seleções do Reader's Digest. Enquanto minha mãe fazia os acertos e o rol das roupas, eu pegava um exemplar e lia alguma coisa.

    Por causa disso, em 1961 minha mãe fez uma assinatura da revista para mim. Manteve-a em 1962, mas em 1963 cancelou porque não podia pagar.

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  24. Apesar de minha tara pelas Seleções, nunca minha cabeça virou para o lado dos norteamericanos. Pelo contrário: quanto mais eu lia artigos esculhambando a URSS, mais eu torcia por esta. Vibrava quando eles lançavam satélites na frente dos americanos.

    Havia um livro de História Geral, do meu tio, que em uma página mostrava o alfabeto usado em vários idiomas, inclusive antigos, como aramaico. Um deles era o russo. Eu peguei uma folha tipo A4 e escrevi usando esse alfabeto os dizeres "União da Repúblicas Socialistas Soviéticas", em russo, e pendurei na parede externa lá de casa. Não durou muito. Alguém o tirou.

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    1. As iniciais da República Soviética em russo formam a sigla CCCP que estampava o uniforme da seleção russa e que a garotada daqui dizia que significava Camarada Cuidado Com Pelé.

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  25. Pô, eu falo mais que pobre na chuva. Chega.

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  26. O isqueiro em forma de avião é o Ó! Item de colecionador. Fumei por pouco tempo. Marca Columbia.
    A máquina de cortar cabelo manual era uma tortura. Sofri muito.
    Acho curioso as moscas terem desaparecido. É espécie em extinção?
    O aparelho de barbear era um espetáculo. E o munidor também.
    Aqui em casa engraxo os sapatos com frequência e uso estas escovas. E para calçar tênis uso calçadeira. O Luiz poderia ter colocado uma hoje.
    Não gosto dessas raquetes elétricas para matar moscas e mosquitos. Ainda tenho um antigo. É o que funciona. Não acredito nesses repelentes de tomada que emitem sons especiais. Flit já abandonei por uns sprays.
    Como não gosto de café nunca usei esses açucareiros.

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  27. As navalhas citadas pelo Helio tiveram sua sentença de morte decretada no final da década de 80 com o incremento dos casos de AIDS.
    Sobre as bombas de Flit, meu pai fazia uma coisa curiosa: todo ano quando ocorria aquele usual enxame de cupins em agosto, ele abastecia a mesma com querosene, com a mão esquerda segurava uma vela acesa à frente da bomba e com a direita dava bombadas transformado a dita num verdadeiro lanca-chamas, era uma festa.

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  28. Existem lojas que comercializam açucareiros como o da foto 7, e uma delas é no Shopping Iguatemi. Meu pai era um consumidor inveterado de café em bares, exigindo sempre "xícara fria". O cafezinho do Capela em Vila Isabel era um de seus preferidos.## Vejo que eu tinha razão em meu comentário das 09:54 quando manifestei a preocupação de que a foto 3 pudesse causar algum desconforto ou melindre para algum comentarista, o que realmente ocorreu, ainda que "anonimamente". Como bem dizia o velho Zé Trindade: "O que é a natureza"...

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  29. É uma pena, o disco continua agarrado.
    Mas não desagarra sozinho, tem que empurrar pra frente.

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  30. Aquelas navalhas originais que eram afiadas numa tira de couro foram substituídas por um instrumento semelhante em que no lugar da lâmina era inserida a metade de uma lâmina de gilete, descartada a cada barba feita. O movimento do barbeiro era o mesmo.

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    1. Sim, e virou padrão o barbeiro abrir a embalagem da lâmina nova na frente do cliente, parti-la e descartar em seguida a metade não usada.

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  31. Adorei esta postagem. Meu pai tinha um amolador de gilettes italiano, Allegro. Tenho um na minha coleção de barbeadores - que normalmente não divulgo para não ganhar mais barbeadores...
    Nao resisto é deixar de divulgar um videozinho maroto que fiz há uns dez anos, talvez alguém conheça o Rolls-Razor...
    https://www.youtube.com/watch?v=nC1BRGO4Sco

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  32. Videozinho maroto bem feito.
    O “Paulo Silvino” é teu amigo?

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  33. Qual a sigla usada em alemão ?
    Union der Sozialistischen Sowjetrepubliken > ????
    União das Repúblicas Socialistas Soviéticas > URSS
    Union of Soviet Socialist Republics > USSR
    Union des Républiques Socialistes Soviétiques > URSS
    Союз Советских Социалистических Республик > CCCP

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  34. Ao passar pela Avenida Brasil na altura da UFE, o odor era por muitas vezes "inesquecível"...

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    1. É a minha grande recordação da fábrica, durante 5 anos passava diariamente em frente, sempre "cheirosa".

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  35. Ainda sobre os barbeadores manuais. Meu irmão tinha o da foto e o meu pai um desmontável. Ainda estão devidamente guardados, caso haja necessidade de uso.

    Ambos também tinham os seus descartáveis, de várias marcas e cores.

    Cheguei a comprar uma navalha para uso de lâmina descartável, mas não me adaptei. Também fica guardada...

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    1. O aparelho da Gillette descartável com 3 lâminas é muito bom; há alguns anos comprei durante uma viagem um aparelho Gillette Fusion Power (ativado por pilha) com cinco lâminas.(os nomes que inventam, "Fusion Power" parece propulsão de nave espacial !)
      Não faz qualquer diferença para o de três lâminas, o refil é absurdamente caro e não tem em qualquer lugar (o de 3 lâminas já é bastante caro) e o menor espaçamento entre lãminas dificulta a limpeza.
      Resultado: está novo, quase sem uso e assim vai continuar.

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  36. Vídeo da Rio TV Câmara sobre a Praça Onze.

    https://m.youtube.com/watch?v=KZbnTK_CMCs

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  37. Luiz D', 15:23h ==> o garoto-propaganda é o Dieckman? Ele está mais para Dicker Mann. Com todo o respeito. kkkk

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    1. e o vídeo tem uns dez anos ...

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    2. E todos sabemos que o peso é diretamente proporcional à idade. Regra de ouro.

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    3. Todos os comentários foram lidos...

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  38. Hélio, é UdSSR.
    (https://www.infopedia.pt/dicionarios/alemao-portugues/UdSSR

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    1. Beleza. Usaram 2 letras para "Repúblicas Soviéticas" embora em alemão seja uma só palavra, embora mista.

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  39. Metabolismo mais lento + menor atividade física + remédios que têm como efeito colateral provocar direta ou indiretamente o ganho de peso + alimentação com muita gordura (e açúcar) = parte dos quilos extras adquiridos com a idade.
    Agora, a outra parte se adquire simplesmente porque hoje em dia, com qualquer idade, se come muito mais do que o necessário, seja lá do que for, o negócio é rodízio, o combo," o "all you can eat"...
    Se existisse um levantamento do aumento do peso médio do brasileiro por faixa de idade nas últimas décadas, acho que os números seriam altos.

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  40. Continuando no tema do meu comentário anterior, o JN acabou de mostrar reportagem sobre restauração de imagens inéditas do Rio de Janeiro, pelo menos dos anos 60 e 70. Uma herdeira de Esdras Batista doou para o LUPA/UFF o acervo dele, com mais de mil rolos de filme. Os filmes vêm sendo restaurados e digitalizados.

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    1. As próximas gerações terão a seu dispor uma quantidade imensa de fotos e vídeos da cidade, que são diariamente produzidos; o "problema" vai ser como filtrar/catalogar/ordenar e disponibilizar essa enorme massa de dados.
      O registro do passado é precioso, não podemos nos dar ao luxo de desperdiçar o pouco material existente, como esses filmes do acervo do Esdras Batista.

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    2. https://esdras.lupa.uff.br/?page_id=54

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    3. https://lupa.uff.br/biografia-de-esdras-baptista/

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  41. Material muito interessante. Vale a pena ver.

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  42. A preguiça de uma manhã chuvosa de domingo atingiu os comentaristas.
    (se bem que agora deu uma melhorada aqui, chegou a aparecer um tímido mormaço, mas acho que não dura)

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  43. Bom dia!

    Sem querer induzir os leitores e comentaristas ao jogo, notaram que o contador de acessos tem exatamente 7 algarismos? Número exato da loteria Super Sete, da Caixa. A aposta custa R$2,50 e o prêmio previsto para o sorteio de segunda-feira é de R$1.000.000,00. Não deixa ninguém rico, mas é um bom ingresso de capital.

    A quem for arriscar, boa sorte!

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    1. Mas se ganhar sozinho já é um milionário.
      Porém prefiro não jogar. Aliás nem sabia de um jogo com esse nome de Super Sete.

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  44. Eu já tinha assistido o documentário, indicado ontem às18:09h pelo Augusto, sobre a Praça 11 e arredores.
    Não há dúvidas sobre as tradições das escolas de samba no local, Tia Ciata e suas atividades também merecem citações sempre, além é claro da comunidade judaica na região, mas alguns outros detalhes precisam de mais pesquisas para conferir.
    Resolvi procurar sobre antigas sinagogas do Rio, encontrei um histórico no site da FIERJ, a federação israelita, é um bom material.
    Ainda não li nada contra as demolições acontecidas a partir de 1940 ou 41 nos quarteirões entre a citada praça e o Campo de Santana.
    E tem outros detalhes interessantes que eu desconhecia completamente.
    Vou continuar pesquisando.
    E no vídeo foi a primeira vez que ouvi chamar o local de "bairro" Praça Onze. Pra mim é Cidade Nova ou Centro (ou só Cidade como se dizia tempos atrás).

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  45. E sempre seria bom lembrar que as construções do lado par da antiga Senador Euzébio sobreviveram por um bom tempo e também do ímpar da Visconde de Itaúna antiga (agora nome de rua no Jd. Botânico).
    A Praça Onze, mutilada, continuou existindo quando fizeram a Av. Pres. Vargas, e o outro lado das ruas extintas. Algumas construções sobreviveram até a obra do metrô "passar o rodo", inclusive uma sinagoga que tinha como endereço a Rua de Santana.

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    1. Em tempo: concordo que mesmo sobrevivendo fisicamente com metade dos imóveis, a região da Praça 11 perdeu sua "alma" com as demolições para a construção da Av. Pres. Vargas.

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  46. A figura mais notória egressa da comunidade judaica do bairro da Praça 11 foi o Senor Abravanel, que fez fortuna na carreira vendendo carnês de prêmios fajutos. Ganhar muito dinheiro iludindo incautos, seja qual seja a narrativa, é uma tática de espertos que vem de longuíssima data...

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    1. Estranho que na época da sua morte localizaram onde fora sua residência nas imediações do quartel central dos bombeiros, meio longe da Praça Onze, em uma "vila" demolida há alguns anos.

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  47. Com certeza, explorando e enganando gente humilde, por quem sempre nutriu o mais profundo desprezo, ao contrário da imagem que procurou (e conseguiu) construir.
    Banco Pan-americano, telesena ...
    Salafrário...

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  48. Silvio Santos foi um fenômeno no mundo da comunicação e um dos maiores empresários brasileiros. Seus detratores o classificam como desonesto e estelionatário, mas no fundo o motivo real é um profundo despeito devido ao seu imenso sucesso.

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  49. Minhas colegas de trabalho6 de abril de 2025 às 19:46

    Também acho, estou com SS e não abro.
    Aplico meu dinheiro no Banco Panamericano, só compro eletrodomésticos e móveis nas lojas Tamakavy, meu plano de saúde é Clam, jogo religiosamente na Telesena, meu carnê do Baú está rigorosamente em dia e passo minhas férias no Guarujá, sempre no Hotel Jequitimar.

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    1. Minhas colegas de trabalho6 de abril de 2025 às 19:47

      A felicidade até existe!

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    2. Minhas colegas de trabalho6 de abril de 2025 às 19:48

      Fenômeno!

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    3. Minhas colegas de trabalho6 de abril de 2025 às 19:50

      E nunca perdi a esperança, um dia ainda vou passar pela Porta da Esperança!

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  50. Boa noite a todos!
    O Candeias publicou, no bom tempo dos fotologs, a imagem de uma das relíquias do M. E. R. D. A. (Museu Eclético de Relíquias, Antiguidades e Alfarrábios): a peça onde ficava pendurado o sabonete de bola, infelizmente sem a correntinha. Aliás, o Candeias foi um dos grandes divulgadores do Museu.

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    1. Perdão, Museu Eclético de Relíquias, Descobertas e Alfarrábios.

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