O Palácio São Joaquim é o palácio arquiepiscopal do Rio de Janeiro e assim se transformou na gestão do Cardeal Arcoverde. O palácio ocupa vasta área de terreno no ângulo das ruas da Glória e Benjamin Constant. Compõe-se de dois corpos: um paralelo à Rua da Glória, onde estão a capela e os salões de espera e de recepção, e outro, paralelo à Rua Benjamin Constant, onde estão os aposentos particulares do Cardeal e do seu pessoal de casa. O endereço é Rua da Glória nº 446.
Também chamado de Palácio
da Mitra Arquiepiscopal, é um prédio em estilo eclético tombado há pouco mais
de uma década por um decreto da Prefeitura. Cabe à Mitra Arquiepiscopal
administrar o patrimônio físico da Igreja Católica, como os templos, os museus municipais
de arte sacra, e até cuidar dos direitos de exploração comercial da estátua do
Cristo Redentor, principal ponto turístico na cidade.
Onde está o Palácio Cardinalício de São Joaquim, existiu desde a Regência, o palacete Baía, residência do Visconde de Meriti, Manuel Lopes Pereira Baía. Contam que foi no solar do Barão de Meriti, onde se serviu pela primeira vez sorvete no Rio de Janeiro, em 1824. Dizem que, após assistir à missa no Outeiro da Glória, o imperador se dirigia à casa do Barão de Meriti para tomar sorvete.
Foi depois sede do
Ministério das Relações Exteriores até princípios da República, quando, em
1897, virou o “English Hotel”. Foi demolido em 1912, subindo ali o atual
Palácio São Joaquim, prédio em estilo eclético do arquiteto espanhol Adolpho
Morales de Los Rios. As fotos mostram a entrada do palácio.
Em 26 de outubro 1915,
por ocasião do Jubileu Episcopal do Cardeal Arcoverde, após um “Te Deum” na
Catedral, um grande préstito acompanhou o Cardeal até o Palácio São Joaquim que
seria, então, inaugurado. O préstito seguiu pelas ruas Primeiro de Março,
Visconde de Inhaúma, Avenida Rio Branco e Av. Beira-Mar, até ao Largo da
Glória. Em seguida houve uma recepção.
Mandado construir em
1912-1918 pelo Cardeal D. Joaquim Arcoverde de Albuquerque Cavalcante. O
projeto foi do arquiteto Adolpho Morales de Los Rios, sendo construído por
Heitor de Melo, que introduziu muitas modificações no palácio, em estilo
neo-Luís XV. Possui pinturas internas de Benedito Calixto de Jesus e Carlos
Oswald.
Fotos em preto&branco
foram pesquisadas na revista Fon-Fon por Conceição Araújo, a quem o "Saudades do Rio" agradece.
O interior do Palácio São Joaquim é lindo, mas não há visitação pública.
Durante a Jornada Mundial
da Juventude, mais especificamente no dia 26 de julho de 2013, Dia de Santana e
de São Joaquim, dedicado aos avós, o Papa Francisco rezou do balcão do palácio,
ao meio-dia, a oração do Angelus para uma multidão que aguardava na praça em
frente.
PS: a residência do cardeal do Rio de Janeiro por uns tempos foi no Sumaré, mas acho que o cardeal atual, D. Orani, voltou a morar no Palácio São Joaquim.
Olá, Dr. D'.
ResponderExcluirEu passei algumas vezes em frente, dentro do ônibus. Palácio imponente, símbolo de uma época em que Estado e Igreja se confundiam.
Se o atual cardeal voltou a morar no palácio, não devemos recriminar. Sinal de que ele conhece onde vive...
PS: aproveitando a última postagem, hoje é dia do filatelista. Salvo engano, em 1840 começou a circular o primeiro selo postal brasileiro, o Olho de Boi.
Hoje é o dia do Selo. Esta data homenageia a entrada em circulação da primeira emissão postal brasileira, em 1º de agosto de 1843, composta de três selos nos valores de 30, 60 e 90 réis, os conhecidos "Olhos de Boi".
ExcluirO dia do Filatelista é comemorado em 05 de março.
Ainda bem que botei o "salvo engano" na frase. Tive a impressão de ter ouvido no rádio que também era dia do filatelista, além do dia do selo...
ExcluirO ano do lançamento do selo foi puro chute.
Bom dia Saudosistas. É uma linda edificação, hoje quem faz lindas edificações são as Igrejas Pentecostais, as Igrejas e demais construções católicas hoje em dia não são tão grandiosas como antigamente, acho que a última grande edificação católica ainda em construção, seja a Sagrada Família em Barcelona, que para mim é a mais bela igreja/catedral que eu já conheci, belíssima, coisa para se passar o dia todo admirando cada detalhe. Uma pena o Palácio São Joaquim não ser aberto ao público para visitação.
ResponderExcluirMilha filha foi ao Vaticano na semana passada e ficou estupeficada com a quantidade de ouro.
ExcluirAo lado fica a ex faculdade de Medicina Souza Marques, totalmente abandonada, álias como toda essa região muito degradeda.
ResponderExcluirComo podemos ver nada ficam a dever dos Bispos Evangêlicos, ambos no luxo e riqueza. Somente aparecem menos.
Bom Dia! Lembrei dos tempos de escola em que quando se dava um cascudo no colega se dizia : selo,carimbo,estampilha.
ResponderExcluirBela pesquisa, bela construção, bela história. Quando eu morava na Tijuca, da minha casa dava para ver a residência do bispo no Sumaré. Na época não havia prédios que bloqueassem minha vista. E mais de uma vez passeei de carro pela estrada que passa em frente àquela residência. Se bem me lembro, tinha muros altos e não dava para ver a construção. Em compensação, da curva fechada onde ela se situava se tinha uma bela vista da Tijuca e adjacências. A última vez que fiz esse passeio foi em 1998. Agora seria grande risco andar por ali.
ResponderExcluirO palácio é muito bonito, mas a calçada em frente, bem como o prédio ao lado que já foi uma faculdade de medicina da Souza Marques, estão bem degradados. Poderiam abrir para visitas pagas.
ResponderExcluirTenho quase certeza que com as mudanças aprovadas no Concílio Vaticano II esse tipo de ostentação não teria a aprovação do Papa.
ResponderExcluirNada contra o arcebispo morar lá, mas acho que ele só precisa de 1/3 da área construída, no máximo. O restante poderia abrigar alguma atração turística para gerar emprego, como acontece com muitas construções históricas da Igreja Católica ou, mais radical, dividir esses 2/3 em várias residências para quem precisa, reativando a política da Cruzada São Sebastião, que estagnou após o conjunto habitacional do Leblon.
Que nada, esse papa aprova tudo! Ele fala “Quem sou eu pra julgar?”
ExcluirA mim incomoda um pouco a riqueza da igreja católica. O Centro do Rio é uma região em que as diversas "Ordens" têm inúmeras propriedades.
ResponderExcluirO próprio Vaticano tem obras de arte de valor bilionário. Não sei como isto poderia se reverter para os mais pobres, mas deveria haver uma solução.
Acompanhos as obras da Sagrada Família desde 1987. Já a visitei uma meia dúzia de vezes desde então. O impulso que teve nos últimos 5 anos foi impressionante. É o que chamamos de "obra de igreja". Tem mais de 100 anos que Gaudì começou a construí-la.
Para falar só da Espanha, as catedrais de Toledo, Sevilha, Burgos e Santiago de Compostela são magníficas.
Eu acrescentaria ainda as Catedrais de Saragoza, Salamanca, Mesquita Catedral (Cordoba) e Cadiz.
ExcluirLino, a lista na Espanha é longa. Segovia, Leon, Barcelona, Granada, etc, são lindíssimas e riquíssimas. Isto sem falar da que existe dentro de El Escorial.
ExcluirA exploração da fé é uma atividade rendosíssima. E incentivada pelos governos, com isenções fiscais e outros benefícios. E, ao contrário das diversas modalidades de tráfico, com quem disputa rentabilidade, não é considerada crime. Interessa a todos os governos que as pessoas pensem que seus problemas serão resolvidos por Deus ou que elas estão sofrendo como castigo por encarnações anteriores. Isso dispensa a ação dos governos na resolução dos problemas do povo religioso e eles podem se dedicar a satisfazer seus próprios interesses particulares.
ResponderExcluirApesar de ter sido iniciado na fé católica desde o meu nascimento, minha família sempre foi espírita, e em razão disso também passei a conhecer o espiritismo em todas as suar vertentes, o que me deu um esclarecimento que me fez um forte crítico da Igreja Católica, principalmente pelo fausto que cerca seus membros, sua política, e sua hipocrisia. Quem conhece os rumos da Igreja Católica a partir de suas origens sabe bem que um grande número de expropriaçoes, chacinas, e muitos outros crimes foram praticados "em nome de Jesus". Pela própria simplicidade com que vivia Jesus e pela enorme quantidade de milagres praticados por ele durante sua passagem na Terra sem cobrar sequer um ceitil por eles, é inadmissível que a Igreja Católica seja proprietária de bens e riquezas incalculáveis que a tornam dona de uma das maiores fortunas do planeta sem que faça uso delas para minorar a miséria e as dificuldades vivida por grande parte da população mundial.
ResponderExcluirDeus, o onipotente e onisciente, não acaba com o diabo e todos os outros males, senão acaba o "negócio"...
ResponderExcluirA religião é o ópio do povo e um povo submisso é capaz de tudo para agradar suas divindades. O governo é conivente com essas máfias porque as isenta de impostos. Taxar as grandes fortunas e as igrejas em 50% de seu patrimônio é fundamental para que o dinheiro seja empregado na distribuição de renda para as famílias carentes.
ResponderExcluirTaxar grandes fortunas é a maior ilusão. Porque os seus donos certamente darão um jeito de ocultá-las, seja transferindo-as para suas empresas, seja fazendo o mesmo para empresas em paraísos fiscais, seja corrompendo órgãos do governo (fácil de fazer). Ou você acha que esses ricaços vão ficar de braços cruzados vendo sua fortuna ser taxada? Não se iluda. Até porque há muitos políticos milionários, que impedirão a aprovação de lei nesse sentido.
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