Hoje temos duas fotos do início dos anos 70 mostrando a Praia de Ipanema
no seu trecho do Castelinho.
Os mais novos talvez já não saibam onde era o Castelinho, como também desconhecem
onde ficava a Montenegro e a Esplanada.
A foto superior mostra o panorama durante o dia, com muito sol, pouca
gente e uma tranqüilidade total.
A foto inferior mostra o mesmo local à noite, já então utilizado como estacionamento
para as famosas “corridas de submarinos”.
Quantos fusquinhas dos antigos comentaristas não tinham vaga cativa aí?
Alguns felizardos estacionavam um Aero-Willys, que era um 5 estrelas, no caso.
No Alto da Boa Vista havia as “corridas dos satélites”. Outros pontos
famosos eram o Arpoador, o Mirante do Leblon, em frente ao Country, ao lado do
Piraquê, no Joá, na Joatinga e pelas desertas praias da Barra.
Histórias e histórias rolaram atrás dos vidros embaçados, bem como eventuais
achaques da Polícia e um ou outro episódio de briga de “turmas de rua”. Tudo muito
diferente de hoje em dia quando é impossível até ficar dentro do carro quando estacionado.
Os "drive-in" também quebravam o maior galho. Motel era muito
caro para a maioria. Dia de festa grande era quando se juntava uma grana para
ir ao Havaí. Uns tempos depois no Mayflower. O Playboy tinha estacionamento
coletivo, o que gerava algumas “saias-justas”. Muito mais tarde o Dunas ou o
Kings, para ocasiões especiais.
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Realmente época de ouro pra que a viveu,não esquecendo daquele motel quase chegando a ponte em frente a ilha dos pescadores,acho que se chamava Serra Mar,um dos mais antigos.
ResponderExcluirEsse ficava numa ladeira ao lado de onde hoje é o Portinho do Massaru. O preço era bom, tinha uma vista fantástica e algumas suites tinham piscina.
ExcluirHavia tambem o Rio-Santos .
ResponderExcluirEra tempo bom. Alternar corrida de submarino na Lagoa com idas a São Conrado para um chope no bar Bem, um boliche no Pé de Vento, e se desse pé ir tomar um Cuba Libre na boate Macumba ou na Flamingo. Nessas duas havia sempre aquela batida do Juizado de Menores. As luzes se acendiam mas aí os menores já estavam escondidos no banheiro. Na maioria das vezes era uma farsa, com os inspetores recebendo uma grana e tudo voltando ao normal.
ResponderExcluirLembrar daquele deserto que era a Barra me faz ver como o tempo passou.
Bom dia a todos. Das fotos gostei muito da foto dos fuscas, realmente foi uma época de ouro. Do Castelinho praia e bar, frequentei ambos muito pouco, porém o bar teve muito mais a minha presença, com "causos" muito interessantes que lá aconteceram. Já os motéis conheci todos os citados, e para mim o que mais gostava era do Dunas, acho que ainda é o único que ainda sobrevive, diziam na época que pertencia a um filho do Gen. Figueiredo, nunca soube se era verdade ou não.
ResponderExcluirO Dunas sobrevive embora o habitual engarrafamento na avenida das Américas seja um risco para os que estiverem com contrabando dentro do carro.
ResponderExcluirBom dia. Tudo o que foi narrado nas postagens anteriores foi vivido por muitos de nós e deixam saudades de um tempo civilizado em que a tranquilidade vivida por todos era decorrente ao respeito ao próximo e às instituições. Mas isso todos já sabem, como também sabem o porque de tão "brusca mudança". Por tais razões, prefiro não tocar no assunto. Afinal "este sítio" não foi criado para que assuntos tão desagradáveis sejam debatidos. Vamos tocar o "bonde", pois afinal a vida nos sorri...
ResponderExcluirO Plinio lembrou do Flamingo.Grande lembrança.A Barra era a melhor praia do Rio,selvagem e com águas cristalinas.
ResponderExcluirBom dia.A fila de carros parados à noite é uma imagem idêntica a de São Francisco na atualidade.Uma orla moderna,bem iluminada,segura,e com vista para o Rio.Eu compreendo a postura de muitos veículos da mídia que atuam de forma imparcial como a Rede Globo e fecham os olhos para a beleza de Niterói.A sensação de bem estar é indescritível.Resta o consolo para os cariocas o de contemplar a joia do Brasil.
ResponderExcluirLembro-me de uma linha de ônibus, já extinta, da empresa Pégasus, que fazia o trajeto Campo Grande - Aeroporto Santos Dumont. Seguia pelo aterro, orla de Copa-Ipanema-Leblon, Niemeyer, Barra, Recreio, Grota Funda, Estrada da Ilha, Mato Alto e Monteiro. Nos finais dos anos 70 você só encontrava "civilização" na Barra a partir do "cebolão" em diante para o z. sul; o resto era só dunas. Era um passeio fazer esse trajeto.
ResponderExcluirLembro-me que o meu padrinho tinha um Aero-Willys 65 azul-céu, no início dos anos 70. Ficava o dia inteiro com o mecânico regulando o carburador; quando íamos sair à noite, já estava todo desregulado...
O Plinio foi feliz ao constatar no final do seu comentário de como o tempo passou. Acrescentaria que até para falar sobre o tema essa constatação está valendo pois o assunto é recorrente entre os veteranos participantes do SDR. Sem dúvida essa foi a geração do fuscas e dos motéis. Vale lembrar que o primeiro motel no Rio a merecer esse nome foi o Holliday, na esquina da Estrada das Furnas c/ r. Arabutã. Inaugurado no fim dos anos '60, início dos '70, fez sucesso com seus aposentos com garagem privativa. Algum tempo depois, mais adiante, surgiu o sonho dourado de muitos, o Hawaii, com suas luxuosas suítes fora do alcance dos limitados bolsos estudantis.
ResponderExcluirPoderia ressaltar alguns já mencionados, e até os da praia da Barra, como o Praia Linda, o único que saí sem pagar. De madrugada, na saída, e apesar de timidamente buzinar o fusquinha, ninguém apareceu. Mas prefiro lembrar os bem mais antigos como aquele considerado uns dos primeiros, Hotel Recreio da Gávea, e o Trampolin, que recebeu esse nome porque ficava em um trecho da Estrada Gávea, também conhecida pelo antigo circuito automobilístico apelidado de Trampolim do Diabo. O lembrado Serramar na verdade foi remodelado pois estava no local de um dos mais antigos, cujo nome não me recordo. O Seventh Seven também foi palco de situações constrangedoras com gente conhecida cruzando seus corredores. Rivalizou com o Xa Xa Xá (a grafia era assim), ambos com um simulacro de boate na frente. Não faltavam histórias divertidas.
É bom lembrar do antigo bar Cavaco, ponto obrigatório de parada para comer um salsichão na brasa, ou sentar para um chope em sua modesta mas frequentada pista de dança e ouvir os sucessos da época. Foram muitos os lugares e boates como o Flamingo, a mais escura de todas e onde me assustei com a chegada do comissariado de menores pois só tinha 20 anos. Hoje poucos lembram que o limite de idade era de 21. Se a ideia for lembrar de todos os bares e boates da época o assunto é vasto.
Finalmente uma última homenagem ao "Namore Modernamente", o drive-in sem cinema no Joá, testemunha de nossa então falta de recursos que nos obrigava a essa frequência.
Pois é, como alguém disse: Eu era feliz... e sabia.
O Sr. Docastelo já não relatou aqui que saiu com um grande chaveiro de um desses hotéis a pedido da acompanhante?
ExcluirExatamente, Anônimo. Foi no Praia Linda. Como registrado buzinei moderadamente duas vezes na saída e ninguém apareceu. A peça estava presa à chave e a acompanhante estava de olho espichado nela. Não resisti em presentear à moçoila que ficou muito feliz. Para lembrar dessa passagem você deve ser um(a) veterano(a) comentarista do antigo fotolog.
ExcluirQual era o nome do motel na Niemayer perto do restaurante do Joá? Ficava do lado direto de quem vai para o Leblon. Das janelas víamos o mar e o elevado logo abaixo.
ExcluirPor acaso o VIP's Motel?
ExcluirLembrei de um fato curioso e faço uma pergunta aos veteranos frequentadores das boates dos velhos tempos da Barra. Porque ninguém ia ou frequentava a boate Gaivota?
ResponderExcluirera uma boate gay, era um ponto da turma do velcro rss frequentado por muitas lésbicas, fez sucesso na época, mais a rapaziada passava batido pela porta.....
ExcluirPorque lá Maria era João.
ResponderExcluirDocastelo, pelo que eu saiba a Gaivota era uma boate de lésbicas, sapatões, e fanchonas. O Cavaco era extremamente rústico e no estacionamento ao lado "abatia-se lebres". Faltou mencionar o Maracujina, próximo à igreja.
ResponderExcluirJá tive que me esconder - eu e um monte de gente - no banheiro (acho que foi no Jirau) até acabar a batida do juizado de menores. Eu já era noiva e casei um mês depois de completar a maioridade. Antes, era divertido. Depois, perdeu a graça e acho que nunca mais fui a uma boate.
ResponderExcluirEu era uma criança e nada sabia...
ResponderExcluirGaivota era conhecida como Gayvota
Até nisso houve um grande retrocesso. Hoje fazem da casa dos pais e avós um motel, se duvidar é encontrado cueca e calcinhas em cima da tv na sala...Quando que na minha geração trazia-se o namorado para casa, para dormir com vc no seu quarto, COM seus pais em casa??? Era impensável! Hoje com o papinho de "falta de segurança", instituiu-se e oficializou-se o motel em casa, com os familiares no aposento ao lado...Devem fazer de mordaçã, para evitar quaisquer barulhos mais mais sugestivos e comprometedores! Só eu que acho que isso foi uma enorme perda de autonomia e evolução?
...mordaçA...
ResponderExcluirO pessoal acertou com relação ao Gaivota. A frequência lá era específica. Se um homem fosse lá sózinho ia ter problemas. Acompanhado com uma mulher também. Certa vez um colega de academia, excelente lutador, foi convencido pela namorada a conhecer a boate. Não prestou. Um "sargento" daqueles abordou a garota de modo agressivo e meu colega não gostou. O circo estava armado. Outras cercaram o rapaz e o ameaçaram. Ele foi obrigado a sair quando percebeu que uma das figuras estava armada. Mas não ficou por aí. Ele voltou lá na mesma semana com outros lutadores e quebraram a boate e quem estava dentro. O caso teve alguma repercussão mas como ele era parente de militares e o tempo era da ditadura abafaram. Eu nunca pus os pés por lá. Quanto à Maracujina era uma boate considerada com um dos melhores sistemas de som da região.
ResponderExcluirA Dra.Evelyn tem razão!No tempo dela era impensável,as mães das moças colocavam nelas cinto de castidade...
ResponderExcluirObs de Cast,
ResponderExcluirNada disso. Cinto de castidade só conheci em museus. Mas acho que tem local e se a questão é segurança, motéis também funcionam de dia... Só acho complicado esta "motelização" em casa. O filho de uma amiga leva a namorada para a casa do avô, onde moram, de...apenas 93 anos! Ele, o avô, sente-se constrangido e limita-se, nestas ocasiões, a uma pequena parte do apto, "para não atrapalhar", chegando os dois, ele e a filha, a ficarem na rua para...deix-a-los mais a vontade! Como assim?! Isso não seria uma total inversão de valores? O avô nonagenário, proprietário do apto, é que sente-se constrangido e sai de casa?? Ou eu que estou ficando art-déco?rs
O que eu acho interessante é que para ir para a balada, podem ir de meia noite Às 08 da manhã, quando voltam a essa hora e não mais. Mas para ir ao motel com a namorada, também não poderiam ir à essa hora? A alegada falta de segurança é para um evento, mas não para o outro...Qualquer dia vão deparar-se com uma Zorba dentro da geladeira...
...À uma pequena parte do apto...
ResponderExcluir...Deixá-los mais à vontade...
Li todos os comentários e fiquei surpreso que o anônimo religioso não apareceu com suas chatices.
ResponderExcluirPensei que por causa do tema, apareceria um grande sermão!
Ricardo, ele deve estar pregando lá do outro lado da baía...
ResponderExcluirCorrida de submarino? Nada mais tranquilo do que em frente à Igreija de Vidro da Lagoa
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