Vemos nesta foto de 1957 da Avenida Passos o prédio onde funcionou a Casa Lucas e a Casa Esperança (esta uma das maiores revendedoras de eletrodomésticos da época), nos números 36/38. Logo após vemos a igreja do Santíssimo Sacramento, antiga Sé. Mais tarde funcionou neste local a empresa Casas Franklin, do ramo de cama, mesa e banho. Consta que o prédio, que estava abandonado, foi adquirido pela empresa Vivian Festas.
A Avenida Passos, segundo
Paulo Berger, já se chamou Rua da Lampadosa, Rua do Real Erário e Rua do
Sacramento. Foi na administração do Prefeito Pereira Passos que se deu o
alargamento do trecho mais estreito entre a Rua Buenos Aires e Senhor dos
Passos e o prolongamento até a antiga Rua Larga, hoje Marechal Floriano, com a
demolição de 72 prédios.
A Igreja do Santíssimo
Sacramento é de 1820 e fica na esquina da Avenida Passos com Rua Buenos Aires.
É de estilo barroco tardio, as torres são neogóticas e a decoração interna é em
estilo neoclássico.
Esta foto, enviada pelo
Francisco Patricio, foi publicada no “Saudades do Rio” em 22/05/2006. Mostra a
Casa Lucas, na Av. Passos, posteriormente conhecida como Casas Franklin. Foi
fundada pelo português Alvaro Aguiar de Andrade. Tratava-se de um bazar de
eletricidade, água e gás. Este magnifico edificio, de inspiração “art-noveau”,
continua de pé. A loja propriamente dita ficava em uma outra casa vizinha.
Quando daquela publicação em 2006, a antiga comentarista do SDR, Ana Lucia Frusca, fotografou o local.
O curioso é que por coincidência as letras das Casas Franklin couberam exatamente no espaço disponível na fachada.
Na ocasião Mme. Frusca
publicou o seguinte texto: “As Casas Franklin foram fundadas por Manoel
Franklin Machado, em 1913, em uma pequena loja em Dores do Rio Preto, no
Espírito Santo. Esta pequena loja progrediu e deu origem à firma Franklin,
Curty Ltda, ainda com o mesmo nome fantasia de Casas Franklin e com sua nova
matriz em Cachoeiro de Itapemirim e várias outras filiais em cidades do Espírito
Santo.
Em 1957, alguns sócios se separaram amigavelmente dando origem a outra firma
(Lealtex) e as Casas Franklin se expandiram, abrindo filiais em vários outros
estados.
No Rio de Janeiro,
ocuparam o imóvel de linhas art noveau onde antes funcionava a Casa Lucas,
fundada por Alvaro Aguiar de Andrade, antigo bazar que comercializava material
elétrico, hidráulico, ferragens.
Foram adicionadas as letras do nome das Casas Franklin, em pastilhas de
madrepérola colocadas nos segmentos do vitral em leque que já existia e as iniciais
CF em bronze no medalhão central.
Em 1967 nova amigável cisão deu origem a Franklin Machado Tecidos S/A, que
mantendo seu nome fantasia de Casas Franklin, transferiu a Matriz para o Rio de
Janeiro, no imóvel que já ocupava e onde continua funcionando até os dias
atuais, comercializando tecidos, roupa de cama, mesa e banho, cortinas, tapetes,
etc.”
Olá, Dr. D'.
ResponderExcluirCom o fechamento parcial da Rio Branco para veículos, a Avenida Passos se tornou uma das principais ligações do centro. Várias linhas de ônibus já passavam pelo local e outras foram incluídas. Passei várias vezes e aproveitei o comércio da região, incluindo alguns sebos.
FF: morreram ontem a atriz Marilu Bueno e a jornalista Danuza Leão.
ResponderExcluirNõs conheço bem a área. Identifico como um extremo do Saara. Já fui a uma festa de casamento nas Casas Franklin; as pessoas iam a pé da igreja para lá. Será que o Centro vira residencial mesmo? Nova mudança urbana. 80% dos advogados que conheço mudaram seus escritórios para a zona sul. Um está em cima do Bar Lagoa! Outro, casa na Epitácio Pessoa com Maria Quitéria. Por outro ângulo, da mudança de moradores, Copacabana envelhece mais. Em 10 anos muitos imóveis mudarão de mãos, com o fim da geração Danuza Leão.
ResponderExcluirEm relação a primeira foto podemos dizer que não houve alterações nos prédios, mas o comércio tem pouco. Papelaria de um lado e a livraria da Federação Espírita do outro além de mais alguns que vão resistindo.
ResponderExcluirA rede da Casas Franklin parece que está bem, mas a Lealtex-RJ está nas últimas, talvez aguardando um milagre econômico. Até a segunda geração pós separação da Franklin a coisa foi bem, mas acho que não está resistindo à terceira geração.
Não sei dizer como está o ramo do Espírito Santo.
Bom dia Saudosistas. Foi uma rua de grande comércio no centro da cidade, nos dias de hoje assim como todo o centro está com muitas lojas fechadas. Já via uma foto na internet acho que dos anos 50 que mostra a Av. Passos vista no sentido da Marechal Floriano para a Pça Tiradentes que é uma beleza, ainda com o trânsito em mão dupla e a Casa Paladino em destaque.
ResponderExcluirObs. A casa Paladino é na R. Uruguaiana.
ExcluirTem uma foto, salvo engano do Malta, que mostra a Avenida Passos nesse ângulo, com um cinema em destaque na esquina com a Marechal Floriano. Essa foto deve ser dos anos 30.
ExcluirSim, foi publicada no Saudades do Rio do tempo do UOL em 02/07/2014
ExcluirConheço bem a região e é notória a sua decadência. A região da Avenida Passos, Saara, e da Praça Tiradentes, está caminhando a passos largos para se tornar um grande lixão. A quantidade de lojas fechadas na região é grande, o número de moradores de rua é assustador, e muitas lojas são invadidas e se transformam em ferros-velhos clandestinos e "puxadinhos do tráfico". Bem próximo dali funciona um ferro-velho clandestino na rua Visconde do Rio Branco onde a Polícia Civil prendeu seis homens e "neutralizou" outro que mantinham uma boca de de fumo no local. Na Rua da Constituição e bem ao lado dos trilhos do VLT, um outro ferro-velho clandestino funciona em um imóvel invadido que pertence ao Estado. Em ruas como Tomé de Souza e Imperatriz Leopoldina, o abandono é impressionante. Duvido que a "velharia" a qual eu me incluo e que comenta no SDR tenha noção do real estado de degradação do Centro da Rio. É assustador.
ResponderExcluirLembro-me de sempre de passar com a minha mãe nesta rua nos anos 60. A Casa Turuna também não ficava aí?
ResponderExcluirAcho que meu comentário vai ser considerado como ensinar missa a vigário, mas vamos lá. Na Avenida Passos existe a igreja de Nossa Senhora da Lampadosa, construída na década de 1740 e reformada em 1930. O nome dá a impressão de alguma ligação com lâmpadas, mas é engano. Lampadosa (ou Lampedusa) é uma ilha do sul da Itália, e segundo a lenda houve uma aparição de Nossa Senhora a um italiano aprsionado pelos turcos, no fim do século XVI. O culto se espalhou entre os escravos africanos no Rio de Janeiro, dando origem a uma irmandade desses devotos, com sede na igreja do Rosário e São Benedito e denominada Irmandade Negra de Alampadosa (ou Lampadosa). Tendo recebido por doação o terreno onde se situa atualmente a igreja, sua construção foi iniciada e concluida na década de 1740.
ResponderExcluirNa sua caminhada para a forca, armada num campo de terra situado na atual Avenida Passos, esquina com a rua Senhor dos Passos, Tiradentes fez suas últimas orações diante da igreja da Lampadosa.
O jogador Bigode, que jogou no Fluminense e no Flamengo, era eletricista e tinha uma pequena loja na Avenida Passos perto da Praça Tiradentes.
ResponderExcluirO número de igrejas mostra que um grande número pessoas acredita que a sua sorte depende de Deus e dos santos. São incapazes de raciocinar que tudo depende de seus próprios esforços.
ResponderExcluirConcordo que Deus (se existir) tem mais o que fazer do que cuidar das pessoas. Mas discordo de culpar as pessoas pelo que lhes acontece de mau. Ou os miseráveis que passam fome são culpados por isso? Se nosso prezado Anônimo tivesse nascido no Sudão do Sul ou na Coreia do Norte ou no Haiti ou em outras dezenas de países paupérrimos, certamente não pensaria como externou no seu comentário.
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